LIVROS
O editor como autor Aos 48 anos, morreu esse editor singular, «autor» da Assírio & Alvim: Manuel Hermínio Monteiro António Guerreiro
Uma forma de escrever livros e exercer as prorrogativas da autoria literária por outros meios: era assim que Manuel Hermínio Monteiro reivindicava o seu trabalho de editor. Fê-lo de maneira tão convincente que os elogios fúnebres a que teve direito foram aqueles que geralmente são prestados aos autores. Não a todos, evidentemente, apenas aos que pela obra ou por graça de favoráveis contingências aparecem de maneira poderosa no momento em que desaparecem. Mas, na sua maneira de se reclamar autor, o Hermínio teve também o direito de escolher um género literário de culto: a poesia. Por isso, acabou por ser celebrado como poeta.
Uma forma de escrever livros e exercer as prorrogativas da autoria literária por outros meios: era assim que Manuel Hermínio Monteiro reivindicava o seu trabalho de editor. Fê-lo de maneira tão convincente que os elogios fúnebres a que teve direito foram aqueles que geralmente são prestados aos autores. Não a todos, evidentemente, apenas aos que pela obra ou por graça de favoráveis contingências aparecem de maneira poderosa no momento em que desaparecem. Mas, na sua maneira de se reclamar autor, o Hermínio teve também o direito de escolher um género literário de culto: a poesia. Por isso, acabou por ser celebrado como poeta. Viagem subterrânea A recente arte pública de José de Guimarães, designadamente no Metro JOSÉ DE GUIMARÃES — A LUZ NO TÚNEL de José Luís Porfírio (Afrontamento, 2000, 168 págs.) Lúcia Marques
Numa edição bilingue (português/inglês) e ilustrada, o crítico de artes plásticas José Luís Porfírio viaja na primeira pessoa em torno de um dos mais recentes projectos de José de Guimarães no domínio da arte pública. O ponto de partida e de chegada é a estação de Metro de Carnide, para a qual J. G. realizou em 1997 uma série de murais em mosaico, azulejo e néon, mas esse não é o único destino traçado no horizonte do leitor.
Numa edição bilingue (português/inglês) e ilustrada, o crítico de artes plásticas José Luís Porfírio viaja na primeira pessoa em torno de um dos mais recentes projectos de José de Guimarães no domínio da arte pública. O ponto de partida e de chegada é a estação de Metro de Carnide, para a qual J. G. realizou em 1997 uma série de murais em mosaico, azulejo e néon, mas esse não é o único destino traçado no horizonte do leitor. Os pequenos mistérios Um volume de contos de intensa agilidade sobre a bizarra existência humana A EXPRESSÃO DOS AFECTOS de António Mega Ferreira (Assírio & Alvim, 2001, 207 págs., 2500$00, 12,47 euros) Fernando Venâncio
É estranhíssima a convicção dos editores, nossos e estrangeiros, da magra apetência dos leitores pelo conto. «Os contos não vendem», dizem e repetem. Não se acredita. E concluímos que só por milagre ou por distracção venham aparecendo, e sejam lidos, contos de Mário de Carvalho, de Miguel Miranda, de Luísa Costa Gomes ou de Pedro Paixão. Em toda essa vaguidão de contornos, até se percebe isto: que um dos melhores contistas da nossa actualidade, António Mega Ferreira, seja tecnicamente um desconhecido. Verdade é que a frequência não ajuda.
É estranhíssima a convicção dos editores, nossos e estrangeiros, da magra apetência dos leitores pelo conto. «Os contos não vendem», dizem e repetem. Não se acredita. E concluímos que só por milagre ou por distracção venham aparecendo, e sejam lidos, contos de Mário de Carvalho, de Miguel Miranda, de Luísa Costa Gomes ou de Pedro Paixão. Em toda essa vaguidão de contornos, até se percebe isto: que um dos melhores contistas da nossa actualidade, António Mega Ferreira, seja tecnicamente um desconhecido. Verdade é que a frequência não ajuda. O milagre possível Basilio Losada, ensaísta, tradutor e professor de literatura galaico-portuguesa, estreia-se no romance A PEREGRINA de Basilio Losada (Teorema, 2001, trad. de Miranda das Neves, 178 págs., 2100$00, 10,50 euros) Ana Cristina Leonardo
Tradutor de mérito reconhecido - verteu para castelhano cerca de 150 livros e recebeu em 1991 o Premio Nacional de Traducción -, grande divulgador da literatura de língua portuguesa no país vizinho - e, por isso, é comendador da Ordem do Infante D. Henrique -, crítico, ensaísta e professor universitário, Basilio Losada decidiu-se a assinar - após ter convivido com Saramago, Cardoso Pires, Agustina Bessa-Luís e Jorge de Sena, para citar apenas nomes nacionais - ele próprio uma novela.
Tradutor de mérito reconhecido - verteu para castelhano cerca de 150 livros e recebeu em 1991 o Premio Nacional de Traducción -, grande divulgador da literatura de língua portuguesa no país vizinho - e, por isso, é comendador da Ordem do Infante D. Henrique -, crítico, ensaísta e professor universitário, Basilio Losada decidiu-se a assinar - após ter convivido com Saramago, Cardoso Pires, Agustina Bessa-Luís e Jorge de Sena, para citar apenas nomes nacionais - ele próprio uma novela. Olhar para cima Dois livros que aliam textos de Hölderlin e Emerson às fotografias de Daniel Costa A CONFIANÇA EM SI de R. W. Emerson e Daniel Costa (Livros Vendaval, 2001, trad. de Saul Costa, 140 págs., 1405$00, 6,98 euros) PELO INFINITO de F. Hölderlin e Daniel Costa (Livros Vendaval, 2001, trad. de Catarina Freire Diogo, 100 págs., 1005$00, 5,01 euros) António Guerreiro
Não basta as informações contidas na capa - o título e o nome dos autores - para percebermos do que se trata exactamente nestes dois livros. Só na apresentação que deles faz Silvina Rodrigues Lopes é que tudo se torna claro. Trata-se de associar dois textos, um de Emerson e outro de Hölderlin, às fotografias de Daniel Costa (1973-2000), do qual foi mostrado recentemente um conjunto dos seus trabalhos fotográficos, na Cisterna da Faculdade de Belas-Artes, e tem neste momento em exposição, na Galeria Monumental, uma série de quadros que constituem o essencial do trabalho artístico dos seus últimos anos.
Não basta as informações contidas na capa - o título e o nome dos autores - para percebermos do que se trata exactamente nestes dois livros. Só na apresentação que deles faz Silvina Rodrigues Lopes é que tudo se torna claro. Trata-se de associar dois textos, um de Emerson e outro de Hölderlin, às fotografias de Daniel Costa (1973-2000), do qual foi mostrado recentemente um conjunto dos seus trabalhos fotográficos, na Cisterna da Faculdade de Belas-Artes, e tem neste momento em exposição, na Galeria Monumental, uma série de quadros que constituem o essencial do trabalho artístico dos seus últimos anos. Reflexão vigilante Para a recuperação da serenidade SERENIDADE de Martin Heidegger (Instituto Piaget, 2001, trad. de Madalena Andrade e Olga Santos, 78 págs., 1575$00, 10,59 euros) Maria João Cabrita
Heidegger, um dos mais eminentes filósofos da contemporaneidade, soube colocar a questão do sentido do ser e, com ela, recobrar a sumptuosidade da ontologia na filosofia ocidental. Da analítica existencial do ser - de que Ser e Tempo (1927) é paradigma - avançou em direcção às questões da «verdade» como desvelamento e da «linguagem» como casa do ser. Do pensamento fenomenológico centrado na metafísica ocidental, dos gregos a Nietzsche, fez a passagem ao pensamento hermenêutico, fase iniciada com Hölderlin e a Essência da Poesia (1936) e de que O Que É Pensar? (1954) e Nietzsche (1961) são a máxima expressão.
Heidegger, um dos mais eminentes filósofos da contemporaneidade, soube colocar a questão do sentido do ser e, com ela, recobrar a sumptuosidade da ontologia na filosofia ocidental. Da analítica existencial do ser - de que(1927) é paradigma - avançou em direcção às questões da «verdade» como desvelamento e da «linguagem» como casa do ser. Do pensamento fenomenológico centrado na metafísica ocidental, dos gregos a Nietzsche, fez a passagem ao pensamento hermenêutico, fase iniciada com(1936) e de que(1954) e(1961) são a máxima expressão. Estranhas alianças Um polémico ensaio sobre o radicalismo islâmico e as rivalidades euro-americanas GUERRAS CONTRA A EUROPA de Alexandre del Valle (Hugin, 2001, trad. de Margarida Menezes, 438 págs., 4935$00, 33,18 euros) José Gabriel Viegas
Aquando da sua publicação, em França, há cerca de um ano, este polémico livro do orientalista francês Alexandre del Valle não só fez «furor» como suscitou diversas reacções de fúria. Com efeito, no primeiro aniversário da intervenção da NATO na Sérvia e no Kosovo, o autor faz uma implacável desmontagem dos objectivos e dos resultados de uma intervenção então apresentada como «humanitária» mas que, na realidade, teria servido apenas para criar mais um abcesso de fixação e de instabilidade na Europa.
Aquando da sua publicação, em França, há cerca de um ano, este polémico livro do orientalista francês Alexandre del Valle não só fez «furor» como suscitou diversas reacções de fúria. Com efeito, no primeiro aniversário da intervenção da NATO na Sérvia e no Kosovo, o autor faz uma implacável desmontagem dos objectivos e dos resultados de uma intervenção então apresentada como «humanitária» mas que, na realidade, teria servido apenas para criar mais um abcesso de fixação e de instabilidade na Europa. RECENSÕES Actos e Significado
Jerome Bruner Arqueologia Medieval Sinica Lusitana 1. Fontes Chinesas em Bibliotecas e Arquivos Portugueses
Roderich Ptak (coord.), Zhang Weimin e António Graça de Abreu
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O editor como autor Aos 48 anos, morreu esse editor singular, «autor» da Assírio & Alvim: Manuel Hermínio Monteiro António Guerreiro
Uma forma de escrever livros e exercer as prorrogativas da autoria literária por outros meios: era assim que Manuel Hermínio Monteiro reivindicava o seu trabalho de editor. Fê-lo de maneira tão convincente que os elogios fúnebres a que teve direito foram aqueles que geralmente são prestados aos autores. Não a todos, evidentemente, apenas aos que pela obra ou por graça de favoráveis contingências aparecem de maneira poderosa no momento em que desaparecem. Mas, na sua maneira de se reclamar autor, o Hermínio teve também o direito de escolher um género literário de culto: a poesia. Por isso, acabou por ser celebrado como poeta.
Uma forma de escrever livros e exercer as prorrogativas da autoria literária por outros meios: era assim que Manuel Hermínio Monteiro reivindicava o seu trabalho de editor. Fê-lo de maneira tão convincente que os elogios fúnebres a que teve direito foram aqueles que geralmente são prestados aos autores. Não a todos, evidentemente, apenas aos que pela obra ou por graça de favoráveis contingências aparecem de maneira poderosa no momento em que desaparecem. Mas, na sua maneira de se reclamar autor, o Hermínio teve também o direito de escolher um género literário de culto: a poesia. Por isso, acabou por ser celebrado como poeta. Viagem subterrânea A recente arte pública de José de Guimarães, designadamente no Metro JOSÉ DE GUIMARÃES — A LUZ NO TÚNEL de José Luís Porfírio (Afrontamento, 2000, 168 págs.) Lúcia Marques
Numa edição bilingue (português/inglês) e ilustrada, o crítico de artes plásticas José Luís Porfírio viaja na primeira pessoa em torno de um dos mais recentes projectos de José de Guimarães no domínio da arte pública. O ponto de partida e de chegada é a estação de Metro de Carnide, para a qual J. G. realizou em 1997 uma série de murais em mosaico, azulejo e néon, mas esse não é o único destino traçado no horizonte do leitor.
Numa edição bilingue (português/inglês) e ilustrada, o crítico de artes plásticas José Luís Porfírio viaja na primeira pessoa em torno de um dos mais recentes projectos de José de Guimarães no domínio da arte pública. O ponto de partida e de chegada é a estação de Metro de Carnide, para a qual J. G. realizou em 1997 uma série de murais em mosaico, azulejo e néon, mas esse não é o único destino traçado no horizonte do leitor. Os pequenos mistérios Um volume de contos de intensa agilidade sobre a bizarra existência humana A EXPRESSÃO DOS AFECTOS de António Mega Ferreira (Assírio & Alvim, 2001, 207 págs., 2500$00, 12,47 euros) Fernando Venâncio
É estranhíssima a convicção dos editores, nossos e estrangeiros, da magra apetência dos leitores pelo conto. «Os contos não vendem», dizem e repetem. Não se acredita. E concluímos que só por milagre ou por distracção venham aparecendo, e sejam lidos, contos de Mário de Carvalho, de Miguel Miranda, de Luísa Costa Gomes ou de Pedro Paixão. Em toda essa vaguidão de contornos, até se percebe isto: que um dos melhores contistas da nossa actualidade, António Mega Ferreira, seja tecnicamente um desconhecido. Verdade é que a frequência não ajuda.
É estranhíssima a convicção dos editores, nossos e estrangeiros, da magra apetência dos leitores pelo conto. «Os contos não vendem», dizem e repetem. Não se acredita. E concluímos que só por milagre ou por distracção venham aparecendo, e sejam lidos, contos de Mário de Carvalho, de Miguel Miranda, de Luísa Costa Gomes ou de Pedro Paixão. Em toda essa vaguidão de contornos, até se percebe isto: que um dos melhores contistas da nossa actualidade, António Mega Ferreira, seja tecnicamente um desconhecido. Verdade é que a frequência não ajuda. O milagre possível Basilio Losada, ensaísta, tradutor e professor de literatura galaico-portuguesa, estreia-se no romance A PEREGRINA de Basilio Losada (Teorema, 2001, trad. de Miranda das Neves, 178 págs., 2100$00, 10,50 euros) Ana Cristina Leonardo
Tradutor de mérito reconhecido - verteu para castelhano cerca de 150 livros e recebeu em 1991 o Premio Nacional de Traducción -, grande divulgador da literatura de língua portuguesa no país vizinho - e, por isso, é comendador da Ordem do Infante D. Henrique -, crítico, ensaísta e professor universitário, Basilio Losada decidiu-se a assinar - após ter convivido com Saramago, Cardoso Pires, Agustina Bessa-Luís e Jorge de Sena, para citar apenas nomes nacionais - ele próprio uma novela.
Tradutor de mérito reconhecido - verteu para castelhano cerca de 150 livros e recebeu em 1991 o Premio Nacional de Traducción -, grande divulgador da literatura de língua portuguesa no país vizinho - e, por isso, é comendador da Ordem do Infante D. Henrique -, crítico, ensaísta e professor universitário, Basilio Losada decidiu-se a assinar - após ter convivido com Saramago, Cardoso Pires, Agustina Bessa-Luís e Jorge de Sena, para citar apenas nomes nacionais - ele próprio uma novela. Olhar para cima Dois livros que aliam textos de Hölderlin e Emerson às fotografias de Daniel Costa A CONFIANÇA EM SI de R. W. Emerson e Daniel Costa (Livros Vendaval, 2001, trad. de Saul Costa, 140 págs., 1405$00, 6,98 euros) PELO INFINITO de F. Hölderlin e Daniel Costa (Livros Vendaval, 2001, trad. de Catarina Freire Diogo, 100 págs., 1005$00, 5,01 euros) António Guerreiro
Não basta as informações contidas na capa - o título e o nome dos autores - para percebermos do que se trata exactamente nestes dois livros. Só na apresentação que deles faz Silvina Rodrigues Lopes é que tudo se torna claro. Trata-se de associar dois textos, um de Emerson e outro de Hölderlin, às fotografias de Daniel Costa (1973-2000), do qual foi mostrado recentemente um conjunto dos seus trabalhos fotográficos, na Cisterna da Faculdade de Belas-Artes, e tem neste momento em exposição, na Galeria Monumental, uma série de quadros que constituem o essencial do trabalho artístico dos seus últimos anos.
Não basta as informações contidas na capa - o título e o nome dos autores - para percebermos do que se trata exactamente nestes dois livros. Só na apresentação que deles faz Silvina Rodrigues Lopes é que tudo se torna claro. Trata-se de associar dois textos, um de Emerson e outro de Hölderlin, às fotografias de Daniel Costa (1973-2000), do qual foi mostrado recentemente um conjunto dos seus trabalhos fotográficos, na Cisterna da Faculdade de Belas-Artes, e tem neste momento em exposição, na Galeria Monumental, uma série de quadros que constituem o essencial do trabalho artístico dos seus últimos anos. Reflexão vigilante Para a recuperação da serenidade SERENIDADE de Martin Heidegger (Instituto Piaget, 2001, trad. de Madalena Andrade e Olga Santos, 78 págs., 1575$00, 10,59 euros) Maria João Cabrita
Heidegger, um dos mais eminentes filósofos da contemporaneidade, soube colocar a questão do sentido do ser e, com ela, recobrar a sumptuosidade da ontologia na filosofia ocidental. Da analítica existencial do ser - de que Ser e Tempo (1927) é paradigma - avançou em direcção às questões da «verdade» como desvelamento e da «linguagem» como casa do ser. Do pensamento fenomenológico centrado na metafísica ocidental, dos gregos a Nietzsche, fez a passagem ao pensamento hermenêutico, fase iniciada com Hölderlin e a Essência da Poesia (1936) e de que O Que É Pensar? (1954) e Nietzsche (1961) são a máxima expressão.
Heidegger, um dos mais eminentes filósofos da contemporaneidade, soube colocar a questão do sentido do ser e, com ela, recobrar a sumptuosidade da ontologia na filosofia ocidental. Da analítica existencial do ser - de que(1927) é paradigma - avançou em direcção às questões da «verdade» como desvelamento e da «linguagem» como casa do ser. Do pensamento fenomenológico centrado na metafísica ocidental, dos gregos a Nietzsche, fez a passagem ao pensamento hermenêutico, fase iniciada com(1936) e de que(1954) e(1961) são a máxima expressão. Estranhas alianças Um polémico ensaio sobre o radicalismo islâmico e as rivalidades euro-americanas GUERRAS CONTRA A EUROPA de Alexandre del Valle (Hugin, 2001, trad. de Margarida Menezes, 438 págs., 4935$00, 33,18 euros) José Gabriel Viegas
Aquando da sua publicação, em França, há cerca de um ano, este polémico livro do orientalista francês Alexandre del Valle não só fez «furor» como suscitou diversas reacções de fúria. Com efeito, no primeiro aniversário da intervenção da NATO na Sérvia e no Kosovo, o autor faz uma implacável desmontagem dos objectivos e dos resultados de uma intervenção então apresentada como «humanitária» mas que, na realidade, teria servido apenas para criar mais um abcesso de fixação e de instabilidade na Europa.
Aquando da sua publicação, em França, há cerca de um ano, este polémico livro do orientalista francês Alexandre del Valle não só fez «furor» como suscitou diversas reacções de fúria. Com efeito, no primeiro aniversário da intervenção da NATO na Sérvia e no Kosovo, o autor faz uma implacável desmontagem dos objectivos e dos resultados de uma intervenção então apresentada como «humanitária» mas que, na realidade, teria servido apenas para criar mais um abcesso de fixação e de instabilidade na Europa. RECENSÕES Actos e Significado
Jerome Bruner Arqueologia Medieval Sinica Lusitana 1. Fontes Chinesas em Bibliotecas e Arquivos Portugueses
Roderich Ptak (coord.), Zhang Weimin e António Graça de Abreu