EXPRESSO: Vidas

02-01-2002
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25/8/2001

GENTE

Notícia 1 — De que a cantora luso-canadiana Nelly Furtado continua a fazer sucesso à volta do mundo. O segundo «single» de Nelly, «Turn off the light», já é disco de ouro na Austrália. Outra prova de que os australianos adoram a cantora é que o seu primeiro álbum, «Whoa, Nelly!», é disco de platina naquele país. Entretanto, a mãe da intérprete, Manuela Furtado, revelou que Nelly participou na cerimónia de estreia do filme «Tom Ryder», em Los Angeles, envergando um conjunto de linho amarelo — top, calças e um cinto — de autoria da estilista madeirense Fernanda Nóbrega. Manuela Furtado disse que a filha é apreciadora das roupas da estilista, que reside na pacata vila da Camacha, no concelho de Santa Cruz.

Notícia 2 — De que o bar Snob, o refúgio preferido dos jornalistas e «simpatizantes» chefiado pelo senhor Albino, vai fechar para obras durante o mês de Setembro. Um dos poucos bares aberto em Lisboa nos 365 dias do ano, encerra no próximo dia 2. A classe jornalística está em pânico, sem saber onde irá matar a sede durante este período.

Escândalo — Armado pela escritora norte-americana Candace Bushnell, autora da série televisiva «O sexo e a cidade», ao dar um enorme grito quando viu um antigo namorado no fundo da sala onde estava a apresentar o seu novo livro, «Four Blondes» (quatro louras). Candace, apontando-o, berrou: «Está ali um homem com quem já namorei. Não saiam com ele, raparigas, tem muito bom aspecto mas é incapaz de assumir um compromisso». O homem, um advogado de Los Angeles, assustado, saiu a correr e trancou-se na casa de banho.

Desejo — De Madonna de que Lourdes Maria, a filha de quatro anos que teve com o seu antigo professor de ginástica, o cubano naturalizado norte-americano Carlos León, seja «a menina mais bem vestida do mundo». Para isto, gasta uma fortuna em roupas para a criança, vestindo-a com os mesmos modelos que utiliza no palco. Além disso, estilistas amigos da cantora, como Jean-Paul Gaultier e Stella McCartney, confeccionaram roupas exclusivas para a menina, que também recebe tratamentos de pele e unhas nos mais selectos salões.

Nomeação — Da actriz norte-americana Angelina Jolie para o cargo de embaixadora do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. A actriz foi escolhida por ser «muito popular e interessar-se pelos refugiados», explicou Kris Janowski, porta-voz do Alto Comissariado. Durante as filmagens de «Tomb Raider», em Angkor Vat, no Camboja, Angelina tinha manifestado a intenção de financiar a construção de uma escola a ser feita pelo Alto Comissariado dos Refugiados.

Descoberta — Do túmulo de Gengis Khan, o imperador da Mongólia. O túmulo foi encontrado a poucos quilómetros de Batshireet, o lugar onde o imperador nasceu. Os arqueólogos esperam autorização para começar a escavar e confirmar o achado. A expedição, composta por norte-americanos e mongóis, é liderada por Mauritz Cravitz, um advogado apaixonado por História.

Divórcio — Via telemóvel é a nova moda entre a comunidade islâmica de Singapura. As mensagens escritas, também conhecidas por SMS, estavam a ser usadas para pôr termo a vários casamentos. A situação chegou a tal ponto que as autoridades islâmicas proibiram formalmente os «divórcios telefónicos». Segundo as leis islâmicas, um homem que se queira separar da mulher tem de declarar três vezes, em frente dela: «Eu divorcio-me de ti.» Depois terá de comparecer no tribunal religioso para dar a conhecer o acto. Segundo Gerry Evans, especialista em religiões comparadas da Universidade Nacional de Singapura, «estes problemas com as novas tecnologias resultam da informalidade das leis islâmicas no que toca ao matrimónio».

Gigi e o sportinguista de Belém ANTÓNIO PEDRO FERREIRA O afamado restaurante de Gigi Reino (na foto), na praia da Quinta do Lago, continua a ser o ponto de encontro obrigatório, no Verão algarvio, de todo o «jet set» (do que faz tudo para aparecer nas revistas cor-de-rosa ao mais discreto, que foge das fotografias e da exposição pública da sua vida privada). No passado domingo, apesar do sol e da excelência da comida, os sportinguistas apresentavam-se de semblantes carregados, após a humilhante derrota da véspera, no Restelo. O afamado restaurante de(na foto), na praia da Quinta do Lago, continua a ser o ponto de encontro obrigatório, no Verão algarvio, de todo o «jet set» (do que faz tudo para aparecer nas revistas cor-de-rosa ao mais discreto, que foge das fotografias e da exposição pública da sua vida privada). No passado domingo, apesar do sol e da excelência da comida, os sportinguistas apresentavam-se de semblantes carregados, após a humilhante derrota da véspera, no Restelo. E Gigi, benfiquista inabalável mesmo em anos de crise e sempre transbordando boa disposição, não resistiu a consolar um sportinguista muito especial que afogava as mágoas no seu restaurante: «Não se deixe abalar, porque é o único adepto do Sporting com algumas razões para ficar satisfeito com as vitórias do Belenenses. Afinal, é o verdadeiro símbolo de Belém...» O Presidente da República, Jorge Sampaio, não conseguiu deixar de sorrir, recuperando a boa disposição.

Ovação no aeroporto SÉRGIO GRANADEIRO Seja por confirmação do ditado popular «atrás de mim virá quem bom de mim fará», seja por efeito das suas crónicas dominicais na TVI, a verdade é que a popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa parece estar melhor do que nunca. Há dias, o ex-líder do PSD, ao regressar de uma das suas idas à Assembleia Municipal de Celorico de Basto, foi surpreendido, no aeroporto Sá Carneiro, no Porto, por algumas centenas de emigrantes que aí se encontravam em trânsito de férias, com saudações efusivas que terminaram numa ovação generalizada. Nem nos tempos de líder recolhia tal simpatia... E esta semana, num hotel nos confins da ilha de Palma de Maiorca, deparou-se com um casal de médicos oncologistas do Porto que lhe caíram literalmente nos braços. É que haviam feito a aposta, com amigos, de que encontrariam Marcelo em Maiorca, e já haviam percorrido grande parte da ilha à sua procura. Lá levaram a fotografia comprovativa de que a prova havia sido superada. Seja por confirmação do ditado popular «atrás de mim virá quem bom de mim fará», seja por efeito das suas crónicas dominicais na TVI, a verdade é que a popularidade deparece estar melhor do que nunca. Há dias, o ex-líder do PSD, ao regressar de uma das suas idas à Assembleia Municipal de Celorico de Basto, foi surpreendido, no aeroporto Sá Carneiro, no Porto, por algumas centenas de emigrantes que aí se encontravam em trânsito de férias, com saudações efusivas que terminaram numa ovação generalizada. Nem nos tempos de líder recolhia tal simpatia... E esta semana, num hotel nos confins da ilha de Palma de Maiorca, deparou-se com um casal de médicos oncologistas do Porto que lhe caíram literalmente nos braços. É que haviam feito a aposta, com amigos, de que encontrariam Marcelo em Maiorca, e já haviam percorrido grande parte da ilha à sua procura. Lá levaram a fotografia comprovativa de que a prova havia sido superada.

«Jet set» de Maiorca Entre o «jet set» de Maiorca, até personalidades portuguesas como Marcelo Rebelo de Sousa se sentem simples anónimos. Nesta semana em que lá esteve, Marcelo só ouvia falar de Boris Becker, em reconciliação com a mulher e muito simpático a dar autógrafos; de Michael Douglas, que fizera obras clandestinas na sua casa de Maiorca e, para acabar com as polémicas, ofereceu uma nova discoteca à edilidade...; do magnífico iate em que se destacava George Bush, pai do actual chefe de Estado dos EUA; do ex-presidente argentino Carlos Menem, acusado de ter investido milhões em Maiorca para fugir ao fisco da Argentina; das festas deslumbrantes de Valentino no seu iate «Number One» (que nada tem a ver com o «Lucky Me»...); do embaraço da família real britânica pelo facto de a mulher de Michael de Kent (filho do duque de Kent) se ocupar, em Maiorca, a comprar e vender barcos em segunda mão; ou de Claudia Schiffer, muito discreta, em jeito de quem já está na pré-reforma. Ao pé destas celebridades, a Quinta do Lago é uma aldeia.

A festa da «saison» RUI OCHÔA A festa mais comentada deste Verão na Quinta do Lago foi, sem dúvida, a dos 65 anos de André Gonçalves Pereira, onde estiveram Francisco Balsemão e Belmiro de Azevedo, entre cerca de 100 convidados. O momento alto dos festejos foi a passagem em diapositivos da vida do ex-ministro e conhecido advogado, de criança a adulto. Com uma narrativa adequada, feita por Rui de Carvalho e Rui Vilar, música de acompanhamento e um coro feminino liderado por Tita Balsemão. Um sucesso. A festa mais comentada deste Verão na Quinta do Lago foi, sem dúvida, a dos 65 anos de, onde estiveram, entre cerca de 100 convidados. O momento alto dos festejos foi a passagem em diapositivos da vida do ex-ministro e conhecido advogado, de criança a adulto. Com uma narrativa adequada, feita por, música de acompanhamento e um coro feminino liderado por. Um sucesso.

A surpresa de Guterres Avesso a contar ou a mostrar pormenores da sua vida privada, António Guterres causou grande surpresa ao surgir com a sua mulher, Catarina Vaz Pinto, e o filho desta numa foto-reportagem das suas férias nos Açores, publicada pela revista «Caras». Intitulada «As descontraídas férias de Catarina e António Guterres», a reportagem incluía fotografias da família do primeiro-ministro a passear na zona das Furnas, em São Miguel. A surpresa foi tanto maior quanto, na mesma semana, numa entrevista à «Notícias Magazine», do «Diário de Notícias» e «Jornal de Notícias», António Guterres era peremptório em considerar «tão condenável um homem utilizar as suas convicções religiosas para fazer política como, por exemplo, a sua família», referindo-se à privacidade como «um valor que me é muito caro». Como se costuma dizer, «bem prega Frei Tomás...» Avesso a contar ou a mostrar pormenores da sua vida privada,causou grande surpresa ao surgir com a sua mulher,, e o filho desta numa foto-reportagem das suas férias nos Açores, publicada pela revista «Caras». Intitulada «As descontraídas férias de Catarina e António Guterres», a reportagem incluía fotografias da família do primeiro-ministro a passear na zona das Furnas, em São Miguel. A surpresa foi tanto maior quanto, na mesma semana, numa entrevista à «Notícias Magazine», do «Diário de Notícias» e «Jornal de Notícias», António Guterres era peremptório em considerar, referindo-se à privacidade como. Como se costuma dizer, «bem prega Frei Tomás...»

Férias atribuladas Há duas semanas, GENTE deu aqui conta de como a Natureza não deixou António Guterres em paz nas suas férias nos Açores, tendo-lhe mandado uma «água viva» (vulgo alforreca) que o mordeu, quando tomava o seu banho na praia de Água d'Alto (ilha de São Miguel). Pela imprensa local, viemos agora a saber mais alguns pormenores: segundo o «Diário dos Açores», «o primeiro-ministro trazia consigo uma pomada Fenistil que de imediato colocou sobre a mordidela, tendo depois o nadador-salvador de serviço prestado também apoio ao chefe do Executivo nacional». Conta o mesmo jornal que este não foi o único contratempo do primeiro-ministro: «António Guterres, na maior praia de São Miguel, também verificou que havia muito lixo a dar à costa, tendo até nadado entre ele. Depois de um dia de peripécias, Guterres, ao volante, voltou para a Caloura, acompanhado da mulher e do filho desta.» Recorrendo a uma expressão muito querida aos socialistas, é caso para GENTE dizer: quem se mete com alforrecas... leva!

Tias em acção JOSÉ PEDRO TOMAZ Quando pensava que em matéria de Código da Estrada (e, em particular, de sinalização) nada mais havia a aprender, GENTE teve uma surpresa, quando seguia para o Ancão. Como a fotografia demonstra, a belíssima praia algarvia nesta altura do ano regista alguns problemas de circulação. Fica o aviso aos mais incautos, que algum turista mais desagradado achou por bem fazer. Quando pensava que em matéria de Código da Estrada (e, em particular, de sinalização) nada mais havia a aprender, GENTE teve uma surpresa, quando seguia para o Ancão. Como a fotografia demonstra, a belíssima praia algarvia nesta altura do ano regista alguns problemas de circulação. Fica o aviso aos mais incautos, que algum turista mais desagradado achou por bem fazer.

A escalada do líder Que ele persiste e resiste já todos sabíamos. Mas o líder do PSD decidiu dar mais um exemplo, desta vez físico. Numa verdadeira jornada de luta, contra muita chuva, ventos de 90 quilómetros/hora, lama, nevoeiro e uma temperatura de 4 graus, Durão Barrosoescalou o Pico, nos Açores, acompanhado de mais alguns resistentes laranjinhas, como o líder da Juventude Social-Democrata (JSD), Pedro Duarte, e o presidente do PSD-Açores, Vítor Cruz (na foto, à esquerda e à direita, respectivamente). Conta quem sabe que Barroso formulou o desejo de subir a montanha mais alta de Portugal quando esteve nos Açores em 1999, durante a campanha para as eleições legislativas. No momento em que o Governo socialista atravessa sérias dificuldades, Durão não escapou a mais uma simbologia: escalar o Pico, como António Guterres fez em 1995, meses antes de vencer pela primeira vez as eleições legislativas. A escalada de Barroso demorou cerca de seis horas e foi deixando para trás uma dezena de acompanhantes, que foram desistindo, devido às adversas condições climatéricas. No entanto, Barroso devia estar ciente de que mal ficaria se voltasse para trás. Segundo os jornais, a decisão de não desistir foi sendo tomada em sucessivas rondas de conversações com o guia, com base no argumento do «já que aqui estamos...» Se Barroso for mesmo o candidato do PSD a primeiro-ministro nas próximas eleições, resta saber se os portugueses, perante o boletim de voto, também dirão: «Já que aqui conseguiu chegar...» Que ele persiste e resiste já todos sabíamos. Mas o líder do PSD decidiu dar mais um exemplo, desta vez físico. Numa verdadeira jornada de luta, contra muita chuva, ventos de 90 quilómetros/hora, lama, nevoeiro e uma temperatura de 4 graus,escalou o Pico, nos Açores, acompanhado de mais alguns resistentes laranjinhas, como o líder da Juventude Social-Democrata (JSD),, e o presidente do PSD-Açores,(na foto, à esquerda e à direita, respectivamente). Conta quem sabe que Barroso formulou o desejo de subir a montanha mais alta de Portugal quando esteve nos Açores em 1999, durante a campanha para as eleições legislativas. No momento em que o Governo socialista atravessa sérias dificuldades, Durão não escapou a mais uma simbologia: escalar o Pico, comofez em 1995, meses antes de vencer pela primeira vez as eleições legislativas. A escalada de Barroso demorou cerca de seis horas e foi deixando para trás uma dezena de acompanhantes, que foram desistindo, devido às adversas condições climatéricas. No entanto, Barroso devia estar ciente de que mal ficaria se voltasse para trás. Segundo os jornais, a decisão de não desistir foi sendo tomada em sucessivas rondas de conversações com o guia, com base no argumento doSe Barroso for mesmo o candidato do PSD a primeiro-ministro nas próximas eleições, resta saber se os portugueses, perante o boletim de voto, também dirão: «Já que aqui conseguiu chegar...»

Antevisões açorianas As férias de António Guterres nos Açores, na ilha de São Miguel, e a deslocação do líder do PSD, Durão Barroso, à ilha do Pico, para subir àquela que é a montanha mais alta de Portugal, mostraram como a toponímia do arquipélago está carregada de ironia e, quem sabe, de grande significado. Segundo GENTE apurou, o primeiro-ministro e a sua mulher, Catarina Vaz Pinto, ficaram alojados numa casa situada no Lugar do Termo e por várias vezes foram vistos a fazerem compras no minimercado da zona, que tem por nome Cova da Onça (lembram-se do Pulo do Lobo de Cavaco Silva?). Já Durão Barroso teve oportunidade de almoçar um saboroso cavaco (a lagosta dos Açores) com laranja. E, ao largo do Pico, o líder social-democrata foi posto a comandar uma embarcação, baptizada de «Abismo».

Harmonia social-democrata Mas, para além das agruras do protocolo, foi possível ver, em grande sintonia, o filho mais novo de Durão Barroso, Francisco, com o próprio Marques Mendes, no decurso da transmissão televisiva do Belenenses-Sporting. Enquanto Francisco e Mendes, benfiquistas ferrenhos, exultavam com os golos de Belém, o sportinguista Durão ia-se afundando no sofá do hotel. E o convívio entre Durão e Mendes prolongou-se num jantar do célebre cozido das Furnas, para o qual ambos foram convidados pelo líder do PSD/Açores, Vítor Cruz. Com o filho de Durão Barroso em alegre convívio com a simpática Sofia Marques Mendes, mulher do ex-candidato a líder. Não há nada como os Açores para juntar a desavinda família social-democrata. Mas, para além das agruras do protocolo, foi possível ver, em grande sintonia, o filho mais novo de, com o próprio, no decurso da transmissão televisiva do Belenenses-Sporting. Enquanto Francisco e Mendes, benfiquistas ferrenhos, exultavam com os golos de Belém, o sportinguista Durão ia-se afundando no sofá do hotel. E o convívio entre Durão e Mendes prolongou-se num jantar do célebre cozido das Furnas, para o qual ambos foram convidados pelo líder do PSD/Açores,. Com o filho de Durão Barroso em alegre convívio com a simpática, mulher do ex-candidato a líder. Não há nada como os Açores para juntar a desavinda família social-democrata.

Mendes, Durão e o protocolo Meio-mundo social-democrata arribou aos Açores no passado fim-de-semana para a inauguração da marina de Vila Franca do Campo, uma autarquia liderada pelo PSD e pelo mendista Rui Melo. Além de Mota Amaral, estavam lá Durão Barroso e uma vasta comitiva (com Pedro Duarte, Nuno Morais Sarmento, Hermínio Loureiro e Jorge Costa, entre outros) e Marques Mendes (em cuja comitiva se podiam integrar Miguel Macedo e Pedro Vinha, entre outros). Tão inusitada afluência provocou óbvios problemas logísticos e de protocolo. Entre os últimos, o «staff» de Durão Barroso não perdoou que Mendes ficasse num lugar mais destacado do que Durão na mesa de honra, presidida pelo ministro da República, Sampaio da Nóvoa, ladeado à direita por Mota Amaral e à esquerda por Mendes. Bem se esforçou o presidente da Câmara, Rui Melo, a explicar que Mota Amaral estava ali como vice-presidente da Assembleia da República e Marques Mendes como presidente da comissão parlamentar das Comunidades Portuguesas... Nada convenceu os contristados barrosistas.

O refúgio do ministro JOÃO CARLOS SANTOS GENTE conseguiu descobrir onde o ministro da Presidência e das Finanças, Guilherme d'Oliveira Martins, se «esconde» quando vai ao Algarve. Afinal, é em Boliqueime, terra de origem da sua mãe, onde a família tem casa e onde gosta de passar férias desde a infância. Este ano, o ocupadíssimo superministro de António Guterres só teve oportunidade de lá ir em alguns fins-de-semana e frequentar a Praia dos Tomates, onde foi visto na companhia de um velho amigo da época do liceu, António Rebelo de Sousa, o irmão socialista de Marcelo Rebelo de Sousa. Em Boliqueime, às vezes cruza-se na rua com Cavaco Silva, como no último domingo, e quem os viu a conversar notou que exibiam um ar bastante cordial. Contudo, resta ainda desvendar um mistério: qual será o segredo desta aldeia do país profundo para produzir ministros das Finanças? Será o ar, a água, ou o quê? GENTE não sabe, mas desconfia que Boliqueime arrisca tornar-se o destino estival dos políticos com ambição ao cargo. GENTE conseguiu descobrir onde o ministro da Presidência e das Finanças,, se «esconde» quando vai ao Algarve. Afinal, é em Boliqueime, terra de origem da sua mãe, onde a família tem casa e onde gosta de passar férias desde a infância. Este ano, o ocupadíssimo superministro desó teve oportunidade de lá ir em alguns fins-de-semana e frequentar a Praia dos Tomates, onde foi visto na companhia de um velho amigo da época do liceu,, o irmão socialista de. Em Boliqueime, às vezes cruza-se na rua com, como no último domingo, e quem os viu a conversar notou que exibiam um ar bastante cordial. Contudo, resta ainda desvendar um mistério: qual será o segredo desta aldeia do país profundo para produzir ministros das Finanças? Será o ar, a água, ou o quê? GENTE não sabe, mas desconfia que Boliqueime arrisca tornar-se o destino estival dos políticos com ambição ao cargo.

As viagens de Vladimiro As deslocações do presidente da Câmara de Estarreja, Vladimiro Silva, fizeram perder a cabeça aos membros da respectiva Assembleia Municipal que mandaram o caso para a Inspecção Geral da Administração do Território e para a Procuradoria-Geral da República. Instado a explicitar as justificações que apresentara para certas viagens, respectivas ajudas de custo e utilização da viatura da Câmara, não é que Vladimiro veio dizer que efectuou diversas viagens a Lisboa, em dias seguidos, ao sábado e domingo, para ir ao Ministério do Ambiente e ter até audiências com o secretário de Estado? Além disso, o autarca apresentou dessas viagens recibos de portagem da saída da A1 em Queluz. Impiedosos, os representantes do PSD na Assembleia Municipal afirmam: «Em muitas situações não houve serviço público, duvidamos que tenha havido viagem.» E estranham que o Ministério do Ambiente esteja aberto aos sábados e domingos, bem como que Vladimiro possa ter-se encontrado aí com alguém. Mas que má vontade... Aos portugueses em geral, fica a descoberta e o conselho rodoviário do autarca de Estarreja: entradas em Lisboa, o melhor é por Queluz! As deslocações do presidente da Câmara de Estarreja,, fizeram perder a cabeça aos membros da respectiva Assembleia Municipal que mandaram o caso para a Inspecção Geral da Administração do Território e para a Procuradoria-Geral da República. Instado a explicitar as justificações que apresentara para certas viagens, respectivas ajudas de custo e utilização da viatura da Câmara, não é que Vladimiro veio dizer que efectuou diversas viagens a Lisboa, em dias seguidos, ao sábado e domingo, para ir ao Ministério do Ambiente e ter até audiências com o secretário de Estado? Além disso, o autarca apresentou dessas viagens recibos de portagem da saída da A1 em Queluz. Impiedosos, os representantes do PSD na Assembleia Municipal afirmam:E estranham que o Ministério do Ambiente esteja aberto aos sábados e domingos, bem como que Vladimiro possa ter-se encontrado aí com alguém. Mas que má vontade... Aos portugueses em geral, fica a descoberta e o conselho rodoviário do autarca de Estarreja: entradas em Lisboa, o melhor é por Queluz!

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Notícia 1 — De que a cantora luso-canadiana Nelly Furtado continua a fazer sucesso à volta do mundo. O segundo «single» de Nelly, «Turn off the light», já é disco de ouro na Austrália. Outra prova de que os australianos adoram a cantora é que o seu primeiro álbum, «Whoa, Nelly!», é disco de platina naquele país. Entretanto, a mãe da intérprete, Manuela Furtado, revelou que Nelly participou na cerimónia de estreia do filme «Tom Ryder», em Los Angeles, envergando um conjunto de linho amarelo — top, calças e um cinto — de autoria da estilista madeirense Fernanda Nóbrega. Manuela Furtado disse que a filha é apreciadora das roupas da estilista, que reside na pacata vila da Camacha, no concelho de Santa Cruz.

Notícia 2 — De que o bar Snob, o refúgio preferido dos jornalistas e «simpatizantes» chefiado pelo senhor Albino, vai fechar para obras durante o mês de Setembro. Um dos poucos bares aberto em Lisboa nos 365 dias do ano, encerra no próximo dia 2. A classe jornalística está em pânico, sem saber onde irá matar a sede durante este período.

Escândalo — Armado pela escritora norte-americana Candace Bushnell, autora da série televisiva «O sexo e a cidade», ao dar um enorme grito quando viu um antigo namorado no fundo da sala onde estava a apresentar o seu novo livro, «Four Blondes» (quatro louras). Candace, apontando-o, berrou: «Está ali um homem com quem já namorei. Não saiam com ele, raparigas, tem muito bom aspecto mas é incapaz de assumir um compromisso». O homem, um advogado de Los Angeles, assustado, saiu a correr e trancou-se na casa de banho.

Desejo — De Madonna de que Lourdes Maria, a filha de quatro anos que teve com o seu antigo professor de ginástica, o cubano naturalizado norte-americano Carlos León, seja «a menina mais bem vestida do mundo». Para isto, gasta uma fortuna em roupas para a criança, vestindo-a com os mesmos modelos que utiliza no palco. Além disso, estilistas amigos da cantora, como Jean-Paul Gaultier e Stella McCartney, confeccionaram roupas exclusivas para a menina, que também recebe tratamentos de pele e unhas nos mais selectos salões.

Nomeação — Da actriz norte-americana Angelina Jolie para o cargo de embaixadora do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. A actriz foi escolhida por ser «muito popular e interessar-se pelos refugiados», explicou Kris Janowski, porta-voz do Alto Comissariado. Durante as filmagens de «Tomb Raider», em Angkor Vat, no Camboja, Angelina tinha manifestado a intenção de financiar a construção de uma escola a ser feita pelo Alto Comissariado dos Refugiados.

Descoberta — Do túmulo de Gengis Khan, o imperador da Mongólia. O túmulo foi encontrado a poucos quilómetros de Batshireet, o lugar onde o imperador nasceu. Os arqueólogos esperam autorização para começar a escavar e confirmar o achado. A expedição, composta por norte-americanos e mongóis, é liderada por Mauritz Cravitz, um advogado apaixonado por História.

Divórcio — Via telemóvel é a nova moda entre a comunidade islâmica de Singapura. As mensagens escritas, também conhecidas por SMS, estavam a ser usadas para pôr termo a vários casamentos. A situação chegou a tal ponto que as autoridades islâmicas proibiram formalmente os «divórcios telefónicos». Segundo as leis islâmicas, um homem que se queira separar da mulher tem de declarar três vezes, em frente dela: «Eu divorcio-me de ti.» Depois terá de comparecer no tribunal religioso para dar a conhecer o acto. Segundo Gerry Evans, especialista em religiões comparadas da Universidade Nacional de Singapura, «estes problemas com as novas tecnologias resultam da informalidade das leis islâmicas no que toca ao matrimónio».

Gigi e o sportinguista de Belém ANTÓNIO PEDRO FERREIRA O afamado restaurante de Gigi Reino (na foto), na praia da Quinta do Lago, continua a ser o ponto de encontro obrigatório, no Verão algarvio, de todo o «jet set» (do que faz tudo para aparecer nas revistas cor-de-rosa ao mais discreto, que foge das fotografias e da exposição pública da sua vida privada). No passado domingo, apesar do sol e da excelência da comida, os sportinguistas apresentavam-se de semblantes carregados, após a humilhante derrota da véspera, no Restelo. O afamado restaurante de(na foto), na praia da Quinta do Lago, continua a ser o ponto de encontro obrigatório, no Verão algarvio, de todo o «jet set» (do que faz tudo para aparecer nas revistas cor-de-rosa ao mais discreto, que foge das fotografias e da exposição pública da sua vida privada). No passado domingo, apesar do sol e da excelência da comida, os sportinguistas apresentavam-se de semblantes carregados, após a humilhante derrota da véspera, no Restelo. E Gigi, benfiquista inabalável mesmo em anos de crise e sempre transbordando boa disposição, não resistiu a consolar um sportinguista muito especial que afogava as mágoas no seu restaurante: «Não se deixe abalar, porque é o único adepto do Sporting com algumas razões para ficar satisfeito com as vitórias do Belenenses. Afinal, é o verdadeiro símbolo de Belém...» O Presidente da República, Jorge Sampaio, não conseguiu deixar de sorrir, recuperando a boa disposição.

Ovação no aeroporto SÉRGIO GRANADEIRO Seja por confirmação do ditado popular «atrás de mim virá quem bom de mim fará», seja por efeito das suas crónicas dominicais na TVI, a verdade é que a popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa parece estar melhor do que nunca. Há dias, o ex-líder do PSD, ao regressar de uma das suas idas à Assembleia Municipal de Celorico de Basto, foi surpreendido, no aeroporto Sá Carneiro, no Porto, por algumas centenas de emigrantes que aí se encontravam em trânsito de férias, com saudações efusivas que terminaram numa ovação generalizada. Nem nos tempos de líder recolhia tal simpatia... E esta semana, num hotel nos confins da ilha de Palma de Maiorca, deparou-se com um casal de médicos oncologistas do Porto que lhe caíram literalmente nos braços. É que haviam feito a aposta, com amigos, de que encontrariam Marcelo em Maiorca, e já haviam percorrido grande parte da ilha à sua procura. Lá levaram a fotografia comprovativa de que a prova havia sido superada. Seja por confirmação do ditado popular «atrás de mim virá quem bom de mim fará», seja por efeito das suas crónicas dominicais na TVI, a verdade é que a popularidade deparece estar melhor do que nunca. Há dias, o ex-líder do PSD, ao regressar de uma das suas idas à Assembleia Municipal de Celorico de Basto, foi surpreendido, no aeroporto Sá Carneiro, no Porto, por algumas centenas de emigrantes que aí se encontravam em trânsito de férias, com saudações efusivas que terminaram numa ovação generalizada. Nem nos tempos de líder recolhia tal simpatia... E esta semana, num hotel nos confins da ilha de Palma de Maiorca, deparou-se com um casal de médicos oncologistas do Porto que lhe caíram literalmente nos braços. É que haviam feito a aposta, com amigos, de que encontrariam Marcelo em Maiorca, e já haviam percorrido grande parte da ilha à sua procura. Lá levaram a fotografia comprovativa de que a prova havia sido superada.

«Jet set» de Maiorca Entre o «jet set» de Maiorca, até personalidades portuguesas como Marcelo Rebelo de Sousa se sentem simples anónimos. Nesta semana em que lá esteve, Marcelo só ouvia falar de Boris Becker, em reconciliação com a mulher e muito simpático a dar autógrafos; de Michael Douglas, que fizera obras clandestinas na sua casa de Maiorca e, para acabar com as polémicas, ofereceu uma nova discoteca à edilidade...; do magnífico iate em que se destacava George Bush, pai do actual chefe de Estado dos EUA; do ex-presidente argentino Carlos Menem, acusado de ter investido milhões em Maiorca para fugir ao fisco da Argentina; das festas deslumbrantes de Valentino no seu iate «Number One» (que nada tem a ver com o «Lucky Me»...); do embaraço da família real britânica pelo facto de a mulher de Michael de Kent (filho do duque de Kent) se ocupar, em Maiorca, a comprar e vender barcos em segunda mão; ou de Claudia Schiffer, muito discreta, em jeito de quem já está na pré-reforma. Ao pé destas celebridades, a Quinta do Lago é uma aldeia.

A festa da «saison» RUI OCHÔA A festa mais comentada deste Verão na Quinta do Lago foi, sem dúvida, a dos 65 anos de André Gonçalves Pereira, onde estiveram Francisco Balsemão e Belmiro de Azevedo, entre cerca de 100 convidados. O momento alto dos festejos foi a passagem em diapositivos da vida do ex-ministro e conhecido advogado, de criança a adulto. Com uma narrativa adequada, feita por Rui de Carvalho e Rui Vilar, música de acompanhamento e um coro feminino liderado por Tita Balsemão. Um sucesso. A festa mais comentada deste Verão na Quinta do Lago foi, sem dúvida, a dos 65 anos de, onde estiveram, entre cerca de 100 convidados. O momento alto dos festejos foi a passagem em diapositivos da vida do ex-ministro e conhecido advogado, de criança a adulto. Com uma narrativa adequada, feita por, música de acompanhamento e um coro feminino liderado por. Um sucesso.

A surpresa de Guterres Avesso a contar ou a mostrar pormenores da sua vida privada, António Guterres causou grande surpresa ao surgir com a sua mulher, Catarina Vaz Pinto, e o filho desta numa foto-reportagem das suas férias nos Açores, publicada pela revista «Caras». Intitulada «As descontraídas férias de Catarina e António Guterres», a reportagem incluía fotografias da família do primeiro-ministro a passear na zona das Furnas, em São Miguel. A surpresa foi tanto maior quanto, na mesma semana, numa entrevista à «Notícias Magazine», do «Diário de Notícias» e «Jornal de Notícias», António Guterres era peremptório em considerar «tão condenável um homem utilizar as suas convicções religiosas para fazer política como, por exemplo, a sua família», referindo-se à privacidade como «um valor que me é muito caro». Como se costuma dizer, «bem prega Frei Tomás...» Avesso a contar ou a mostrar pormenores da sua vida privada,causou grande surpresa ao surgir com a sua mulher,, e o filho desta numa foto-reportagem das suas férias nos Açores, publicada pela revista «Caras». Intitulada «As descontraídas férias de Catarina e António Guterres», a reportagem incluía fotografias da família do primeiro-ministro a passear na zona das Furnas, em São Miguel. A surpresa foi tanto maior quanto, na mesma semana, numa entrevista à «Notícias Magazine», do «Diário de Notícias» e «Jornal de Notícias», António Guterres era peremptório em considerar, referindo-se à privacidade como. Como se costuma dizer, «bem prega Frei Tomás...»

Férias atribuladas Há duas semanas, GENTE deu aqui conta de como a Natureza não deixou António Guterres em paz nas suas férias nos Açores, tendo-lhe mandado uma «água viva» (vulgo alforreca) que o mordeu, quando tomava o seu banho na praia de Água d'Alto (ilha de São Miguel). Pela imprensa local, viemos agora a saber mais alguns pormenores: segundo o «Diário dos Açores», «o primeiro-ministro trazia consigo uma pomada Fenistil que de imediato colocou sobre a mordidela, tendo depois o nadador-salvador de serviço prestado também apoio ao chefe do Executivo nacional». Conta o mesmo jornal que este não foi o único contratempo do primeiro-ministro: «António Guterres, na maior praia de São Miguel, também verificou que havia muito lixo a dar à costa, tendo até nadado entre ele. Depois de um dia de peripécias, Guterres, ao volante, voltou para a Caloura, acompanhado da mulher e do filho desta.» Recorrendo a uma expressão muito querida aos socialistas, é caso para GENTE dizer: quem se mete com alforrecas... leva!

Tias em acção JOSÉ PEDRO TOMAZ Quando pensava que em matéria de Código da Estrada (e, em particular, de sinalização) nada mais havia a aprender, GENTE teve uma surpresa, quando seguia para o Ancão. Como a fotografia demonstra, a belíssima praia algarvia nesta altura do ano regista alguns problemas de circulação. Fica o aviso aos mais incautos, que algum turista mais desagradado achou por bem fazer. Quando pensava que em matéria de Código da Estrada (e, em particular, de sinalização) nada mais havia a aprender, GENTE teve uma surpresa, quando seguia para o Ancão. Como a fotografia demonstra, a belíssima praia algarvia nesta altura do ano regista alguns problemas de circulação. Fica o aviso aos mais incautos, que algum turista mais desagradado achou por bem fazer.

A escalada do líder Que ele persiste e resiste já todos sabíamos. Mas o líder do PSD decidiu dar mais um exemplo, desta vez físico. Numa verdadeira jornada de luta, contra muita chuva, ventos de 90 quilómetros/hora, lama, nevoeiro e uma temperatura de 4 graus, Durão Barrosoescalou o Pico, nos Açores, acompanhado de mais alguns resistentes laranjinhas, como o líder da Juventude Social-Democrata (JSD), Pedro Duarte, e o presidente do PSD-Açores, Vítor Cruz (na foto, à esquerda e à direita, respectivamente). Conta quem sabe que Barroso formulou o desejo de subir a montanha mais alta de Portugal quando esteve nos Açores em 1999, durante a campanha para as eleições legislativas. No momento em que o Governo socialista atravessa sérias dificuldades, Durão não escapou a mais uma simbologia: escalar o Pico, como António Guterres fez em 1995, meses antes de vencer pela primeira vez as eleições legislativas. A escalada de Barroso demorou cerca de seis horas e foi deixando para trás uma dezena de acompanhantes, que foram desistindo, devido às adversas condições climatéricas. No entanto, Barroso devia estar ciente de que mal ficaria se voltasse para trás. Segundo os jornais, a decisão de não desistir foi sendo tomada em sucessivas rondas de conversações com o guia, com base no argumento do «já que aqui estamos...» Se Barroso for mesmo o candidato do PSD a primeiro-ministro nas próximas eleições, resta saber se os portugueses, perante o boletim de voto, também dirão: «Já que aqui conseguiu chegar...» Que ele persiste e resiste já todos sabíamos. Mas o líder do PSD decidiu dar mais um exemplo, desta vez físico. Numa verdadeira jornada de luta, contra muita chuva, ventos de 90 quilómetros/hora, lama, nevoeiro e uma temperatura de 4 graus,escalou o Pico, nos Açores, acompanhado de mais alguns resistentes laranjinhas, como o líder da Juventude Social-Democrata (JSD),, e o presidente do PSD-Açores,(na foto, à esquerda e à direita, respectivamente). Conta quem sabe que Barroso formulou o desejo de subir a montanha mais alta de Portugal quando esteve nos Açores em 1999, durante a campanha para as eleições legislativas. No momento em que o Governo socialista atravessa sérias dificuldades, Durão não escapou a mais uma simbologia: escalar o Pico, comofez em 1995, meses antes de vencer pela primeira vez as eleições legislativas. A escalada de Barroso demorou cerca de seis horas e foi deixando para trás uma dezena de acompanhantes, que foram desistindo, devido às adversas condições climatéricas. No entanto, Barroso devia estar ciente de que mal ficaria se voltasse para trás. Segundo os jornais, a decisão de não desistir foi sendo tomada em sucessivas rondas de conversações com o guia, com base no argumento doSe Barroso for mesmo o candidato do PSD a primeiro-ministro nas próximas eleições, resta saber se os portugueses, perante o boletim de voto, também dirão: «Já que aqui conseguiu chegar...»

Antevisões açorianas As férias de António Guterres nos Açores, na ilha de São Miguel, e a deslocação do líder do PSD, Durão Barroso, à ilha do Pico, para subir àquela que é a montanha mais alta de Portugal, mostraram como a toponímia do arquipélago está carregada de ironia e, quem sabe, de grande significado. Segundo GENTE apurou, o primeiro-ministro e a sua mulher, Catarina Vaz Pinto, ficaram alojados numa casa situada no Lugar do Termo e por várias vezes foram vistos a fazerem compras no minimercado da zona, que tem por nome Cova da Onça (lembram-se do Pulo do Lobo de Cavaco Silva?). Já Durão Barroso teve oportunidade de almoçar um saboroso cavaco (a lagosta dos Açores) com laranja. E, ao largo do Pico, o líder social-democrata foi posto a comandar uma embarcação, baptizada de «Abismo».

Harmonia social-democrata Mas, para além das agruras do protocolo, foi possível ver, em grande sintonia, o filho mais novo de Durão Barroso, Francisco, com o próprio Marques Mendes, no decurso da transmissão televisiva do Belenenses-Sporting. Enquanto Francisco e Mendes, benfiquistas ferrenhos, exultavam com os golos de Belém, o sportinguista Durão ia-se afundando no sofá do hotel. E o convívio entre Durão e Mendes prolongou-se num jantar do célebre cozido das Furnas, para o qual ambos foram convidados pelo líder do PSD/Açores, Vítor Cruz. Com o filho de Durão Barroso em alegre convívio com a simpática Sofia Marques Mendes, mulher do ex-candidato a líder. Não há nada como os Açores para juntar a desavinda família social-democrata. Mas, para além das agruras do protocolo, foi possível ver, em grande sintonia, o filho mais novo de, com o próprio, no decurso da transmissão televisiva do Belenenses-Sporting. Enquanto Francisco e Mendes, benfiquistas ferrenhos, exultavam com os golos de Belém, o sportinguista Durão ia-se afundando no sofá do hotel. E o convívio entre Durão e Mendes prolongou-se num jantar do célebre cozido das Furnas, para o qual ambos foram convidados pelo líder do PSD/Açores,. Com o filho de Durão Barroso em alegre convívio com a simpática, mulher do ex-candidato a líder. Não há nada como os Açores para juntar a desavinda família social-democrata.

Mendes, Durão e o protocolo Meio-mundo social-democrata arribou aos Açores no passado fim-de-semana para a inauguração da marina de Vila Franca do Campo, uma autarquia liderada pelo PSD e pelo mendista Rui Melo. Além de Mota Amaral, estavam lá Durão Barroso e uma vasta comitiva (com Pedro Duarte, Nuno Morais Sarmento, Hermínio Loureiro e Jorge Costa, entre outros) e Marques Mendes (em cuja comitiva se podiam integrar Miguel Macedo e Pedro Vinha, entre outros). Tão inusitada afluência provocou óbvios problemas logísticos e de protocolo. Entre os últimos, o «staff» de Durão Barroso não perdoou que Mendes ficasse num lugar mais destacado do que Durão na mesa de honra, presidida pelo ministro da República, Sampaio da Nóvoa, ladeado à direita por Mota Amaral e à esquerda por Mendes. Bem se esforçou o presidente da Câmara, Rui Melo, a explicar que Mota Amaral estava ali como vice-presidente da Assembleia da República e Marques Mendes como presidente da comissão parlamentar das Comunidades Portuguesas... Nada convenceu os contristados barrosistas.

O refúgio do ministro JOÃO CARLOS SANTOS GENTE conseguiu descobrir onde o ministro da Presidência e das Finanças, Guilherme d'Oliveira Martins, se «esconde» quando vai ao Algarve. Afinal, é em Boliqueime, terra de origem da sua mãe, onde a família tem casa e onde gosta de passar férias desde a infância. Este ano, o ocupadíssimo superministro de António Guterres só teve oportunidade de lá ir em alguns fins-de-semana e frequentar a Praia dos Tomates, onde foi visto na companhia de um velho amigo da época do liceu, António Rebelo de Sousa, o irmão socialista de Marcelo Rebelo de Sousa. Em Boliqueime, às vezes cruza-se na rua com Cavaco Silva, como no último domingo, e quem os viu a conversar notou que exibiam um ar bastante cordial. Contudo, resta ainda desvendar um mistério: qual será o segredo desta aldeia do país profundo para produzir ministros das Finanças? Será o ar, a água, ou o quê? GENTE não sabe, mas desconfia que Boliqueime arrisca tornar-se o destino estival dos políticos com ambição ao cargo. GENTE conseguiu descobrir onde o ministro da Presidência e das Finanças,, se «esconde» quando vai ao Algarve. Afinal, é em Boliqueime, terra de origem da sua mãe, onde a família tem casa e onde gosta de passar férias desde a infância. Este ano, o ocupadíssimo superministro desó teve oportunidade de lá ir em alguns fins-de-semana e frequentar a Praia dos Tomates, onde foi visto na companhia de um velho amigo da época do liceu,, o irmão socialista de. Em Boliqueime, às vezes cruza-se na rua com, como no último domingo, e quem os viu a conversar notou que exibiam um ar bastante cordial. Contudo, resta ainda desvendar um mistério: qual será o segredo desta aldeia do país profundo para produzir ministros das Finanças? Será o ar, a água, ou o quê? GENTE não sabe, mas desconfia que Boliqueime arrisca tornar-se o destino estival dos políticos com ambição ao cargo.

As viagens de Vladimiro As deslocações do presidente da Câmara de Estarreja, Vladimiro Silva, fizeram perder a cabeça aos membros da respectiva Assembleia Municipal que mandaram o caso para a Inspecção Geral da Administração do Território e para a Procuradoria-Geral da República. Instado a explicitar as justificações que apresentara para certas viagens, respectivas ajudas de custo e utilização da viatura da Câmara, não é que Vladimiro veio dizer que efectuou diversas viagens a Lisboa, em dias seguidos, ao sábado e domingo, para ir ao Ministério do Ambiente e ter até audiências com o secretário de Estado? Além disso, o autarca apresentou dessas viagens recibos de portagem da saída da A1 em Queluz. Impiedosos, os representantes do PSD na Assembleia Municipal afirmam: «Em muitas situações não houve serviço público, duvidamos que tenha havido viagem.» E estranham que o Ministério do Ambiente esteja aberto aos sábados e domingos, bem como que Vladimiro possa ter-se encontrado aí com alguém. Mas que má vontade... Aos portugueses em geral, fica a descoberta e o conselho rodoviário do autarca de Estarreja: entradas em Lisboa, o melhor é por Queluz! As deslocações do presidente da Câmara de Estarreja,, fizeram perder a cabeça aos membros da respectiva Assembleia Municipal que mandaram o caso para a Inspecção Geral da Administração do Território e para a Procuradoria-Geral da República. Instado a explicitar as justificações que apresentara para certas viagens, respectivas ajudas de custo e utilização da viatura da Câmara, não é que Vladimiro veio dizer que efectuou diversas viagens a Lisboa, em dias seguidos, ao sábado e domingo, para ir ao Ministério do Ambiente e ter até audiências com o secretário de Estado? Além disso, o autarca apresentou dessas viagens recibos de portagem da saída da A1 em Queluz. Impiedosos, os representantes do PSD na Assembleia Municipal afirmam:E estranham que o Ministério do Ambiente esteja aberto aos sábados e domingos, bem como que Vladimiro possa ter-se encontrado aí com alguém. Mas que má vontade... Aos portugueses em geral, fica a descoberta e o conselho rodoviário do autarca de Estarreja: entradas em Lisboa, o melhor é por Queluz!

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