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28-03-2002
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Diário Económico >>

10 de Dezembro

Autárquicas - Lisboa: João Soares apela ao voto útil contra «populismo de direita»

Na recta final da campanha, João Soares apelou ao voto útil. PSD e PP reagem dizendo que o candidato está «desesperado». E Miguel Portas diz que Soares é do centro. por Mário Baptista A coligação do PS e do PCP à Câmara Municipal de Lisboa distribuiu ontem um panfleto que salienta a luta ideológica entre esquerda e direita e apela ao voto útil. Contra «os valores retrógrados e populistas da direita», o documento garante que «não se pode perder um voto de esquerda» e apela à união de «toda a esquerda no bom combate contra a exclusão social e contra as desigualdades». Na derradeira semana de campanha, Soares não resistiu e começou a apelar ao voto útil da esquerda, desvalorizando, desta forma, a candidatura de Miguel Portas. Em declarações ao Diário Económico, o candidato apoiado pelo Bloco de Esquerda assumiu-se, atacando Soares, como «a única candidatura de esquerda». Para Miguel Portas, na corrida a Lisboa «há um candidato de esquerda, dois do centro, e um de direita». Esta estratégia de João Soares vai, na opinião de Portas, «virar-se contra ele», porque, diz o candidato, «as pessoas já perceberam a enorme utilidade de votar pela esquerda no próximo domingo». De resto, o bloquista diz mesmo «não esperar que a esquerda perca nenhum voto que Soares esteja a lançar para a abstenção», pretendendo capitalizar os votos dos eleitores descontente com a prestação do actual presidente da Câmara. Uma fonte da candidatura de Pedro Santana Lopes explicou ao DE que «este apelo ao voto útil espelha bem o desespero de João Soares, que já percebeu que sozinho não conseguirá manter-se na Câmara de Lisboa». Para este influente membro do staff do candidato, «a tentativa de bipolarização desta campanha vai permitir a Santana Lopes ir buscar votos aos eleitores do centro esquerda que já não se identificam com Soares». Para o PP, «há um sentido ético ridículo no apelo ao voto útil». Miguel Anacoreta Correia, candidato à Assembleia Municipal na lista de Portas, vaticina que «depois de um voto útil, seguir-se-á outro, porque isto é contagioso». Uma teoria rejeitada por Santana Lopes, que, em entrevista recente ao DE, assegurava que não iria fazer esse tipo de apelos. Para Anacoreta, Soares quer «fugir ao debate de ideias», mas a candidatura de Portas «não será prejudicada porque é forte e autónoma», conclui. mbaptista@economica.iol.pt

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Autárquicas - Lisboa: João Soares apela ao voto útil contra «populismo de direita»

Na recta final da campanha, João Soares apelou ao voto útil. PSD e PP reagem dizendo que o candidato está «desesperado». E Miguel Portas diz que Soares é do centro. por Mário Baptista A coligação do PS e do PCP à Câmara Municipal de Lisboa distribuiu ontem um panfleto que salienta a luta ideológica entre esquerda e direita e apela ao voto útil. Contra «os valores retrógrados e populistas da direita», o documento garante que «não se pode perder um voto de esquerda» e apela à união de «toda a esquerda no bom combate contra a exclusão social e contra as desigualdades». Na derradeira semana de campanha, Soares não resistiu e começou a apelar ao voto útil da esquerda, desvalorizando, desta forma, a candidatura de Miguel Portas. Em declarações ao Diário Económico, o candidato apoiado pelo Bloco de Esquerda assumiu-se, atacando Soares, como «a única candidatura de esquerda». Para Miguel Portas, na corrida a Lisboa «há um candidato de esquerda, dois do centro, e um de direita». Esta estratégia de João Soares vai, na opinião de Portas, «virar-se contra ele», porque, diz o candidato, «as pessoas já perceberam a enorme utilidade de votar pela esquerda no próximo domingo». De resto, o bloquista diz mesmo «não esperar que a esquerda perca nenhum voto que Soares esteja a lançar para a abstenção», pretendendo capitalizar os votos dos eleitores descontente com a prestação do actual presidente da Câmara. Uma fonte da candidatura de Pedro Santana Lopes explicou ao DE que «este apelo ao voto útil espelha bem o desespero de João Soares, que já percebeu que sozinho não conseguirá manter-se na Câmara de Lisboa». Para este influente membro do staff do candidato, «a tentativa de bipolarização desta campanha vai permitir a Santana Lopes ir buscar votos aos eleitores do centro esquerda que já não se identificam com Soares». Para o PP, «há um sentido ético ridículo no apelo ao voto útil». Miguel Anacoreta Correia, candidato à Assembleia Municipal na lista de Portas, vaticina que «depois de um voto útil, seguir-se-á outro, porque isto é contagioso». Uma teoria rejeitada por Santana Lopes, que, em entrevista recente ao DE, assegurava que não iria fazer esse tipo de apelos. Para Anacoreta, Soares quer «fugir ao debate de ideias», mas a candidatura de Portas «não será prejudicada porque é forte e autónoma», conclui. mbaptista@economica.iol.pt

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