DN

14-12-2000
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O "Projecto de Constituição do Município de Sacavém" será entregue a Menezes Rodrigues, deputado do PS e vereador da Câmara de Loures, e a Rui Gomes da Silva, deputado do PSD. Estes deputados comprometeram-se a apresentar um projecto-lei no Parlamento, de modo a que possa ser aprovada a criação do concelho. Aliás, Menezes Rodrigues afirmou ao DN que fará "todos os esforços para entregar ainda este ano o documento no Parlamento, para que seja o mais depressa possível agendado, discutido e submetido à aprovação". Apesar de não saber se o Governo é ou não favorável à criação, a curto prazo, de novos concelhos, o deputado defende que a promoção de Sacavém "é uma questão de justiça para as populações. Se foi criado o de Odivelas, e se o de Sacavém tem mais condições, porque não avançar?", questiona.

A futura autarquia será composta pelas dez freguesias que constituem a zona oriental do actual concelho de Loures, sendo a cidade de Sacavém a sede. Assim, Moscavide e Portela, que outrora se manifestaram contra a elevação de Sacavém a concelho, uma vez que pretendiam ligar-se a um hipotético concelho dos Olivais ou mesmo ao de Lisboa, subscrevem, agora, o projecto. Borges Neves, presidente da Junta de Freguesia de Moscavide, afirma: "decorridos dois anos da criação do concelho de Odivelas, não tenho a mínima dúvida em subscrever a criação do de Sacavém".

Critica igualmente a dimensão que o concelho-mãe tinha antes de ser criado o município de Odivelas, uma vez que "Loures, enquanto concelho grande, nunca beneficiou em ter tanta população e tanta área."

Na realidade, o desejo de formar o concelho de Sacavém remonta a 1912, na época com o apoio das populações da Apelação, Camarate, Sacavém, Santa Iria de Azóia, S. João da Talha e Unhos. Mais recentemente, em 1987, o PCP apresentou um projecto-lei para a constituição deste concelho e, em 1992 e 1998, voltou à Assembleia da República com novos documentos sobre o assunto. Mas, estes nunca ganharam adeptos suficientes para que se avançasse.

O estudo que hoje deverá ser entregue na AR aponta razões de centralidade geográfica, históricas e de acessibilidades para justificar a escolha de Sacavém para sede do futuro município.

Um dos objectivos propostos pelo documento é o de criar melhores serviços públicos, por forma a servir os interesses da população, nomeadamente conservatórias de registo predial, civil e comercial, tribunais e outras repartições do Estado. Infra-estruturas que não existem na cidade de Sacavém, lacuna sentida pela população, como o DN pôde constatar. Por isso, no projecto é defendido que "Sacavém, como pólo de desenvolvimento, tem condições para a localização futura de tais serviços públicos, que evitem a deslocação da população para fora da cidade". O projecto apresenta outras teses, que passam pela saúde, cultura e desporto, como justificativos para a concretização deste objectivo.

Os deputados vão ficar a saber também que a rede de saneamento básico chega a todo o território e que os esgotos são tratados pelas ETAR de Sacavém e S. João da Talha, apesar de não existir nenhuma em Sacavém, localizando-se uma em Beirolas, da responsabilidade da Câmara de Lisboa. Um erro "que não é grave", considera Ribeiro dos Santos, presidente da ASM. Este responsável admite existirem carências "ao nível das infra-estruturas, mas não é humanamente possível que Adão Barata e todos aqueles vereadores possam governar esta área". Ribeiro dos Santos alega que Loures "é um concelho ingovernável e uma monstruosidade administrativa".

O "Projecto de Constituição do Município de Sacavém" será entregue a Menezes Rodrigues, deputado do PS e vereador da Câmara de Loures, e a Rui Gomes da Silva, deputado do PSD. Estes deputados comprometeram-se a apresentar um projecto-lei no Parlamento, de modo a que possa ser aprovada a criação do concelho. Aliás, Menezes Rodrigues afirmou ao DN que fará "todos os esforços para entregar ainda este ano o documento no Parlamento, para que seja o mais depressa possível agendado, discutido e submetido à aprovação". Apesar de não saber se o Governo é ou não favorável à criação, a curto prazo, de novos concelhos, o deputado defende que a promoção de Sacavém "é uma questão de justiça para as populações. Se foi criado o de Odivelas, e se o de Sacavém tem mais condições, porque não avançar?", questiona.

A futura autarquia será composta pelas dez freguesias que constituem a zona oriental do actual concelho de Loures, sendo a cidade de Sacavém a sede. Assim, Moscavide e Portela, que outrora se manifestaram contra a elevação de Sacavém a concelho, uma vez que pretendiam ligar-se a um hipotético concelho dos Olivais ou mesmo ao de Lisboa, subscrevem, agora, o projecto. Borges Neves, presidente da Junta de Freguesia de Moscavide, afirma: "decorridos dois anos da criação do concelho de Odivelas, não tenho a mínima dúvida em subscrever a criação do de Sacavém".

Critica igualmente a dimensão que o concelho-mãe tinha antes de ser criado o município de Odivelas, uma vez que "Loures, enquanto concelho grande, nunca beneficiou em ter tanta população e tanta área."

Na realidade, o desejo de formar o concelho de Sacavém remonta a 1912, na época com o apoio das populações da Apelação, Camarate, Sacavém, Santa Iria de Azóia, S. João da Talha e Unhos. Mais recentemente, em 1987, o PCP apresentou um projecto-lei para a constituição deste concelho e, em 1992 e 1998, voltou à Assembleia da República com novos documentos sobre o assunto. Mas, estes nunca ganharam adeptos suficientes para que se avançasse.

O estudo que hoje deverá ser entregue na AR aponta razões de centralidade geográfica, históricas e de acessibilidades para justificar a escolha de Sacavém para sede do futuro município.

Um dos objectivos propostos pelo documento é o de criar melhores serviços públicos, por forma a servir os interesses da população, nomeadamente conservatórias de registo predial, civil e comercial, tribunais e outras repartições do Estado. Infra-estruturas que não existem na cidade de Sacavém, lacuna sentida pela população, como o DN pôde constatar. Por isso, no projecto é defendido que "Sacavém, como pólo de desenvolvimento, tem condições para a localização futura de tais serviços públicos, que evitem a deslocação da população para fora da cidade". O projecto apresenta outras teses, que passam pela saúde, cultura e desporto, como justificativos para a concretização deste objectivo.

Os deputados vão ficar a saber também que a rede de saneamento básico chega a todo o território e que os esgotos são tratados pelas ETAR de Sacavém e S. João da Talha, apesar de não existir nenhuma em Sacavém, localizando-se uma em Beirolas, da responsabilidade da Câmara de Lisboa. Um erro "que não é grave", considera Ribeiro dos Santos, presidente da ASM. Este responsável admite existirem carências "ao nível das infra-estruturas, mas não é humanamente possível que Adão Barata e todos aqueles vereadores possam governar esta área". Ribeiro dos Santos alega que Loures "é um concelho ingovernável e uma monstruosidade administrativa".

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