Taxas populares correm risco de aumentar

16-10-2000
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Trata-se de penalizar o designado crédito popular (utilizado para compra de electrodomésticos, aparelhagens de audio e vídeo, etc.), devido ao aumento do risco que estas operações incorporariam se ficar consagrada qualquer medida que desresponsabilize o incumprimento. Esta questão assume uma dimensão complexa porque, só em 1998, as SFAC atribuíram um total de 422 milhões de contos, considerando os 72 milhões de contos de crédito «revolving», num conjunto de 590.684 novos contratos (dos quais mais de 227 mil relativos ao crédito «revolving»). O valor do crédito concedido foi distribuído em mais de 62% pelo crédito clássico, em 20,5% pelos fornecedores e apenas 17% pelo crédito «revolving». Em termos de destinatários do crédito clássico, os particulares constituem quase a totalidade das operações (92,4%), utilizando este financiamento esmagadoramente no consumo.

Menezes Rodrigues alerta para o facto de que «se aumentar o provisionamento do crédito das SFAC, para fazer face ao aumento do risco, também terão de aumentar as taxas de juro praticadas».

Nos últimos anos, a nível geral, segundo dados da ASFAC, as vendas a crédito nunca corresponderam a menos de 30% da actividade do comerciante, sendo no sector automóvel que as soluções de financiamento têm maior expressão, «sobretudo no segmento dos utilitários, onde actualmente há marcas que têm uma grande dependência das vendas a crédito», refere Menezes Rodrigues, adiantando que «se o projecto do ministro Sócrates não tiver as condições necessárias que tranquilizem quer os consumidores quer os financiadores, obviamente que terá consequências muito negativas para a economia». Integrando o crédito ao consumo português no âmbito da União Europeia, a ASFAC realizará a 25 de Março, em Lisboa, uma conferência em que será abordada a prevenção do sobreendividamento.

Trata-se de penalizar o designado crédito popular (utilizado para compra de electrodomésticos, aparelhagens de audio e vídeo, etc.), devido ao aumento do risco que estas operações incorporariam se ficar consagrada qualquer medida que desresponsabilize o incumprimento. Esta questão assume uma dimensão complexa porque, só em 1998, as SFAC atribuíram um total de 422 milhões de contos, considerando os 72 milhões de contos de crédito «revolving», num conjunto de 590.684 novos contratos (dos quais mais de 227 mil relativos ao crédito «revolving»). O valor do crédito concedido foi distribuído em mais de 62% pelo crédito clássico, em 20,5% pelos fornecedores e apenas 17% pelo crédito «revolving». Em termos de destinatários do crédito clássico, os particulares constituem quase a totalidade das operações (92,4%), utilizando este financiamento esmagadoramente no consumo.

Menezes Rodrigues alerta para o facto de que «se aumentar o provisionamento do crédito das SFAC, para fazer face ao aumento do risco, também terão de aumentar as taxas de juro praticadas».

Nos últimos anos, a nível geral, segundo dados da ASFAC, as vendas a crédito nunca corresponderam a menos de 30% da actividade do comerciante, sendo no sector automóvel que as soluções de financiamento têm maior expressão, «sobretudo no segmento dos utilitários, onde actualmente há marcas que têm uma grande dependência das vendas a crédito», refere Menezes Rodrigues, adiantando que «se o projecto do ministro Sócrates não tiver as condições necessárias que tranquilizem quer os consumidores quer os financiadores, obviamente que terá consequências muito negativas para a economia». Integrando o crédito ao consumo português no âmbito da União Europeia, a ASFAC realizará a 25 de Março, em Lisboa, uma conferência em que será abordada a prevenção do sobreendividamento.

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