Rombo no Tejo anula trabalhos de duas décadas

28-06-2001
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Rombo no Tejo Anula Trabalhos de Duas Décadas

Sexta-feira, 6 de Abril de 2001

Cascalho e erosão reduziram a área agrícola útil e afectaram sistemas de rega na zona ribeirinha de Constância

O Governo demorou 18 anos a fazer um levantamento topográfico na zona ribeirinha da freguesia de Montalvo afectada com um grave rombo nas suas margens na sequência das cheias do Tejo de 1979. Há dois anos, o Instituto da Água (Inag), após a conclusão do trabalho topográfico iniciou um projecto de intervenção nas margens do Tejo afectadas pelo rombo, que também já está concluído, mas que pouca utilidade terá agora. É que as sucessivas cheias do Tejo nos últimos meses provocaram novos rombos nas margens, reduziram significativamente a área agrícola útil e alteraram de novo a topografia local.

"Depois das cheias de 1979, o Governo poucas ou nenhumas medidas tomou para proteger as margens em Montalvo. O Inag já tinha agora concluído um projecto de intervenção, mas ficou desadequado após os danos das cheias deste ano", afirma o presidente da Câmara de Constância, António Mendes, para quem o pouco que foi feito resultou em "tempo perdido".

Segundo António Mendes, "as cheias arrastaram para a área agricultável uma enorme quantidade de cascalho", que com a erosão sofrida pelas terras e o prolongamento do rombo, triplicou a área inapta para a agricultura. Na sequência destes problemas, os deputados social democratas Miguel Relvas e Mário Albuquerque, em requerimento apresentando ao presidente da Assembleia da República, questionam a situação criada. "Os agricultores já sofreram consideráveis prejuízos devido à utilização de dezenas de hectares de óptimos solos aráveis e com os sistemas de rega afectados", observam os deputados, que querem saber "quais as medidas previstas pelo Governo para acudir à situação desesperada dos agricultores".

Além de uma habitação que ruiu e de terras que aluíram no concelho, o pontão da Pereira foi destruído pelas águas do Tejo, estando o prejuízo total estimado em 350 mil contos.

Manuel Fernandes Vicente

Rombo no Tejo Anula Trabalhos de Duas Décadas

Sexta-feira, 6 de Abril de 2001

Cascalho e erosão reduziram a área agrícola útil e afectaram sistemas de rega na zona ribeirinha de Constância

O Governo demorou 18 anos a fazer um levantamento topográfico na zona ribeirinha da freguesia de Montalvo afectada com um grave rombo nas suas margens na sequência das cheias do Tejo de 1979. Há dois anos, o Instituto da Água (Inag), após a conclusão do trabalho topográfico iniciou um projecto de intervenção nas margens do Tejo afectadas pelo rombo, que também já está concluído, mas que pouca utilidade terá agora. É que as sucessivas cheias do Tejo nos últimos meses provocaram novos rombos nas margens, reduziram significativamente a área agrícola útil e alteraram de novo a topografia local.

"Depois das cheias de 1979, o Governo poucas ou nenhumas medidas tomou para proteger as margens em Montalvo. O Inag já tinha agora concluído um projecto de intervenção, mas ficou desadequado após os danos das cheias deste ano", afirma o presidente da Câmara de Constância, António Mendes, para quem o pouco que foi feito resultou em "tempo perdido".

Segundo António Mendes, "as cheias arrastaram para a área agricultável uma enorme quantidade de cascalho", que com a erosão sofrida pelas terras e o prolongamento do rombo, triplicou a área inapta para a agricultura. Na sequência destes problemas, os deputados social democratas Miguel Relvas e Mário Albuquerque, em requerimento apresentando ao presidente da Assembleia da República, questionam a situação criada. "Os agricultores já sofreram consideráveis prejuízos devido à utilização de dezenas de hectares de óptimos solos aráveis e com os sistemas de rega afectados", observam os deputados, que querem saber "quais as medidas previstas pelo Governo para acudir à situação desesperada dos agricultores".

Além de uma habitação que ruiu e de terras que aluíram no concelho, o pontão da Pereira foi destruído pelas águas do Tejo, estando o prejuízo total estimado em 350 mil contos.

Manuel Fernandes Vicente

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