13/09/95
Maria do Rosário Carneiro
Uma humanista em Braga
Irmã de Adelino Amaro da Costa, fundador do CDS, e mulher de Roberto Carneiro, ex-ministro da Educação num governo de Cavaco Silva, Maria do Rosário Amaro da Costa Carneiro faz a sua estreia absoluta na actividade política como candidata a deputada pelo círculo eleitoral de Braga nas listas do Partido Socialista.
Para esta professora do Instituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, o ingresso na vida política activa processou-se de forma assaz simples: o Movimento Humanismo e Desenvolvimento, a que pertencem os ex-dirigentes do CDS Luís Barbosa, Rui Pena e Victor Sá Machado, indicou-a como uma possível candidata; o PS aceitou a sugestão e endereçou o convite; Maria do Rosário pensou, ouviu opiniões e decidiu-se favoravelmente. Por um lado, porque tem disponibilidade; por outro, porque sente que há "um franco agravamento da situação social".
Para o Partido Socialista, se a colaboração de Maria do Rosário Carneiro é importante na área social, as circunstâncias familiares da candidata "número dois" por Braga não são despiciendas. A sua relação, ainda que informal, com o movimento dos antigos ministros centristas e o facto de ser a irmã de um fundador do CDS podem criar particulares dificuldades ao Partido Popular e ao seu presidente e cabeça de lista pelo distrito, Manuel Monteiro.
Leitora de Sophia de Mello Breyner, Miguel Torga e "também" de José Saramago ou, "às vezes", Agustina Bessa-Luís, Maria do Rosário aprecia a música de Mahler e Mozart. Apesar de ser casada com o presidente da TVI, vê pouco televisão. Gosta de A Balada de Hill Street e de Fardas e Corações. Manifesta-se contra a exposição despudorada da vida das pessoas e acha piada a filmes com adolescentes.
Mãe de nove filhos, Maria do Rosário Carneiro vai agora dar corpo à opinião que lhe deu o pai sobre a sua nova ocupação: "A vida é sempre para a frente."
Eduardo Jorge Madureira
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13/09/95
Maria do Rosário Carneiro
Uma humanista em Braga
Irmã de Adelino Amaro da Costa, fundador do CDS, e mulher de Roberto Carneiro, ex-ministro da Educação num governo de Cavaco Silva, Maria do Rosário Amaro da Costa Carneiro faz a sua estreia absoluta na actividade política como candidata a deputada pelo círculo eleitoral de Braga nas listas do Partido Socialista.
Para esta professora do Instituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, o ingresso na vida política activa processou-se de forma assaz simples: o Movimento Humanismo e Desenvolvimento, a que pertencem os ex-dirigentes do CDS Luís Barbosa, Rui Pena e Victor Sá Machado, indicou-a como uma possível candidata; o PS aceitou a sugestão e endereçou o convite; Maria do Rosário pensou, ouviu opiniões e decidiu-se favoravelmente. Por um lado, porque tem disponibilidade; por outro, porque sente que há "um franco agravamento da situação social".
Para o Partido Socialista, se a colaboração de Maria do Rosário Carneiro é importante na área social, as circunstâncias familiares da candidata "número dois" por Braga não são despiciendas. A sua relação, ainda que informal, com o movimento dos antigos ministros centristas e o facto de ser a irmã de um fundador do CDS podem criar particulares dificuldades ao Partido Popular e ao seu presidente e cabeça de lista pelo distrito, Manuel Monteiro.
Leitora de Sophia de Mello Breyner, Miguel Torga e "também" de José Saramago ou, "às vezes", Agustina Bessa-Luís, Maria do Rosário aprecia a música de Mahler e Mozart. Apesar de ser casada com o presidente da TVI, vê pouco televisão. Gosta de A Balada de Hill Street e de Fardas e Corações. Manifesta-se contra a exposição despudorada da vida das pessoas e acha piada a filmes com adolescentes.
Mãe de nove filhos, Maria do Rosário Carneiro vai agora dar corpo à opinião que lhe deu o pai sobre a sua nova ocupação: "A vida é sempre para a frente."
Eduardo Jorge Madureira