Concelho a concelho

07-12-2001
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Concelho a Concelho

Terça-feira, 4 de Dezembro de 2001

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

António Murta PS

Mário Sousa CDU

Luís Gomes PSD

Joaquim Silva CDS/PP

Carlos André BE

NA MIRA DA CDU

O poder autárquico em Viila Real de Santo António tem oscilado entre a CDU e o PS. Desta vez, o PSD candidata um jovem engenheiro, cuja carreira profissional o actual presidente da câmara, o socialista António Murta, se gaba de ter ajudado a promover. E o peso eleitoral que esse candidato, Luís Gomes, venha a conseguir nas urnas poderá muito bem ser o factor que faça desequilibrar o prato da balança para o lado dos comunistas. António Murta, na sua recandidatura, tem querido mostrar que tem projectos para melhorar o nível de vida da população, num dos concelhos algarvios com maior índice de desemprego. E aposta na aprovação de investimentos privados - que incluem planos para quatro campos de golfe, uma marina e cinco novas unidades hoteleiras de quatro e cinco estrelas - que têm encontrado dificuldades junto da admimistração central, por razões ambientais. Murta é por isso um dos autarcas socialistas algarvios mais críticos da governação PS. Apostados em recuperar a câmara, os comunistas contam por seu lado com a fidelidade dos eleitores numa terra onde o movimento operário, ligado à industria conserveira, tem história. I.R.

VILA DE REI

Irene Barata PSD

Rui Catarino CDS/PP

Manuel Beato PS

Isilda da Silva CDU

AMBIENTE FAMILIAR E OPOSIÇÃO PACÍFICA

Irene Barata, há doze anos à frente da câmara de Vila de Rei, tornou-se conhecida fora das fronteiras do município pelas medidas que tomou para inverter o processo de desertificação do concelho, um dos mais pobres do distrito de Castelo Branco. A autarca decidiu atribuir subsídios aos casais jovens dispostos a instalar-se no território da autarquia, e essa política tornou-a especialmente estimada por uma população que multiplica os convites para a ter presente em festas de casamento e baptizados. A própria candidata da CDU, Isilda da Silva, reconhece que o concelho "conseguiu algum desenvolvimento nos últimos anos" e diz querer "ajudar a encontrar soluções" para os problemas locais. Manuel Beato, do PS, também não tem críticas a fazer à actual presidente, e considera mesmo que "ela fez o que devia ter sido feito", justificando a sua candidatura com "novas ideias para o desenvolvimento do concelho". Sem sair deste registo pacífico e familiar, comum a toda a oposição, Rui Catarino, do CDS/PP - que tem sido a segunda força mais votada nas autárquicas -, mostra-se mais ambicioso e põe a tónica em "novas formas de utilizar os potenciais da floresta e estimular o turismo ecológico". F.L.C.

VILA VELHA DE RÓDÃO

Vítor Carmona PSD

Maria do Carmo Sequeira PS

Maria Inês Amaro CDU

Maria João Marcelino CDS/PP

CONTRA A DESERTIFICAÇÃO

A luta pela presidência da câmara de Vila Velha de Ródão trava-se entre os cabeças de lista das duas principais forças políticas: PSD e PS. A candidata do partido governamental, Maria do Carmo Sequeira, tem lançado muitas críticas ao actual presidente, Vítor Carmona, candidato pela terceira vez pelo PSD. O autarca em funções é acusado de não ter políticas adequadas para combater a falta de postos de trabalho e para promover a habitação social e a animação desportiva e cultural. Críticas à parte, a preocupação central da candidata do PS coincide com a de Carmona e exprime-se nas palavras "combater a desertificação". Vila Velha de Ródão é hoje o concelho com menos eleitores no distrito de Castelo Branco - pouco mais de quatro mil. O candidato do PSD já garantiu que, caso seja reeleito, vai criar novos loteamentos para a fixação de pessoas no concelho, explicando que "a câmara está a oferecer terrenos a preços simbólicos e com isenção de taxas, para estimular o crescimento populacional". Mas diz-se consciente de que, para essa política ter resultados, é imprescindível "apoiar o desenvolvimento industrial e habitacional, criando acessibilidades". F.L.C.

VILA VERDE

José Manuel Fernandes PSD

Manuel Carvalho CDU

Álvaro Santos Lista Independente

INDEPENDENTES COM APOIO DO PS E DO PP

O presidente da câmara de Vila Verde e novamente candidato pelo PSD, José Manuel Fernandes, é o segundo líder da vereação que o município conheceu desde que há eleições locais. Sucedeu a António Cerqueira, do CDS/PP, que durante mais de vinte anos ocupou a cadeira do poder. Não se sabe se Fernandes aspira a igual longevidade, mas a oposição é que não parece disposta a esperar. Para tentar apeá-lo, PS e PP nem se apresentam às urnas, preferindo convergir no apoio a uma lista de independentes, que curiosamente é liderada por um ex-social-democrata, Álvaro Santos. A disputa vai ser difícil, porque Fernandes conquistou a simpatia de quase todos os presidentes de junta e tem obra visível. Pode acontecer que a soma aritmética da votação dos partidos que apostam na lista independente - actualmente PS e PP tem dois vereadores cada, contra três do PSD - não chegue para derrotar o social-democrata, que é hoje a segunda figura do seu partido no distrito de Braga. Manuel Carvalho é um militante do PCP que tenta cumprir um velho anseio da CDU: eleger um vereador. Ficou conhecido no concelho pelo papel que desempenhou na luta pela construção da nova ponte sobre o rio Cávado, em Prado. F.F.

VILA VIÇOSA

Manuel Condenado CDU

Inácio Esperança PSD

Miguel Patacão Rodrigues PS

Eduardo Almeida CDS/PP

UM DESAFIO AOS PROGNÓSTICOS

O Partido Popular deposita grandes esperanças na candidatura de Eduardo Almeida à câmara de Vila Viçosa, um concelho onde, há quatro anos, conseguiu cerca de 20% dos votos, de longe o seu melhor resultado no distrito de Évora. Diga-se de passagem que a análise dos resultados das duas últimas consultas autárquicas em Vila Viçosa desencoraja a futurologia. Senão veja-se: de 1993 para 1997, o PSD caiu de primeiro para segundo lugar e o PS manteve-se em terceiro, ambos perdendo muitos votos. O maior beneficiário terá sido o CDS/PP, que galgou quinze inesperados pontos percentuais, mas a CDU é que lucrou mais, ganhando a sua única nova câmara no distrito. Embora subindo escassos pontos, logrou colocar na presidência, com maioria relativa, Manuel Condenado, um professor de 46 anos. Agora, Condenado vai tentar preservar a dúzia de pontos que, há quatro anos, o separaram do pelotão, em que socialistas, sociais-democratas e populares acabaram praticamente empatados. Maioria absoluta em Vila Viçosa, nem pensar! J.P.S.

Concelho a Concelho

Terça-feira, 4 de Dezembro de 2001

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

António Murta PS

Mário Sousa CDU

Luís Gomes PSD

Joaquim Silva CDS/PP

Carlos André BE

NA MIRA DA CDU

O poder autárquico em Viila Real de Santo António tem oscilado entre a CDU e o PS. Desta vez, o PSD candidata um jovem engenheiro, cuja carreira profissional o actual presidente da câmara, o socialista António Murta, se gaba de ter ajudado a promover. E o peso eleitoral que esse candidato, Luís Gomes, venha a conseguir nas urnas poderá muito bem ser o factor que faça desequilibrar o prato da balança para o lado dos comunistas. António Murta, na sua recandidatura, tem querido mostrar que tem projectos para melhorar o nível de vida da população, num dos concelhos algarvios com maior índice de desemprego. E aposta na aprovação de investimentos privados - que incluem planos para quatro campos de golfe, uma marina e cinco novas unidades hoteleiras de quatro e cinco estrelas - que têm encontrado dificuldades junto da admimistração central, por razões ambientais. Murta é por isso um dos autarcas socialistas algarvios mais críticos da governação PS. Apostados em recuperar a câmara, os comunistas contam por seu lado com a fidelidade dos eleitores numa terra onde o movimento operário, ligado à industria conserveira, tem história. I.R.

VILA DE REI

Irene Barata PSD

Rui Catarino CDS/PP

Manuel Beato PS

Isilda da Silva CDU

AMBIENTE FAMILIAR E OPOSIÇÃO PACÍFICA

Irene Barata, há doze anos à frente da câmara de Vila de Rei, tornou-se conhecida fora das fronteiras do município pelas medidas que tomou para inverter o processo de desertificação do concelho, um dos mais pobres do distrito de Castelo Branco. A autarca decidiu atribuir subsídios aos casais jovens dispostos a instalar-se no território da autarquia, e essa política tornou-a especialmente estimada por uma população que multiplica os convites para a ter presente em festas de casamento e baptizados. A própria candidata da CDU, Isilda da Silva, reconhece que o concelho "conseguiu algum desenvolvimento nos últimos anos" e diz querer "ajudar a encontrar soluções" para os problemas locais. Manuel Beato, do PS, também não tem críticas a fazer à actual presidente, e considera mesmo que "ela fez o que devia ter sido feito", justificando a sua candidatura com "novas ideias para o desenvolvimento do concelho". Sem sair deste registo pacífico e familiar, comum a toda a oposição, Rui Catarino, do CDS/PP - que tem sido a segunda força mais votada nas autárquicas -, mostra-se mais ambicioso e põe a tónica em "novas formas de utilizar os potenciais da floresta e estimular o turismo ecológico". F.L.C.

VILA VELHA DE RÓDÃO

Vítor Carmona PSD

Maria do Carmo Sequeira PS

Maria Inês Amaro CDU

Maria João Marcelino CDS/PP

CONTRA A DESERTIFICAÇÃO

A luta pela presidência da câmara de Vila Velha de Ródão trava-se entre os cabeças de lista das duas principais forças políticas: PSD e PS. A candidata do partido governamental, Maria do Carmo Sequeira, tem lançado muitas críticas ao actual presidente, Vítor Carmona, candidato pela terceira vez pelo PSD. O autarca em funções é acusado de não ter políticas adequadas para combater a falta de postos de trabalho e para promover a habitação social e a animação desportiva e cultural. Críticas à parte, a preocupação central da candidata do PS coincide com a de Carmona e exprime-se nas palavras "combater a desertificação". Vila Velha de Ródão é hoje o concelho com menos eleitores no distrito de Castelo Branco - pouco mais de quatro mil. O candidato do PSD já garantiu que, caso seja reeleito, vai criar novos loteamentos para a fixação de pessoas no concelho, explicando que "a câmara está a oferecer terrenos a preços simbólicos e com isenção de taxas, para estimular o crescimento populacional". Mas diz-se consciente de que, para essa política ter resultados, é imprescindível "apoiar o desenvolvimento industrial e habitacional, criando acessibilidades". F.L.C.

VILA VERDE

José Manuel Fernandes PSD

Manuel Carvalho CDU

Álvaro Santos Lista Independente

INDEPENDENTES COM APOIO DO PS E DO PP

O presidente da câmara de Vila Verde e novamente candidato pelo PSD, José Manuel Fernandes, é o segundo líder da vereação que o município conheceu desde que há eleições locais. Sucedeu a António Cerqueira, do CDS/PP, que durante mais de vinte anos ocupou a cadeira do poder. Não se sabe se Fernandes aspira a igual longevidade, mas a oposição é que não parece disposta a esperar. Para tentar apeá-lo, PS e PP nem se apresentam às urnas, preferindo convergir no apoio a uma lista de independentes, que curiosamente é liderada por um ex-social-democrata, Álvaro Santos. A disputa vai ser difícil, porque Fernandes conquistou a simpatia de quase todos os presidentes de junta e tem obra visível. Pode acontecer que a soma aritmética da votação dos partidos que apostam na lista independente - actualmente PS e PP tem dois vereadores cada, contra três do PSD - não chegue para derrotar o social-democrata, que é hoje a segunda figura do seu partido no distrito de Braga. Manuel Carvalho é um militante do PCP que tenta cumprir um velho anseio da CDU: eleger um vereador. Ficou conhecido no concelho pelo papel que desempenhou na luta pela construção da nova ponte sobre o rio Cávado, em Prado. F.F.

VILA VIÇOSA

Manuel Condenado CDU

Inácio Esperança PSD

Miguel Patacão Rodrigues PS

Eduardo Almeida CDS/PP

UM DESAFIO AOS PROGNÓSTICOS

O Partido Popular deposita grandes esperanças na candidatura de Eduardo Almeida à câmara de Vila Viçosa, um concelho onde, há quatro anos, conseguiu cerca de 20% dos votos, de longe o seu melhor resultado no distrito de Évora. Diga-se de passagem que a análise dos resultados das duas últimas consultas autárquicas em Vila Viçosa desencoraja a futurologia. Senão veja-se: de 1993 para 1997, o PSD caiu de primeiro para segundo lugar e o PS manteve-se em terceiro, ambos perdendo muitos votos. O maior beneficiário terá sido o CDS/PP, que galgou quinze inesperados pontos percentuais, mas a CDU é que lucrou mais, ganhando a sua única nova câmara no distrito. Embora subindo escassos pontos, logrou colocar na presidência, com maioria relativa, Manuel Condenado, um professor de 46 anos. Agora, Condenado vai tentar preservar a dúzia de pontos que, há quatro anos, o separaram do pelotão, em que socialistas, sociais-democratas e populares acabaram praticamente empatados. Maioria absoluta em Vila Viçosa, nem pensar! J.P.S.

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