Jogos sociais em tempo real

07-09-2001
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Jogos Sociais em Tempo Real

Por CATARINA GOMES

Quinta-feira, 7 de Junho de 2001

Novo sistema arranca na segunda-feira

Santa Casa da Misericórdia espera um incremento de receitas na ordem dos 20 por cento. Provedora pede maior fiscalização do jogo ilegal

A partir da próxima segunda-feira, o apostador de jogos sociais, como o totobola ou totoloto, verá o seu tempo de aposta alargado, pode pedir ao computador que escolha os números por si e não tem que voltar a preencher o bilhete se usar chave única. São novidades trazidas pela entrada em funcionamento do sistema de exploração de jogos "on-line" de jogos da Santa Casa da Misericórdia (SCM).

Com o sistema que ontem foi apresentado em Lisboa, o tradicional boletim de papel, que deixa de ser em duplicado, continuará a ser necessário, assim como a deslocação do apostador ao posto de venda. Mas um terminal colocado em cada mediador canalizará as apostas em tempo real para um sistema central do Departamento de Jogos da SCM que as guarda e permite, de forma mais rápida, apurar e distribuir os prémios apurados. A introdução das apostas será feita pelos agentes.

A rede arranca na segunda-feira com cerca de um terço do total de terminais - são cerca de 1500 máquinas que enviam automaticamente os dados. Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa, Setúbal, Faro e regiões autónomas são os primeiros locais a beneficiar das inovações.

Até Fevereiro de 2001 pretende-se ter a totalidade dos 4500 postos - têm vindo a ser instaladas uma média de 400 terminais por mês - da rede de apostas "on line" a funcionar em todo o país. Nessa altura, deverão ser definitivamente eliminadas as apostas "off line", referiu ontem a provedora da SCM, Maria do Carmo Romão.

Segundo o responsável pelo Departamento de Jogos e pela instalação do projecto, João Gonçalves, é expectável que o novo sistema venha trazer um acréscimo de receitas na ordem dos 15 a 20 por cento, a avaliar pelo desempenho de congéneres europeias que passaram pelo mesmo processo. Ou seja, um eventual acréscimo de 8 milhões de contos. Com o novo sistema de apostas, Portugal deixa de ser o único país da União Europeia sem o sistema, disse o responsável.

A subida dos ganhos é também a esperança da provedora da SCM. Mas defendeu que, em paralelo, as entidades fiscalizadoras devem aumentar o seu esforço de combate ao jogo ilegal "que prolifera pelo país". Quanto mais jogo ilegal existir, "menos serão os apostadores de jogos sociais".

Paulo Pedroso, ministro do Trabalho e Solidariedade, uma das entidades que tutela a instituição, disse ontem que a introdução o novo sistema torna o processo mais transparente e menos burocrático. Acrescentou que as adaptações legislativas que foram necessárias vieram separar de forma inequívoca o jogo social "dos jogos de fortuna e azar explorados por entidades privadas em proveito próprio e que não contribuem para fins sociais".

O sistema custou 7,5 milhões de contos e foi desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos.

Jogos Sociais em Tempo Real

Por CATARINA GOMES

Quinta-feira, 7 de Junho de 2001

Novo sistema arranca na segunda-feira

Santa Casa da Misericórdia espera um incremento de receitas na ordem dos 20 por cento. Provedora pede maior fiscalização do jogo ilegal

A partir da próxima segunda-feira, o apostador de jogos sociais, como o totobola ou totoloto, verá o seu tempo de aposta alargado, pode pedir ao computador que escolha os números por si e não tem que voltar a preencher o bilhete se usar chave única. São novidades trazidas pela entrada em funcionamento do sistema de exploração de jogos "on-line" de jogos da Santa Casa da Misericórdia (SCM).

Com o sistema que ontem foi apresentado em Lisboa, o tradicional boletim de papel, que deixa de ser em duplicado, continuará a ser necessário, assim como a deslocação do apostador ao posto de venda. Mas um terminal colocado em cada mediador canalizará as apostas em tempo real para um sistema central do Departamento de Jogos da SCM que as guarda e permite, de forma mais rápida, apurar e distribuir os prémios apurados. A introdução das apostas será feita pelos agentes.

A rede arranca na segunda-feira com cerca de um terço do total de terminais - são cerca de 1500 máquinas que enviam automaticamente os dados. Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa, Setúbal, Faro e regiões autónomas são os primeiros locais a beneficiar das inovações.

Até Fevereiro de 2001 pretende-se ter a totalidade dos 4500 postos - têm vindo a ser instaladas uma média de 400 terminais por mês - da rede de apostas "on line" a funcionar em todo o país. Nessa altura, deverão ser definitivamente eliminadas as apostas "off line", referiu ontem a provedora da SCM, Maria do Carmo Romão.

Segundo o responsável pelo Departamento de Jogos e pela instalação do projecto, João Gonçalves, é expectável que o novo sistema venha trazer um acréscimo de receitas na ordem dos 15 a 20 por cento, a avaliar pelo desempenho de congéneres europeias que passaram pelo mesmo processo. Ou seja, um eventual acréscimo de 8 milhões de contos. Com o novo sistema de apostas, Portugal deixa de ser o único país da União Europeia sem o sistema, disse o responsável.

A subida dos ganhos é também a esperança da provedora da SCM. Mas defendeu que, em paralelo, as entidades fiscalizadoras devem aumentar o seu esforço de combate ao jogo ilegal "que prolifera pelo país". Quanto mais jogo ilegal existir, "menos serão os apostadores de jogos sociais".

Paulo Pedroso, ministro do Trabalho e Solidariedade, uma das entidades que tutela a instituição, disse ontem que a introdução o novo sistema torna o processo mais transparente e menos burocrático. Acrescentou que as adaptações legislativas que foram necessárias vieram separar de forma inequívoca o jogo social "dos jogos de fortuna e azar explorados por entidades privadas em proveito próprio e que não contribuem para fins sociais".

O sistema custou 7,5 milhões de contos e foi desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos.

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