DN

16-11-2000
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Esta intervenção marcou a segunda reunião do grupo parlamentar socialista realizada desde a aprovação do Orçamento de Estado na generalidade. Vários deputados do PS presentes na reunião, que só terminou na madrugada de ontem, revelaram ontem ao DN que a irritação de Maria de Belém era evidente. Actual vice-presidente do grupo parlamentar, a ex-ministra ficou particularmente incomodada com uma declaração do coordenador socialista para a área da saúde, João Sobral, no recente debate orçamental na generalidade. Este deputado elogiou a actual titular da Saúde, Manuela Arcanjo, pelo "controlo das despesas" efectuado no Ministério desde que tomou posse, em Outubro do ano passado.

Horas depois dos indignados avisos de Maria de Belém, por coincidência ou talvez não, a sua sucessora lançou-lhe uma nova farpa, desta vez em pleno hemiciclo de São Bento. Falando ontem à tarde em reunião conjunta das comissões parlamentares da Economia e Finanças e da Saúde, Manuela Arcanjo comparou a execução orçamental do seu ministério com o primeiro ano do mandato da sua antecessora. Em termos claramente desfavoráveis para Maria de Belém.

Respondendo a uma questão do deputado social-democrata Carlos Martins, que criticava a baixa taxa de execução do PIDDAC do Ministério da Saúde no ano em curso em comparação com 1999, Arcanjo defendeu-se apontando o exemplo do primeiro ano de gestão do ministério sob a tutela de Maria de Belém.

"O ano 2000 é o primeiro da actual legislatura e só pode, portanto, ser comparado com o primeiro ano da legislatura anterior. Ora nesse ano (1996) a taxa de execução do PIDDAC no âmbito da saúde foi apenas de 36 por cento, enquanto a actual é de 51 por cento", disse a ministra. Sem jamais nomear a sua antecessora, que tutelava o Ministério da Saúde em 1996, Manuela Arcanjo sorriu e rematou a sua intervenção com uma frase muitas vezes utilizada pelo primeiro-ministro, António Guterres: "É a vida!"

O DN tentou contactar Maria de Belém Roseira já depois das críticas que lhe foram dirigidas por Manuela Arcanjo, não tendo sido possível obter um comentário da ex-ministra. Na intervenção feita no grupo parlamentar, Maria de Belém salientou que a sua actividade no Minstério da Saúde não pode ser comparada com a de Arcanjo. E explicou porquê: esta área governativa só foi eleita como nova "paixão" de Guterres na actual legislatura, ao contrário do que aconteceu no quadriénio 1996/2000, em que a prioridade assumida do primeiro-ministro era a Educação.

Esta intervenção marcou a segunda reunião do grupo parlamentar socialista realizada desde a aprovação do Orçamento de Estado na generalidade. Vários deputados do PS presentes na reunião, que só terminou na madrugada de ontem, revelaram ontem ao DN que a irritação de Maria de Belém era evidente. Actual vice-presidente do grupo parlamentar, a ex-ministra ficou particularmente incomodada com uma declaração do coordenador socialista para a área da saúde, João Sobral, no recente debate orçamental na generalidade. Este deputado elogiou a actual titular da Saúde, Manuela Arcanjo, pelo "controlo das despesas" efectuado no Ministério desde que tomou posse, em Outubro do ano passado.

Horas depois dos indignados avisos de Maria de Belém, por coincidência ou talvez não, a sua sucessora lançou-lhe uma nova farpa, desta vez em pleno hemiciclo de São Bento. Falando ontem à tarde em reunião conjunta das comissões parlamentares da Economia e Finanças e da Saúde, Manuela Arcanjo comparou a execução orçamental do seu ministério com o primeiro ano do mandato da sua antecessora. Em termos claramente desfavoráveis para Maria de Belém.

Respondendo a uma questão do deputado social-democrata Carlos Martins, que criticava a baixa taxa de execução do PIDDAC do Ministério da Saúde no ano em curso em comparação com 1999, Arcanjo defendeu-se apontando o exemplo do primeiro ano de gestão do ministério sob a tutela de Maria de Belém.

"O ano 2000 é o primeiro da actual legislatura e só pode, portanto, ser comparado com o primeiro ano da legislatura anterior. Ora nesse ano (1996) a taxa de execução do PIDDAC no âmbito da saúde foi apenas de 36 por cento, enquanto a actual é de 51 por cento", disse a ministra. Sem jamais nomear a sua antecessora, que tutelava o Ministério da Saúde em 1996, Manuela Arcanjo sorriu e rematou a sua intervenção com uma frase muitas vezes utilizada pelo primeiro-ministro, António Guterres: "É a vida!"

O DN tentou contactar Maria de Belém Roseira já depois das críticas que lhe foram dirigidas por Manuela Arcanjo, não tendo sido possível obter um comentário da ex-ministra. Na intervenção feita no grupo parlamentar, Maria de Belém salientou que a sua actividade no Minstério da Saúde não pode ser comparada com a de Arcanjo. E explicou porquê: esta área governativa só foi eleita como nova "paixão" de Guterres na actual legislatura, ao contrário do que aconteceu no quadriénio 1996/2000, em que a prioridade assumida do primeiro-ministro era a Educação.

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