Celeste Cardona na Justiça, David Justino na Educação

03-04-2002
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Celeste Cardona na Justiça, David Justino na Educação

Por HELENA PEREIRA E EUNICE LOURENÇO

Terça-feira, 2 de Abril de 2002 Durão comunica Governo ao Presidente Quase metade do elenco ministerial de Durão Barroso esteve nos executivos de Cavaco Silva Maria Celeste Cardona será a próxima ministra da Justiça, indicada pelo CDS-PP. David Justino também já está confirmado como ministro da Educação. E Teresa Gouveia poderá ser a ministra a Cultura. Apesar de Durão Barroso ir hoje comunicar ao Presidente da República os nomes que escolheu para o seu governo, ontem ainda persistiam dúvidas sobre algumas das pastas mais importantes do executivo. Os barrosistas sempre disseram que queriam fazer um governo com uma nova geração de políticos, que podiam ser desconhecidos da opinião pública, mas que teriam o reconhecimento profissional nas suas áreas de especialidade. No entanto, o que se tem vindo a verificar, mesmo em vésperas de o governo ser apresentado a Jorge Sampaio, ao meio-dia, é que Durão Barroso foi resolvendo as dificuldades que enfrentou recorrendo a figuras com experiência governativa do tempo de Cavaco Silva, como Manuela Ferreira Leite, Pedro Lynce, Luís Filipe Pereira, Marques Mendes, Sevinate Pinto e Carlos Tavares. Teresa Gouveia e Valente de Oliveira são outros ex-membros dos governos de Cavaco Silva desejados no governo de Durão. Também nas secretarias de Estado estão previstos vários regressos de ex-membros dos governos de Cavaco como Vasco Valdez e Norberto Rosa, que devem integrar a equipa de Manuela Ferreira Leite, que não terá qualquer secretário de Estado do CDS-PP. Valente de Oliveira, ex-ministro do Planeamento de todos os governos de Cavaco Silva, é dado como certo no governo. A pasta mais provável é a dos Negócios Estrangeiros, dado o seu perfil e a sua experiência de negociador de fundos comunitários. O embaixador de Portugal em Madrid, Martins da Cruz, tem vindo a ser dado como o futuro MNE, mas fontes sociais-democratas realçavam ontem o quanto é difícil colocar um embaixador de carreira na chefia da diplomacia. Vítor Martins, ex-secretário de Estado da Integração Europeia de Cavaco Silva, tem sido outro nome apontado para o MNE. Teresa Gouveia, eleita deputada pelo Porto e directora da Fundação de Serralves, era desejada para ministra da Cultura. A confirmar-se será um regresso a uma das pastas que ocupou no passado. Nos governos de Cavaco Silva, Teresa Gouveia foi secretária de Estado da Cultura e do Ambiente, passando a ministra do Ambiente em 1993. O nome para as Obras Públicas era o que estava ontem envolto em maior silêncio, pois aparentemente Durão Barroso quer apresentá-lo como a novidade do seu governo. Isaltino Morais nas Cidades Confirmados estão já os nomes de Maria Celeste Cardona, que fica com a terceira pasta a ir para o CDS-PP, a Justiça. O nome de Maria Celeste Cardona, jurista e especialista em Assuntos Fiscais, terá sido decidido há dois dias. Com esta decisão, Paulo Portas quis premiar o trabalho de uma dirigente do partido que, como deputada, se destacou pelo combate que fez à reforma fiscal do PS. Ministro-sombra para a Educação, David Justino vai agora assumir o ministério que vai tutelar o ensino básico e secundário. Licenciado em Economia e doutorado em Sociologia, o novo ministro é o único elemento do governo sombra de Durão que vai ocupar efectivamente a pasta que representava na oposição. Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, também fazia parte do governo-sombra, mas com a pasta do Equipamento Social. Ontem à noite o seu nome era apontado como ministro das Cidades, Ambiente e Ordenamento do Território (engloba a descentralização e o poder local). José Eduardo Martins, ministro-sombra do Ambiente, deve ir ocupar a secretaria de Estado do Ambiente. Excluída a hipótese Fernando Negrão, o nome para a Administração Interna permanecia ontem ainda em segredo. As pastas dos mais próximos de Durão - Nuno Morais Sarmento e José Luís Arnaut - terão sido as últimas a ser atribuídas. Entre si devem dividir os cargos de ministro da Presidência e de ministro Adjunto, podendo mesmo Nuno Morais Sarmento vir a ocupar a pasta da Administração Interna. Hoje à tarde, depois de receber Durão Barroso, o Presidente da República recebe todos os partidos com assento parlamentar. Só então nomeará o primeiro-ministro (por agora está indigitado) e marcará a tomada de posse do novo governo. OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL Celeste Cardona na Justiça, David Justino na Educação

Pastas confirmadas

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Ferreira Leite defende cortes na saúde e nas autarquias

Despedida emocionada

Morais Sarmento revela passado com drogas

Durão queria Portas no Governo mesmo com maioria absoluta

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Por HELENA PEREIRA E EUNICE LOURENÇO

Terça-feira, 2 de Abril de 2002 Durão comunica Governo ao Presidente Quase metade do elenco ministerial de Durão Barroso esteve nos executivos de Cavaco Silva Maria Celeste Cardona será a próxima ministra da Justiça, indicada pelo CDS-PP. David Justino também já está confirmado como ministro da Educação. E Teresa Gouveia poderá ser a ministra a Cultura. Apesar de Durão Barroso ir hoje comunicar ao Presidente da República os nomes que escolheu para o seu governo, ontem ainda persistiam dúvidas sobre algumas das pastas mais importantes do executivo. Os barrosistas sempre disseram que queriam fazer um governo com uma nova geração de políticos, que podiam ser desconhecidos da opinião pública, mas que teriam o reconhecimento profissional nas suas áreas de especialidade. No entanto, o que se tem vindo a verificar, mesmo em vésperas de o governo ser apresentado a Jorge Sampaio, ao meio-dia, é que Durão Barroso foi resolvendo as dificuldades que enfrentou recorrendo a figuras com experiência governativa do tempo de Cavaco Silva, como Manuela Ferreira Leite, Pedro Lynce, Luís Filipe Pereira, Marques Mendes, Sevinate Pinto e Carlos Tavares. Teresa Gouveia e Valente de Oliveira são outros ex-membros dos governos de Cavaco Silva desejados no governo de Durão. Também nas secretarias de Estado estão previstos vários regressos de ex-membros dos governos de Cavaco como Vasco Valdez e Norberto Rosa, que devem integrar a equipa de Manuela Ferreira Leite, que não terá qualquer secretário de Estado do CDS-PP. Valente de Oliveira, ex-ministro do Planeamento de todos os governos de Cavaco Silva, é dado como certo no governo. A pasta mais provável é a dos Negócios Estrangeiros, dado o seu perfil e a sua experiência de negociador de fundos comunitários. O embaixador de Portugal em Madrid, Martins da Cruz, tem vindo a ser dado como o futuro MNE, mas fontes sociais-democratas realçavam ontem o quanto é difícil colocar um embaixador de carreira na chefia da diplomacia. Vítor Martins, ex-secretário de Estado da Integração Europeia de Cavaco Silva, tem sido outro nome apontado para o MNE. Teresa Gouveia, eleita deputada pelo Porto e directora da Fundação de Serralves, era desejada para ministra da Cultura. A confirmar-se será um regresso a uma das pastas que ocupou no passado. Nos governos de Cavaco Silva, Teresa Gouveia foi secretária de Estado da Cultura e do Ambiente, passando a ministra do Ambiente em 1993. O nome para as Obras Públicas era o que estava ontem envolto em maior silêncio, pois aparentemente Durão Barroso quer apresentá-lo como a novidade do seu governo. Isaltino Morais nas Cidades Confirmados estão já os nomes de Maria Celeste Cardona, que fica com a terceira pasta a ir para o CDS-PP, a Justiça. O nome de Maria Celeste Cardona, jurista e especialista em Assuntos Fiscais, terá sido decidido há dois dias. Com esta decisão, Paulo Portas quis premiar o trabalho de uma dirigente do partido que, como deputada, se destacou pelo combate que fez à reforma fiscal do PS. Ministro-sombra para a Educação, David Justino vai agora assumir o ministério que vai tutelar o ensino básico e secundário. Licenciado em Economia e doutorado em Sociologia, o novo ministro é o único elemento do governo sombra de Durão que vai ocupar efectivamente a pasta que representava na oposição. Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, também fazia parte do governo-sombra, mas com a pasta do Equipamento Social. Ontem à noite o seu nome era apontado como ministro das Cidades, Ambiente e Ordenamento do Território (engloba a descentralização e o poder local). José Eduardo Martins, ministro-sombra do Ambiente, deve ir ocupar a secretaria de Estado do Ambiente. Excluída a hipótese Fernando Negrão, o nome para a Administração Interna permanecia ontem ainda em segredo. As pastas dos mais próximos de Durão - Nuno Morais Sarmento e José Luís Arnaut - terão sido as últimas a ser atribuídas. Entre si devem dividir os cargos de ministro da Presidência e de ministro Adjunto, podendo mesmo Nuno Morais Sarmento vir a ocupar a pasta da Administração Interna. Hoje à tarde, depois de receber Durão Barroso, o Presidente da República recebe todos os partidos com assento parlamentar. Só então nomeará o primeiro-ministro (por agora está indigitado) e marcará a tomada de posse do novo governo. OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL Celeste Cardona na Justiça, David Justino na Educação

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