Cinco deputados em transportes públicos

19-07-2001
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Cinco Deputados em Transportes Públicos

Por INÊS ESCOBAR DE LIMA

Segunda-feira, 21 de Maio de 2001

A estação de metro mais perto da Assembleia da República (AR) é a do largo do Rato e os deputados têm lugar garantido para estacionar o carro junto ao Parlamento. O PÚBLICO falou com cinco deputados que, ainda assim, na rotina diária para a AR ou em alguns trajectos dentro de Lisboa, não utilizam o automóvel.

Margarida Botelho, jovem deputada do PCP, apanha todos os dias o autocarro 6 para ir da sua casa, na Penha de França, até à Assembleia da República. "Por um motivo muito simples: não tenho carro; e acho mais prático dentro de Lisboa andar de transportes públicos." Na volta para casa, quando sai depois das nove da noite, a deputada tem que ir até ao Rato ou ao Cais do Sodré, porque o 6 já não passa em São Bento. "Devia haver mais horários, autocarros em maior número, mais novos e que cumprissem mais os horários", sublinhou Margarida, lembrando que alguns bairros da Grande Lisboa ficam sem transportes muito cedo.

O deputado do Bloco de Esquerda, Luís Fazenda, também apanha o 6 na Praça do Chile, até ao Parlamento. Ou, em alternativa, vai de metro até ao largo do Rato e desce a rua de São Bento a pé. "Quando tenho que me deslocar para fora de Lisboa venho de automóvel privado para a Assembleia." Fazenda afirmou ao PÚBLICO que gosta de andar de transportes públicos, mas quer que estes sejam mais confortáveis e rápidos. "Nas minhas circunstâncias, não são muito demorados", considera, apesar de tudo, o deputado. "Aproveito logo de manhã para por a leitura dos jornais em dia no autocarro ou no metro".

Pedro Mota Soares, do grupo parlamentar do CDS-PP, vai de carro para o Parlamento, porque tem lugar para estacionar e porque, em alternativa, só anda de metro. "Teria que andar a pé desde o Rato e muitas vezes saio tarde." No entanto, o deputado utiliza sempre o metro, quando se desloca do seu escritório, perto do Areeiro, até ao tribunal ou algum departamento público. "Faço muitos percursos de metro para evitar o trânsito".

Já o deputado do PSD, José Eduardo Martins, diz não se importar de descer a rua de São Bento a pé. "Até me faz bem." O ministro-sombra do PSD para o ambiente contou ao PÚBLICO que utiliza várias vezes o metro para fazer o percurso de sua casa, na praça de Espanha, até ao Rato. "O metro é mais rápido", disse o deputado. "Utilizo-o porque me é conveniente e porque não tenho o problema de estacionar o carro. E ando no eléctrico 15, na zona ribeirinha, porque me dá prazer", acrescentou.

Paulo Pisco, deputado do PS, mora no Príncipe Real e vai a pé para a Assembleia da República todos os dias. Para se deslocar em Lisboa, utiliza sempre os transportes públicos. "Prefiro andar de metro e de autocarro." O deputado explicou que de metro chega mais rapidamente aos destinos do que se andar de carro. E confessou outra razão para escolher os transportes públicos: "Gosto de observar as pessoas."

Cinco Deputados em Transportes Públicos

Por INÊS ESCOBAR DE LIMA

Segunda-feira, 21 de Maio de 2001

A estação de metro mais perto da Assembleia da República (AR) é a do largo do Rato e os deputados têm lugar garantido para estacionar o carro junto ao Parlamento. O PÚBLICO falou com cinco deputados que, ainda assim, na rotina diária para a AR ou em alguns trajectos dentro de Lisboa, não utilizam o automóvel.

Margarida Botelho, jovem deputada do PCP, apanha todos os dias o autocarro 6 para ir da sua casa, na Penha de França, até à Assembleia da República. "Por um motivo muito simples: não tenho carro; e acho mais prático dentro de Lisboa andar de transportes públicos." Na volta para casa, quando sai depois das nove da noite, a deputada tem que ir até ao Rato ou ao Cais do Sodré, porque o 6 já não passa em São Bento. "Devia haver mais horários, autocarros em maior número, mais novos e que cumprissem mais os horários", sublinhou Margarida, lembrando que alguns bairros da Grande Lisboa ficam sem transportes muito cedo.

O deputado do Bloco de Esquerda, Luís Fazenda, também apanha o 6 na Praça do Chile, até ao Parlamento. Ou, em alternativa, vai de metro até ao largo do Rato e desce a rua de São Bento a pé. "Quando tenho que me deslocar para fora de Lisboa venho de automóvel privado para a Assembleia." Fazenda afirmou ao PÚBLICO que gosta de andar de transportes públicos, mas quer que estes sejam mais confortáveis e rápidos. "Nas minhas circunstâncias, não são muito demorados", considera, apesar de tudo, o deputado. "Aproveito logo de manhã para por a leitura dos jornais em dia no autocarro ou no metro".

Pedro Mota Soares, do grupo parlamentar do CDS-PP, vai de carro para o Parlamento, porque tem lugar para estacionar e porque, em alternativa, só anda de metro. "Teria que andar a pé desde o Rato e muitas vezes saio tarde." No entanto, o deputado utiliza sempre o metro, quando se desloca do seu escritório, perto do Areeiro, até ao tribunal ou algum departamento público. "Faço muitos percursos de metro para evitar o trânsito".

Já o deputado do PSD, José Eduardo Martins, diz não se importar de descer a rua de São Bento a pé. "Até me faz bem." O ministro-sombra do PSD para o ambiente contou ao PÚBLICO que utiliza várias vezes o metro para fazer o percurso de sua casa, na praça de Espanha, até ao Rato. "O metro é mais rápido", disse o deputado. "Utilizo-o porque me é conveniente e porque não tenho o problema de estacionar o carro. E ando no eléctrico 15, na zona ribeirinha, porque me dá prazer", acrescentou.

Paulo Pisco, deputado do PS, mora no Príncipe Real e vai a pé para a Assembleia da República todos os dias. Para se deslocar em Lisboa, utiliza sempre os transportes públicos. "Prefiro andar de metro e de autocarro." O deputado explicou que de metro chega mais rapidamente aos destinos do que se andar de carro. E confessou outra razão para escolher os transportes públicos: "Gosto de observar as pessoas."

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