Cartaz: Teatro E Ainda...

29-10-2000
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Luz de Inverno

de David Hare

Uma peça sobre um conflito familiar - pai, filho e antiga amante do pai. Uma segura interpretação de João Perry, Margarida Marinho e, num plano mais discreto, Diogo Morgado, e uma oportunidade para descobrir ou redescobrir o excelente dramaturgo que é David Hare. (JC) (Teatro Aberto)

O Lírio

de Ferenc Molnár

Personagens que vivem «nas margens da importância», num espectáculo intensamente poético. Um excelente conjunto de actores - José Airosa, Sofia Marques, Márcia Breia, Luís Miguel Cintra, Laura Soveral, entre outros - um belo trabalho de cenografia e figurinos de Cristina Reis, e uma inteligente direcção de Christine Laurent, nesta sua terceira colaboração com o Teatro da Cornucópia. (JC) (Teatro do Bairro Alto)

Mahabharata

adaptação para marionetas

Um imaginativo e profissional espectáculo de um muito jovem agrupamento de marionetistas - A Lente, Teatro de Aumentar - que, no seu segundo ano de existência, se abalançam ao que ninguém, que saibamos, se abalançou: adaptar a epopeia hindu (adaptada para teatro por Peter Brook, Jean Claude Carrière e Marie Hélène Estienne, e cuja passagem na televisão forneceu ao grupo o guião-base da presente adaptação) datada, provavelmente, dos séculos IV-III a.C. As belas marionetas são de Cristina Pé-Curto, a recolha musical é de Helena Correia, a adaptação (pirata) é de João Lizardo, que assina igualmente a encenação e a manipulação - com alguns descuidos na estreia e, sobretudo, alguns problemas advindos da falta de distinção entre vozes de figuras femininas e masculinas - e a manipulação é de Ângela Ribeiro, Cláudia Sargento, Eleonora Galiau, Margarida Botelho, Maria João Costa e Lívia Babo. Hoje e amanhã, últimas. (EV) (Teatro Taborda)

O Pior que Me Podias Ter Dito

de Dan Butler

Marcia Haufrecht, a mais conhecida divulgadora, em Portugal, do «método» de representar do Actor's Studio, dirige aqui o solo de Eduardo Firmo em cena até dia 28. O conjunto de dez monólogos que compõem este espectáculo, adaptado pelo intérprete do texto original americano, permitem ao actor desmultiplicar-se em várias figuras e falar «com realidade de um certo universo por muitos rejeitado e incompreendido». Traduzindo a elipse: aqui se fala de homossexualidade, de alegria, doença e cumplicidade! Hoje às 22h30 e amanhã 28, último dia, às 18h. (Teatro da Trindade)

Na Selva das Cidades

de Bertold Brecht

Uma peça notável do jovem e anarquista Brecht revisitada, notavelmente, pelos Artistas Unidos. Jorge Silva Melo - considerado por muitos, como Osório Mateus, como o maior actor português da sua geração - regressa aqui aos palcos como actor, no papel de Schlink, espécie de Mefistófoles cuja função, inexplicável, é pôr à prova a vontade do jovem Garga (Miguel Borges). Um combate de antologia. (EV) (Comuna)

Sentinela Alerta

de António Torrado

Uma história para espectadores tão pequeninos como o Príncipe que os maus da AD - o Duque (Rui Sérgio) e o General Hipólito (fabulosa criação de Augusto Portela) - daquele sítio querem retirar do seu palácio e do seu trono. Mas a Aia (Ângela Pinto) lá está para salvar, com a ajuda do Soldado, o seu menino (que, por qualquer razão, aparece descalço e é uma menina...). Um educativo e divertido texto de António Torrado e uma encenação lúdica e ternurenta de João Ricardo. Amanhã, última representação. (EV) (Recreios da Amadora)

Variações Goldberg

de George Tabori

Um portentoso texto teatral com a marca do humor judeu e com a «heresia» de um crente e revoltado. Com Carlos Paulo e Álvaro Correia - num trabalho impressionante. Muito aconselhado a estudantes (e professores) de teoria literária e filosofia, pois, em resumo, este é um excepcional exercício de hermenêutica pela via do teatro. (EV) (Comuna)

Genet: Anjo Caído

a partir de Jean Genet

Espectáculo/exercício final do Curso de Iniciação ao Teatro 98/99, do CITAC, concebido a partir de leituras de Jean Genet. Dramaturgia e encenação de Bruno Schiappa. A partir de dia 5. (Teatro Estúdio do CITAC, Coimbra)

Os Persas

de Ésquilo

Espectáculo «europeu» da Escola da Noite com encenação e cenografia de Pierre Voltz. Um actualíssimo texto de Ésquilo (524-456 a.C.) com tradução de Manuel de Oliveira Pulquério, adaptação dos coros de Mário Jorge Bonito, figurinos de Rachid Dradar, música de Lakis Karalis e luzes de Mário Montenegro. Interpretam: Mário Montenegro, Sílvia Brito, António Jorge, Isabel Leitão e Sofia Lobo, entre outros. Hoje, último dia. (Pátio da Inquisição, Coimbra)

Mein Kampf

de Georges Tabori

Viena, um asilo para os sem-abrigo e uma história de amor e dedicação entre o judeu Schlomo Herzl e um jovem de nome Adolf Hitler. Farsa trágica encenada por Paulo Alves Pereira. De 4 a 27 de Março. (Teatro Garcia de Resende, Évora)

Luz de Inverno

de David Hare

Uma peça sobre um conflito familiar - pai, filho e antiga amante do pai. Uma segura interpretação de João Perry, Margarida Marinho e, num plano mais discreto, Diogo Morgado, e uma oportunidade para descobrir ou redescobrir o excelente dramaturgo que é David Hare. (JC) (Teatro Aberto)

O Lírio

de Ferenc Molnár

Personagens que vivem «nas margens da importância», num espectáculo intensamente poético. Um excelente conjunto de actores - José Airosa, Sofia Marques, Márcia Breia, Luís Miguel Cintra, Laura Soveral, entre outros - um belo trabalho de cenografia e figurinos de Cristina Reis, e uma inteligente direcção de Christine Laurent, nesta sua terceira colaboração com o Teatro da Cornucópia. (JC) (Teatro do Bairro Alto)

Mahabharata

adaptação para marionetas

Um imaginativo e profissional espectáculo de um muito jovem agrupamento de marionetistas - A Lente, Teatro de Aumentar - que, no seu segundo ano de existência, se abalançam ao que ninguém, que saibamos, se abalançou: adaptar a epopeia hindu (adaptada para teatro por Peter Brook, Jean Claude Carrière e Marie Hélène Estienne, e cuja passagem na televisão forneceu ao grupo o guião-base da presente adaptação) datada, provavelmente, dos séculos IV-III a.C. As belas marionetas são de Cristina Pé-Curto, a recolha musical é de Helena Correia, a adaptação (pirata) é de João Lizardo, que assina igualmente a encenação e a manipulação - com alguns descuidos na estreia e, sobretudo, alguns problemas advindos da falta de distinção entre vozes de figuras femininas e masculinas - e a manipulação é de Ângela Ribeiro, Cláudia Sargento, Eleonora Galiau, Margarida Botelho, Maria João Costa e Lívia Babo. Hoje e amanhã, últimas. (EV) (Teatro Taborda)

O Pior que Me Podias Ter Dito

de Dan Butler

Marcia Haufrecht, a mais conhecida divulgadora, em Portugal, do «método» de representar do Actor's Studio, dirige aqui o solo de Eduardo Firmo em cena até dia 28. O conjunto de dez monólogos que compõem este espectáculo, adaptado pelo intérprete do texto original americano, permitem ao actor desmultiplicar-se em várias figuras e falar «com realidade de um certo universo por muitos rejeitado e incompreendido». Traduzindo a elipse: aqui se fala de homossexualidade, de alegria, doença e cumplicidade! Hoje às 22h30 e amanhã 28, último dia, às 18h. (Teatro da Trindade)

Na Selva das Cidades

de Bertold Brecht

Uma peça notável do jovem e anarquista Brecht revisitada, notavelmente, pelos Artistas Unidos. Jorge Silva Melo - considerado por muitos, como Osório Mateus, como o maior actor português da sua geração - regressa aqui aos palcos como actor, no papel de Schlink, espécie de Mefistófoles cuja função, inexplicável, é pôr à prova a vontade do jovem Garga (Miguel Borges). Um combate de antologia. (EV) (Comuna)

Sentinela Alerta

de António Torrado

Uma história para espectadores tão pequeninos como o Príncipe que os maus da AD - o Duque (Rui Sérgio) e o General Hipólito (fabulosa criação de Augusto Portela) - daquele sítio querem retirar do seu palácio e do seu trono. Mas a Aia (Ângela Pinto) lá está para salvar, com a ajuda do Soldado, o seu menino (que, por qualquer razão, aparece descalço e é uma menina...). Um educativo e divertido texto de António Torrado e uma encenação lúdica e ternurenta de João Ricardo. Amanhã, última representação. (EV) (Recreios da Amadora)

Variações Goldberg

de George Tabori

Um portentoso texto teatral com a marca do humor judeu e com a «heresia» de um crente e revoltado. Com Carlos Paulo e Álvaro Correia - num trabalho impressionante. Muito aconselhado a estudantes (e professores) de teoria literária e filosofia, pois, em resumo, este é um excepcional exercício de hermenêutica pela via do teatro. (EV) (Comuna)

Genet: Anjo Caído

a partir de Jean Genet

Espectáculo/exercício final do Curso de Iniciação ao Teatro 98/99, do CITAC, concebido a partir de leituras de Jean Genet. Dramaturgia e encenação de Bruno Schiappa. A partir de dia 5. (Teatro Estúdio do CITAC, Coimbra)

Os Persas

de Ésquilo

Espectáculo «europeu» da Escola da Noite com encenação e cenografia de Pierre Voltz. Um actualíssimo texto de Ésquilo (524-456 a.C.) com tradução de Manuel de Oliveira Pulquério, adaptação dos coros de Mário Jorge Bonito, figurinos de Rachid Dradar, música de Lakis Karalis e luzes de Mário Montenegro. Interpretam: Mário Montenegro, Sílvia Brito, António Jorge, Isabel Leitão e Sofia Lobo, entre outros. Hoje, último dia. (Pátio da Inquisição, Coimbra)

Mein Kampf

de Georges Tabori

Viena, um asilo para os sem-abrigo e uma história de amor e dedicação entre o judeu Schlomo Herzl e um jovem de nome Adolf Hitler. Farsa trágica encenada por Paulo Alves Pereira. De 4 a 27 de Março. (Teatro Garcia de Resende, Évora)

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