Oposição acusa Governo de não ter política de transportes

14-07-2001
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Oposição Acusa Governo de Não Ter Política de Transportes

Por INÊS SEQUEIRA

Sábado, 26 de Maio de 2001 O ministro Ferro Rodrigues foi ontem bombardeado pelos partidos da oposição, numa ida ao Parlamento requerida pelo CDS/PP, devido à "inexistência" de uma política de transportes, acusaram os deputados. Nenhum dos partidos deixou de intervir, num debate que se prolongou por quase quatro horas. Apesar da ausência - notada por Ferro Rodrigues - de muitos parlamentares. O titular da pasta mostrou-se empenhado em avançar finalmente com as autoridades metropolitanas de transportes, como base para futuros planos do sector. "Os planos globais de transportes terão de romper com a lógica concorrencial entre modos de transporte, privilegiando a intermodalidade", referiu no final de uma longa intervenção inicial. Mas não foi isso que o salvou das muitas críticas da oposição. "O Governo só está preocupado com mega-investimentos", reagiu Castro Almeida, do PSD. "Estamos perante uma completa ausência de política de transportes." Uma opinião partilhada pelos outros deputados, como Manuel Queiró, do CDS/PP: "Esperávamos que o Governo viesse aqui para anunciar opções, mas foi uma intervenção de manual. Quanto às coisas concretas, trouxe-nos apenas uma catadupa de anúncios." O novo projecto para a rede ferroviária de alta velocidade foi um dos temas que mais dominou o plenário. Em causa está a discrepância entre as versões apresentadas publicamente pelo secretário de Estado dos Transportes e poucos dias depois pelo presidente da Rave, empresa responsável pelo processo. "Em quem deposita confiança, senhor ministro? No seu secretário de Estado, ou no presidente da Rave?", questionou Castro Almeida. Uma pergunta que não teve resposta directa, tal como as questões sobre a inexistência de estudos técnicos do mercado de passageiros e de mercadorias, colocadas por toda a oposição. A Linha do Norte e os pesados défices dos transportes públicos - problema que terá de ser resolvido de forma gradual, reconheceu o ministro - foram outros dos aspectos criticados. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Betão, a nova paixão de Guterres

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