DN

22-12-2000
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Afirmando não ter sido "tido nem achado" na decisão de um órgão ao qual pertence, Assis não esconde, em declarações ao DN, o que pensa da atitude dos seus colegas: "Não gostei da reacção, foi um erro político crasso e tenciono dizê-lo na próxima reunião da comissão permanente". Para o líder dos deputados socialistas, "a permanente não serve para fazer considerações sobre motivações que acham estar por detrás das atitudes das pessoas, sobretudo tratando-se de um deputado e de um dirigente do PS". E considera o acto tanto mais condenável quanto o facto de a declaração de Junqueiro em resposta ao artigo de Carrilho não ter sido alvo de decisão numa reunião da permanente, apesar de vincular os seus membros.

Mas não é só esta situação que preocupa Assis. O líder da bancada paralmentar socialista receia que o próximo congresso sirva apenas para "estreitar" o partido em vez de ser um "momento de reflexão". E deixa o aviso: "O PS não pode fechar-se em torno de um núcleo de dirigentes autista, que exercem a autoridade de uma forma inapropriada e que, muitas vezes deturpam o pensamento do secretário-geral, por quererem ser mais papistas que o Papa". Um recado claro para o "núcleo duro" do primeiro-ministro.

É precisamente para dar um contributo à reflexão, que Assis em conjunto com outros deputados como Maria de Belém, Alberto Costa e Jorge Lacão, estão a preparar um documento de reflexão que irão entregar a António Guterres. Uma das partes incidirá sobre as alianças que o PS poderá encetar com outros partidos, sobretudo o PCP, no Parlamento. Assis ainda não decidiu, porém, se essa reflexão se traduzirá numa moção de estratégia ao Congresso. Como o próprio disse ao DN, dependerá do regulamento que for aprovado. Ou seja, se as moções tiverem que ser votadas em alternativa, como Guterres e Jorge Coelho querem, "não apresento moção porque não sou alternativa a ninguém".

O líder da bancada parlamentar do PS diz ainda ter "estranhado" a declaração de Jorge Coelho, que segundo o Público de ontem terá dito na reunião das federações do PS "já não consigo coordenador com quem coordena o grupo parlamentar", referindo-se a Francisco Assis. Apesar de não ter ficado satisfeito com a crítica, Assis diz não querer "atribuir quaisquer responsabilidades" sem primeiro "esclarecer o assunto" com Jorge Coelho. Aos que, nessa reunião, criticaram ainda a direcção da bancada parlamentar do PS por se ter transformado no órgão de decisão política do partido, diz apenas que "tem é que haver mais reflexão política no partido, o défice não é aqui".

Jorge Coelho telefonou ontem a Manuel Maria Carrilho para lhe explicar que não tinha dito que ele era um "protagonista menor" como tinha sido noticiado na véspera. "Eu disse é que perante questões essenciais para o país, como a aprovação da reforma fiscal, todos nós éramos protagonistas menores", declarou ao DN, o ministro do Equipamento, frisando nunca misturar "questões políticas com questões pessoais".

Coelho, no entanto, faz questão de sublinhar que não concorda com as questões que Carrilho levanta no artigo, tal como a "globalidade dos órgãos dirigentes do partido" e que "como é evidente prejudica a imagem do PS e do Governo". "Carrilho não se pode esquecer que é deputado porque entrou pela quota pessoal do engenheiro Guterres. Nunca ninguém o escolheu para ir para lado nenhum", diz.

Afirmando não ter sido "tido nem achado" na decisão de um órgão ao qual pertence, Assis não esconde, em declarações ao DN, o que pensa da atitude dos seus colegas: "Não gostei da reacção, foi um erro político crasso e tenciono dizê-lo na próxima reunião da comissão permanente". Para o líder dos deputados socialistas, "a permanente não serve para fazer considerações sobre motivações que acham estar por detrás das atitudes das pessoas, sobretudo tratando-se de um deputado e de um dirigente do PS". E considera o acto tanto mais condenável quanto o facto de a declaração de Junqueiro em resposta ao artigo de Carrilho não ter sido alvo de decisão numa reunião da permanente, apesar de vincular os seus membros.

Mas não é só esta situação que preocupa Assis. O líder da bancada paralmentar socialista receia que o próximo congresso sirva apenas para "estreitar" o partido em vez de ser um "momento de reflexão". E deixa o aviso: "O PS não pode fechar-se em torno de um núcleo de dirigentes autista, que exercem a autoridade de uma forma inapropriada e que, muitas vezes deturpam o pensamento do secretário-geral, por quererem ser mais papistas que o Papa". Um recado claro para o "núcleo duro" do primeiro-ministro.

É precisamente para dar um contributo à reflexão, que Assis em conjunto com outros deputados como Maria de Belém, Alberto Costa e Jorge Lacão, estão a preparar um documento de reflexão que irão entregar a António Guterres. Uma das partes incidirá sobre as alianças que o PS poderá encetar com outros partidos, sobretudo o PCP, no Parlamento. Assis ainda não decidiu, porém, se essa reflexão se traduzirá numa moção de estratégia ao Congresso. Como o próprio disse ao DN, dependerá do regulamento que for aprovado. Ou seja, se as moções tiverem que ser votadas em alternativa, como Guterres e Jorge Coelho querem, "não apresento moção porque não sou alternativa a ninguém".

O líder da bancada parlamentar do PS diz ainda ter "estranhado" a declaração de Jorge Coelho, que segundo o Público de ontem terá dito na reunião das federações do PS "já não consigo coordenador com quem coordena o grupo parlamentar", referindo-se a Francisco Assis. Apesar de não ter ficado satisfeito com a crítica, Assis diz não querer "atribuir quaisquer responsabilidades" sem primeiro "esclarecer o assunto" com Jorge Coelho. Aos que, nessa reunião, criticaram ainda a direcção da bancada parlamentar do PS por se ter transformado no órgão de decisão política do partido, diz apenas que "tem é que haver mais reflexão política no partido, o défice não é aqui".

Jorge Coelho telefonou ontem a Manuel Maria Carrilho para lhe explicar que não tinha dito que ele era um "protagonista menor" como tinha sido noticiado na véspera. "Eu disse é que perante questões essenciais para o país, como a aprovação da reforma fiscal, todos nós éramos protagonistas menores", declarou ao DN, o ministro do Equipamento, frisando nunca misturar "questões políticas com questões pessoais".

Coelho, no entanto, faz questão de sublinhar que não concorda com as questões que Carrilho levanta no artigo, tal como a "globalidade dos órgãos dirigentes do partido" e que "como é evidente prejudica a imagem do PS e do Governo". "Carrilho não se pode esquecer que é deputado porque entrou pela quota pessoal do engenheiro Guterres. Nunca ninguém o escolheu para ir para lado nenhum", diz.

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