Parlamento
Inquérito ao Urânio É "Folclore", Diz Dirigente do PS
Terça-feira, 9 de Janeiro de 2001 "Folclore, mero folclore." Foi assim que, ontem, um vice-presidente da bancada parlamentar do PS classificou ao PÚBLICO a proposta de um inquérito parlamentar à questão do urânio no Kosovo lançada pelo líder do CDS-PP, Paulo Portas. Falando a título pessoal, Manuel dos Santos salientou que "as medidas necessárias" de investigação do caso já estão a ser tomadas, pelo que, no seu entender, não é preciso criar uma nova via de inquérito através da criação de uma comissão parlamentar. Para o deputado socialista, Portas lançou a proposta apenas para conquistar "espaço mediático". Oficialmente o PS ainda não deliberou se viabiliza, ou não, a constituição da comissão. Os 115 deputados socialistas são, pelo menos, suficientes para a chumbar. No entanto, nesta eventualidade o CDS-PP tem ainda, em colaboração com outros agrupamentos parlamentares - o PSD, por exemplo, que está disposto a dizer "sim" ao inquérito - uma solução regimental, através da recolha de assinaturas de deputados, para impôr à força a criação da comissão, mesmo que o PS vote contra. Hoje o assunto será discutido entre os socialistas. De manhã numa reunião da direcção da bancada e à noite num secretariado nacional. A questão do urânio é, aliás, o único tema autorizado para discussão no secretariado, segundo adiantou ao PÚBLICO um destacado dirigente socialista. A preparação do congresso do PS só será discutida após as eleições presidenciais. Para dia19 foi convocada uma reunião da comissão política nacional e para o dia seguinte uma comissão nacional. Está ainda por discutir, pelo menos formalmente, o diferendo que opõe José Junqueiro a Francisco Assis. Junqueiro acusou Assis de defender Manuel Maria Carrilho e Fernando Gomes publicamente mas criticá-los em privado, nas reuniões da comissão permanente do PS. Assis diz que a acusação é mentirosa, exige de Junqueiro um pedido de desculpas e e promete levar o assunto à próxima reunião da permanente. J.P.H. OUTROS TÍTULOS EM ÚLTIMA PÁGINA Lee Rodrigues extraditado para França
Inquérito ao urânio é "folclore", diz dirigente do PS
"Expresso" e ex-pastor ameaçados com processos
Assassinado alto responsável policial
O FIO DO HORIZONTE
Um estranho amor
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Terça-feira, 9 de Janeiro de 2001 "Folclore, mero folclore." Foi assim que, ontem, um vice-presidente da bancada parlamentar do PS classificou ao PÚBLICO a proposta de um inquérito parlamentar à questão do urânio no Kosovo lançada pelo líder do CDS-PP, Paulo Portas. Falando a título pessoal, Manuel dos Santos salientou que "as medidas necessárias" de investigação do caso já estão a ser tomadas, pelo que, no seu entender, não é preciso criar uma nova via de inquérito através da criação de uma comissão parlamentar. Para o deputado socialista, Portas lançou a proposta apenas para conquistar "espaço mediático". Oficialmente o PS ainda não deliberou se viabiliza, ou não, a constituição da comissão. Os 115 deputados socialistas são, pelo menos, suficientes para a chumbar. No entanto, nesta eventualidade o CDS-PP tem ainda, em colaboração com outros agrupamentos parlamentares - o PSD, por exemplo, que está disposto a dizer "sim" ao inquérito - uma solução regimental, através da recolha de assinaturas de deputados, para impôr à força a criação da comissão, mesmo que o PS vote contra. Hoje o assunto será discutido entre os socialistas. De manhã numa reunião da direcção da bancada e à noite num secretariado nacional. A questão do urânio é, aliás, o único tema autorizado para discussão no secretariado, segundo adiantou ao PÚBLICO um destacado dirigente socialista. A preparação do congresso do PS só será discutida após as eleições presidenciais. Para dia19 foi convocada uma reunião da comissão política nacional e para o dia seguinte uma comissão nacional. Está ainda por discutir, pelo menos formalmente, o diferendo que opõe José Junqueiro a Francisco Assis. Junqueiro acusou Assis de defender Manuel Maria Carrilho e Fernando Gomes publicamente mas criticá-los em privado, nas reuniões da comissão permanente do PS. Assis diz que a acusação é mentirosa, exige de Junqueiro um pedido de desculpas e e promete levar o assunto à próxima reunião da permanente. J.P.H. OUTROS TÍTULOS EM ÚLTIMA PÁGINA Lee Rodrigues extraditado para França
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