Destaque

13-11-2000
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"Queremos que a nossa revolução progrida para um socialismo pluripartidário, em simbiose fecunda entre as vias revolucionária e eleitoral."

Costa Gomes, 2/6/75

"É tarefa para génios gizar uma Constituição revolucionária, tão avançada que não seja ultrapassada, tão adequada que não seja flanqueada, tão inspirada que seja redentora, tão justa que seja digna dos trabalhadores de Portugal."

Idem

"A partir de hoje, milhões de portugueses seguirão ansiosos, mas cheios de esperança, o labor desta Assembleia."

Idem

"Este é o desejo que formulo, o anseio que exprimo, nesta hora primeira, incerta como são todas as horas primeiras: o de que saibamos ser dignos de nós próprios, dotando a nossa pátria com uma Constituição que, na sua essência, consiga resistir à prova do tempo."

Henrique de Barros, 2/6/75

"Estes subsídios [de transporte e hospedagem] devem respeitar o nível de vida das massas populares, quer dizer, nunca poderão ser superiores a viagens de segunda classe dos meios de transporte usados pelo povo, nem ser superiores ao custo de hospedagem num estabelecimento hoteleiro de nível médio."

Américo Duarte (UDP), 13/6/75

"Como tivemos ocasião de afirmar repetidas vezes, o caso do jornal ''República'' não é um problema laboral, mas um problema político que se insere numa estratégia global de controlo dos órgãos de informação, estratégia que é, por sua vez, parte integrante da estratégia de controlo e tomada de poder por métodos não democráticos."

Manuel Alegre (PS), 11/7/75

"Fomos eleitos pelo povo português para elaborarmos uma Constituição onde a opressão e a miséria sejam erradicadas da nossa pátria."

Furtado Fernandes (PPD), 15/7/75

"A democracia socialista corre graves riscos no nosso país. Forças reaccionárias de extrema-direita encontraram aliados privilegiados no aventureirismo de forças organizadas de esquerda. Uma revolução socialista ou se faz com a confiança e a participação do povo explorado e oprimido, ou é feita em nome desse povo por um grupelho com sede louca de poder que pretende simplesmente servir-se sem servir."

António Campos (PS) 23/7/75

"Toda a canalha fascista se pôs debaixo da capa do partido do dr. Mário Soares."

Américo Duarte, UDP, 23/7/75

"Que revolução é esta? Que, dizendo-se pelo povo, nem sequer leva em conta - porque nem sequer o ouve - a vontade desse mesmo povo! (...) Se a revolução é pelo povo e para o povo, por que, por exemplo, esse mesmo povo nem sequer deu opinião quanto à política sindical a seguir; nem sequer pode optar por este ou aquele sindicato; nem sequer, na generalidade e dentro de cada empresa, consegue eleger aqueles que hão-de pugnar pelos seus interesses?"

Galvão de Melo (CDS), 13/8/75

"As populações insulares são hoje sacudidas por ventos de separatismo. Mas porquê, se, desde sempre, se sentiram irmanadas com o continente que as gerou e lhes descobriu o território? (...) Quem tiver mediana informação da temática insular sabe, perfeitamente, que a ideia separatista surgiu não como repúdio de Portugal, mas como fuga ao risco de ditadura comunista em Portugal."

Mota Pinto (PSD), 15/8/75

"Mas as maiorias que tudo comandam não têm o controlo do elemento fundamental, do elemento-chave: a vontade popular. É que os portugueses são ciosos da sua independência e da sua dignidade nacional. Além disso, querem a democracia e a justiça social na paz. Disseram-no, gritaram-no, nas eleições de Abril."

Idem

"O MFA encontra-se numa encruzilhada, perante si mesmo e perante o povo português. Ou ambos se reencontram, no concurso de soluções democráticas, ou um e outro se afastam, dificilmente se prevendo qual o vencedor e qual o vencido."

Jaime Gama (PS), 21/8/75

"À frente de um governo que finge que governa continua um primeiro-ministro incompetente e descontrolado, que insulta tudo e todos, protegido pela muralha de aço da demagogia da maior parte dos órgãos de informação. E o país, sem rei nem roque, sem mão firme capaz de segurar o leque dos seus destinos, caminha velozmente, de velas enfunadas pelo tolo orgulho da cega presunção, direito aos escolhos da catástrofe final, orgulhosamente só, orgulhosamente ridículo, orgulhosamente inconsciente da própria tragédia que o envolve."

Afonso Moura Guedes (PPD), 27/8/00

"A nossa revolução está doente. Está doente de sectarismo e vanguardismo. O sectarismo e o vanguardismo têm sido as doenças mortais de todas as revoluções. A versão portuguesa desta doença é o cunhalismo-gonçalvismo."

Manuel Alegre (PS) 29/8/75

"Atenção: por se encontrar mal estacionado, porque impossibilita a saída de outros carros, pedia-se ao proprietário do Renault vermelho CS-38-39 que o retirasse do local onde o colocou. É o Renault vermelho CS-38-39."

Secretário da mesa, 2/9/75

"Não queria deixar de lançar aqui o meu mais enérgico e veemente protesto pela onda de baixa e reles pornografia que invade as salas de espectáculos no nosso país, a qual só contribui, afinal, para amesquinhar, aviltar e prostituir cada vez mais a mulher."

Raquel Franco (PS), 3/9/75

"Este Governo já não é, ao contrário dos outros, apenas o resultado de disputas dos partidos burgueses, para ver quem manda e controla o aparelho do Estado. Este Governo é, pelo contrário, a primeira resposta séria que a burguesia ensaia para travar de vez o avanço das forças populares."

Américo Duarte (UDP), 19/9/75, dia da tomada de posse do VI Governo Provisório, liderado por Pinheiro de Azevedo

"Queria transmitir uma notícia importante que acaba de chegar à mesa. Sua excelência o Presidente da República mandou telefonar, pedindo que se comunique à Assembleia que os trabalhadores desta Assembleia ainda hoje serão pagos com verbas da Presidência da República."

Henrique de Barros, 19/9/75

Segundo os Diários da Assembleia Constituinte, a proclamação foi saudada com "aplausos vibrantes de pé"

"Sempre defendi a reforma agrária. O que não se defende são processos anarquizantes de liquidação das estruturas agrárias do campo, que podem conduzir necessariamente a duas coisas: à fome, à miséria das classes trabalhadoras, ou então a um processo estalinista, como foi, na União Soviética, a matança dos polacos por ordem de Estaline."

José Luís Nunes (PS), 24/9/75

"É grave que os órgãos de comunicação social incitem ao crime e deturpem ou ampliem o incêndio, o saque, o assalto que apenas deviam descrever; é mais grave, porém, que os bombeiros só cheguem para o rescaldo, que a polícia não ponha termo ao saque em vias de execução, que o Exército não se mostre capaz, quando previamente avisado, de evitar e impedir o assalto."

Freitas do Amaral (CDS), 30/9/75

"O povo português não deseja ver-se envolvido em lutas fraticidas e diz não à guerra civil. A eventual incapacitação do Governo ou a persistência da irresponsabilidade de vários sectores militares pode, porém, conduzir àquelas lutas ou à guerra."

Adelino Amaro da Costa (CDS) 17/10/75

"A província conheceu um novo tipo de colonização - a colonização ideológica. Aconteceu o inevitável. As populações repudiaram-na e, repudiando-a, puseram em causa a revolução, com a qual esse tipo de colonização se pretendia identificar. Dizia-se à boca cheia que era necessário politizar o país. Por certo que sim, mas não dessa maneira, através de lavagens ao cérebro com ideologias de pacotilha."

Leite de Castro (PPD), 28/10/75

"A solução dada a esta crise com a constituição do VI Governo provisório, primeiro de todos os governos revolucionários que de certa maneira espelha a vontade das populações, expressa nas últimas votações, pareceu-nos a nós, provincianos, a solução certa, a solução justa, a solução possível."

Idem

"De muitos desses retornados melhor se diria terem sido ''empurrados'' para este país. De muitos outros pode dizer-se serem pura e simplesmente refugiados, à luz dos mais elementares princípios do direito nacional e internacional; de muitos também se poderá dizer que são deslocados, regressados ou repatriados; de todos é um facto que tiveram de vir para Portugal nas circunstâncias mais dramáticas, nas condições mais deprimentes e nas carências mais trágicas."

Gomes de Almeida (PPD), 2/11/75

"Fizeram-se aqui críticas às nacionalizações de que não participamos e fizeram-se aqui exaltações das nacionalizações às quais nós pomos reservas."

Carlos Lage (PS), 2/11/75

"Para o novo Portugal democrático, a amizade e a cooperação com os países socialistas e, em primeiro lugar com a União Soviética, é um penhor da nossa libertação do domínio imperialista e de salvaguarda da nossa independência nacional."

Dias Lourenço (PCP), 7/7/75

"As circunstâncias em que Angola ascende à independência não são as mais auspiciosas a curto prazo, quando uma guerra fraticida rasga a carne e verte o sangue dos homens e das mulheres angolanas e destrói os seus bens."

Mota Pinto (PPD), 11/11/75

"O reconhecimento da República Popular de Angola, neste momento, não só vem eternizar a guerra em Angola, como certamente a internacionalizar."

Mário Soares (PS), 12/11/75

"É do conhecimento público de todos que, no decurso do segundo congresso do Partido Popular Democrático, alguns deputados declararam abandonar o partido."

Alfredo de Sousa (PPD), 9/12/75

"Prende-se sem culpa formada, tortura-se; mutilam-se física e moralmente os cidadãos; praticam-se actos de violência gratuita e sádica, fez-se apelo aos baixos instintos das massas, transformadas em ralé, alienada e submissa. Criaram-se tribunais revolucionários, tribunais especiais, numa ambiência cega de destruição dos direitos fundamentais do homem que, afinal, foi causa e razão suprema da revolução."

Fernando Amaral (PPD), 12/1/76

"Em Portugal o plebiscito só funcionou para aprovar, ao que saibamos, uma Constituição. Foi, nada mais nada menos, a Constituição de 1933. (...) Hoje a Constituição em plebiscito, amanhã a reforma agrária em referendo. Assim se porão em causa as conquistas mais sentidas e mais vividas pelo povo português."

José Luís Nunes (PS), 14/1/76, sobre a proposta do PPD de referendar a Constituição

"Como os homens, também as revoluções nascem, crescem e virão a morrer um dia, para dar lugar a outras revoluções e outros homens. Como os homens, também as revoluções têm às vezes infâncias truculentas, adolescências difíceis, amores precoces, espinhas carnais, impulsos incontrolados, calores súbitos, saltos inesperados de humor, birras e sarampo. (...) Pois assim aconteceu com a Revolução do 25 de Abril. Também ela teve a sua primo-infecção que foi Spínola, a sua tosse convulsa que foi Gonçalves, a sua alergia que foi Varela Gomes, as suas bexigas loucas que foi Otelo. Não chegou ao sarampo que seria Cunhal, com o país transformado inexoravelmente num quarto calafetado de vermelho, porque a sábia medicina dos Comandos, oportuna e profiláctica, soube fazer atalhar o mal a tempo."

Afonso Moura Guedes (PPD), 15/1/76

"A direita joga muito fortemente, neste momento, na via legal, na via eleitoral para conquistar o poder. (...) Atacou-se, no comício do Palácio de Cristal do Porto, o socialismo, o Partido Socialista. Porquê? Porque neste momento é o Partido Socialista a barreira mais eficaz contra a direita, contra as tentações de conquista do poder pelo Partido Popular Democrático e pelas forças de direita."

Carlos Lage (PS), 18/2/76

"Eis-nos, pois, no momento decisivo de uma nova fase da caminhada em direcção à democracia e ao socialismo, na qual a Constituição que tenho a honra de promulgar é instrumento básico para a construção, em liberdade e em paz, da sociedade que ambicionamos para todos nós em Portugal."

"Queremos que a nossa revolução progrida para um socialismo pluripartidário, em simbiose fecunda entre as vias revolucionária e eleitoral."

Costa Gomes, 2/6/75

"É tarefa para génios gizar uma Constituição revolucionária, tão avançada que não seja ultrapassada, tão adequada que não seja flanqueada, tão inspirada que seja redentora, tão justa que seja digna dos trabalhadores de Portugal."

Idem

"A partir de hoje, milhões de portugueses seguirão ansiosos, mas cheios de esperança, o labor desta Assembleia."

Idem

"Este é o desejo que formulo, o anseio que exprimo, nesta hora primeira, incerta como são todas as horas primeiras: o de que saibamos ser dignos de nós próprios, dotando a nossa pátria com uma Constituição que, na sua essência, consiga resistir à prova do tempo."

Henrique de Barros, 2/6/75

"Estes subsídios [de transporte e hospedagem] devem respeitar o nível de vida das massas populares, quer dizer, nunca poderão ser superiores a viagens de segunda classe dos meios de transporte usados pelo povo, nem ser superiores ao custo de hospedagem num estabelecimento hoteleiro de nível médio."

Américo Duarte (UDP), 13/6/75

"Como tivemos ocasião de afirmar repetidas vezes, o caso do jornal ''República'' não é um problema laboral, mas um problema político que se insere numa estratégia global de controlo dos órgãos de informação, estratégia que é, por sua vez, parte integrante da estratégia de controlo e tomada de poder por métodos não democráticos."

Manuel Alegre (PS), 11/7/75

"Fomos eleitos pelo povo português para elaborarmos uma Constituição onde a opressão e a miséria sejam erradicadas da nossa pátria."

Furtado Fernandes (PPD), 15/7/75

"A democracia socialista corre graves riscos no nosso país. Forças reaccionárias de extrema-direita encontraram aliados privilegiados no aventureirismo de forças organizadas de esquerda. Uma revolução socialista ou se faz com a confiança e a participação do povo explorado e oprimido, ou é feita em nome desse povo por um grupelho com sede louca de poder que pretende simplesmente servir-se sem servir."

António Campos (PS) 23/7/75

"Toda a canalha fascista se pôs debaixo da capa do partido do dr. Mário Soares."

Américo Duarte, UDP, 23/7/75

"Que revolução é esta? Que, dizendo-se pelo povo, nem sequer leva em conta - porque nem sequer o ouve - a vontade desse mesmo povo! (...) Se a revolução é pelo povo e para o povo, por que, por exemplo, esse mesmo povo nem sequer deu opinião quanto à política sindical a seguir; nem sequer pode optar por este ou aquele sindicato; nem sequer, na generalidade e dentro de cada empresa, consegue eleger aqueles que hão-de pugnar pelos seus interesses?"

Galvão de Melo (CDS), 13/8/75

"As populações insulares são hoje sacudidas por ventos de separatismo. Mas porquê, se, desde sempre, se sentiram irmanadas com o continente que as gerou e lhes descobriu o território? (...) Quem tiver mediana informação da temática insular sabe, perfeitamente, que a ideia separatista surgiu não como repúdio de Portugal, mas como fuga ao risco de ditadura comunista em Portugal."

Mota Pinto (PSD), 15/8/75

"Mas as maiorias que tudo comandam não têm o controlo do elemento fundamental, do elemento-chave: a vontade popular. É que os portugueses são ciosos da sua independência e da sua dignidade nacional. Além disso, querem a democracia e a justiça social na paz. Disseram-no, gritaram-no, nas eleições de Abril."

Idem

"O MFA encontra-se numa encruzilhada, perante si mesmo e perante o povo português. Ou ambos se reencontram, no concurso de soluções democráticas, ou um e outro se afastam, dificilmente se prevendo qual o vencedor e qual o vencido."

Jaime Gama (PS), 21/8/75

"À frente de um governo que finge que governa continua um primeiro-ministro incompetente e descontrolado, que insulta tudo e todos, protegido pela muralha de aço da demagogia da maior parte dos órgãos de informação. E o país, sem rei nem roque, sem mão firme capaz de segurar o leque dos seus destinos, caminha velozmente, de velas enfunadas pelo tolo orgulho da cega presunção, direito aos escolhos da catástrofe final, orgulhosamente só, orgulhosamente ridículo, orgulhosamente inconsciente da própria tragédia que o envolve."

Afonso Moura Guedes (PPD), 27/8/00

"A nossa revolução está doente. Está doente de sectarismo e vanguardismo. O sectarismo e o vanguardismo têm sido as doenças mortais de todas as revoluções. A versão portuguesa desta doença é o cunhalismo-gonçalvismo."

Manuel Alegre (PS) 29/8/75

"Atenção: por se encontrar mal estacionado, porque impossibilita a saída de outros carros, pedia-se ao proprietário do Renault vermelho CS-38-39 que o retirasse do local onde o colocou. É o Renault vermelho CS-38-39."

Secretário da mesa, 2/9/75

"Não queria deixar de lançar aqui o meu mais enérgico e veemente protesto pela onda de baixa e reles pornografia que invade as salas de espectáculos no nosso país, a qual só contribui, afinal, para amesquinhar, aviltar e prostituir cada vez mais a mulher."

Raquel Franco (PS), 3/9/75

"Este Governo já não é, ao contrário dos outros, apenas o resultado de disputas dos partidos burgueses, para ver quem manda e controla o aparelho do Estado. Este Governo é, pelo contrário, a primeira resposta séria que a burguesia ensaia para travar de vez o avanço das forças populares."

Américo Duarte (UDP), 19/9/75, dia da tomada de posse do VI Governo Provisório, liderado por Pinheiro de Azevedo

"Queria transmitir uma notícia importante que acaba de chegar à mesa. Sua excelência o Presidente da República mandou telefonar, pedindo que se comunique à Assembleia que os trabalhadores desta Assembleia ainda hoje serão pagos com verbas da Presidência da República."

Henrique de Barros, 19/9/75

Segundo os Diários da Assembleia Constituinte, a proclamação foi saudada com "aplausos vibrantes de pé"

"Sempre defendi a reforma agrária. O que não se defende são processos anarquizantes de liquidação das estruturas agrárias do campo, que podem conduzir necessariamente a duas coisas: à fome, à miséria das classes trabalhadoras, ou então a um processo estalinista, como foi, na União Soviética, a matança dos polacos por ordem de Estaline."

José Luís Nunes (PS), 24/9/75

"É grave que os órgãos de comunicação social incitem ao crime e deturpem ou ampliem o incêndio, o saque, o assalto que apenas deviam descrever; é mais grave, porém, que os bombeiros só cheguem para o rescaldo, que a polícia não ponha termo ao saque em vias de execução, que o Exército não se mostre capaz, quando previamente avisado, de evitar e impedir o assalto."

Freitas do Amaral (CDS), 30/9/75

"O povo português não deseja ver-se envolvido em lutas fraticidas e diz não à guerra civil. A eventual incapacitação do Governo ou a persistência da irresponsabilidade de vários sectores militares pode, porém, conduzir àquelas lutas ou à guerra."

Adelino Amaro da Costa (CDS) 17/10/75

"A província conheceu um novo tipo de colonização - a colonização ideológica. Aconteceu o inevitável. As populações repudiaram-na e, repudiando-a, puseram em causa a revolução, com a qual esse tipo de colonização se pretendia identificar. Dizia-se à boca cheia que era necessário politizar o país. Por certo que sim, mas não dessa maneira, através de lavagens ao cérebro com ideologias de pacotilha."

Leite de Castro (PPD), 28/10/75

"A solução dada a esta crise com a constituição do VI Governo provisório, primeiro de todos os governos revolucionários que de certa maneira espelha a vontade das populações, expressa nas últimas votações, pareceu-nos a nós, provincianos, a solução certa, a solução justa, a solução possível."

Idem

"De muitos desses retornados melhor se diria terem sido ''empurrados'' para este país. De muitos outros pode dizer-se serem pura e simplesmente refugiados, à luz dos mais elementares princípios do direito nacional e internacional; de muitos também se poderá dizer que são deslocados, regressados ou repatriados; de todos é um facto que tiveram de vir para Portugal nas circunstâncias mais dramáticas, nas condições mais deprimentes e nas carências mais trágicas."

Gomes de Almeida (PPD), 2/11/75

"Fizeram-se aqui críticas às nacionalizações de que não participamos e fizeram-se aqui exaltações das nacionalizações às quais nós pomos reservas."

Carlos Lage (PS), 2/11/75

"Para o novo Portugal democrático, a amizade e a cooperação com os países socialistas e, em primeiro lugar com a União Soviética, é um penhor da nossa libertação do domínio imperialista e de salvaguarda da nossa independência nacional."

Dias Lourenço (PCP), 7/7/75

"As circunstâncias em que Angola ascende à independência não são as mais auspiciosas a curto prazo, quando uma guerra fraticida rasga a carne e verte o sangue dos homens e das mulheres angolanas e destrói os seus bens."

Mota Pinto (PPD), 11/11/75

"O reconhecimento da República Popular de Angola, neste momento, não só vem eternizar a guerra em Angola, como certamente a internacionalizar."

Mário Soares (PS), 12/11/75

"É do conhecimento público de todos que, no decurso do segundo congresso do Partido Popular Democrático, alguns deputados declararam abandonar o partido."

Alfredo de Sousa (PPD), 9/12/75

"Prende-se sem culpa formada, tortura-se; mutilam-se física e moralmente os cidadãos; praticam-se actos de violência gratuita e sádica, fez-se apelo aos baixos instintos das massas, transformadas em ralé, alienada e submissa. Criaram-se tribunais revolucionários, tribunais especiais, numa ambiência cega de destruição dos direitos fundamentais do homem que, afinal, foi causa e razão suprema da revolução."

Fernando Amaral (PPD), 12/1/76

"Em Portugal o plebiscito só funcionou para aprovar, ao que saibamos, uma Constituição. Foi, nada mais nada menos, a Constituição de 1933. (...) Hoje a Constituição em plebiscito, amanhã a reforma agrária em referendo. Assim se porão em causa as conquistas mais sentidas e mais vividas pelo povo português."

José Luís Nunes (PS), 14/1/76, sobre a proposta do PPD de referendar a Constituição

"Como os homens, também as revoluções nascem, crescem e virão a morrer um dia, para dar lugar a outras revoluções e outros homens. Como os homens, também as revoluções têm às vezes infâncias truculentas, adolescências difíceis, amores precoces, espinhas carnais, impulsos incontrolados, calores súbitos, saltos inesperados de humor, birras e sarampo. (...) Pois assim aconteceu com a Revolução do 25 de Abril. Também ela teve a sua primo-infecção que foi Spínola, a sua tosse convulsa que foi Gonçalves, a sua alergia que foi Varela Gomes, as suas bexigas loucas que foi Otelo. Não chegou ao sarampo que seria Cunhal, com o país transformado inexoravelmente num quarto calafetado de vermelho, porque a sábia medicina dos Comandos, oportuna e profiláctica, soube fazer atalhar o mal a tempo."

Afonso Moura Guedes (PPD), 15/1/76

"A direita joga muito fortemente, neste momento, na via legal, na via eleitoral para conquistar o poder. (...) Atacou-se, no comício do Palácio de Cristal do Porto, o socialismo, o Partido Socialista. Porquê? Porque neste momento é o Partido Socialista a barreira mais eficaz contra a direita, contra as tentações de conquista do poder pelo Partido Popular Democrático e pelas forças de direita."

Carlos Lage (PS), 18/2/76

"Eis-nos, pois, no momento decisivo de uma nova fase da caminhada em direcção à democracia e ao socialismo, na qual a Constituição que tenho a honra de promulgar é instrumento básico para a construção, em liberdade e em paz, da sociedade que ambicionamos para todos nós em Portugal."

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