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23-11-2001
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23 NOVEMBRO 2001 9:10 17 NOVEMBRO

As culpas dos EUA Alguns espíritos bem pensantes sustentam que parte das culpas do atentado de 11 de Setembro cabem aos EUA. Outros, como Vital Moreira, acham que as responsabilidades recaem sobre todos nós. Sustentam as suas análises no problema da riqueza e da pobreza, na globalização, no espírito imperialista ou no que quer que seja. Na verdade, a sua única preocupação no momento é, objectivamente, desculpar um acto indesculpável, uma barbárie sanguinolenta, dando a entender que nas suas motivações há aspectos compreensíveis. Porém, como escreveu António Barreto no «Público», começar por tentar compreender o terrorismo e as suas causas é desde logo uma legitimação desses actos. O terrorismo não tem nem pode ter explicação – é um acto desumano e irracional que apenas merece combate. Quanto ao espírito anti-americano de tantos comentadores, é bom recomendar-lhes o que escreveu Manuel Alegre no EXPRESSO. Alegre já criticou os EUA e a sua política em diversas ocasiões. No entanto, percebeu que as divisões entre as pessoas de bons costumes no que respeita às críticas à política americana, ao poder de Wall Street ou à hipocrisia capitalista, nada têm a ver com este acto de banditagem internacional. Não se pode dar tréguas ao terrorismo nem inventar causas que não existem. Quem está do lado da liberdade, só pode escolher o lado dos EUA, afirmou. Porém, como escreveu António Barreto no «Público», começar por tentar compreender o terrorismo e as suas causas é desde logo uma legitimação desses actos. O terrorismo não tem nem pode ter explicação – é um acto desumano e irracional que apenas merece combate. Quanto ao espírito anti-americano de tantos comentadores, é bom recomendar-lhes o que escreveu Manuel Alegre no EXPRESSO. Alegre já criticou os EUA e a sua política em diversas ocasiões. No entanto, percebeu que as divisões entre as pessoas de bons costumes no que respeita às críticas à política americana, ao poder de Wall Street ou à hipocrisia capitalista, nada têm a ver com este acto de banditagem internacional. Não se pode dar tréguas ao terrorismo nem inventar causas que não existem. Quem está do lado da liberdade, só pode escolher o lado dos EUA, afirmou. Também Helena Matos, no «Público», demonstrou a falsidade de certos argumentos. O fanatismo islâmico não é determinado por um ódio específico ao Ocidente. São os mesmos, escreveu, que lançam ácido na cara de mulheres islâmicas em França, para as castigar; são os mesmos que degolam crianças na Argélia para aterrorizar as famílias; são os mesmos que atacam os turistas no Egipto para criarem dificuldades ao Governo daquele país; são os mesmos que perseguem homossexuais pelo simples facto de o serem. E a esta lista pode acrescentar-se que são os mesmos que proíbem as mulheres afegãs de frequentarem a escola ou de receberem tratamento nos hospitais. Que tem Israel ou os Estados Unidos a ver com isto? – perguntava. Também Helena Matos, no «Público», demonstrou a falsidade de certos argumentos. O fanatismo islâmico não é determinado por um ódio específico ao Ocidente. São os mesmos, escreveu, que lançam ácido na cara de mulheres islâmicas em França, para as castigar; são os mesmos que degolam crianças na Argélia para aterrorizar as famílias; são os mesmos que atacam os turistas no Egipto para criarem dificuldades ao Governo daquele país; são os mesmos que perseguem homossexuais pelo simples facto de o serem. E a esta lista pode acrescentar-se que são os mesmos que proíbem as mulheres afegãs de frequentarem a escola ou de receberem tratamento nos hospitais. Que tem Israel ou os Estados Unidos a ver com isto? – perguntava. E, por último, leia-se David S. Landes o professor emérito de História e Economia Política que vai publicar em Portugal o seu livro «A Riqueza e a Pobreza das Nações» (pré-publicação, amanhã, na Revista do EXPRESSO). E veja-se como as cliques dirigentes de tantos países ricos do Médio-Oriente esbanjam os milhões que ganham com o petróleo, não desenvolvendo os seus países, ou como a humilhação das mulheres nesses países contribui para o seu não desenvolvimento económico. Veja-se como, por exemplo, as sete maiores economias árabes ainda em 1960 tinham um rendimento médio superior ao dos sete países emergentes do Leste Asiático (Tawain, Coreia do Sul. Hong Kong, Singapura, Tailândia, Malásia e Indonésia), para 30 anos depois terem menos de metade do rendimento destes. Onde está o imperialismo e a globalização? Dizem apenas respeito aos árabes, não produzem efeitos na Ásia? Landes responde: o que determina a riqueza das nações está sobretudo relacionado com factores culturais. E, por último, leia-se David S. Landes o professor emérito de História e Economia Política que vai publicar em Portugal o seu livro «A Riqueza e a Pobreza das Nações» (pré-publicação, amanhã, na Revista do EXPRESSO). E veja-se como as cliques dirigentes de tantos países ricos do Médio-Oriente esbanjam os milhões que ganham com o petróleo, não desenvolvendo os seus países, ou como a humilhação das mulheres nesses países contribui para o seu não desenvolvimento económico. Veja-se como, por exemplo, as sete maiores economias árabes ainda em 1960 tinham um rendimento médio superior ao dos sete países emergentes do Leste Asiático (Tawain, Coreia do Sul. Hong Kong, Singapura, Tailândia, Malásia e Indonésia), para 30 anos depois terem menos de metade do rendimento destes. Onde está o imperialismo e a globalização? Dizem apenas respeito aos árabes, não produzem efeitos na Ásia? Landes responde: o que determina a riqueza das nações está sobretudo relacionado com factores culturais. É fácil culpar inocentes e haverá sempre uma teoria (também Moita Flores afirmava que o crime aproveitava aos EUA e a Israel) mais e mais arrevesada que pretende ser mais inteligente do que a simples realidade. É fácil culpar inocentes e haverá sempre uma teoria (também Moita Flores afirmava que o crime aproveitava aos EUA e a Israel) mais e mais arrevesada que pretende ser mais inteligente do que a simples realidade. Ora a simples realidade é que um grupo de gente sem escrúpulos se aproveita de textos sagrados do Islão para espalhar o ódio e a morte. E contra isto apenas há duas escolhas: combatê-los ou viver com medo. Ora a simples realidade é que um grupo de gente sem escrúpulos se aproveita de textos sagrados do Islão para espalhar o ódio e a morte. E contra isto apenas há duas escolhas: combatê-los ou viver com medo. 24 Setembro 2001

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Comentários

1 a 20 de 104 Gingerblue 03:44 16 Outubro 2001 As nao culpas dos EUA

Blaming the US Middle East policy for fostering terrorist ideals is, in my opinion, utterly false. There is truth in the facts that provide fertile fuel as political weaponry, but are these in truth the reason or the justification? The problem, like most in a complex world, is that there is no right answer on foreign policy. Consider for a minute what the alternatives might be. Should we have tried to pressured the Saudis into democracy, or perhaps supported a coup d’etat? Where would this road have led? Look at our history where things like that have occurred. Would this then not become the reason and the justification too? How should we have handled Egypt? Which side of the story should one believe? Can anybody tell me what exactly we should have done differently that would have made the current situation better? I see choices filled with perils and, to my limited understanding, it seems we made some of the better choices. I emphatically believe that what the Arab dissidents are pointing at this as the reasons for their rage against America is a subterfuge. These are convenient explanations for their actions and beliefs, not causal events. Does anyone believe that if we ceased every one of the supposed inflammatory policies of the US the Middle East situation would be improved? Would the blind hatred stop? We have to examine the changes in the world over the last few decades and how America has been perceived as the force behind them. It is our culture through our economic prowess that has beaten down the front door of nearly every country in the world to drag them into the global economy and the twenty-first century. The process has been painful in most underdeveloped countries where corruption and suffering are the rule rather than the exception. We are perceived as champions of progress and exploitation and the slayers of their better way of life, no matter how mythical that better life may be. Those who want to preserve life as it was or return to a purer ideal, absent of "American corruption", even when it is a perversion of the truth, will always label the US as the evil instrument of change. America and Americans are the root of the problem, a phantom that must be defeated in order to achieve their misguided ideal. They point to the objectionable excesses of American life and use it as a stone to sharpen their hatred and win over followers to their fanatical cause. How can we stop that other than by simply going out of existence? That is the goal of these extremists after all. They claim Americans are seducing Islamic people away from righteousness. The seduction they fear is truth, and the freedom to seek it. American policies are not the underlying cause of Arab extremism; bigotry and denial are. Bigotry that everything from America is evil and the denial that their medieval way of life, filled with religious intolerance is dying. They can no longer bully their people into obedience without isolating them from the world. Gingerblue 03:38 16 Outubro 2001 o texto de Henrique Monteiro

Muito bem dito!! Edmundo Catarino 02:46 13 Outubro 2001 O ataque as "twin towers".

Henrique Monteiro: Claro que nao ha nada que justifique o ataque terrorista de Nova Iorque.Aqui da minha casa em Kearny, New Jersey presenciei o impacto do segundo aviao na torre norte e passados cerca de trinta minutos o desabamento da mesma. A torre sul caiu passados poucos minutos. Felizmente nesse dia nao me desloquei a Nova Iorque de comboio para o World Trade Center.Essas imagens ficarao na minha memoria para sempre.O terrorismo tem de ser combatido.Quem critica os EU esquece-se de que toda a gente bate a esta porta quando esta apertada.No entanto, quem ajuda os EU quando os furacoes arrasam a Florida, as inundacoes destroiem o interior do pais.Ninguem vem ajudar! luís 22:25 12 Outubro 2001 pergunta aos Srs. Monteiros

Se os seus filhos ou pais um destes dias fossem aprisionados, tornados escravos e depois enviados para um pais onde iriam trabalhar à força e até ao fim dos seus dias sem reaver jamais a sua liberdade - facto, convém relembrar, ja´ operado por mouros, portugueses e pioneiros americanos há uns séculos atrás, como se sentiria o Sr.Monteiro. E no entanto pelos seus raciocínios é bem capaz de ser um dos muitos portugueses que se orgulha do nosso passado glorioso aquando da época dos descobrimentos. Se conseguir perceber e em seguida associar o que escrevi ao que o Sr. escreveu então não ficarei com uma opinião tão negativa em relação às suas capacidades de comentador, senão só há duas escolhas: combater os Srs. Monteiros ou viver com medo! Ricardo Rocha 19:41 12 Outubro 2001 As culpas do EUA

Procuro ser o mais ponderado, sempre. Mas ler que "tentar enteder" ou sejá lá como for o ponto de vista dos que praticaram o atentado é de um maniqueísmo que não se sustenta nem na fonte: ou seja, estamos condenados a tentar entender o que assim legitimaremos? Então nem tentemos entender as culpas dos EUA quanto à população mais pobre do mundo, e, de resto, a de colonizadores como Portugal, em Angola ou no Brasil. E dizer que os EUA atacaram logo em frágeis alianças bilaterais e nao numa multilateral, pela ONU, porque têm interesses geopolíticos na regiao e aproveitou a opotunidade, legima (ou deixa de legitimar o que? É a tese do ano... En pasant: eu tinha queridos no WTC. Não façam essa guerra em nome deles, pelo amor de Deus!!! José Amor 00:29 12 Outubro 2001 Que Deus ilumine a América

Que raciocínio tão iluminado e clarividente o que Henrique Monteiro nos apresenta! Na verdade há no mundo, pessoas muito ingratas, maliciosas, tendenciosas... Esquecer o contributo e o importante papel desta Nação: - No derrube de Sukarno; - Na ascenção de Pinochet; - Na libertação de Granada; - Na pacificação do Haiti; - Na limpeza do Panamá; - Pela democratização de Cuba e de Angola... Sem esquecer naturalmente, nesta infima resenha, Hirochima, Nagasaki, Vietnam, Coreia, mas estes factos já são por demais curriqueiros e sem interesse. Por tudo isso e muito muito mais: VIVA OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Mas que nunca nos esqueçamos: Terrorismo é Terrorismo, sempre condenável, seja ela Ocidental ou Muçulmano... Paulo Sérgio T. Sousa 19:38 11 Outubro 2001 Opressão

Concordo consigo. Mas apercebeu-se que o seu raciocínio é circular... os ocidentais ajudaram os generais fascistas a chegarem ao poder e depois contribuem para a sua queda... A história repete-se, repare: os extremistas islãmicos chegaram ao poder com a ajuda dos ocidentais que agora dão o "empurrãozinho" para a sua queda... E isso, também, não me dá razão? Então, para evitar que esses senhores cheguem ao poder com a ajuda ocidental, e cujo intuito é obedecer a critérios de interesse, é preciso pensar nas causas... E logo, pensar, estudar e combatê-las não é legitimar, é evitar que no futuro se repitam. Não vou cair nos bons (e por vezes contraditórios) dos nossos ditos populares, mas continuo a acreditar que as dores futuras podem ser evitadas se as prevenirmos e, para tal, temos que as analisar, não as vamos legitimar, vamos repensar toda uma estratégia que pode não ter fim (como assinalou), periódica, e que poderá trazer no futuro consequências imprevisíveis. Aí, serão os nossos filhos a sofrer (e a responder com bombas, para que no futuro seguinte os seus filhos voltem a sofrer e a responder...). Permita-me um último reparo, os donos das multinacionais que nos dão emprego também são usurpadores? Se calhar não, mas... e quando dispensarem os trabalhadores? A presença de estrangeiros num país pode ter duas perspectivas e a sua análise cabe aos cidadãos desse país, não a outros estrangeiros (que porventura terão outros trunfos para dominarem esse país). Existiu uma luta fraticina, com milhões de mortos que levou esses usurpadores ao poder... mas foi com o auxílio da população local (ou um grupo étnico se preferir) e, provavelmente, com os americanos... ninguém 12:32 11 Outubro 2001 Sr. Observador

O seu «Quase que poderíamos afirmar que os Estados Unidos e aliados, após asneiras passadas (...)», tem muito que se lhe diga! Diria mesmo mais: - Tem muito, mas mesmo muito que se lhe diga!... E o que acrescenta, de que os EUA «efectuam actualmente uma missão de saneamento, para restablecer um poder legítimo», até dá vontade de pensar , sei lá... por exemplo: - quem é o juíz que assim ajuíza; - se já tinha reparado antes nas asneiras dos EUA, ou se só agora; - quem lhe garante que também agora não serão "asneiras" o que estão a fazer: - o que é isso do poder legítimo; sei lá... tanta tanta coisa se pode questionar, não é? Um observador não deveria estar mais atento? Observador 19:50 10 Outubro 2001 Conviria lembrar que os talibãs são usurpadores estrangeiros, ou a soldo destes últimos. Quase que poderíamos afirmar que os Estados Unidos e aliados, após asneiras passadas, efectuam actualmente uma missão de saneamento, para restablecer um poder legítimo. E levantam-se clamores de alguns indivíduos, geralmente bem pensantes, contra a "barbárie" americana. Faz lembrar a história das Falklands, em que a senhora Thatcher restableceu a soberania num território (nunca outrora colonizado!) que os generais fascistas argentinos (inicialmente apoiados por Washington) queriam anexar. E até o Fidel Castro se sentiu obrigado a aplaudir os ditos torcionários de extrema direita! A senhora Thatcher contribuiu para o derrube dos ditadores da Argentina. Esperemos que os americanos consigam agora acabar com os opressores islâmicos e que também ponham na ordem os fundamentalistas judeus! A Ramos 17:42 10 Outubro 2001 Terrorismo/compreensão

Inteiramente de acordo consigo. Custa a entender como certas pessoas, inteligentes e cultas (tidas por isso...), apareçam a querer entender/justificar actos terroristas como os que aconteceram recentemente nos EUA. Essas pessoas não ouvem nem vêem o que toda a gente vê! Essa gente não quer saber como se viveu nos últimos tempos no Afeganistão e quem são e o que auerem os talibans. Esses iluminados já sabem tudo e recusam-se a apreender coisas novas, sobretudo quando vão contra as suas ideias. Coitados! Paulo Sérgio T Sousa 15:59 10 Outubro 2001 Legitimar

Pois é, estes actos bárbaros não são desculpáveis... Mas esquecer a sua origem é também perpetuar a violência. Que eu saiba a democracia no País Basco não impede a existência de terroristas... Estamos a chegar à conclusão que reduzindo as nossas liberdades poderemos ter mais segurança. O senhor H. Monteiro e outros ajudam à festa, é ver cada vez mais ocidentais dispostos a perder a sua liberdade, que eu entendo... porque aquilo que não queremos perder é a comezinha ordem de Mercado que nos adormeceu. Alinhar no espírito de vingança é acabar com a justiça, esquecer a origem desta insatisfação que atinge milhões de seres humanos (desenganem-se aqueles que acham que são poucos os revoltados no mundo ... basta ver as manifestações que se extendem por todo o mundo e que penso que virá a alastrar quando se perder o receio aos governos de ditadura que as controlam). Provavelmente entraremos num caminho sem fim, com aproximações à perda de direitos comummente aceites no mundo ocidental em bom nome da dita segurança. Pois os homens pensantes (e até o M Alegre...) acham que estudar e combater a origem destes fenómenos legitimam o terrorismo. Fernão Gomes 13:46 10 Outubro 2001 terrorismo/religiões

Proponho-vos um exercício! Onde actualmente se escreve Afeganistão, Iraque, Argélia, esceva-se Portugal, Espanha, França, Inglaterra (países Cristãos). Quanto às datas escrevam-se as dos séculos XV a XX. E onde actualmente se escreve USA, e os governos sequazes seguidores tais como o da a Inglaterra, França, etc. escreva-se INQUISIÇÃO da Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana. O resto do texto, recheado de acusações aos fundamentalistas "islâmicos" e enumerando as respectivas acções de combate, poder-se-á manter. Vereis que bate certo... E sempre em nome da justiça e dos mais sãos princípios! Até quando? Fernão Gomes 13:23 10 Outubro 2001 Terrorismo/Combate ao terrorismo

"Comer peixe cozido não produz o mesmo efeito que uma feijoada." O terrorismo e o combate ao mesmo produzem oS mesmos efeitos - a destruição e a morte! Enquanto Bin Laden serviu os interesses Americanos era um "anjo", agora é o terrorista número um! Os americanos em ambas as situações praticam o "bem" (destruição e a morte, sabe-se lá de quantos) em nome da justiça... Efectivamente, urge uma relexão sobre o comportamento humano, sem olhar a raças, a religiões, a interesses económicos, políticos, ou quaisquer outros. Julgar os outros e condená-los parecerá fácil, mas se olharmos para cada um de nós... talvez nos detenhamos e a aplicação da pena seja bem mais indulgente. Ninguém 11:29 10 Outubro 2001 É sempre mais fácil haver um lobo mau. Já antes do capuchicnho vermelho era assim...(Experimentem com uma criança...) E onde há um lobo mau, há alguém que vem salvar o capuchinho vermelho... Mas nós já passamos esse tempo e temos o dever de exigir de nós um pouco mais do que esse olhar infantil. Seria necessário incomodar um pouco o nosso plácido quotidiano e olhar com perspectiva para o que se passa, reflectir sobre o mundo em que vivemos e que vamos deixar aos nossos filhos. Ninguém em seu perfeito juízo, pode apoiar acções terroristas como a do dia 11 de Setembro. Mas também ninguém em seu perfeito juízo pode ficar descansado com a forma como os americanos resolvem os seus problemas com o resto do mundo. E a questão é saber se as pessoas que se sentem tão escandalizadas com o que se passou ao ponto de apoiarem incondicionalmente a política externa americana, também já se incomodavam com o que se passava no resto do mundo - e prescindo de as enumerar, ou correria o risco de não abarcar todas. É que se não, poder-se-á dizer que existem realidades mais próximas (como o terror de 11 de Setembro) do que outras (como o terror de todos os dias - certamente não plácidos - dos palestinianos, dos iraquianos dos, dos, dos....). Na verdade o lugar do ocidente é no centro de todos os mapa mundo; é de lá que nos habituaram a olhar para o resto do mundo. Mas seria útil reflectir um pouco sobre o que se passou / passa 'descentrando-nos', de forma a olhar o mundo um pouco acima de nós, e sobreudo sem cair na tentação de "embarcar" em discursos simplistas, que qualquer um, francamente, sem reflexão pode fazer... E isto que seria útil a cada um, é o que se espera de um jornalista. Diria mesmo mais, é o que torna um jornalista vulgar (ou o que diz aquilo que qualquer um pode dizer) num bom jornalista, num bom comentador. 11:26 10 Outubro 2001 É sempre mais fácil haver um lobo mau. Já antes do capuchicnho vermelho era assim...(Experimentem com uma criança...) E onde há um lobo mau, há alguém que vem salvar o capuchinho vermelho... Mas nós já passamos esse tempo e temos o dever de exigir de nós um pouco mais do que esse olhar infantil. Seria necessário incomodar um pouco o nosso plácido quotidiano e olhar com perspectiva para o que se passa, reflectir sobre o mundo em que vivemos e que vamos deixar aos nossos filhos. Ninguém em seu perfeito juízo, pode apoiar acções terroristas como a do dia 11 de Setembro. Mas também ninguém em seu perfeito juízo pode ficar descansado com a forma como os americanos resolvem os seus problemas com o resto do mundo. E a questão é saber se as pessoas que se sentem tão escandalizadas com o que se passou ao ponto de apoiarem incondicionalmente a política externa americana, também já se incomodavam com o que se passava no resto do mundo - e prescindo de as enumerar, ou correria o risco de não abarcar todas. É que se não, poder-se-á dizer que existem realidades mais próximas (como o terror de 11 de Setembro) do que outras (como o terror de todos os dias - certamente não plácidos - dos palestinianos, dos iraquianos dos, dos, dos....). Na verdade o lugar do ocidente é no centro de todos os mapa mundo; é de lá que nos habituaram a olhar para o resto do mundo. Mas seria útil reflectir um pouco sobre o que se passou / passa 'descentrando-nos', de forma a olhar o mundo um pouco acima de nós, e sobreudo sem cair na tentação de "embarcar" em discursos simplistas, que qualquer um, francamente, sem reflexão pode fazer... E isto que seria útil a cada um, é o que se espera de um jornalista. Diria mesmo mais, é o que torna um jornalista vulgar (ou o que diz aquilo que qualquer um pode dizer) num bom jornalista, num bom comentador. VIVA OS AMERICANOS 01:33 10 Outubro 2001 VIVA VIVA VIVA OS SOLDADOS AMERICANOS

STAND PROUD AMERICA GOD BLESS AMERICA em mocambique nunca vos esqueceremos de nos terem matado a fome e salvado as nossas vidas e rezamos para mais uma vez salvarem o mundo destes terroristas obrigada bilioes de obrigada STAND PROUD AMERICA obrigada de lutarem pela liberdade OBRIGADA god bless the PRESIDENT AND THE PEOPLE U.S.A. STAND PROUD AMERICA GOD BLESS . VIVA OS AMERICANOS 01:32 10 Outubro 2001 VIVA VIVA VIVA OS SOLDADOS AMERICANOS

STAND PROUD AMERICA GOD BLESS AMERICA em mocambique nunca vos esqueceremos de nos terem matado a fome e salvado as nossas vidas e rezamos para mais uma vez salvarem o mundo destes terroristas obrigada bilioes de obrigada STAND PROUD AMERICA obrigada de lutarem pela liberdade OBRIGADA god bless the PRESIDENT AND THE PEOPLE U.S.A. STAND PROUD AMERICA GOD BLESS . VIVA OS AMERICANOS 01:32 10 Outubro 2001 VIVA VIVA VIVA OS SOLDADOS AMERICANOS

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23 NOVEMBRO 2001 9:10 17 NOVEMBRO

As culpas dos EUA Alguns espíritos bem pensantes sustentam que parte das culpas do atentado de 11 de Setembro cabem aos EUA. Outros, como Vital Moreira, acham que as responsabilidades recaem sobre todos nós. Sustentam as suas análises no problema da riqueza e da pobreza, na globalização, no espírito imperialista ou no que quer que seja. Na verdade, a sua única preocupação no momento é, objectivamente, desculpar um acto indesculpável, uma barbárie sanguinolenta, dando a entender que nas suas motivações há aspectos compreensíveis. Porém, como escreveu António Barreto no «Público», começar por tentar compreender o terrorismo e as suas causas é desde logo uma legitimação desses actos. O terrorismo não tem nem pode ter explicação – é um acto desumano e irracional que apenas merece combate. Quanto ao espírito anti-americano de tantos comentadores, é bom recomendar-lhes o que escreveu Manuel Alegre no EXPRESSO. Alegre já criticou os EUA e a sua política em diversas ocasiões. No entanto, percebeu que as divisões entre as pessoas de bons costumes no que respeita às críticas à política americana, ao poder de Wall Street ou à hipocrisia capitalista, nada têm a ver com este acto de banditagem internacional. Não se pode dar tréguas ao terrorismo nem inventar causas que não existem. Quem está do lado da liberdade, só pode escolher o lado dos EUA, afirmou. Porém, como escreveu António Barreto no «Público», começar por tentar compreender o terrorismo e as suas causas é desde logo uma legitimação desses actos. O terrorismo não tem nem pode ter explicação – é um acto desumano e irracional que apenas merece combate. Quanto ao espírito anti-americano de tantos comentadores, é bom recomendar-lhes o que escreveu Manuel Alegre no EXPRESSO. Alegre já criticou os EUA e a sua política em diversas ocasiões. No entanto, percebeu que as divisões entre as pessoas de bons costumes no que respeita às críticas à política americana, ao poder de Wall Street ou à hipocrisia capitalista, nada têm a ver com este acto de banditagem internacional. Não se pode dar tréguas ao terrorismo nem inventar causas que não existem. Quem está do lado da liberdade, só pode escolher o lado dos EUA, afirmou. Também Helena Matos, no «Público», demonstrou a falsidade de certos argumentos. O fanatismo islâmico não é determinado por um ódio específico ao Ocidente. São os mesmos, escreveu, que lançam ácido na cara de mulheres islâmicas em França, para as castigar; são os mesmos que degolam crianças na Argélia para aterrorizar as famílias; são os mesmos que atacam os turistas no Egipto para criarem dificuldades ao Governo daquele país; são os mesmos que perseguem homossexuais pelo simples facto de o serem. E a esta lista pode acrescentar-se que são os mesmos que proíbem as mulheres afegãs de frequentarem a escola ou de receberem tratamento nos hospitais. Que tem Israel ou os Estados Unidos a ver com isto? – perguntava. Também Helena Matos, no «Público», demonstrou a falsidade de certos argumentos. O fanatismo islâmico não é determinado por um ódio específico ao Ocidente. São os mesmos, escreveu, que lançam ácido na cara de mulheres islâmicas em França, para as castigar; são os mesmos que degolam crianças na Argélia para aterrorizar as famílias; são os mesmos que atacam os turistas no Egipto para criarem dificuldades ao Governo daquele país; são os mesmos que perseguem homossexuais pelo simples facto de o serem. E a esta lista pode acrescentar-se que são os mesmos que proíbem as mulheres afegãs de frequentarem a escola ou de receberem tratamento nos hospitais. Que tem Israel ou os Estados Unidos a ver com isto? – perguntava. E, por último, leia-se David S. Landes o professor emérito de História e Economia Política que vai publicar em Portugal o seu livro «A Riqueza e a Pobreza das Nações» (pré-publicação, amanhã, na Revista do EXPRESSO). E veja-se como as cliques dirigentes de tantos países ricos do Médio-Oriente esbanjam os milhões que ganham com o petróleo, não desenvolvendo os seus países, ou como a humilhação das mulheres nesses países contribui para o seu não desenvolvimento económico. Veja-se como, por exemplo, as sete maiores economias árabes ainda em 1960 tinham um rendimento médio superior ao dos sete países emergentes do Leste Asiático (Tawain, Coreia do Sul. Hong Kong, Singapura, Tailândia, Malásia e Indonésia), para 30 anos depois terem menos de metade do rendimento destes. Onde está o imperialismo e a globalização? Dizem apenas respeito aos árabes, não produzem efeitos na Ásia? Landes responde: o que determina a riqueza das nações está sobretudo relacionado com factores culturais. E, por último, leia-se David S. Landes o professor emérito de História e Economia Política que vai publicar em Portugal o seu livro «A Riqueza e a Pobreza das Nações» (pré-publicação, amanhã, na Revista do EXPRESSO). E veja-se como as cliques dirigentes de tantos países ricos do Médio-Oriente esbanjam os milhões que ganham com o petróleo, não desenvolvendo os seus países, ou como a humilhação das mulheres nesses países contribui para o seu não desenvolvimento económico. Veja-se como, por exemplo, as sete maiores economias árabes ainda em 1960 tinham um rendimento médio superior ao dos sete países emergentes do Leste Asiático (Tawain, Coreia do Sul. Hong Kong, Singapura, Tailândia, Malásia e Indonésia), para 30 anos depois terem menos de metade do rendimento destes. Onde está o imperialismo e a globalização? Dizem apenas respeito aos árabes, não produzem efeitos na Ásia? Landes responde: o que determina a riqueza das nações está sobretudo relacionado com factores culturais. É fácil culpar inocentes e haverá sempre uma teoria (também Moita Flores afirmava que o crime aproveitava aos EUA e a Israel) mais e mais arrevesada que pretende ser mais inteligente do que a simples realidade. É fácil culpar inocentes e haverá sempre uma teoria (também Moita Flores afirmava que o crime aproveitava aos EUA e a Israel) mais e mais arrevesada que pretende ser mais inteligente do que a simples realidade. Ora a simples realidade é que um grupo de gente sem escrúpulos se aproveita de textos sagrados do Islão para espalhar o ódio e a morte. E contra isto apenas há duas escolhas: combatê-los ou viver com medo. Ora a simples realidade é que um grupo de gente sem escrúpulos se aproveita de textos sagrados do Islão para espalhar o ódio e a morte. E contra isto apenas há duas escolhas: combatê-los ou viver com medo. 24 Setembro 2001

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1 a 20 de 104 Gingerblue 03:44 16 Outubro 2001 As nao culpas dos EUA

Blaming the US Middle East policy for fostering terrorist ideals is, in my opinion, utterly false. There is truth in the facts that provide fertile fuel as political weaponry, but are these in truth the reason or the justification? The problem, like most in a complex world, is that there is no right answer on foreign policy. Consider for a minute what the alternatives might be. Should we have tried to pressured the Saudis into democracy, or perhaps supported a coup d’etat? Where would this road have led? Look at our history where things like that have occurred. Would this then not become the reason and the justification too? How should we have handled Egypt? Which side of the story should one believe? Can anybody tell me what exactly we should have done differently that would have made the current situation better? I see choices filled with perils and, to my limited understanding, it seems we made some of the better choices. I emphatically believe that what the Arab dissidents are pointing at this as the reasons for their rage against America is a subterfuge. These are convenient explanations for their actions and beliefs, not causal events. Does anyone believe that if we ceased every one of the supposed inflammatory policies of the US the Middle East situation would be improved? Would the blind hatred stop? We have to examine the changes in the world over the last few decades and how America has been perceived as the force behind them. It is our culture through our economic prowess that has beaten down the front door of nearly every country in the world to drag them into the global economy and the twenty-first century. The process has been painful in most underdeveloped countries where corruption and suffering are the rule rather than the exception. We are perceived as champions of progress and exploitation and the slayers of their better way of life, no matter how mythical that better life may be. Those who want to preserve life as it was or return to a purer ideal, absent of "American corruption", even when it is a perversion of the truth, will always label the US as the evil instrument of change. America and Americans are the root of the problem, a phantom that must be defeated in order to achieve their misguided ideal. They point to the objectionable excesses of American life and use it as a stone to sharpen their hatred and win over followers to their fanatical cause. How can we stop that other than by simply going out of existence? That is the goal of these extremists after all. They claim Americans are seducing Islamic people away from righteousness. The seduction they fear is truth, and the freedom to seek it. American policies are not the underlying cause of Arab extremism; bigotry and denial are. Bigotry that everything from America is evil and the denial that their medieval way of life, filled with religious intolerance is dying. They can no longer bully their people into obedience without isolating them from the world. Gingerblue 03:38 16 Outubro 2001 o texto de Henrique Monteiro

Muito bem dito!! Edmundo Catarino 02:46 13 Outubro 2001 O ataque as "twin towers".

Henrique Monteiro: Claro que nao ha nada que justifique o ataque terrorista de Nova Iorque.Aqui da minha casa em Kearny, New Jersey presenciei o impacto do segundo aviao na torre norte e passados cerca de trinta minutos o desabamento da mesma. A torre sul caiu passados poucos minutos. Felizmente nesse dia nao me desloquei a Nova Iorque de comboio para o World Trade Center.Essas imagens ficarao na minha memoria para sempre.O terrorismo tem de ser combatido.Quem critica os EU esquece-se de que toda a gente bate a esta porta quando esta apertada.No entanto, quem ajuda os EU quando os furacoes arrasam a Florida, as inundacoes destroiem o interior do pais.Ninguem vem ajudar! luís 22:25 12 Outubro 2001 pergunta aos Srs. Monteiros

Se os seus filhos ou pais um destes dias fossem aprisionados, tornados escravos e depois enviados para um pais onde iriam trabalhar à força e até ao fim dos seus dias sem reaver jamais a sua liberdade - facto, convém relembrar, ja´ operado por mouros, portugueses e pioneiros americanos há uns séculos atrás, como se sentiria o Sr.Monteiro. E no entanto pelos seus raciocínios é bem capaz de ser um dos muitos portugueses que se orgulha do nosso passado glorioso aquando da época dos descobrimentos. Se conseguir perceber e em seguida associar o que escrevi ao que o Sr. escreveu então não ficarei com uma opinião tão negativa em relação às suas capacidades de comentador, senão só há duas escolhas: combater os Srs. Monteiros ou viver com medo! Ricardo Rocha 19:41 12 Outubro 2001 As culpas do EUA

Procuro ser o mais ponderado, sempre. Mas ler que "tentar enteder" ou sejá lá como for o ponto de vista dos que praticaram o atentado é de um maniqueísmo que não se sustenta nem na fonte: ou seja, estamos condenados a tentar entender o que assim legitimaremos? Então nem tentemos entender as culpas dos EUA quanto à população mais pobre do mundo, e, de resto, a de colonizadores como Portugal, em Angola ou no Brasil. E dizer que os EUA atacaram logo em frágeis alianças bilaterais e nao numa multilateral, pela ONU, porque têm interesses geopolíticos na regiao e aproveitou a opotunidade, legima (ou deixa de legitimar o que? É a tese do ano... En pasant: eu tinha queridos no WTC. Não façam essa guerra em nome deles, pelo amor de Deus!!! José Amor 00:29 12 Outubro 2001 Que Deus ilumine a América

Que raciocínio tão iluminado e clarividente o que Henrique Monteiro nos apresenta! Na verdade há no mundo, pessoas muito ingratas, maliciosas, tendenciosas... Esquecer o contributo e o importante papel desta Nação: - No derrube de Sukarno; - Na ascenção de Pinochet; - Na libertação de Granada; - Na pacificação do Haiti; - Na limpeza do Panamá; - Pela democratização de Cuba e de Angola... Sem esquecer naturalmente, nesta infima resenha, Hirochima, Nagasaki, Vietnam, Coreia, mas estes factos já são por demais curriqueiros e sem interesse. Por tudo isso e muito muito mais: VIVA OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Mas que nunca nos esqueçamos: Terrorismo é Terrorismo, sempre condenável, seja ela Ocidental ou Muçulmano... Paulo Sérgio T. Sousa 19:38 11 Outubro 2001 Opressão

Concordo consigo. Mas apercebeu-se que o seu raciocínio é circular... os ocidentais ajudaram os generais fascistas a chegarem ao poder e depois contribuem para a sua queda... A história repete-se, repare: os extremistas islãmicos chegaram ao poder com a ajuda dos ocidentais que agora dão o "empurrãozinho" para a sua queda... E isso, também, não me dá razão? Então, para evitar que esses senhores cheguem ao poder com a ajuda ocidental, e cujo intuito é obedecer a critérios de interesse, é preciso pensar nas causas... E logo, pensar, estudar e combatê-las não é legitimar, é evitar que no futuro se repitam. Não vou cair nos bons (e por vezes contraditórios) dos nossos ditos populares, mas continuo a acreditar que as dores futuras podem ser evitadas se as prevenirmos e, para tal, temos que as analisar, não as vamos legitimar, vamos repensar toda uma estratégia que pode não ter fim (como assinalou), periódica, e que poderá trazer no futuro consequências imprevisíveis. Aí, serão os nossos filhos a sofrer (e a responder com bombas, para que no futuro seguinte os seus filhos voltem a sofrer e a responder...). Permita-me um último reparo, os donos das multinacionais que nos dão emprego também são usurpadores? Se calhar não, mas... e quando dispensarem os trabalhadores? A presença de estrangeiros num país pode ter duas perspectivas e a sua análise cabe aos cidadãos desse país, não a outros estrangeiros (que porventura terão outros trunfos para dominarem esse país). Existiu uma luta fraticina, com milhões de mortos que levou esses usurpadores ao poder... mas foi com o auxílio da população local (ou um grupo étnico se preferir) e, provavelmente, com os americanos... ninguém 12:32 11 Outubro 2001 Sr. Observador

O seu «Quase que poderíamos afirmar que os Estados Unidos e aliados, após asneiras passadas (...)», tem muito que se lhe diga! Diria mesmo mais: - Tem muito, mas mesmo muito que se lhe diga!... E o que acrescenta, de que os EUA «efectuam actualmente uma missão de saneamento, para restablecer um poder legítimo», até dá vontade de pensar , sei lá... por exemplo: - quem é o juíz que assim ajuíza; - se já tinha reparado antes nas asneiras dos EUA, ou se só agora; - quem lhe garante que também agora não serão "asneiras" o que estão a fazer: - o que é isso do poder legítimo; sei lá... tanta tanta coisa se pode questionar, não é? Um observador não deveria estar mais atento? Observador 19:50 10 Outubro 2001 Conviria lembrar que os talibãs são usurpadores estrangeiros, ou a soldo destes últimos. Quase que poderíamos afirmar que os Estados Unidos e aliados, após asneiras passadas, efectuam actualmente uma missão de saneamento, para restablecer um poder legítimo. E levantam-se clamores de alguns indivíduos, geralmente bem pensantes, contra a "barbárie" americana. Faz lembrar a história das Falklands, em que a senhora Thatcher restableceu a soberania num território (nunca outrora colonizado!) que os generais fascistas argentinos (inicialmente apoiados por Washington) queriam anexar. E até o Fidel Castro se sentiu obrigado a aplaudir os ditos torcionários de extrema direita! A senhora Thatcher contribuiu para o derrube dos ditadores da Argentina. Esperemos que os americanos consigam agora acabar com os opressores islâmicos e que também ponham na ordem os fundamentalistas judeus! A Ramos 17:42 10 Outubro 2001 Terrorismo/compreensão

Inteiramente de acordo consigo. Custa a entender como certas pessoas, inteligentes e cultas (tidas por isso...), apareçam a querer entender/justificar actos terroristas como os que aconteceram recentemente nos EUA. Essas pessoas não ouvem nem vêem o que toda a gente vê! Essa gente não quer saber como se viveu nos últimos tempos no Afeganistão e quem são e o que auerem os talibans. Esses iluminados já sabem tudo e recusam-se a apreender coisas novas, sobretudo quando vão contra as suas ideias. Coitados! Paulo Sérgio T Sousa 15:59 10 Outubro 2001 Legitimar

Pois é, estes actos bárbaros não são desculpáveis... Mas esquecer a sua origem é também perpetuar a violência. Que eu saiba a democracia no País Basco não impede a existência de terroristas... Estamos a chegar à conclusão que reduzindo as nossas liberdades poderemos ter mais segurança. O senhor H. Monteiro e outros ajudam à festa, é ver cada vez mais ocidentais dispostos a perder a sua liberdade, que eu entendo... porque aquilo que não queremos perder é a comezinha ordem de Mercado que nos adormeceu. Alinhar no espírito de vingança é acabar com a justiça, esquecer a origem desta insatisfação que atinge milhões de seres humanos (desenganem-se aqueles que acham que são poucos os revoltados no mundo ... basta ver as manifestações que se extendem por todo o mundo e que penso que virá a alastrar quando se perder o receio aos governos de ditadura que as controlam). Provavelmente entraremos num caminho sem fim, com aproximações à perda de direitos comummente aceites no mundo ocidental em bom nome da dita segurança. Pois os homens pensantes (e até o M Alegre...) acham que estudar e combater a origem destes fenómenos legitimam o terrorismo. Fernão Gomes 13:46 10 Outubro 2001 terrorismo/religiões

Proponho-vos um exercício! Onde actualmente se escreve Afeganistão, Iraque, Argélia, esceva-se Portugal, Espanha, França, Inglaterra (países Cristãos). Quanto às datas escrevam-se as dos séculos XV a XX. E onde actualmente se escreve USA, e os governos sequazes seguidores tais como o da a Inglaterra, França, etc. escreva-se INQUISIÇÃO da Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana. O resto do texto, recheado de acusações aos fundamentalistas "islâmicos" e enumerando as respectivas acções de combate, poder-se-á manter. Vereis que bate certo... E sempre em nome da justiça e dos mais sãos princípios! Até quando? Fernão Gomes 13:23 10 Outubro 2001 Terrorismo/Combate ao terrorismo

"Comer peixe cozido não produz o mesmo efeito que uma feijoada." O terrorismo e o combate ao mesmo produzem oS mesmos efeitos - a destruição e a morte! Enquanto Bin Laden serviu os interesses Americanos era um "anjo", agora é o terrorista número um! Os americanos em ambas as situações praticam o "bem" (destruição e a morte, sabe-se lá de quantos) em nome da justiça... Efectivamente, urge uma relexão sobre o comportamento humano, sem olhar a raças, a religiões, a interesses económicos, políticos, ou quaisquer outros. Julgar os outros e condená-los parecerá fácil, mas se olharmos para cada um de nós... talvez nos detenhamos e a aplicação da pena seja bem mais indulgente. Ninguém 11:29 10 Outubro 2001 É sempre mais fácil haver um lobo mau. Já antes do capuchicnho vermelho era assim...(Experimentem com uma criança...) E onde há um lobo mau, há alguém que vem salvar o capuchinho vermelho... Mas nós já passamos esse tempo e temos o dever de exigir de nós um pouco mais do que esse olhar infantil. Seria necessário incomodar um pouco o nosso plácido quotidiano e olhar com perspectiva para o que se passa, reflectir sobre o mundo em que vivemos e que vamos deixar aos nossos filhos. Ninguém em seu perfeito juízo, pode apoiar acções terroristas como a do dia 11 de Setembro. Mas também ninguém em seu perfeito juízo pode ficar descansado com a forma como os americanos resolvem os seus problemas com o resto do mundo. E a questão é saber se as pessoas que se sentem tão escandalizadas com o que se passou ao ponto de apoiarem incondicionalmente a política externa americana, também já se incomodavam com o que se passava no resto do mundo - e prescindo de as enumerar, ou correria o risco de não abarcar todas. É que se não, poder-se-á dizer que existem realidades mais próximas (como o terror de 11 de Setembro) do que outras (como o terror de todos os dias - certamente não plácidos - dos palestinianos, dos iraquianos dos, dos, dos....). Na verdade o lugar do ocidente é no centro de todos os mapa mundo; é de lá que nos habituaram a olhar para o resto do mundo. Mas seria útil reflectir um pouco sobre o que se passou / passa 'descentrando-nos', de forma a olhar o mundo um pouco acima de nós, e sobreudo sem cair na tentação de "embarcar" em discursos simplistas, que qualquer um, francamente, sem reflexão pode fazer... E isto que seria útil a cada um, é o que se espera de um jornalista. Diria mesmo mais, é o que torna um jornalista vulgar (ou o que diz aquilo que qualquer um pode dizer) num bom jornalista, num bom comentador. 11:26 10 Outubro 2001 É sempre mais fácil haver um lobo mau. Já antes do capuchicnho vermelho era assim...(Experimentem com uma criança...) E onde há um lobo mau, há alguém que vem salvar o capuchinho vermelho... Mas nós já passamos esse tempo e temos o dever de exigir de nós um pouco mais do que esse olhar infantil. Seria necessário incomodar um pouco o nosso plácido quotidiano e olhar com perspectiva para o que se passa, reflectir sobre o mundo em que vivemos e que vamos deixar aos nossos filhos. Ninguém em seu perfeito juízo, pode apoiar acções terroristas como a do dia 11 de Setembro. Mas também ninguém em seu perfeito juízo pode ficar descansado com a forma como os americanos resolvem os seus problemas com o resto do mundo. E a questão é saber se as pessoas que se sentem tão escandalizadas com o que se passou ao ponto de apoiarem incondicionalmente a política externa americana, também já se incomodavam com o que se passava no resto do mundo - e prescindo de as enumerar, ou correria o risco de não abarcar todas. É que se não, poder-se-á dizer que existem realidades mais próximas (como o terror de 11 de Setembro) do que outras (como o terror de todos os dias - certamente não plácidos - dos palestinianos, dos iraquianos dos, dos, dos....). Na verdade o lugar do ocidente é no centro de todos os mapa mundo; é de lá que nos habituaram a olhar para o resto do mundo. Mas seria útil reflectir um pouco sobre o que se passou / passa 'descentrando-nos', de forma a olhar o mundo um pouco acima de nós, e sobreudo sem cair na tentação de "embarcar" em discursos simplistas, que qualquer um, francamente, sem reflexão pode fazer... E isto que seria útil a cada um, é o que se espera de um jornalista. Diria mesmo mais, é o que torna um jornalista vulgar (ou o que diz aquilo que qualquer um pode dizer) num bom jornalista, num bom comentador. VIVA OS AMERICANOS 01:33 10 Outubro 2001 VIVA VIVA VIVA OS SOLDADOS AMERICANOS

STAND PROUD AMERICA GOD BLESS AMERICA em mocambique nunca vos esqueceremos de nos terem matado a fome e salvado as nossas vidas e rezamos para mais uma vez salvarem o mundo destes terroristas obrigada bilioes de obrigada STAND PROUD AMERICA obrigada de lutarem pela liberdade OBRIGADA god bless the PRESIDENT AND THE PEOPLE U.S.A. STAND PROUD AMERICA GOD BLESS . VIVA OS AMERICANOS 01:32 10 Outubro 2001 VIVA VIVA VIVA OS SOLDADOS AMERICANOS

STAND PROUD AMERICA GOD BLESS AMERICA em mocambique nunca vos esqueceremos de nos terem matado a fome e salvado as nossas vidas e rezamos para mais uma vez salvarem o mundo destes terroristas obrigada bilioes de obrigada STAND PROUD AMERICA obrigada de lutarem pela liberdade OBRIGADA god bless the PRESIDENT AND THE PEOPLE U.S.A. STAND PROUD AMERICA GOD BLESS . VIVA OS AMERICANOS 01:32 10 Outubro 2001 VIVA VIVA VIVA OS SOLDADOS AMERICANOS

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