Protestos e Ameaças
Terça-feira, 10 de Abril de 2001 A decisão ontem anunciada já suscitou reacções. José Figueiredo, presidente da Junta de Freguesia prometeu estar ao lado da população em todos os protestos "que não sejam inconstitucionais". Joaquim Gonçalves avisou que a Associação de Defesa do Ambiente de Souselas, a que preside, não irá aceitar a decisão "de grave irresponsabilidade" do ministro do Ambiente. Comentando a demissão dos três representantes do PS na Assembleia de Freguesia de Souselas, o presidente da concelhia socialista de Coimbra, Luís Vilar, disse compreender os camaradas que, por viverem em Souselas, "sentem o problema de forma diferente". O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, afirmou manter a posição assumida em Dezembro quando prometeu intervir "no desenvolvimento futuro da co-incineração" para defender a saúde das populações. Massano Cardoso, o elemento que votou contra as conclusões do Grupo Médico, comentou que, "desde o princípio, tudo foi feito para que a decisão fosse esta". João Gabriel, da Quercus, voltou a pôr em causa a premissa que permitiu o avanço do processo: "Onde é que a Comissão Científica foi buscar a ideia de que a co-incineração não terá emissões adicionais?", questionou. O socialista Manuel Alegre lamentou a decisão, afirmando não estar surpreendido. Em declarações à Lusa, disse que Sócrates transformou o processo de co-incineração numa "questão de autoridade e prestígio pessoal". O Movimento de Cidadãos pela Arrábida (MCA) não ficou surpreendido e, por essa razão, foi desenvolvendo iniciativas judiciais para travar o processo. Ontem, entregou no Tribunal de Setúbal uma acção inibitória da co-incineração na Arrábida em defesa dos direitos à saúde e ao ambiente, que se junta às queixas apresentadas à Comissão Europeia e ao Supremo Tribunal Administrativo português. O MCA prefere apostar na via jurídica e, depois da decisão governamental ser publicada em Diário da República, apresentará um recurso contencioso de anulação. A.V/N.M./M.M.M. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Co-incineração arranca em Junho em Souselas
Cinco datas, cinco dados
As soluções para os problema do lixo industrial
EDITORIAL A surpresa dos números
74 mil toneladas de resíduos para queimar
Protestos e ameaças
Categorias
Entidades
Protestos e Ameaças
Terça-feira, 10 de Abril de 2001 A decisão ontem anunciada já suscitou reacções. José Figueiredo, presidente da Junta de Freguesia prometeu estar ao lado da população em todos os protestos "que não sejam inconstitucionais". Joaquim Gonçalves avisou que a Associação de Defesa do Ambiente de Souselas, a que preside, não irá aceitar a decisão "de grave irresponsabilidade" do ministro do Ambiente. Comentando a demissão dos três representantes do PS na Assembleia de Freguesia de Souselas, o presidente da concelhia socialista de Coimbra, Luís Vilar, disse compreender os camaradas que, por viverem em Souselas, "sentem o problema de forma diferente". O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, afirmou manter a posição assumida em Dezembro quando prometeu intervir "no desenvolvimento futuro da co-incineração" para defender a saúde das populações. Massano Cardoso, o elemento que votou contra as conclusões do Grupo Médico, comentou que, "desde o princípio, tudo foi feito para que a decisão fosse esta". João Gabriel, da Quercus, voltou a pôr em causa a premissa que permitiu o avanço do processo: "Onde é que a Comissão Científica foi buscar a ideia de que a co-incineração não terá emissões adicionais?", questionou. O socialista Manuel Alegre lamentou a decisão, afirmando não estar surpreendido. Em declarações à Lusa, disse que Sócrates transformou o processo de co-incineração numa "questão de autoridade e prestígio pessoal". O Movimento de Cidadãos pela Arrábida (MCA) não ficou surpreendido e, por essa razão, foi desenvolvendo iniciativas judiciais para travar o processo. Ontem, entregou no Tribunal de Setúbal uma acção inibitória da co-incineração na Arrábida em defesa dos direitos à saúde e ao ambiente, que se junta às queixas apresentadas à Comissão Europeia e ao Supremo Tribunal Administrativo português. O MCA prefere apostar na via jurídica e, depois da decisão governamental ser publicada em Diário da República, apresentará um recurso contencioso de anulação. A.V/N.M./M.M.M. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Co-incineração arranca em Junho em Souselas
Cinco datas, cinco dados
As soluções para os problema do lixo industrial
EDITORIAL A surpresa dos números
74 mil toneladas de resíduos para queimar
Protestos e ameaças