EXPRESSO: Opinião

01-04-2002
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3 de Janeiro de 2002 às 01:37

Reader

Ainda me recordo de ver na televisão, já lá vão tantos anos, o Manuel Alegre, então Secretário de Estado da Comunicação Social, a anunciar o encerramento temporário do jornal "O Século".

Por cerca de três meses, dizia ele com aquela voz timbrada, procurando descansar os trabalhadores do jornal e respectivas famílias.

Alguém sabe quando é que reabriu "O Século" ?

1 de Janeiro de 2002 às 23:53

Diogo Sotto Mai ( op3706@mail.telepac.pt )

Completando o raciocínio anterior. Os dirigentes do PS têm de explicar às classes médias mais elevadas e aos mais ricos de todos que é de todo o seu interesse viver num País sem pobreza, civilizado, em que todos têm o necessário, nomeadmante casa própria, salário suficiente, viatura e uma educação mínima de 10/11 anos de escolaridade susceptível de ser prosseguida até aos graus académicos para todos os que o queiram e tenham talento ou força de vontade suficiente.

No âmbito da eliminação da pobreza seria interessante considerar os seguintes salários mínimos:

Para não qualificados: 600 euros mensais.

Para meios oficiais ou não qualificados com experiência: 800 Euros mensais.

Para profissionais: 1000 Euros mensais.

As reformas mínimas deverão atingir os 600 Euros.

A não ser possível às pessoas auferirem destes salários seria de conta do Estado pagar a diferença como se faz com o RMG na base de uma justa capitação familiar.

A transformação das pessoas em liberdade e no respeito pela sua psicologia individual seria, sem dúvida, o grande projecto nacional do qual deveria derivar toda uma reforma do Estado e da economia nacional.

Tudo isto é possível porque foram dados alguns passos nesse sentido e obtido alguns êxitos. Hoje, temos 21% da população a frequentar a escola e foram realojadas mais de 50 mil famílias nos últimos anos, tendo, só em Lisboa, desaparecido 55 bairos de barracas.

As famílias endividaram-se a 60,1% do Pib (44,3% para casa própria), mas só de depósitos a prazo possuem 59,8% do pib e 12,8% em títulos de dívida pública. Além disso, têm depósitos à ordem, títulos obrigacionistas e accionistas privados, quotas em sociedades e bens imóveis, entre os quais 5 milhões e 34 mil fogos à data do último censo e 4,3 milhões de viaturas.

1 de Janeiro de 2002 às 23:30

Diogo Sotto Mai ( op3706@mail.telepac.pt )

A mudança do PS terá de ser no sentido de se assumir com um verdadeiro projecto de construção de uma nova sociedade. Projecto que parcelarmente tem sido procurado, mas que não foi devidamente explicado aos portugueses. O fundamento desse projecto é ascender todos os estratos sociais à qualidade de classes médias, acabando com a pobreza, mesmo sem destruir a classe mais rica, limitando-lhe só alguns réditos em nome da solidariedade global. Algumas políticas sociais como o RMG, a conservação da SS e o realojamento de milhares de famílias oriundas das barracas em casas decentes tem permitido elevar o nível dos mais pobres quase ao das classes médias. Por sua vez, a política de baixo juro permitido com a entrada no Euro deu a oportunidade de aquisição de casa própria a umas 800 mil famílias, fazendo com que o pessoal ao serviço da construção civil passasse de 7% da população activa para os 12,5% actuais com o inerente aumento dos salários.

Hoje, Ferro Rodrigues terá de se apresentar com um verdadeiro projecto que oriente a política do Estado no sentido de acabar de vez com a pobreza em simultâneo com um projecto de desenvolvimento nacional, o que se torna mais difícil no que toca ao sector empresarial privado. Este quer apenas baixos impostos e subsídios a fundo perdido sem dar a garantia que os vai utilizar devidamente. Mesmo assim, o Estado deve escolher áreas específicas de desenvolvimento e apoiá-las de uma forma controlada e vigiada como fez o Japão há décadas atrás. Para o efeito, o melhor será a elaboraçao de planos plurianuais de desenvolvimento sustentados também por orçamentos plurianuais sujeitos apenas a eventuais rectificações anuais.

Incenbtivar toda uma indústria emergente, em vez de se dar apoio a qualquer projecto que entre nas secretarias, sendo que a maior parte deles poderiam ser financiados directamente pelos empresários com maior celeridade e proveito para o mercado. Também há que fazer cortes, nomeadmante nas Forças Armadas e na educação onde se deve acabar com escolas com mei dúzia de alunos e cursos universitários caríssimos com 20 ou 30 alunos apenas, mesmo que as televisões apresentem depois os interessados a clamar contra a política de destruição da educação.

Mas, atenção, daqui não virá uma grande fortuna, apenas pequenos paliativos a juntar a outros de forma a dar uma economia de meios com algum significado, mesmo que limitado.

Quanto a Durão Barroso, é um facto que o PSD nem tem política, excepto as citadas privatizações e desvio dos fundos da Previdência para os sectores privados, os quais têm registado rendibilidades negativas.

No fundo, trata-se da solidariedade social e económica do PS contra o egoísmo individualista proposto pelo PSD.

Claro, no Poder, as situações mudam frequentemente. As boas intenções são limitadas pelas circunstâncias e os egoísmos inaplicáveis por serem redutores da base eleitoral de apoio.

30 de Dezembro de 2001 às 20:40

Kostas Kalimera ( kkalimera@hotmail.com )

Em 1995, tinha o PS acabado de formar governo, na Assembleia da Republica voltou a discutir-se a lei das 40 horas de horário semanal máximo que o PS (e o Manuel Alegre), 6 meses atrás ainda na oposição, tinha votado favorávelmente. Agora, no governo, votou contra. E quem é que, em nome do PS, assumiu na Assembleia da República tão vergonhosa mudança, negar no governo o que se tinha defendido na oposição: pois, está lembrado, foi o Manuel Alegre, foi o Manuel Alegre...Depois tem conhecimento da imensa trapalhada que se deu em torno dessa questão.

Nas próximas legislativas é possível derrotar o PSD e o PS também. O que é preciso é derrotar o rotativismo, o esquema do séc. XIX, a aliança estratégica que o PS e o PSD estabeleceram entre si para terem o exclusivo da governação, para governarem ora um ora outro, destinguindo-se no fundamental apenas pelo "estilo" e governando sempre em favor da "nata do empresariado português", para usar as tristes expressões que o Guterres utilizou para anunciar que o governo do PS, uma vez mais, não ia cumprir as esperanças de mudança com que tinha sido eleito.

O PS e o PSD, que têm monopolizado o governo nas últimas dezenas de anos, já provaram o que são capazes de fazer. Fracassaram. Com eles, alguns poucos ganharam imensas fortunas mas o país continua a penar na cauda da Europa.

É preciso mudar. A alternativa existe. É o PCP, é a CDU, que merece que lhe seja dada uma portunidade para governar, para que as pessoas, os seus direitos, dignidade e bem estar estejam de facto no centro das preocupações governativas.

29 de Dezembro de 2001 às 23:14

ramos18 ( jrcontreiras@netcabo.pt )

Parabéns a Manuel Alegre pela sua análise política e pela sua coragem. Continua a ser um socialista sincero,convicto e corajoso.

29 de Dezembro de 2001 às 18:33

Paradox5 ( paradox5@yahoo.com )

O anúncio da candidatura do possível, e aparentemente definitivo, secretário geral Ferro Rodrigues foi elucidativo. Acompanhado de barões e viscondes da nêspera e da beringela como o inenarrável Narciso e o extraordinário expoente do pensamento contemporâneo Gomes, entre outros fantásticos e competentes gestores de tabacarias e lojas dos trezentos. A concorrência com o que a naftalina preservou dos escombros do cavaquismo e com recém chegados e recém descobertos portadores de preocupação social e de espírito de serviço à nação. Em concorrência com um D. Quixote de La Portas popular que mais parece uma personagem das tragédias medievais, em concorrência com um Partido que ainda vive embrenhado com a dige a guerra civil de espanha como se também fossem personagens do neo realismo romanesco de Hemingway e com um Bloco para o qual a assepticidade das seringas é a questão planetária. Estamos bastante bem servidos de candidatos a políticos. Em dois mil e seis ainda estaremos a discutir as tão clamadas reformas.....

29 de Dezembro de 2001 às 14:24

Figueiredo ( fernandofigueiredo@lycos.com )

Quereis um poder suspicaz?

Assentai-o sobre um terreno minado, onde oiça a cada momento a pancada da sapa que prepara a ruína.

Quereis que seja violento?

Apresentai-lhe inimigos que sem cessar o ameacem.

Suprimi até a ideia do perigo e tereis a suavidade e a confiança.

Daqui resulta um fenómeno constantemente observado em todos os períodos da história e sob todas as formas de governo, e é que o poder que se acha sem os meios necessários ao exercício das suas atribuições, trabalha sem cessar para procurá-los. Persegue o seu objectivo por caminhos diferentes, segundo a situação em que se acha; se abunda de acção material, emprega a força; se é rico, corrompe; se tudo lhe falta, maquina vilmente como o último dos conspiradores. Em vão lhe exigireis que proceda de outra maneira; esta é a sua posição, esta a lei indeclinável da sua natureza; nem as qualidades das pessoas que exercem o poder serão bastantes para evitá-lo. Estas poderão talvez manter-se estranhas ao suborno e à intriga, poderão até odiar semelhantes meios, mas empregá-los-ão por elas os que os rodeiam, os que aproveitam com o desfrute do poder, os que à existência deste têm vinculada a sua própria existência.

29 de Dezembro de 2001 às 14:18

Reader

Pois é, caro Manuel Alegre, o que o PS precisava era de se ver livre da cambada de vivaços que não têm ideologia nenhuma, que não têm competência para nada e que apenas pensam no lugarzinho que dá direito ao BMW e outras regalias.

Conforme ficou demonstrado, tirando as excepções que confirmam a regra (e sem com isto querer dizer que os outros partidos são uma maravilha), o PS só tem gente desse quilate.

Como é que em dois meses e meio resolvem um problema que não resolveram em seis? Não resolvem. Bye, bye, até daqui a 20 anos ...

29 de Dezembro de 2001 às 12:49

jnpsilva ( jncps@clix.pt )

E' or artigos como este que o PS vai perder em Março.

Inacreditável!!

29 de Dezembro de 2001 às 02:29

D'Back ( user884364@aol.com )

Se o que o PS tem para propor aos eleitores eh manter a CGD sob controlo do Estado e deixar a SS ir de vitoria em vitoria ate ah falencia final, entao podem ja comecar a encomendar missas pelas alminhas...

3 de Janeiro de 2002 às 01:37

Reader

Ainda me recordo de ver na televisão, já lá vão tantos anos, o Manuel Alegre, então Secretário de Estado da Comunicação Social, a anunciar o encerramento temporário do jornal "O Século".

Por cerca de três meses, dizia ele com aquela voz timbrada, procurando descansar os trabalhadores do jornal e respectivas famílias.

Alguém sabe quando é que reabriu "O Século" ?

1 de Janeiro de 2002 às 23:53

Diogo Sotto Mai ( op3706@mail.telepac.pt )

Completando o raciocínio anterior. Os dirigentes do PS têm de explicar às classes médias mais elevadas e aos mais ricos de todos que é de todo o seu interesse viver num País sem pobreza, civilizado, em que todos têm o necessário, nomeadmante casa própria, salário suficiente, viatura e uma educação mínima de 10/11 anos de escolaridade susceptível de ser prosseguida até aos graus académicos para todos os que o queiram e tenham talento ou força de vontade suficiente.

No âmbito da eliminação da pobreza seria interessante considerar os seguintes salários mínimos:

Para não qualificados: 600 euros mensais.

Para meios oficiais ou não qualificados com experiência: 800 Euros mensais.

Para profissionais: 1000 Euros mensais.

As reformas mínimas deverão atingir os 600 Euros.

A não ser possível às pessoas auferirem destes salários seria de conta do Estado pagar a diferença como se faz com o RMG na base de uma justa capitação familiar.

A transformação das pessoas em liberdade e no respeito pela sua psicologia individual seria, sem dúvida, o grande projecto nacional do qual deveria derivar toda uma reforma do Estado e da economia nacional.

Tudo isto é possível porque foram dados alguns passos nesse sentido e obtido alguns êxitos. Hoje, temos 21% da população a frequentar a escola e foram realojadas mais de 50 mil famílias nos últimos anos, tendo, só em Lisboa, desaparecido 55 bairos de barracas.

As famílias endividaram-se a 60,1% do Pib (44,3% para casa própria), mas só de depósitos a prazo possuem 59,8% do pib e 12,8% em títulos de dívida pública. Além disso, têm depósitos à ordem, títulos obrigacionistas e accionistas privados, quotas em sociedades e bens imóveis, entre os quais 5 milhões e 34 mil fogos à data do último censo e 4,3 milhões de viaturas.

1 de Janeiro de 2002 às 23:30

Diogo Sotto Mai ( op3706@mail.telepac.pt )

A mudança do PS terá de ser no sentido de se assumir com um verdadeiro projecto de construção de uma nova sociedade. Projecto que parcelarmente tem sido procurado, mas que não foi devidamente explicado aos portugueses. O fundamento desse projecto é ascender todos os estratos sociais à qualidade de classes médias, acabando com a pobreza, mesmo sem destruir a classe mais rica, limitando-lhe só alguns réditos em nome da solidariedade global. Algumas políticas sociais como o RMG, a conservação da SS e o realojamento de milhares de famílias oriundas das barracas em casas decentes tem permitido elevar o nível dos mais pobres quase ao das classes médias. Por sua vez, a política de baixo juro permitido com a entrada no Euro deu a oportunidade de aquisição de casa própria a umas 800 mil famílias, fazendo com que o pessoal ao serviço da construção civil passasse de 7% da população activa para os 12,5% actuais com o inerente aumento dos salários.

Hoje, Ferro Rodrigues terá de se apresentar com um verdadeiro projecto que oriente a política do Estado no sentido de acabar de vez com a pobreza em simultâneo com um projecto de desenvolvimento nacional, o que se torna mais difícil no que toca ao sector empresarial privado. Este quer apenas baixos impostos e subsídios a fundo perdido sem dar a garantia que os vai utilizar devidamente. Mesmo assim, o Estado deve escolher áreas específicas de desenvolvimento e apoiá-las de uma forma controlada e vigiada como fez o Japão há décadas atrás. Para o efeito, o melhor será a elaboraçao de planos plurianuais de desenvolvimento sustentados também por orçamentos plurianuais sujeitos apenas a eventuais rectificações anuais.

Incenbtivar toda uma indústria emergente, em vez de se dar apoio a qualquer projecto que entre nas secretarias, sendo que a maior parte deles poderiam ser financiados directamente pelos empresários com maior celeridade e proveito para o mercado. Também há que fazer cortes, nomeadmante nas Forças Armadas e na educação onde se deve acabar com escolas com mei dúzia de alunos e cursos universitários caríssimos com 20 ou 30 alunos apenas, mesmo que as televisões apresentem depois os interessados a clamar contra a política de destruição da educação.

Mas, atenção, daqui não virá uma grande fortuna, apenas pequenos paliativos a juntar a outros de forma a dar uma economia de meios com algum significado, mesmo que limitado.

Quanto a Durão Barroso, é um facto que o PSD nem tem política, excepto as citadas privatizações e desvio dos fundos da Previdência para os sectores privados, os quais têm registado rendibilidades negativas.

No fundo, trata-se da solidariedade social e económica do PS contra o egoísmo individualista proposto pelo PSD.

Claro, no Poder, as situações mudam frequentemente. As boas intenções são limitadas pelas circunstâncias e os egoísmos inaplicáveis por serem redutores da base eleitoral de apoio.

30 de Dezembro de 2001 às 20:40

Kostas Kalimera ( kkalimera@hotmail.com )

Em 1995, tinha o PS acabado de formar governo, na Assembleia da Republica voltou a discutir-se a lei das 40 horas de horário semanal máximo que o PS (e o Manuel Alegre), 6 meses atrás ainda na oposição, tinha votado favorávelmente. Agora, no governo, votou contra. E quem é que, em nome do PS, assumiu na Assembleia da República tão vergonhosa mudança, negar no governo o que se tinha defendido na oposição: pois, está lembrado, foi o Manuel Alegre, foi o Manuel Alegre...Depois tem conhecimento da imensa trapalhada que se deu em torno dessa questão.

Nas próximas legislativas é possível derrotar o PSD e o PS também. O que é preciso é derrotar o rotativismo, o esquema do séc. XIX, a aliança estratégica que o PS e o PSD estabeleceram entre si para terem o exclusivo da governação, para governarem ora um ora outro, destinguindo-se no fundamental apenas pelo "estilo" e governando sempre em favor da "nata do empresariado português", para usar as tristes expressões que o Guterres utilizou para anunciar que o governo do PS, uma vez mais, não ia cumprir as esperanças de mudança com que tinha sido eleito.

O PS e o PSD, que têm monopolizado o governo nas últimas dezenas de anos, já provaram o que são capazes de fazer. Fracassaram. Com eles, alguns poucos ganharam imensas fortunas mas o país continua a penar na cauda da Europa.

É preciso mudar. A alternativa existe. É o PCP, é a CDU, que merece que lhe seja dada uma portunidade para governar, para que as pessoas, os seus direitos, dignidade e bem estar estejam de facto no centro das preocupações governativas.

29 de Dezembro de 2001 às 23:14

ramos18 ( jrcontreiras@netcabo.pt )

Parabéns a Manuel Alegre pela sua análise política e pela sua coragem. Continua a ser um socialista sincero,convicto e corajoso.

29 de Dezembro de 2001 às 18:33

Paradox5 ( paradox5@yahoo.com )

O anúncio da candidatura do possível, e aparentemente definitivo, secretário geral Ferro Rodrigues foi elucidativo. Acompanhado de barões e viscondes da nêspera e da beringela como o inenarrável Narciso e o extraordinário expoente do pensamento contemporâneo Gomes, entre outros fantásticos e competentes gestores de tabacarias e lojas dos trezentos. A concorrência com o que a naftalina preservou dos escombros do cavaquismo e com recém chegados e recém descobertos portadores de preocupação social e de espírito de serviço à nação. Em concorrência com um D. Quixote de La Portas popular que mais parece uma personagem das tragédias medievais, em concorrência com um Partido que ainda vive embrenhado com a dige a guerra civil de espanha como se também fossem personagens do neo realismo romanesco de Hemingway e com um Bloco para o qual a assepticidade das seringas é a questão planetária. Estamos bastante bem servidos de candidatos a políticos. Em dois mil e seis ainda estaremos a discutir as tão clamadas reformas.....

29 de Dezembro de 2001 às 14:24

Figueiredo ( fernandofigueiredo@lycos.com )

Quereis um poder suspicaz?

Assentai-o sobre um terreno minado, onde oiça a cada momento a pancada da sapa que prepara a ruína.

Quereis que seja violento?

Apresentai-lhe inimigos que sem cessar o ameacem.

Suprimi até a ideia do perigo e tereis a suavidade e a confiança.

Daqui resulta um fenómeno constantemente observado em todos os períodos da história e sob todas as formas de governo, e é que o poder que se acha sem os meios necessários ao exercício das suas atribuições, trabalha sem cessar para procurá-los. Persegue o seu objectivo por caminhos diferentes, segundo a situação em que se acha; se abunda de acção material, emprega a força; se é rico, corrompe; se tudo lhe falta, maquina vilmente como o último dos conspiradores. Em vão lhe exigireis que proceda de outra maneira; esta é a sua posição, esta a lei indeclinável da sua natureza; nem as qualidades das pessoas que exercem o poder serão bastantes para evitá-lo. Estas poderão talvez manter-se estranhas ao suborno e à intriga, poderão até odiar semelhantes meios, mas empregá-los-ão por elas os que os rodeiam, os que aproveitam com o desfrute do poder, os que à existência deste têm vinculada a sua própria existência.

29 de Dezembro de 2001 às 14:18

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Pois é, caro Manuel Alegre, o que o PS precisava era de se ver livre da cambada de vivaços que não têm ideologia nenhuma, que não têm competência para nada e que apenas pensam no lugarzinho que dá direito ao BMW e outras regalias.

Conforme ficou demonstrado, tirando as excepções que confirmam a regra (e sem com isto querer dizer que os outros partidos são uma maravilha), o PS só tem gente desse quilate.

Como é que em dois meses e meio resolvem um problema que não resolveram em seis? Não resolvem. Bye, bye, até daqui a 20 anos ...

29 de Dezembro de 2001 às 12:49

jnpsilva ( jncps@clix.pt )

E' or artigos como este que o PS vai perder em Março.

Inacreditável!!

29 de Dezembro de 2001 às 02:29

D'Back ( user884364@aol.com )

Se o que o PS tem para propor aos eleitores eh manter a CGD sob controlo do Estado e deixar a SS ir de vitoria em vitoria ate ah falencia final, entao podem ja comecar a encomendar missas pelas alminhas...

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