EXPRESSO: Opinião

01-03-2002
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2/2/2002

OPINIÃO

O combate de João Amaral

«João Amaral pagou pelo pior dos pecados: ousar pensar pela sua própria cabeça e ter projecção pública. A coragem intelectual e a autonomia de pensamento tornaram-se perigosas e quase incompatíveis com 'esses cemitérios sob a lua' que correm o risco de vir a tornar-se os partidos políticos. Está hoje em voga, nos partidos e fora deles, nomeadamente na comunicação social, um clima de suspeição e hostilidade em relação à opinião crítica, autónoma e livre.» É uma hipocrisia afirmar que o que se passa em cada partido só a esse partido diz respeito. Os partidos são a base da democracia. O que eles são tem consequências para além deles próprios e reflecte-se na nossa vida colectiva. Quando um partido afasta ou marginaliza pessoas de qualidade está a empobrecer a política, a democracia e o país. Seja o PS, o PCP, o PSD, o CDS/PP ou qualquer outro. Já em tempos manifestei por escrito a minha indignação contra campanhas persecutórias movidas contra Freitas do Amaral e Pacheco Pereira por gente medíocre dos respectivos partidos. Indignei-me quando, no último Congresso do PS, em que não participei, se inventou uma caça às bruxas e se tentou ostracizar militantes que fizeram críticas públicas, como Manuel Maria Carrilho, ou apresentaram moções alternativas, como Henrique Neto, ou propostas consideradas inoportunas, como a de Helena Roseta sobre a necessidade de retomar o problema da despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, que se tornou tristemente mais actual ainda com o julgamento da Maia. Carrilho continuou a ter uma projecção pública independente da sua situação no partido, Henrique Neto prosseguiu a sua vida de empresário com intervenções cívicas espaçadas, Helena Roseta foi eleita por larga maioria presidente da Ordem dos Arquitectos. Trata-se, em todos estes casos, de pessoas com uma existência autónoma e uma irradiação própria, com mais peso na opinião pública do que nos aparelhos dos respectivos partidos. Agora, como cidadão, como deputado e como homem de esquerda, não posso deixar de me indignar com o afastamento de João Amaral das listas do PCP. Dir-me-ão que não tenho nada a ver com as questões internas do PCP. Mas não me é indiferente a qualidade do Parlamento e da democracia. Portugal precisa de uma democracia baseada no mérito, não de um sistema de mediocridades subservientes aos aparelhos partidários. Alguém disse, por acaso Che Guevara, que devemos sentir na nossa própria cara a bofetada dada a outro homem. Eu sinto na minha pele a injustiça feita a João Amaral. A vida política fica mais pobre, o Parlamento fica mais triste, cada um de nós se sente diminuído com a ausência de alguém com a qualidade humana e política de João Amaral. Não é ao PCP que, em meu entender, ele faz falta. Faz falta à democracia, faz falta à política que ele tem procurado enobrecer, faz falta a Portugal. Não é com actos destes que se renova a esquerda, nem a política, nem a democracia. Como outros, em outros partidos, João Amaral pagou pelo pior dos pecados: ousar pensar pela sua própria cabeça e ter projecção pública. A coragem intelectual e a autonomia de pensamento tornaram-se perigosas e quase incompatíveis com «esses cemitérios sob a lua» que correm o risco de vir a tornar-se os partidos políticos. Está hoje em voga, nos partidos e fora deles, nomeadamente na comunicação social, um clima de suspeição e hostilidade em relação à opinião crítica, autónoma e livre. Um anti-intelectualismo que é sempre, como alguém escreveu, «um dos sinais mais evidentes da estupidez em marcha.» Estamos a pouco e pouco a voltar ao reino cadaveroso, contra o qual incansavelmente escreveu António Sérgio. Por isso o combate mais importante é contra os poderes instalados, contra os que estão sempre com quem manda, contra o politicamente correcto e contra os que, nos partidos ou nos «media», procuram impor a lógica do pensamento único. Ter ideias é arriscado. Mas poder-se-á viver sem ideias? A esta pergunta, feita, há mais de um século, por Antero de Quental, a nossa experiência actual mostra que não só é possível como, de certo modo, é quase uma condição de sobrevivência. Por isso eu disse na Convenção do PS que a renovação não se faz contra quem ousa pensar, nem com uma guerra entre gerações, a renovação faz-se com ideias, com projectos, com causas. Faz-se contra o autismo, a acomodação e o unanimismo. Faz-se com um novo espírito de insubmissão e rebeldia, contra o que está mal na sociedade e contra o que está mal dentro de nós. É também esse, no partido a que pertence e continuará a pertencer, o combate de João Amaral. Por isso a sua causa é a causa de todos aqueles que no PCP, no PS, noutros partidos ou fora deles, não se curvam ao cinzentismo dos aparelhos e das mediocridades, nem se resignam à vida vidinha e a uma política sem grandeza e sem alma.

COMENTÁRIOS AO ARTIGO

6 comentários 1 a 6

6 de Fevereiro de 2002 às 17:51

ramos18 ( jrcontreiras@netcabo.pt )

PARABÉNS a Manuel Alegre pelo excelente e oportuno artigo.

Você continua a ser grande como político como o é como Poeta.

Se alguns oportunistas se esqueceram da sua luta pela Democracia,a maioria dos portugueses que o conhecem estimam-no muito. Continue porque a Democracia precisa da sua VOZ e do seu PENSAMENTO.FORÇA! Você é uma referência da Luta Contra a Ditadura,da Democracia e da Liberdade.

2 de Fevereiro de 2002 às 20:47

Kostas Kalimera ( kkalimera@hotmail.com )

Nas últimas eleições legislativas, O Manuel Alegre foi cabeça de lista do PS por Coimbra.

Fez campanha contra a incineração. Apelou aos eleitores de Coimbra para votarem em si porque era contra a incineração.

Evidentemente, não teve o cuidado de esclarecer que não era essa a posição do governo do seu partido, o governo de Guterres e Ferro Rodrigues, que sempre Manuel Alegre apoiou nos momentos decisivos, para lá de todas as palavras.

Hoje, já se sabe a imensa trapalhada em que a incineração se transformou.

Seria de esperar pois que agora, que de novo vai haver eleições, o Manuel Alegre tivesse a honradez de se apresentar de novo perante os eleitores que o elegeram para, no mínimo, explicar o que fez com o apoio que lhes pediu e que eles confiadamente lhe deram!

Mas não foi isso que o Manuel Alegre fez! O que fez foi fugir para as listas de Lisboa! Fugiu dos eleitores de Coimbra, fugiu para evitar a avaliação que estes eleitores agora fariam de si.

Fugiu...

"Afastar" certas pessoas pode ser empobrecedor para a democracia.

Manter certas pessoas pode sê-lo ainda mais.

As palavras, Manuel Alegre, têm valor! Assim se pensa no PCP! As palavras têm de ser respeitadas. A acção tem de estar de acordo com a palavra! A coerência é um valor!

Valores, é do que a vida politica portuguesa precisa. Valores! Será que no PS conseguem compreender isto? Tenho as minhas dúvidas!

2 de Fevereiro de 2002 às 18:24

ATony ( ac8@clix.pt )

Ja sao decorridos alguns anos, pois o que a frente vou dizer decorreu em 1976, salvo erro, quando o Dr. Mario Soares era 1o. Ministro e Manuel Alegre se encintrava no governo, assim como o Eng. Barreto era Ministro da Agricultura.

Apesar de o odiar, concordo com o que escreve, mas nada tem a ver com o que diz e ou disse. Nessa altura eu fui protogonista e como tal ouvi o que por esse politico foi dito.

Numa das visitas politicas, em comitiva governamental, ao Alentejo e ao contrario do que esperavam, os Srs politicos, comecando pelo 1o. Ministro, foram enchuvalhados, mas nao pelo comunistas, a que esse poeta reagiu incorrectamente e valeu-lhe a interferencia de um grande Senhor, o Sr. Eng. Barreto.

Sim foi esse que teve a ombridade de vir falar conosco e inclusivel beber ao balcao do cafe.

Esse Manuel Alegre e anti-democratico, como alias os comunistas e esta a preparar a cama para o Sr. Joao Amaral se deitar, mas no PS.

Manuel Alegre, como muitos outros so esta a pensar na reforma, por todos nos paga, depois de uns aninhos mais como deputado e esta a ver que o seu amigo a vai perder, mas deite-lhe a mao e ponha-o numa lista do PS.

2 de Fevereiro de 2002 às 16:52

lixado

Olha, Olha, O GRANDE POETA E PENSADOR ALEGRE, desce à terra e debruça-se sobre as quezilias "pcianas", melhor dizendo, faz o elogio de João Amaral. Ò grande POETA, sinceramente anda a desiludir-me, depois daquela sua frase, "devemos a nossa liberdade aos Estados Unidos", essa sim, profunda reflexão, vem-me agora com estas "tretas" caseiras, com João Amaral no PC ou no PS, a nossa "romaria" nacional continuará. Ò EXCELSO POETA, DEBRUCE-SE MAIS SOBRE AS QUESTÕES QUE MAIS INTERESSAM A QUEM TRABALHA, SAÚDE, EMPREGO, SALÁRIOS, EDUCAÇÃO, ABORTO ETC. ETC. e já agora, VOCÊ é BENFIQUISTA, diga-me MEU POETA, CONTROI-SE OU NÃO A LUZ COM OS DINHEIROS DOS CONTRIBUINTES ?

2 de Fevereiro de 2002 às 16:12

A. Vaz

Bem pensado e bem escrito!

Infelizmente, muitos pensam o contrário...

2 de Fevereiro de 2002 às 09:00

hache ( areosapecas@netc.pt )

Ao Manuel Alegre já chamaram tudo de bom... O bom resistente, o bom militante, o bom poeta, a moral de esquerda do PS, enfim... o moralista que diz que o não é, e o paternalista que diz que nunca o foi. Graças à sua capacidade de escrever, nas mãos dele, até o cravo e a ferradura se entendem às mil maravilhas.

Continua a apostar nas mudanças - por dentro - como mostra o seu apego à vida política/parlamentar e goza da facilidade que tem em ser uma boa mulher-a-dias, procurando sempre aspirar a sua casa antes de varrer a porta do vizinho.

GAND MANEL, ELE HÁ RETÓRICAS LINDAS A LÊR...

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O combate de João Amaral

«João Amaral pagou pelo pior dos pecados: ousar pensar pela sua própria cabeça e ter projecção pública. A coragem intelectual e a autonomia de pensamento tornaram-se perigosas e quase incompatíveis com 'esses cemitérios sob a lua' que correm o risco de vir a tornar-se os partidos políticos. Está hoje em voga, nos partidos e fora deles, nomeadamente na comunicação social, um clima de suspeição e hostilidade em relação à opinião crítica, autónoma e livre.» É uma hipocrisia afirmar que o que se passa em cada partido só a esse partido diz respeito. Os partidos são a base da democracia. O que eles são tem consequências para além deles próprios e reflecte-se na nossa vida colectiva. Quando um partido afasta ou marginaliza pessoas de qualidade está a empobrecer a política, a democracia e o país. Seja o PS, o PCP, o PSD, o CDS/PP ou qualquer outro. Já em tempos manifestei por escrito a minha indignação contra campanhas persecutórias movidas contra Freitas do Amaral e Pacheco Pereira por gente medíocre dos respectivos partidos. Indignei-me quando, no último Congresso do PS, em que não participei, se inventou uma caça às bruxas e se tentou ostracizar militantes que fizeram críticas públicas, como Manuel Maria Carrilho, ou apresentaram moções alternativas, como Henrique Neto, ou propostas consideradas inoportunas, como a de Helena Roseta sobre a necessidade de retomar o problema da despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, que se tornou tristemente mais actual ainda com o julgamento da Maia. Carrilho continuou a ter uma projecção pública independente da sua situação no partido, Henrique Neto prosseguiu a sua vida de empresário com intervenções cívicas espaçadas, Helena Roseta foi eleita por larga maioria presidente da Ordem dos Arquitectos. Trata-se, em todos estes casos, de pessoas com uma existência autónoma e uma irradiação própria, com mais peso na opinião pública do que nos aparelhos dos respectivos partidos. Agora, como cidadão, como deputado e como homem de esquerda, não posso deixar de me indignar com o afastamento de João Amaral das listas do PCP. Dir-me-ão que não tenho nada a ver com as questões internas do PCP. Mas não me é indiferente a qualidade do Parlamento e da democracia. Portugal precisa de uma democracia baseada no mérito, não de um sistema de mediocridades subservientes aos aparelhos partidários. Alguém disse, por acaso Che Guevara, que devemos sentir na nossa própria cara a bofetada dada a outro homem. Eu sinto na minha pele a injustiça feita a João Amaral. A vida política fica mais pobre, o Parlamento fica mais triste, cada um de nós se sente diminuído com a ausência de alguém com a qualidade humana e política de João Amaral. Não é ao PCP que, em meu entender, ele faz falta. Faz falta à democracia, faz falta à política que ele tem procurado enobrecer, faz falta a Portugal. Não é com actos destes que se renova a esquerda, nem a política, nem a democracia. Como outros, em outros partidos, João Amaral pagou pelo pior dos pecados: ousar pensar pela sua própria cabeça e ter projecção pública. A coragem intelectual e a autonomia de pensamento tornaram-se perigosas e quase incompatíveis com «esses cemitérios sob a lua» que correm o risco de vir a tornar-se os partidos políticos. Está hoje em voga, nos partidos e fora deles, nomeadamente na comunicação social, um clima de suspeição e hostilidade em relação à opinião crítica, autónoma e livre. Um anti-intelectualismo que é sempre, como alguém escreveu, «um dos sinais mais evidentes da estupidez em marcha.» Estamos a pouco e pouco a voltar ao reino cadaveroso, contra o qual incansavelmente escreveu António Sérgio. Por isso o combate mais importante é contra os poderes instalados, contra os que estão sempre com quem manda, contra o politicamente correcto e contra os que, nos partidos ou nos «media», procuram impor a lógica do pensamento único. Ter ideias é arriscado. Mas poder-se-á viver sem ideias? A esta pergunta, feita, há mais de um século, por Antero de Quental, a nossa experiência actual mostra que não só é possível como, de certo modo, é quase uma condição de sobrevivência. Por isso eu disse na Convenção do PS que a renovação não se faz contra quem ousa pensar, nem com uma guerra entre gerações, a renovação faz-se com ideias, com projectos, com causas. Faz-se contra o autismo, a acomodação e o unanimismo. Faz-se com um novo espírito de insubmissão e rebeldia, contra o que está mal na sociedade e contra o que está mal dentro de nós. É também esse, no partido a que pertence e continuará a pertencer, o combate de João Amaral. Por isso a sua causa é a causa de todos aqueles que no PCP, no PS, noutros partidos ou fora deles, não se curvam ao cinzentismo dos aparelhos e das mediocridades, nem se resignam à vida vidinha e a uma política sem grandeza e sem alma.

COMENTÁRIOS AO ARTIGO

6 comentários 1 a 6

6 de Fevereiro de 2002 às 17:51

ramos18 ( jrcontreiras@netcabo.pt )

PARABÉNS a Manuel Alegre pelo excelente e oportuno artigo.

Você continua a ser grande como político como o é como Poeta.

Se alguns oportunistas se esqueceram da sua luta pela Democracia,a maioria dos portugueses que o conhecem estimam-no muito. Continue porque a Democracia precisa da sua VOZ e do seu PENSAMENTO.FORÇA! Você é uma referência da Luta Contra a Ditadura,da Democracia e da Liberdade.

2 de Fevereiro de 2002 às 20:47

Kostas Kalimera ( kkalimera@hotmail.com )

Nas últimas eleições legislativas, O Manuel Alegre foi cabeça de lista do PS por Coimbra.

Fez campanha contra a incineração. Apelou aos eleitores de Coimbra para votarem em si porque era contra a incineração.

Evidentemente, não teve o cuidado de esclarecer que não era essa a posição do governo do seu partido, o governo de Guterres e Ferro Rodrigues, que sempre Manuel Alegre apoiou nos momentos decisivos, para lá de todas as palavras.

Hoje, já se sabe a imensa trapalhada em que a incineração se transformou.

Seria de esperar pois que agora, que de novo vai haver eleições, o Manuel Alegre tivesse a honradez de se apresentar de novo perante os eleitores que o elegeram para, no mínimo, explicar o que fez com o apoio que lhes pediu e que eles confiadamente lhe deram!

Mas não foi isso que o Manuel Alegre fez! O que fez foi fugir para as listas de Lisboa! Fugiu dos eleitores de Coimbra, fugiu para evitar a avaliação que estes eleitores agora fariam de si.

Fugiu...

"Afastar" certas pessoas pode ser empobrecedor para a democracia.

Manter certas pessoas pode sê-lo ainda mais.

As palavras, Manuel Alegre, têm valor! Assim se pensa no PCP! As palavras têm de ser respeitadas. A acção tem de estar de acordo com a palavra! A coerência é um valor!

Valores, é do que a vida politica portuguesa precisa. Valores! Será que no PS conseguem compreender isto? Tenho as minhas dúvidas!

2 de Fevereiro de 2002 às 18:24

ATony ( ac8@clix.pt )

Ja sao decorridos alguns anos, pois o que a frente vou dizer decorreu em 1976, salvo erro, quando o Dr. Mario Soares era 1o. Ministro e Manuel Alegre se encintrava no governo, assim como o Eng. Barreto era Ministro da Agricultura.

Apesar de o odiar, concordo com o que escreve, mas nada tem a ver com o que diz e ou disse. Nessa altura eu fui protogonista e como tal ouvi o que por esse politico foi dito.

Numa das visitas politicas, em comitiva governamental, ao Alentejo e ao contrario do que esperavam, os Srs politicos, comecando pelo 1o. Ministro, foram enchuvalhados, mas nao pelo comunistas, a que esse poeta reagiu incorrectamente e valeu-lhe a interferencia de um grande Senhor, o Sr. Eng. Barreto.

Sim foi esse que teve a ombridade de vir falar conosco e inclusivel beber ao balcao do cafe.

Esse Manuel Alegre e anti-democratico, como alias os comunistas e esta a preparar a cama para o Sr. Joao Amaral se deitar, mas no PS.

Manuel Alegre, como muitos outros so esta a pensar na reforma, por todos nos paga, depois de uns aninhos mais como deputado e esta a ver que o seu amigo a vai perder, mas deite-lhe a mao e ponha-o numa lista do PS.

2 de Fevereiro de 2002 às 16:52

lixado

Olha, Olha, O GRANDE POETA E PENSADOR ALEGRE, desce à terra e debruça-se sobre as quezilias "pcianas", melhor dizendo, faz o elogio de João Amaral. Ò grande POETA, sinceramente anda a desiludir-me, depois daquela sua frase, "devemos a nossa liberdade aos Estados Unidos", essa sim, profunda reflexão, vem-me agora com estas "tretas" caseiras, com João Amaral no PC ou no PS, a nossa "romaria" nacional continuará. Ò EXCELSO POETA, DEBRUCE-SE MAIS SOBRE AS QUESTÕES QUE MAIS INTERESSAM A QUEM TRABALHA, SAÚDE, EMPREGO, SALÁRIOS, EDUCAÇÃO, ABORTO ETC. ETC. e já agora, VOCÊ é BENFIQUISTA, diga-me MEU POETA, CONTROI-SE OU NÃO A LUZ COM OS DINHEIROS DOS CONTRIBUINTES ?

2 de Fevereiro de 2002 às 16:12

A. Vaz

Bem pensado e bem escrito!

Infelizmente, muitos pensam o contrário...

2 de Fevereiro de 2002 às 09:00

hache ( areosapecas@netc.pt )

Ao Manuel Alegre já chamaram tudo de bom... O bom resistente, o bom militante, o bom poeta, a moral de esquerda do PS, enfim... o moralista que diz que o não é, e o paternalista que diz que nunca o foi. Graças à sua capacidade de escrever, nas mãos dele, até o cravo e a ferradura se entendem às mil maravilhas.

Continua a apostar nas mudanças - por dentro - como mostra o seu apego à vida política/parlamentar e goza da facilidade que tem em ser uma boa mulher-a-dias, procurando sempre aspirar a sua casa antes de varrer a porta do vizinho.

GAND MANEL, ELE HÁ RETÓRICAS LINDAS A LÊR...

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