Manuel Alegre considera Mercedes "excessivo"

09-06-2001
marcar artigo

Manuel Alegre Considera Mercedes "Excessivo"

Sábado, 9 de Junho de 2001

Socialista confiou em Mota Amaral

"O exemplo deve vir de cima", diz o deputado, que não conduz e afirma não perceber nada de carros

Manuel Alegre, vice-presidente da Assembleia da República, explicou ontem ao PÚBLICO que rejeitou o Mercedes que lhe foi atribuído por considerar que é um "carro desmesurado em relação às funções". O deputado socialista justifica assim o facto de não querer o Mercedes E 320 Elegance que foi comprado para cada um dos vice-presidentes (ver PÚBLICO de ontem).

"Trata-se aqui de uma questão de princípio", garante Alegre, acrescentando o carro ainda se torna mais excessivo quando se fala em reduzir a despesa. "O exemplo deve vir de cima", diz o deputado, que não conduz e afirma não perceber nada de carros: "Nunca me apercebi de que modelo era, preferi sempre um carro mais discreto e mais barato." Os carros foram comprados por decisão do Conselho de Administração (CA) da AR, mas depois de ouvidos os vice-presidentes, tendo o social-democrata Mota Amaral servido de intermediário entre o CA e os restantes vices: Alegre, João Amaral e Narana Coissoró.

O CA aprovou a compra de Mercedes E 270 a diesel, mas dois dias depois Mota Amaral enviou uma carta à secretária-geral da AR em que transmite a preferência pelo modelo E 320 Elegance a gasolina. Uma opção que não foi posta em causa por nenhum dos outros vices e até foi confirmada pelo gabinete de Manuel Alegre. "É verdade que não me opus. Confiei no dr. Mota Amaral", reconhece Alegre, que, no entanto, quando viu o carro considerou-o excessivo, sobretudo para andar todos os dias.

"O carro é digno para as funções de Estado, mas não para o dia a dia", disse ainda este vice-presidente, para quem poderia fazer sentido os vice-presidentes terem para os quatro apenas um Mercedes daqueles, que usariam sempre que estivessem a substituir o presidente da AR. Contudo, os carros atribuídos aos vice-presidentes são-no para o dia a dia, ou seja não são apenas carros de serviço, são carros para todo o serviço. Por isso, conclui, "para o dia a dia é desproporcionado, é excessivo ter um carro daqueles".

E.L.

Manuel Alegre Considera Mercedes "Excessivo"

Sábado, 9 de Junho de 2001

Socialista confiou em Mota Amaral

"O exemplo deve vir de cima", diz o deputado, que não conduz e afirma não perceber nada de carros

Manuel Alegre, vice-presidente da Assembleia da República, explicou ontem ao PÚBLICO que rejeitou o Mercedes que lhe foi atribuído por considerar que é um "carro desmesurado em relação às funções". O deputado socialista justifica assim o facto de não querer o Mercedes E 320 Elegance que foi comprado para cada um dos vice-presidentes (ver PÚBLICO de ontem).

"Trata-se aqui de uma questão de princípio", garante Alegre, acrescentando o carro ainda se torna mais excessivo quando se fala em reduzir a despesa. "O exemplo deve vir de cima", diz o deputado, que não conduz e afirma não perceber nada de carros: "Nunca me apercebi de que modelo era, preferi sempre um carro mais discreto e mais barato." Os carros foram comprados por decisão do Conselho de Administração (CA) da AR, mas depois de ouvidos os vice-presidentes, tendo o social-democrata Mota Amaral servido de intermediário entre o CA e os restantes vices: Alegre, João Amaral e Narana Coissoró.

O CA aprovou a compra de Mercedes E 270 a diesel, mas dois dias depois Mota Amaral enviou uma carta à secretária-geral da AR em que transmite a preferência pelo modelo E 320 Elegance a gasolina. Uma opção que não foi posta em causa por nenhum dos outros vices e até foi confirmada pelo gabinete de Manuel Alegre. "É verdade que não me opus. Confiei no dr. Mota Amaral", reconhece Alegre, que, no entanto, quando viu o carro considerou-o excessivo, sobretudo para andar todos os dias.

"O carro é digno para as funções de Estado, mas não para o dia a dia", disse ainda este vice-presidente, para quem poderia fazer sentido os vice-presidentes terem para os quatro apenas um Mercedes daqueles, que usariam sempre que estivessem a substituir o presidente da AR. Contudo, os carros atribuídos aos vice-presidentes são-no para o dia a dia, ou seja não são apenas carros de serviço, são carros para todo o serviço. Por isso, conclui, "para o dia a dia é desproporcionado, é excessivo ter um carro daqueles".

E.L.

marcar artigo