Falta vontade para combater a tuberculose

12-03-2001
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PSD critica o Governo e propõe medidas

Falta Vontade para Combater a Tuberculose

Quinta-feira, 7 de Dezembro de 2000

Há "falta de vontade política" para combater a tuberculose, acusa o PSD, que pretende pressionar o Governo a agir através de um conjunto de recomendações que hoje apresenta no Parlamento. A Direcção-Geral de Saúde (DGS) antecipou-se e anunciou ontem que durante o próximo ano será reforçado o programa de detecção e tratamento da doença junto de alguns dos principais grupos de risco.

Numa reunião com jornalistas, o responsável pelo núcleo da tuberculose na DGS, Fonseca Antunes, lembrou que Portugal tem um dos melhores sistemas de notificação da doença - detecta 83 por cento dos casos estimados, enquanto Espanha notifica apenas 18 por cento - e um programa no terreno que tem permitido aumentar a taxa de cura da doença. Apesar de reconhecer que a situação da tuberculose em Portugal "não é muito agradável - 4552 novos casos em 1999 -, Fonseca Antunes afirma que o número de casos é estacionário e que a taxa de cura "tem evoluído muito favoravelmente, situando-se nos 82 por cento". Para aumentar a cura entre os grupos de risco - toxicodependentes e reclusos -, a DGS quer pôr em marcha acções específicas, como o aumento da toma dos medicamentos observada por profissionais e o reforço ao controlo da população prisional.

Para o PSD, as respostas que o Governo tem dado a este problema "são insuficientes". Por isso recomenda "medidas urgentes", como a criação de uma rede com cobertura nacional de cuidados específicos, uma rede dotada de mais meios para os cuidados domiciliários, para o rastreio e para a boa aplicação dos esquemas curtos de toma observada directamente. O PSD defende também um programa sério de combate à doença com o "aumento dos recursos humanos e meios técnicos dos centros de diagnóstico pneumológico, com atenção particular às zonas de maior incidência".

A deputada socialista Luísa Portugal diz que a sua bancada só viabilizará a proposta com "algumas alterações". O aumento dos recursos humanos é uma reivindicação com "falta de rigor", face à carência de profissionais, afirma. Outras propostas que não fazem "muito sentido" são a criação de mais equipas de rastreio a populações de risco, como imigrantes, toxicodependentes e reclusos.

PSD critica o Governo e propõe medidas

Falta Vontade para Combater a Tuberculose

Quinta-feira, 7 de Dezembro de 2000

Há "falta de vontade política" para combater a tuberculose, acusa o PSD, que pretende pressionar o Governo a agir através de um conjunto de recomendações que hoje apresenta no Parlamento. A Direcção-Geral de Saúde (DGS) antecipou-se e anunciou ontem que durante o próximo ano será reforçado o programa de detecção e tratamento da doença junto de alguns dos principais grupos de risco.

Numa reunião com jornalistas, o responsável pelo núcleo da tuberculose na DGS, Fonseca Antunes, lembrou que Portugal tem um dos melhores sistemas de notificação da doença - detecta 83 por cento dos casos estimados, enquanto Espanha notifica apenas 18 por cento - e um programa no terreno que tem permitido aumentar a taxa de cura da doença. Apesar de reconhecer que a situação da tuberculose em Portugal "não é muito agradável - 4552 novos casos em 1999 -, Fonseca Antunes afirma que o número de casos é estacionário e que a taxa de cura "tem evoluído muito favoravelmente, situando-se nos 82 por cento". Para aumentar a cura entre os grupos de risco - toxicodependentes e reclusos -, a DGS quer pôr em marcha acções específicas, como o aumento da toma dos medicamentos observada por profissionais e o reforço ao controlo da população prisional.

Para o PSD, as respostas que o Governo tem dado a este problema "são insuficientes". Por isso recomenda "medidas urgentes", como a criação de uma rede com cobertura nacional de cuidados específicos, uma rede dotada de mais meios para os cuidados domiciliários, para o rastreio e para a boa aplicação dos esquemas curtos de toma observada directamente. O PSD defende também um programa sério de combate à doença com o "aumento dos recursos humanos e meios técnicos dos centros de diagnóstico pneumológico, com atenção particular às zonas de maior incidência".

A deputada socialista Luísa Portugal diz que a sua bancada só viabilizará a proposta com "algumas alterações". O aumento dos recursos humanos é uma reivindicação com "falta de rigor", face à carência de profissionais, afirma. Outras propostas que não fazem "muito sentido" são a criação de mais equipas de rastreio a populações de risco, como imigrantes, toxicodependentes e reclusos.

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