DN

13-08-2001
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Felizmente, comigo, não houve nada disto. Depois de dois magníficos voos na TAP e na Royal Air Maroc aterrei em Tânger onde fui recebido pelo simpático Talha e pelo não menos simpático (e popular) Mohammed (ambos os nomes se pronunciam com o agá bem aspirado) que me levaram a um excelente hotel, o "Mõvenpick Casino", mesmo em cima do Mediterrâneo - estava uma claridade tal, que quase dava para ver os Tomates (o Gigi, menos). Após o "check-in", levaram-me a dar uma volta pelo Kasbah, onde dei com uma rua muito antiga - como tudo aquilo à volta - que tem o nome do poeta Ibn Abbou, pois os marroquinos, ao contrário de quem governa os portugueses, prezam muito os seus poetas: o recente e inqualificável caso envolvendo a obra e a figura de Luís Vaz não me parece que fosse possível por aquelas paragens. E lá vi a antiga casa do sultão e o restauro que estão a fazer do piso, e uma outra de um herói morto em combate em 1921 (com os espanhóis), e um sítio fascinante, o "Café Hafa", construído em escada sobre uma encosta debruçada para o mar, onde pára tudo quanto é artista, de cujas mesas se avistam (agora é a sério) os altos montes andaluzes - o pior é aquele vício de não se servirem bebidas alcoólicas (só chá de hortelã e sumos), o que faz uma sede danada. Lá me contentei com um copo de água fresca e a imagem divertida dos empregados a transportarem aquela chazada toda nuns "galheteiros" gigantes e um velhinho a vender amendoins ("cacahuetes") quentes! Acabei por jantar no hotel, num internacional "Le Paradisier", com um "chef" conhecedor (e encantador) e uns vinhos de Bordéus que não vos digo nada...

No Sábado, em Arzila, as perspectivas foram muito mais risonhas. A começar no local que nos destinaram para o concerto os organizadores do Festival Internacional de Música de Asilah (que teve a sua 1ª edição há 23 anos): "Palais de la Culture", um antigo palácio árabe, com uma acústica de tal ordem que tivemos que retirar a aparelhagem sonora - a pedido da numerosa e atenta assistência - para cantarmos e tocarmos (eu, a Maria Ana Bobone, o Jaime Santos Jr., na viola, o Fernando Silva, na guitarra, e o Filipe Vaz da Silva, no baixo) ao "natural". Lá conseguimos pôr os nossos amigos marroquinos (e não só) a cantarolarem o "Fado do Estudante" e o "São João Bonito". Foi muito bonito.

Entre o ensaio e o espectáculo, houve tempo para um esplêndido jantar, a conselho dos inevitáveis Talha e Mohammed, na esplanada do "Casa Pepe", praticamente em cima da rua (pejada de gente bem disposta) e de frente para a bela muralha portuguesa, recentemente restaurada pela Fundação Gulbenkian. O amabilíssimo dono do restaurante, Pepe Jimenez Ribas (natural de Asilah), deu-me, inclusive, uma fotografia da casa, tirada em 1914, quando o seu pai, um espanhol, a inaugurou. Peixe muito bom, umas lagostinhas com óptimo preço, com umas "Cruz Campo" geladinhas, mais uns tintos franceses e a SaÍda a servir tudo! E o resto, umas "Amarguinhas" bem lusitanas que o amigo Pepe nos ofereceu. Admito que Arzila me dava calafrios. Asilah é bem melhor.

ONLINE: TAP Air Portugal: ninguém me diga mal da nossa transportadora aérea. Nos últimos dias, voei em 3 companhias e foi com a TAP que tive melhores voos, melhores aterragens e melhor serviço. E as outras duas são de 1.ª categoria!

OFFLINE: 1.ª Jornada da I Liga: Então, nesta temporada vamos confiar nos árbitros, vamos assobiar e olhar pr lado (nas más arbitragens), e é logo este charivari a abrir? Ou essas recomendações só servem para os sportinguistas? A propósito, pouco a reprovar a Lucílio ou a Leirós na estupenda vitória dos "leões". Antes pelo contrário.

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Felizmente, comigo, não houve nada disto. Depois de dois magníficos voos na TAP e na Royal Air Maroc aterrei em Tânger onde fui recebido pelo simpático Talha e pelo não menos simpático (e popular) Mohammed (ambos os nomes se pronunciam com o agá bem aspirado) que me levaram a um excelente hotel, o "Mõvenpick Casino", mesmo em cima do Mediterrâneo - estava uma claridade tal, que quase dava para ver os Tomates (o Gigi, menos). Após o "check-in", levaram-me a dar uma volta pelo Kasbah, onde dei com uma rua muito antiga - como tudo aquilo à volta - que tem o nome do poeta Ibn Abbou, pois os marroquinos, ao contrário de quem governa os portugueses, prezam muito os seus poetas: o recente e inqualificável caso envolvendo a obra e a figura de Luís Vaz não me parece que fosse possível por aquelas paragens. E lá vi a antiga casa do sultão e o restauro que estão a fazer do piso, e uma outra de um herói morto em combate em 1921 (com os espanhóis), e um sítio fascinante, o "Café Hafa", construído em escada sobre uma encosta debruçada para o mar, onde pára tudo quanto é artista, de cujas mesas se avistam (agora é a sério) os altos montes andaluzes - o pior é aquele vício de não se servirem bebidas alcoólicas (só chá de hortelã e sumos), o que faz uma sede danada. Lá me contentei com um copo de água fresca e a imagem divertida dos empregados a transportarem aquela chazada toda nuns "galheteiros" gigantes e um velhinho a vender amendoins ("cacahuetes") quentes! Acabei por jantar no hotel, num internacional "Le Paradisier", com um "chef" conhecedor (e encantador) e uns vinhos de Bordéus que não vos digo nada...

No Sábado, em Arzila, as perspectivas foram muito mais risonhas. A começar no local que nos destinaram para o concerto os organizadores do Festival Internacional de Música de Asilah (que teve a sua 1ª edição há 23 anos): "Palais de la Culture", um antigo palácio árabe, com uma acústica de tal ordem que tivemos que retirar a aparelhagem sonora - a pedido da numerosa e atenta assistência - para cantarmos e tocarmos (eu, a Maria Ana Bobone, o Jaime Santos Jr., na viola, o Fernando Silva, na guitarra, e o Filipe Vaz da Silva, no baixo) ao "natural". Lá conseguimos pôr os nossos amigos marroquinos (e não só) a cantarolarem o "Fado do Estudante" e o "São João Bonito". Foi muito bonito.

Entre o ensaio e o espectáculo, houve tempo para um esplêndido jantar, a conselho dos inevitáveis Talha e Mohammed, na esplanada do "Casa Pepe", praticamente em cima da rua (pejada de gente bem disposta) e de frente para a bela muralha portuguesa, recentemente restaurada pela Fundação Gulbenkian. O amabilíssimo dono do restaurante, Pepe Jimenez Ribas (natural de Asilah), deu-me, inclusive, uma fotografia da casa, tirada em 1914, quando o seu pai, um espanhol, a inaugurou. Peixe muito bom, umas lagostinhas com óptimo preço, com umas "Cruz Campo" geladinhas, mais uns tintos franceses e a SaÍda a servir tudo! E o resto, umas "Amarguinhas" bem lusitanas que o amigo Pepe nos ofereceu. Admito que Arzila me dava calafrios. Asilah é bem melhor.

ONLINE: TAP Air Portugal: ninguém me diga mal da nossa transportadora aérea. Nos últimos dias, voei em 3 companhias e foi com a TAP que tive melhores voos, melhores aterragens e melhor serviço. E as outras duas são de 1.ª categoria!

OFFLINE: 1.ª Jornada da I Liga: Então, nesta temporada vamos confiar nos árbitros, vamos assobiar e olhar pr lado (nas más arbitragens), e é logo este charivari a abrir? Ou essas recomendações só servem para os sportinguistas? A propósito, pouco a reprovar a Lucílio ou a Leirós na estupenda vitória dos "leões". Antes pelo contrário.

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