Severiano garante subsídios em Janeiro

19-10-2000
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Ministro acalma associações profissionais da PSP

Severiano Garante Subsídios em Janeiro

Por RICARDO DIAS FELNER

Sábado, 14 de Outubro de 2000

O Governo comprometeu-se a começar a pagar em Janeiro do próximo ano os subsídios de turno e de piquete aos agentes da PSP, após uma reunião realizada ontem entre a Associação Socio-Profissional de Polícia (ASPP) e o novo ministro da Administração Interna (MAI), Nuno Severiano Teixeira.

O ministro adiantou que a regulamentação da lei que consagra o suplemento de turno e piquete (aprovada o ano passado) "vai avançar o mais rapidamente possível, por forma a poder ser pago no princípio do próximo ano".

Resta saber quais serão os valores desses suplementos. A ASPP não quis, por agora, reclamar um montante. Mas Alberto Torres, presidente da associação, afirma que os subsídios deverão ter em conta o que é pago à administração pública nestes casos: ou seja, não poderão andar muito longe dos 25, 30 contos por mês.

O secretário de Estado da Administração Interna, Luís Patrão, enalteceu o "esforço financeiro do Governo, sem paralelo em nenhum outro ministério", para satisfazer as reclamações da PSP relativamente aos suplementos. Luís Patrão referiu ao PÚBLICO que a verba concedida ao MAI para o pagamento dos subsídios só se explica pelo facto de existir um novo ministro, tratando-se de uma prova de "solidariedade" para quem se inicia no Governo e precisa de "uma boa base de trabalho para começar bem". De acordo com o secretário de Estado, espera-se agora que este reforço financeiro signifique um acrescento de "motivação e de estímulo nos momentos mais difíceis dos agentes da PSP, como é, por exemplo, o trabalho nocturno".

Sindicato para breve

Outro dos assuntos que esteve ontem em cima da mesa foi a questão sindical da PSP. De acordo com Alberto Torres, o ministro comprometeu-se a pressionar o agendamento da discussão e aprovação das propostas de lei sindical do PS e do PCP na Assembleia da República (AR), desde que as associações sócio-profissionais da PSP considerem ser o "momento oportuno". Luís Patrão frisou que só falta praticamente a anuência do PSD para que esteja garantida a aprovação da lei no Parlamento.

As alterações ao Regulamento Disciplinar da PSP - que, de acordo com Severiano Teixeira, será revisto depois de aprovado o Código Deontológico da PSP -, a alteração do Regulamento de Esquadras e Postos e do Regulamento de Honras Militares, diplomas que estão em estudo na Direcção Nacional da polícia, foram também debatidos.

Quanto a este último tema, Alberto Torres afirmou que o entendimento da ASPP é de que o Regulamento de Honras Militares "deve ser eliminado, uma vez que não se ajusta a uma polícia totalmente civil como é a PSP". Da reunião com o MAI, a delegação da ASPP saiu ainda com a garantia de que

o seguro de acidentes pessoais dos profissionais da PSP (já garantido pelo

secretário de Estado da Administração Interna no princípio do ano) está em

fase final e deverá entrar em vigor a curto prazo. Será também revisto o

Sistema de Saúde da PSP para uma melhor utilização destes serviços e uma

melhor gestão dos meios financeiros.

Luís Patrão fez questão de sublinhar não ter estado presente na reunião com a outra associação profissional da PSP recebida pelo ministro, a Associação de Profissionais da Polícia, como forma de protesto para com algumas declarações ofensivas e desleais de alguns dos seus dirigentes.

Ricardo Dias Felner

Ministro acalma associações profissionais da PSP

Severiano Garante Subsídios em Janeiro

Por RICARDO DIAS FELNER

Sábado, 14 de Outubro de 2000

O Governo comprometeu-se a começar a pagar em Janeiro do próximo ano os subsídios de turno e de piquete aos agentes da PSP, após uma reunião realizada ontem entre a Associação Socio-Profissional de Polícia (ASPP) e o novo ministro da Administração Interna (MAI), Nuno Severiano Teixeira.

O ministro adiantou que a regulamentação da lei que consagra o suplemento de turno e piquete (aprovada o ano passado) "vai avançar o mais rapidamente possível, por forma a poder ser pago no princípio do próximo ano".

Resta saber quais serão os valores desses suplementos. A ASPP não quis, por agora, reclamar um montante. Mas Alberto Torres, presidente da associação, afirma que os subsídios deverão ter em conta o que é pago à administração pública nestes casos: ou seja, não poderão andar muito longe dos 25, 30 contos por mês.

O secretário de Estado da Administração Interna, Luís Patrão, enalteceu o "esforço financeiro do Governo, sem paralelo em nenhum outro ministério", para satisfazer as reclamações da PSP relativamente aos suplementos. Luís Patrão referiu ao PÚBLICO que a verba concedida ao MAI para o pagamento dos subsídios só se explica pelo facto de existir um novo ministro, tratando-se de uma prova de "solidariedade" para quem se inicia no Governo e precisa de "uma boa base de trabalho para começar bem". De acordo com o secretário de Estado, espera-se agora que este reforço financeiro signifique um acrescento de "motivação e de estímulo nos momentos mais difíceis dos agentes da PSP, como é, por exemplo, o trabalho nocturno".

Sindicato para breve

Outro dos assuntos que esteve ontem em cima da mesa foi a questão sindical da PSP. De acordo com Alberto Torres, o ministro comprometeu-se a pressionar o agendamento da discussão e aprovação das propostas de lei sindical do PS e do PCP na Assembleia da República (AR), desde que as associações sócio-profissionais da PSP considerem ser o "momento oportuno". Luís Patrão frisou que só falta praticamente a anuência do PSD para que esteja garantida a aprovação da lei no Parlamento.

As alterações ao Regulamento Disciplinar da PSP - que, de acordo com Severiano Teixeira, será revisto depois de aprovado o Código Deontológico da PSP -, a alteração do Regulamento de Esquadras e Postos e do Regulamento de Honras Militares, diplomas que estão em estudo na Direcção Nacional da polícia, foram também debatidos.

Quanto a este último tema, Alberto Torres afirmou que o entendimento da ASPP é de que o Regulamento de Honras Militares "deve ser eliminado, uma vez que não se ajusta a uma polícia totalmente civil como é a PSP". Da reunião com o MAI, a delegação da ASPP saiu ainda com a garantia de que

o seguro de acidentes pessoais dos profissionais da PSP (já garantido pelo

secretário de Estado da Administração Interna no princípio do ano) está em

fase final e deverá entrar em vigor a curto prazo. Será também revisto o

Sistema de Saúde da PSP para uma melhor utilização destes serviços e uma

melhor gestão dos meios financeiros.

Luís Patrão fez questão de sublinhar não ter estado presente na reunião com a outra associação profissional da PSP recebida pelo ministro, a Associação de Profissionais da Polícia, como forma de protesto para com algumas declarações ofensivas e desleais de alguns dos seus dirigentes.

Ricardo Dias Felner

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