PSD viabiliza sem impor condições

15-07-2001
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PSD Viabiliza Sem Impor Condições

Por EUNICE LOURENÇO

Sexta-feira, 22 de Junho de 2001

Marques Mendes contra

Durão Barroso anunciou que vai propor revogação da tributação sobre as mais-valias

O PSD não vai impor condições para a viabilização do orçamento rectificativo, que será discutido e votado no próximo dia 29. Ontem, à saída da reunião com o seu grupo parlamentar, o presidente do PSD, Durão Barroso, anunciou que, na especialidade, irá propor a revogação da tributação sobre as mais-valias, mas questionado sobre se fará depender dessa revogação a viabilização do rectificativo, respondeu que não. "Não estamos a negociar com o Governo o orçamento rectificativo. Vamos votá-lo de acordo com o interesse nacional", acrescentou o presidente do PSD, para quem a demissão de Pina Moura é "essencial" porque será "uma forma de dar confiança à economia".

Na reunião do grupo parlamentar, a única voz a levantar-se contra a estratégia de viabilização adoptada pelo partido foi o ex-líder parlamentar Luís Marques Mendes, defendendo que existem três razões para não viabilizar este orçamento: a coerência, uma vez que o partido votou contra o Orçamento do Estado; a credibilidade, porque este acto descredibiliza o discurso de forte oposição ao Governo; o interesse nacional, porque é contra esse interesse manter o clima de pântano e indefinição.

A estratégia oficial do partido é desvalorizar o rectificativo, considerando-o um mero exercício de tesouraria. Como defendeu Manuela Ferreira Leite, tanto na reunião com os deputados, como em declarações aos jornalistas, o PSD estaria a fazer um favor ao Governo era se chumbasse o rectificativo, porque aí o Executivo poderia dizer aos credores que não lhes paga porque a oposição não deixa. "Temos o dever de ajudar as vítimas deste orçamento. Os credores do Estado não têm culpa de este Orçamento do Estado ter sido votado", justificou Ferreira Leite, acrescentando que este "é um ponto que merece a ponderação de um partido como o PSD que, obviamente, é o próximo governo".

PSD Viabiliza Sem Impor Condições

Por EUNICE LOURENÇO

Sexta-feira, 22 de Junho de 2001

Marques Mendes contra

Durão Barroso anunciou que vai propor revogação da tributação sobre as mais-valias

O PSD não vai impor condições para a viabilização do orçamento rectificativo, que será discutido e votado no próximo dia 29. Ontem, à saída da reunião com o seu grupo parlamentar, o presidente do PSD, Durão Barroso, anunciou que, na especialidade, irá propor a revogação da tributação sobre as mais-valias, mas questionado sobre se fará depender dessa revogação a viabilização do rectificativo, respondeu que não. "Não estamos a negociar com o Governo o orçamento rectificativo. Vamos votá-lo de acordo com o interesse nacional", acrescentou o presidente do PSD, para quem a demissão de Pina Moura é "essencial" porque será "uma forma de dar confiança à economia".

Na reunião do grupo parlamentar, a única voz a levantar-se contra a estratégia de viabilização adoptada pelo partido foi o ex-líder parlamentar Luís Marques Mendes, defendendo que existem três razões para não viabilizar este orçamento: a coerência, uma vez que o partido votou contra o Orçamento do Estado; a credibilidade, porque este acto descredibiliza o discurso de forte oposição ao Governo; o interesse nacional, porque é contra esse interesse manter o clima de pântano e indefinição.

A estratégia oficial do partido é desvalorizar o rectificativo, considerando-o um mero exercício de tesouraria. Como defendeu Manuela Ferreira Leite, tanto na reunião com os deputados, como em declarações aos jornalistas, o PSD estaria a fazer um favor ao Governo era se chumbasse o rectificativo, porque aí o Executivo poderia dizer aos credores que não lhes paga porque a oposição não deixa. "Temos o dever de ajudar as vítimas deste orçamento. Os credores do Estado não têm culpa de este Orçamento do Estado ter sido votado", justificou Ferreira Leite, acrescentando que este "é um ponto que merece a ponderação de um partido como o PSD que, obviamente, é o próximo governo".

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