EXPRESSO: Economia

25-11-2001
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Marques Mendes reivindica extinção do IPE

LUÍS Marques Mendes reivindica a extinção da «holding» estatal Investimentos e Participações Empresariais (IPE), por razões de lógica política e de racionalidade económica. No que diz respeito às razões de lógica política, o antigo ministro de Cavaco Silva refere que o Estado deve ser regulador da actividade económica e fiscalizador do cumprimento das regras de sã concorrência. «Não pode é ser árbitro e jogador ao mesmo tempo», afirma.

Marques Mendes garante que há uma «completa ausência de estratégia». E adianta: «Por um lado, assiste-se à privatização de algumas empresas, diminuindo o peso do Estado na economia. Por outro, vê-se o IPE alargar a sua área de influência e o número de empresas em que participa». Na opinião do deputado do PSD, «esta expansão surge ao arrepio da filosofia de liberalização dos mercados recomendada pela União Europeia. O Conselho Europeu de Lisboa de 2000 recomendou mesmo aos Estados-membros que antecipassem essa liberalização».

Já no que se refere às razões de racionalidade económica, Marques Mendes garante que o IPE está a comportar-se como «um elemento perturbador do mercado». É que a existência do IPE significa que «o Estado funciona com estatuto de empresário, mas com capitais públicos. Ora, a lógica do Estado patrão é absurda nos dias de hoje». Na opinião de Marques Mendes, «o IPE só existe por razões clientelares e é uma espécie de Bloco Central dos gestores, que ali encontram colocação quando estão desempregados». A «culpa não é, naturalmente, dos gestores, mas da política governamental», refere. Em 1995, o IPE tinha emagrecido e estava pronto a ser extinto, mas de então para cá «assistiu-se ao seu alargamento e expansão e não me surpreenderá que o próximo passo seja dado na área da Saúde».

Marques Mendes conclui que «não vale a pena corrigir ilegalidades, que dão uma péssima imagem do Estado, se se mantêm as condições para que elas venham a repetir-se». Para ele, «as irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas são apenas uma consequência da situação. A única solução é extirpar o mal pela raiz». Por isso, «desafio o Governo a extinguir o IPE».

Marques Mendes reivindica extinção do IPE

LUÍS Marques Mendes reivindica a extinção da «holding» estatal Investimentos e Participações Empresariais (IPE), por razões de lógica política e de racionalidade económica. No que diz respeito às razões de lógica política, o antigo ministro de Cavaco Silva refere que o Estado deve ser regulador da actividade económica e fiscalizador do cumprimento das regras de sã concorrência. «Não pode é ser árbitro e jogador ao mesmo tempo», afirma.

Marques Mendes garante que há uma «completa ausência de estratégia». E adianta: «Por um lado, assiste-se à privatização de algumas empresas, diminuindo o peso do Estado na economia. Por outro, vê-se o IPE alargar a sua área de influência e o número de empresas em que participa». Na opinião do deputado do PSD, «esta expansão surge ao arrepio da filosofia de liberalização dos mercados recomendada pela União Europeia. O Conselho Europeu de Lisboa de 2000 recomendou mesmo aos Estados-membros que antecipassem essa liberalização».

Já no que se refere às razões de racionalidade económica, Marques Mendes garante que o IPE está a comportar-se como «um elemento perturbador do mercado». É que a existência do IPE significa que «o Estado funciona com estatuto de empresário, mas com capitais públicos. Ora, a lógica do Estado patrão é absurda nos dias de hoje». Na opinião de Marques Mendes, «o IPE só existe por razões clientelares e é uma espécie de Bloco Central dos gestores, que ali encontram colocação quando estão desempregados». A «culpa não é, naturalmente, dos gestores, mas da política governamental», refere. Em 1995, o IPE tinha emagrecido e estava pronto a ser extinto, mas de então para cá «assistiu-se ao seu alargamento e expansão e não me surpreenderá que o próximo passo seja dado na área da Saúde».

Marques Mendes conclui que «não vale a pena corrigir ilegalidades, que dão uma péssima imagem do Estado, se se mantêm as condições para que elas venham a repetir-se». Para ele, «as irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas são apenas uma consequência da situação. A única solução é extirpar o mal pela raiz». Por isso, «desafio o Governo a extinguir o IPE».

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