PSD defende venda da RTP2

06-03-2002
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A proposta

PSD Defende Venda da RTP2

Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2002 Tirar a publicidade da RTP 1, vender, em concurso público, a RTP 2, e extinguir a Portugal Global, "holding" do Estado que agrupa a RTP, RDP e a agência noticiosa Lusa, são algumas das medidas que o PSD ontem defendeu, na Assembleia da República. Impedido de fazer um debate de urgência sobre a TV pública, este partido optou por tratar o assunto numa declaração política feita por Luís Marques Guedes, na qual criticou os "seis anos de asneira, mentira e incompetência" do governo socialista em relação à televisão estatal. Os socialistas, acusou Marques Guedes, transformaram a RTP num "sorvedouro do dinheiro dos contribuintes, directamente e por portas travessas, sem controlo nem fim à vista, colocando já o Estado português no banco dos réus". O deputado social-democrata referia-se, sobretudo, às injecções de capital, feitas pelo Governo, de 77,5 milhões de euros (15,5 milhões de contos), há um ano, e de mais 50 milhões (10 milhões de contos) recentemente. Para não ter problemas com estes aumentos de capital, o Governo e a RTP arranjaram uma medida de engenharia financeira que fez com que a RTP aparecesse no "Diário da República" como valendo apenas um euro, afirmou. "Para camuflar o buraco, engendram uma suposta valorização do capital da empresa que tem este magnífico resultado - a RTP vale um euro", acusou Marques Guedes, concluindo que "o modelo actual [do serviço público de televisão] está completamente falido". Posto isto, passou a expor as "mudanças de fundo" que o PSD pretende fazer: "extinção dessa inutilidade que é a Portugal Global"; "transferência para uma entidade independente do Governo da competência para regular e controlar o cumprimento do contrato de serviço público"; manutenção dos serviços da RTP Internacional, RTP África, serviços regionais dos Açores e Madeira e de "um único canal nacional aberto e sem publicidade"; e alienação, por concurso público, da segunda licença de televisão (RTP2). A defesa do PS e do Governo foi feita, primeiro, pelo deputado António Reis - que se limitou a defender o actual modelo de serviço público - e, depois, pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, José Magalhães, que, em vez de justificar o facto de em seis anos o PS não ter resolvido os problemas da RTP, optou pelo ataque a Marques Guedes, acusando-o de ser um dos responsáveis pelo estado da televisão pública, durante a sua participação nos governos de Cavaco Silva. E.L. OUTROS TÍTULOS EM MEDIA Media Capital compra 45 por cento da NBP

Alta-Autoridade suaviza críticas à RTP e acusa comunicação social

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Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2002 Tirar a publicidade da RTP 1, vender, em concurso público, a RTP 2, e extinguir a Portugal Global, "holding" do Estado que agrupa a RTP, RDP e a agência noticiosa Lusa, são algumas das medidas que o PSD ontem defendeu, na Assembleia da República. Impedido de fazer um debate de urgência sobre a TV pública, este partido optou por tratar o assunto numa declaração política feita por Luís Marques Guedes, na qual criticou os "seis anos de asneira, mentira e incompetência" do governo socialista em relação à televisão estatal. Os socialistas, acusou Marques Guedes, transformaram a RTP num "sorvedouro do dinheiro dos contribuintes, directamente e por portas travessas, sem controlo nem fim à vista, colocando já o Estado português no banco dos réus". O deputado social-democrata referia-se, sobretudo, às injecções de capital, feitas pelo Governo, de 77,5 milhões de euros (15,5 milhões de contos), há um ano, e de mais 50 milhões (10 milhões de contos) recentemente. Para não ter problemas com estes aumentos de capital, o Governo e a RTP arranjaram uma medida de engenharia financeira que fez com que a RTP aparecesse no "Diário da República" como valendo apenas um euro, afirmou. "Para camuflar o buraco, engendram uma suposta valorização do capital da empresa que tem este magnífico resultado - a RTP vale um euro", acusou Marques Guedes, concluindo que "o modelo actual [do serviço público de televisão] está completamente falido". Posto isto, passou a expor as "mudanças de fundo" que o PSD pretende fazer: "extinção dessa inutilidade que é a Portugal Global"; "transferência para uma entidade independente do Governo da competência para regular e controlar o cumprimento do contrato de serviço público"; manutenção dos serviços da RTP Internacional, RTP África, serviços regionais dos Açores e Madeira e de "um único canal nacional aberto e sem publicidade"; e alienação, por concurso público, da segunda licença de televisão (RTP2). A defesa do PS e do Governo foi feita, primeiro, pelo deputado António Reis - que se limitou a defender o actual modelo de serviço público - e, depois, pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, José Magalhães, que, em vez de justificar o facto de em seis anos o PS não ter resolvido os problemas da RTP, optou pelo ataque a Marques Guedes, acusando-o de ser um dos responsáveis pelo estado da televisão pública, durante a sua participação nos governos de Cavaco Silva. E.L. OUTROS TÍTULOS EM MEDIA Media Capital compra 45 por cento da NBP

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