DN

02-09-2001
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"Os próximos meses vão pôr à prova o Bloco de Esquerda. Daremos um contributo sério para uma alternativa de esquerda na política do País", declarou Miguel Portas, "cabeça de cartaz" deste comício, que juntou cerca de duas centenas de militantes e simpatizantes do Bloco no salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Queluz. Entre a assistência, como geralmente sucede nas iniciativas bloquistas, destacavam-se muitos jovens que aplaudiram calorosamente as tiradas de Portas e do deputado Luís Fazenda - o outro orador da noite - contra os dois grandes ódios de estimação do BE: a "globalização" e "a direita".

Sem nunca mencionar o nome do irmão, que lidera o CDS-PP, Miguel Portas insurgiu-se contra a oposição à direita do actual executivo, que "ataca" o rendimento mínimo garantido e os imigrantes que "têm construído as nossas Expos e as nossas estradas". E disparou também contra o Governo: "A direita ladra e os socialistas encolhem-se." O BE promete ser diferente: "Nós não encolhemos", garantiu o candidato bloquista à Câmara de Lisboa, reclamando a "inclusão" dos imigrantes. E fez levantar a sala ao proclamar: "Nesta batalha, todos seremos imigrantes!"

O Bloco vai perdurar no panorama político português - prometeu Portas - para que existam alternativas e não apenas alternâncias. "Portugal não está condenado a ser uma democracia à americana: uma democracia de dois em que um é a cara e outro é a coroa da mesma moeda", sublinhou.

Mais irónico, Luís Fazenda distribuiu remoques por Durão Barroso, Paulo Portas e Santana Lopes que despertaram gargalhadas. "Em tempos de águas salsas, ficámos a saber que para um putativo candidato a primeiro-ministro a melhor maneira de tratar uma hérnia discal é ir ao pico do Pico. Um outro político, de dedo no ar, limita-se a dizer: "Eu fico." Mas há um outro ao lado que diz: "Não ficas, não.""

Na parte mais substancial do discurso, Fazenda revelou que o BE entregará ao Governo um "memorando desenvolvido" sobre o Orçamento de Estado, que os bloquistas devem chumbar. Prometeu relançar no Parlamento a questão do aborto, "bandeira da dignidade" das mulheres. E anunciou um projecto de referendo europeu. Com esta pergunta: "Concorda ou não com as alterações ao Tratado da União Europeia que resultaram no Tratado de Nice?". O BE discorda, claro.

"Os próximos meses vão pôr à prova o Bloco de Esquerda. Daremos um contributo sério para uma alternativa de esquerda na política do País", declarou Miguel Portas, "cabeça de cartaz" deste comício, que juntou cerca de duas centenas de militantes e simpatizantes do Bloco no salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Queluz. Entre a assistência, como geralmente sucede nas iniciativas bloquistas, destacavam-se muitos jovens que aplaudiram calorosamente as tiradas de Portas e do deputado Luís Fazenda - o outro orador da noite - contra os dois grandes ódios de estimação do BE: a "globalização" e "a direita".

Sem nunca mencionar o nome do irmão, que lidera o CDS-PP, Miguel Portas insurgiu-se contra a oposição à direita do actual executivo, que "ataca" o rendimento mínimo garantido e os imigrantes que "têm construído as nossas Expos e as nossas estradas". E disparou também contra o Governo: "A direita ladra e os socialistas encolhem-se." O BE promete ser diferente: "Nós não encolhemos", garantiu o candidato bloquista à Câmara de Lisboa, reclamando a "inclusão" dos imigrantes. E fez levantar a sala ao proclamar: "Nesta batalha, todos seremos imigrantes!"

O Bloco vai perdurar no panorama político português - prometeu Portas - para que existam alternativas e não apenas alternâncias. "Portugal não está condenado a ser uma democracia à americana: uma democracia de dois em que um é a cara e outro é a coroa da mesma moeda", sublinhou.

Mais irónico, Luís Fazenda distribuiu remoques por Durão Barroso, Paulo Portas e Santana Lopes que despertaram gargalhadas. "Em tempos de águas salsas, ficámos a saber que para um putativo candidato a primeiro-ministro a melhor maneira de tratar uma hérnia discal é ir ao pico do Pico. Um outro político, de dedo no ar, limita-se a dizer: "Eu fico." Mas há um outro ao lado que diz: "Não ficas, não.""

Na parte mais substancial do discurso, Fazenda revelou que o BE entregará ao Governo um "memorando desenvolvido" sobre o Orçamento de Estado, que os bloquistas devem chumbar. Prometeu relançar no Parlamento a questão do aborto, "bandeira da dignidade" das mulheres. E anunciou um projecto de referendo europeu. Com esta pergunta: "Concorda ou não com as alterações ao Tratado da União Europeia que resultaram no Tratado de Nice?". O BE discorda, claro.

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