Candidato da CDU em Aljezur passar para o PS

14-07-2001
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Autárquicas 2001

Candidato da CDU em Aljezur Passar para o PS

Por IDÁLIO REVEZ

Terça-feira, 22 de Maio de 2001

Socialistas lutam pela maioria nas autarquias do Algarve

O PCP corre o risco de perder o único presidente de câmara que possui no Algarve, em Aljezur. Manuel Marreiros, um independente eleito pela CDU em três mandatos consecutivos, está em vias de passar para a lista do PS. As negociações têm envolvido figuras nacionais do PS, mas os comunistas ainda não dão por perdido o seu candidato.

As dificuldades para a transferência de Manuel Marreiros residiam inicialmente nos obstáculos colocados pela concelhia do PS, mas o líder regional dos socialistas, José Apolinário, já ultrapassou alguns desses entraves.

Questionado pelo PÚBLICO sobre a hipotética candidatura na lista do PS, Manuel Marreiros respondeu, lacónico: "Foi falado." De concreto, apenas admitiu ter havido "conversações", mas recusou-se a adiantar mais pormenores. Por outro lado, o líder regional dos comunistas, José Neto, ainda tem esperanças que ele se mantenha na lista da CDU: "Avaliamos muito positivamente o seu trabalho. Gostaríamos que ele continuasse a ser o nosso candidato", disse. Os dados de que o PS dispõe, a partir de uma sondagem efectuada no concelho, colocam-no numa posição de vencedor, por maioria absoluta, quer esteja do lado dos comunistas ou dos socialistas.

A importância da conquista desta câmara ganha especial significado, tendo em visto o equilíbrio de forças na Associação de Municípios do Algarve (AMAL): o PS detém a presidência de oito municípios, o PSD sete e a CDU uma apenas. Por conseguinte, a presidência da AMAL apresenta-se periclitante. A "task force" do PS para as autárquicas é constituída pelo ex-secretário de Estado da Administração Interna, Luís Patrão, o assessor do primeiro-ministro, André Magrinho, Luís Carito, vice-presidente do PS-Algarve, e Luís Pinto, vogal da Região de Turismo do Algarve. Dispõem de sondagens, efectuadas em todos os concelhos, e até já criaram um "slogan" de campanha: "Connosco acontece".

As duas autarquias onde o PS e o PSD vão fazer braço-de-ferro são Faro e Loulé. No caso da capital do distrito, o PS aposta em Luís Coelho, potenciando a influência que conquistou no aparelho partidário e, por conseguinte, na governação. Do lado do PSD, a esperança é depositada em José Vitorino, antigo dirigente social-democrata. O PP indicou Luís Queiró como candidato mas o processo da AD ainda não está encerrado. O recém-eleito líder regional dos sociais-democratas, Carlos Martins, considera Vitorino "a figura com mais condições para ser o próximo presidente da Câmara de Faro", muito embora, formalmente, ainda não o considere candidato. Quanto à hipótese de coligações com o PP, adiantou que deu indicações às concelhias para, até final do mês, "o assunto estar resolvido".

No que diz respeito a Loulé, Vítor Aleixo tem vindo a assumir-se "um presidente, de facto". Durante a vigência de Joaquim Vairinhos desempenhou um lugar de vereador discreto, mas desde que o eurodeputado lhe deixou livre a cadeira, puxou pelas rédeas de poder, e tem andado numa azáfama constante no contacto com as populações. Para a campanha, conta com o apoio da administração central para lançar obras estruturantes, principalmente ao nível rodoviário.

Autárquicas 2001

Candidato da CDU em Aljezur Passar para o PS

Por IDÁLIO REVEZ

Terça-feira, 22 de Maio de 2001

Socialistas lutam pela maioria nas autarquias do Algarve

O PCP corre o risco de perder o único presidente de câmara que possui no Algarve, em Aljezur. Manuel Marreiros, um independente eleito pela CDU em três mandatos consecutivos, está em vias de passar para a lista do PS. As negociações têm envolvido figuras nacionais do PS, mas os comunistas ainda não dão por perdido o seu candidato.

As dificuldades para a transferência de Manuel Marreiros residiam inicialmente nos obstáculos colocados pela concelhia do PS, mas o líder regional dos socialistas, José Apolinário, já ultrapassou alguns desses entraves.

Questionado pelo PÚBLICO sobre a hipotética candidatura na lista do PS, Manuel Marreiros respondeu, lacónico: "Foi falado." De concreto, apenas admitiu ter havido "conversações", mas recusou-se a adiantar mais pormenores. Por outro lado, o líder regional dos comunistas, José Neto, ainda tem esperanças que ele se mantenha na lista da CDU: "Avaliamos muito positivamente o seu trabalho. Gostaríamos que ele continuasse a ser o nosso candidato", disse. Os dados de que o PS dispõe, a partir de uma sondagem efectuada no concelho, colocam-no numa posição de vencedor, por maioria absoluta, quer esteja do lado dos comunistas ou dos socialistas.

A importância da conquista desta câmara ganha especial significado, tendo em visto o equilíbrio de forças na Associação de Municípios do Algarve (AMAL): o PS detém a presidência de oito municípios, o PSD sete e a CDU uma apenas. Por conseguinte, a presidência da AMAL apresenta-se periclitante. A "task force" do PS para as autárquicas é constituída pelo ex-secretário de Estado da Administração Interna, Luís Patrão, o assessor do primeiro-ministro, André Magrinho, Luís Carito, vice-presidente do PS-Algarve, e Luís Pinto, vogal da Região de Turismo do Algarve. Dispõem de sondagens, efectuadas em todos os concelhos, e até já criaram um "slogan" de campanha: "Connosco acontece".

As duas autarquias onde o PS e o PSD vão fazer braço-de-ferro são Faro e Loulé. No caso da capital do distrito, o PS aposta em Luís Coelho, potenciando a influência que conquistou no aparelho partidário e, por conseguinte, na governação. Do lado do PSD, a esperança é depositada em José Vitorino, antigo dirigente social-democrata. O PP indicou Luís Queiró como candidato mas o processo da AD ainda não está encerrado. O recém-eleito líder regional dos sociais-democratas, Carlos Martins, considera Vitorino "a figura com mais condições para ser o próximo presidente da Câmara de Faro", muito embora, formalmente, ainda não o considere candidato. Quanto à hipótese de coligações com o PP, adiantou que deu indicações às concelhias para, até final do mês, "o assunto estar resolvido".

No que diz respeito a Loulé, Vítor Aleixo tem vindo a assumir-se "um presidente, de facto". Durante a vigência de Joaquim Vairinhos desempenhou um lugar de vereador discreto, mas desde que o eurodeputado lhe deixou livre a cadeira, puxou pelas rédeas de poder, e tem andado numa azáfama constante no contacto com as populações. Para a campanha, conta com o apoio da administração central para lançar obras estruturantes, principalmente ao nível rodoviário.

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