A Lacuna do Polis e "as Cócegas"
Domingo, 27 de Maio de 2001
A secretária de Estado da Habitação, Leonor Coutinho, defende que o Polis preveja a recuperação habitacional das cidades integradas no programa do Ministério do Ambiente. Mais do que verbas para a reabilitação das casas degradadas, a governante alerta para a necessidade de se legislar no sentido das zonas sujeitas aos programas de requalificação urbana serem declaradas "àreas críticas de intervenção e recuperação urbanística", por forma a que possam ser accionados mecanismos que promovam a renovação do parque habitacional.
"O parente pobre na recuperação das cidades, quando é um dos seus principais pontos críticos, é a habitação", afirma Leonor Coutinho, considerando a existência do Polis e de outros instrumentos de intervenção territorial como uma oportunidade que não deve ser desperdiçada para que os municípios e os proprietários possam recorrer aos diversos programas existentes para recuperação de habitações.
Nunes Correia, coordenador do Polis, responde que "a componente habitação está integrada" no programa, ao prever a requalificação de zonas habitacionais degradadas e de realojamento. Intervenções que, porém, se limitarão ao espaço público e à criação de equipamentos. Corre-se assim o risco do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles ter razão quando afirma que o Polis "são cócegas", uma vez que "o problema é muito mais profundo do que haver apenas uma limpeza".
L.F.S.
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A Lacuna do Polis e "as Cócegas"
Domingo, 27 de Maio de 2001
A secretária de Estado da Habitação, Leonor Coutinho, defende que o Polis preveja a recuperação habitacional das cidades integradas no programa do Ministério do Ambiente. Mais do que verbas para a reabilitação das casas degradadas, a governante alerta para a necessidade de se legislar no sentido das zonas sujeitas aos programas de requalificação urbana serem declaradas "àreas críticas de intervenção e recuperação urbanística", por forma a que possam ser accionados mecanismos que promovam a renovação do parque habitacional.
"O parente pobre na recuperação das cidades, quando é um dos seus principais pontos críticos, é a habitação", afirma Leonor Coutinho, considerando a existência do Polis e de outros instrumentos de intervenção territorial como uma oportunidade que não deve ser desperdiçada para que os municípios e os proprietários possam recorrer aos diversos programas existentes para recuperação de habitações.
Nunes Correia, coordenador do Polis, responde que "a componente habitação está integrada" no programa, ao prever a requalificação de zonas habitacionais degradadas e de realojamento. Intervenções que, porém, se limitarão ao espaço público e à criação de equipamentos. Corre-se assim o risco do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles ter razão quando afirma que o Polis "são cócegas", uma vez que "o problema é muito mais profundo do que haver apenas uma limpeza".
L.F.S.