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17-07-2001
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Diário Económico >>

13 de Junho

Parlamento: PS bloqueia inquérito parlamentar à FPS

Os deputados do PS boicotaram ontem uma reunião decisiva da comissão parlamentar de inquérito à Fundação para a Prevenção e Segurança, onde iriam ficar definidas as novas audiências pedidas pela oposição, bem como quem ficaria com a responsabilidade de elaborar as conclusões do grupo de trabalho. por David Dinis Tudo porque faltaram à reunião três deputados socialistas, faltas que levariam a que a oposição pudesse obrigar a depor, uma vez mais, todos os envolvidos na criação da polémica fundação de Armando Vara. Tudo começou quando Laurentino Dias, do PS, pediu um adiamento do encontro, para que os socialistas pudessem ser chamados à reunião, permitindo «quórum» suficiente para validar o encontro. A oposição não gostou, e acabou por ganhar argumentos com a chegada de dois deputados - o «quórum» ficou preenchido e não havia razões para adiamentos. Certo é que os socialistas, que em situação normal teriam tantos representantes em comissão como a oposição, não se deram por satisfeitos. A reunião foi mesmo interropida, mas as ausências entre a «bancada rosa» não ficaram resolvidas. Resultado: o PS estava com deputados a menos e não podia bloquear qualquer decisão dos restantes partidos, conforme queria e já tinha anunciado. Por exemplo, o PSD queria voltar a ouvir Armando Vara e Fernando Gomes, para que ambos justificassem as versões diferentes que apresentaram sobre a FPS, e com o número de deputados presentes, o PS não o podia evitar. Depois de uma hora em que todos os partidos (menos o PS) queriam votar as audições e o responsável pelo relatório final, foi precisamente Barros Moura quem pôs fim à reunião, anunciando que se ia retirar da sala, convidando o PS a fazer o mesmo. A sugestão foi seguida e a situação foi comunicada ao presidente da Assembleia da República, Almeida Santos. Laurentino Dias, do PS, acusou a oposição de provocar «uma golpada premeditada», argumentando que a comissão tinha definido que, em votações, contaria não o número de deputados, mas sim a representatividade dos partidos (garantindo sempre um empate aos socialistas, que permite bloquear qualquer decisão). Mas o argumento não foi aceite pelos restantes partidos: «Numa comissão de inquérito os deputados são independentes, não estão vinculados aos partidos», disse António Filipe, do PCP. ddinis@economica.iol.pt

URL deste artigo: http://noticias.sapo.pt/artigos/CDGEIG,cjhgih.html

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Parlamento: PS bloqueia inquérito parlamentar à FPS

Os deputados do PS boicotaram ontem uma reunião decisiva da comissão parlamentar de inquérito à Fundação para a Prevenção e Segurança, onde iriam ficar definidas as novas audiências pedidas pela oposição, bem como quem ficaria com a responsabilidade de elaborar as conclusões do grupo de trabalho. por David Dinis Tudo porque faltaram à reunião três deputados socialistas, faltas que levariam a que a oposição pudesse obrigar a depor, uma vez mais, todos os envolvidos na criação da polémica fundação de Armando Vara. Tudo começou quando Laurentino Dias, do PS, pediu um adiamento do encontro, para que os socialistas pudessem ser chamados à reunião, permitindo «quórum» suficiente para validar o encontro. A oposição não gostou, e acabou por ganhar argumentos com a chegada de dois deputados - o «quórum» ficou preenchido e não havia razões para adiamentos. Certo é que os socialistas, que em situação normal teriam tantos representantes em comissão como a oposição, não se deram por satisfeitos. A reunião foi mesmo interropida, mas as ausências entre a «bancada rosa» não ficaram resolvidas. Resultado: o PS estava com deputados a menos e não podia bloquear qualquer decisão dos restantes partidos, conforme queria e já tinha anunciado. Por exemplo, o PSD queria voltar a ouvir Armando Vara e Fernando Gomes, para que ambos justificassem as versões diferentes que apresentaram sobre a FPS, e com o número de deputados presentes, o PS não o podia evitar. Depois de uma hora em que todos os partidos (menos o PS) queriam votar as audições e o responsável pelo relatório final, foi precisamente Barros Moura quem pôs fim à reunião, anunciando que se ia retirar da sala, convidando o PS a fazer o mesmo. A sugestão foi seguida e a situação foi comunicada ao presidente da Assembleia da República, Almeida Santos. Laurentino Dias, do PS, acusou a oposição de provocar «uma golpada premeditada», argumentando que a comissão tinha definido que, em votações, contaria não o número de deputados, mas sim a representatividade dos partidos (garantindo sempre um empate aos socialistas, que permite bloquear qualquer decisão). Mas o argumento não foi aceite pelos restantes partidos: «Numa comissão de inquérito os deputados são independentes, não estão vinculados aos partidos», disse António Filipe, do PCP. ddinis@economica.iol.pt

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