JORNAL PUBLICO: BREVES

21-01-2001
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09/09/95

BREVES

"Bom dia. Posso oferecer-lhe um saquinho?", indagava o candidato José Alberto Marques, homem da terra, junto a um potencial eleitor, em pleno mercado municipal de Guimarães. "Não, prefiro uma esferográfica", contrapôs de pronto o sujeito de meia idade. Quase se pode dizer que este foi o único episódio que cortou a festiva e pacífica caminhada de duas horas pelas bancas do mercado vimaranense de meia dúzia de militantes do PS, em que José Alberto Marques fez as honras da casa. Mesmo sem as presenças de Arons de Carvalho, Rosário Carneiro e Laurentino Dias, os três primeiros da lista de Braga, ausentes por força da apresentação do programa do PS, em Lisboa, no dia anterior. O ambiente era, de qualquer modo, de simpatia e sucediam-se as manifestações de apoio e as promessas de voto no Engenheiro. "Pra votar no PS vai ser à bicha", augura uma velhinha que espera pacientemente a sua vez de receber um avental, um dos artigos mais procurados. Uma vendedeira olha para o postal de Guterres em fundo patriótico e enternece-se: "É simpático. A gente bem deita por ele...". Na zona reservada às peixarias, os carapaus passam a estar enfeitados com bandeirinhas do PS e na área ocupado pelos talhos fotografias de Guterres vão mesmo fazer companhia aos frangos expostos numa montra.

O actor Mário Viegas defendeu ontem, em Aveiro, que o cargo de ministro da Cultura num futuro governo, saído das eleições de Outubro, deverá ser entregue a um artista. Viegas, que concorre ao parlamento como candidato independente pela UDP recusou-se no entanto, a incluir o seu próprio nome na lista dos potenciais ministeriáveis. "Não sou nenhum doido, isso de ser ministro é um cargo muito importante para o país e deve dar um trabalhão dos diabos", justificou. O actor gastou grande parte da conferência de imprensa da UDP - que contou com a presença do cabeça-de-lista por Aveiro, Vítor Gomes - a desancar o actual primeiro-ministro: "Cavaco cometeu a "gaffe" do século quando não soube dizer quantos cantos têm Os Lusíadas. Imaginem o que aconteceria em França se perguntassem ao bombista Chirac quem foi Moliére e ele não soubesse responder"? Interessante foi, também, a sua definição dos partidos de esquerda em Portugal: "A UDP é a esquerda a valer, o PS a esquerda desnecessária, o PC a necessária e o PSR é a esquerda do Louçã que está a tirar um curso em Londres e agora veio cá de férias".

O primeiro cidadão a votar nas eleições legislativas de1995 é um português residente no Egipto, informa a agência Lusa com base em informações obtidas junto ao STAPE. Ao boletim de voto proveniente do Egipto seguiram-se outras também vindos de África. Os cidadãos portugueses residentes no estrangeiro votam antecipadamente, fazendo chegar os seus boletins a Lisboa através do correio. De acordo com o recenseamento eleitoral, há 179.190 portugueses nessas circunstâncias - cinco deles no Egipto, onde um eleitor se antecipou a todos os demais. Os seus votos têm de chegar a Portugal até ao dia 11 de Outubro, sendo que a data do carimbo de correspondência não pode ultrapassar o dia 1. O eleitor "egípcio" está integrado no chamado círculo "fora da Europa", que indica dois deputados à Assembleia da República.

O cabeça-de-lista do PSD por Braga, o ministro-adjunto Marques Mendes, e o líder do PS naquele distrito, Laurentino Dias, estarão hoje juntos na mesma equipa de "karting", para participar numa corrida no Kartódromo Internacional de Braga. A equipa PS/PSD contará ainda com outro candidato social-democrata, o ex-secretário de Estado Miguel Macedo, e com vários jornalistas.

09/09/95

BREVES

"Bom dia. Posso oferecer-lhe um saquinho?", indagava o candidato José Alberto Marques, homem da terra, junto a um potencial eleitor, em pleno mercado municipal de Guimarães. "Não, prefiro uma esferográfica", contrapôs de pronto o sujeito de meia idade. Quase se pode dizer que este foi o único episódio que cortou a festiva e pacífica caminhada de duas horas pelas bancas do mercado vimaranense de meia dúzia de militantes do PS, em que José Alberto Marques fez as honras da casa. Mesmo sem as presenças de Arons de Carvalho, Rosário Carneiro e Laurentino Dias, os três primeiros da lista de Braga, ausentes por força da apresentação do programa do PS, em Lisboa, no dia anterior. O ambiente era, de qualquer modo, de simpatia e sucediam-se as manifestações de apoio e as promessas de voto no Engenheiro. "Pra votar no PS vai ser à bicha", augura uma velhinha que espera pacientemente a sua vez de receber um avental, um dos artigos mais procurados. Uma vendedeira olha para o postal de Guterres em fundo patriótico e enternece-se: "É simpático. A gente bem deita por ele...". Na zona reservada às peixarias, os carapaus passam a estar enfeitados com bandeirinhas do PS e na área ocupado pelos talhos fotografias de Guterres vão mesmo fazer companhia aos frangos expostos numa montra.

O actor Mário Viegas defendeu ontem, em Aveiro, que o cargo de ministro da Cultura num futuro governo, saído das eleições de Outubro, deverá ser entregue a um artista. Viegas, que concorre ao parlamento como candidato independente pela UDP recusou-se no entanto, a incluir o seu próprio nome na lista dos potenciais ministeriáveis. "Não sou nenhum doido, isso de ser ministro é um cargo muito importante para o país e deve dar um trabalhão dos diabos", justificou. O actor gastou grande parte da conferência de imprensa da UDP - que contou com a presença do cabeça-de-lista por Aveiro, Vítor Gomes - a desancar o actual primeiro-ministro: "Cavaco cometeu a "gaffe" do século quando não soube dizer quantos cantos têm Os Lusíadas. Imaginem o que aconteceria em França se perguntassem ao bombista Chirac quem foi Moliére e ele não soubesse responder"? Interessante foi, também, a sua definição dos partidos de esquerda em Portugal: "A UDP é a esquerda a valer, o PS a esquerda desnecessária, o PC a necessária e o PSR é a esquerda do Louçã que está a tirar um curso em Londres e agora veio cá de férias".

O primeiro cidadão a votar nas eleições legislativas de1995 é um português residente no Egipto, informa a agência Lusa com base em informações obtidas junto ao STAPE. Ao boletim de voto proveniente do Egipto seguiram-se outras também vindos de África. Os cidadãos portugueses residentes no estrangeiro votam antecipadamente, fazendo chegar os seus boletins a Lisboa através do correio. De acordo com o recenseamento eleitoral, há 179.190 portugueses nessas circunstâncias - cinco deles no Egipto, onde um eleitor se antecipou a todos os demais. Os seus votos têm de chegar a Portugal até ao dia 11 de Outubro, sendo que a data do carimbo de correspondência não pode ultrapassar o dia 1. O eleitor "egípcio" está integrado no chamado círculo "fora da Europa", que indica dois deputados à Assembleia da República.

O cabeça-de-lista do PSD por Braga, o ministro-adjunto Marques Mendes, e o líder do PS naquele distrito, Laurentino Dias, estarão hoje juntos na mesma equipa de "karting", para participar numa corrida no Kartódromo Internacional de Braga. A equipa PS/PSD contará ainda com outro candidato social-democrata, o ex-secretário de Estado Miguel Macedo, e com vários jornalistas.

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