PS confia nos contratos para regular direitos de autor

01-11-2001
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PS Confia nos Contratos para Regular Direitos de Autor

Por EUNICE LOURENÇO

Quarta-feira, 20 de Junho de 2001 Projecto de lei Socialistas criticam texto do PCP, que consideram fundamentalista Foi com uma declaração de confiança na relação contratual entre jornalistas e empresas de comunicação social que o PS apresentou ontem, na Assembleia da República, o seu projecto de lei para regular os direitos de autor dos jornalistas. Um projecto minimalista se comparado com a proposta comunista, entregue em Março passado, e a que os deputados socialistas António Reis e José Saraiva chamaram "fundamentalista". "O projecto do PCP é muito fundamentalista. Constitui-se no melhor aliado das empresas de comunicação social que pegam naquele projecto e dizem 'vejam isto é a nossa desgraça'", afirmou António Reis, para quem é mais difícil a um empresa opor-se a um projecto como o socialista "que é equilibrado" do que ao comunista que classsificaram de "desequilibrado". É que enquanto os comunistas fizeram uma proposta maximalista, que tenta salvaguardar todo o uso de obras jornalísticas e impor mesmo tabelas de preços para a sua reutilização, os socialistas optaram por uma solução minimalista que deposita confiança nas relações contratuais. Daí que o essencial do projecto seja os limites que coloca a essas mesmas relações contratuais, identificando direitos dos quais o autor da obra não pode abdicar. Isso mesmo foi assumido por António Reis. "O contrato é a melhor via para se chegar ao acordo entre as duas partes", afirmou o deputado e vice-presidente da bancada do PS, acrescentando que o projecto de lei "estabelece balizas" para os contratos. Para Reis é preciso "confiar na relação contratual e nos tribunais" e ter em conta que há toda uma jurisprudência a construir em matéria de direitos de autor. A preocupação fundamental dos socialistas foi a de manter, quanto à sua substância, o regime do direito de autor dos jornalistas sob a alçada do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos (CDADC), limitando-se, salvo alguns aspectos pontuais, a salientar a especificidade do trabalho jornalístico. O ponto em que essa especificidade fica mais ressalvada é na redução do prazo de disposição de obras futuras, de dez para dois anos, o que significa, na prática, que ao jornalista passa a assistir o direito de rever as disposições contratuais relativas a direitos de autor decorridos dois anos sobre aquela celebração. Nos restantes artigos mantém-se, na substância, a regulamentação do direito de autor dos jornalistas no quadro do CDADC recuperando o contrato como "instrumento ideal para o estabelecimento de um verdadeiro e não ficcionado encontro de vontade das partes". "Julga-se que o presente projecto constitui uma alternativa equilibrada e justa, tanto para as empresas de comunicação social como para os jornalistas", afirmou ainda o deputado socialista, considerando que há condições para que até ao final deste ano o processo legislativo esteja terminado. "E já não é sem tempo", concluiu Reis, lembrando que o Estatuto dos Jornalistas, aprovado há dois anos, prevê um prazo de 180 dias para regulamentação dos direitos de autor. O projecto socialista - que foi feito pelo grupo parlamentar em colaboração com a secretaria de Estado da Comunicação Social - e o projecto comunista devem, assim, ser discutidos no início da próxima sessão legislativa, que começa em Setembro. OUTROS TÍTULOS EM MEDIA PS confia nos contratos para regular direitos de autor

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