EXPRESSO: País

18-09-2001
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Semana histórica nas televisões

HÁ SETE anos, José Eduardo Moniz abandonou a direcção da RTP, quando já era evidente que a SIC, dirigida por Emídio Rangel, caminhava para a liderança das audiências televisivas em Portugal - apesar dos milhões de contos que na 5 de Outubro se tinham gasto na compra de telenovelas e programas, muitos dos quais ficaram por exibir. Esta semana, a TVI tornou-se líder das audiências, relegando para segundo lugar a SIC, e Moniz comemorou com champanhe a vingança sobre o seu arqui-inimigo Rangel, que está a caminho da RTP.

HÁ SETE anos, José Eduardo Moniz abandonou a direcção da RTP, quando já era evidente que a SIC, dirigida por Emídio Rangel, caminhava para a liderança das audiências televisivas em Portugal - apesar dos milhões de contos que na 5 de Outubro se tinham gasto na compra de telenovelas e programas, muitos dos quais ficaram por exibir. Esta semana, a TVI tornou-se líder das audiências, relegando para segundo lugar a SIC, e Moniz comemorou com champanhe a vingança sobre o seu arqui-inimigo Rangel, que está a caminho da RTP.

Novelas nacionais conquistam mercado

APOSTAR em telenovelas portuguesas é mais caro para os canais nacionais do que importar as novelas brasileiras, desde que não sejam produzidas pela Globo, ou as mexicanas. Um episódio de uma novela mexicana custa cerca de 800 contos, valor que atinge os 1000 contos se for uma produção de um canal brasileiro, como o SBT ou a TV Bandeirantes. No caso de uma produção portuguesa, o preço pode oscilar entre os 6000 e os 8000 contos por capítulo - em média, uma novela tem entre 150 e 200 episódios.

Rangel, um convertido e um «canalha»

SE EMÍDIO Rangel, 54 anos, se tornar director-geral da RTP, após a recusa do cargo por nomes como José Nuno Martins, Luís Nazaré, Luís Marques, Luís Ribeiro e Lopes Araújo, certamente muita coisa vai mudar na 5 de Outubro. A primeira e mais espectacular mudança é, aliás, a do secretário de Estado da Comunicação Social, Alberto Arons de Carvalho, com quem Rangel manteve acesa troca de argumentos no passado.

SE EMÍDIO Rangel, 54 anos, se tornar director-geral da RTP, após a recusa do cargo por nomes como José Nuno Martins, Luís Nazaré, Luís Marques, Luís Ribeiro e Lopes Araújo, certamente muita coisa vai mudar na 5 de Outubro. A primeira e mais espectacular mudança é, aliás, a do secretário de Estado da Comunicação Social, Alberto Arons de Carvalho, com quem Rangel manteve acesa troca de argumentos no passado.

Presos à troca de pedidos de desculpa

A CIMEIRA Luso-Brasileira, que decorreu esta semana em Brasília, teve um «timing» que não é vulgar nestas coisas de agendas de Estado. Aconteceu mesmo em cima de dois factos que podiam ter prejudicado as relações entre os dois países. O primeiro foi o assassínio de seis turistas portugueses, há 15 dias, em Fortaleza, comandado por um também português, executado por quatro brasileiros. O segundo foi o cancelamento, esta semana, da operação de troca de acções da Telesp pela Portugal Telecom, que fez com que as acções da empresa brasileira de telecomunicações caíssem 32,15%, arrastando o índice indicativo da bolsa de valores de São Paulo, que fechou em baixa.

A CIMEIRA Luso-Brasileira, que decorreu esta semana em Brasília, teve um «timing» que não é vulgar nestas coisas de agendas de Estado. Aconteceu mesmo em cima de dois factos que podiam ter prejudicado as relações entre os dois países. O primeiro foi o assassínio de seis turistas portugueses, há 15 dias, em Fortaleza, comandado por um também português, executado por quatro brasileiros. O segundo foi o cancelamento, esta semana, da operação de troca de acções da Telesp pela Portugal Telecom, que fez com que as acções da empresa brasileira de telecomunicações caíssem 32,15%, arrastando o índice indicativo da bolsa de valores de São Paulo, que fechou em baixa.

Defesa de Militão invoca insanidade

LUÍS Miguel Militão Guerreiro, alegado autor moral do assassínio de seis empresários portugueses em Fortaleza, Brasil, está ansioso por saber quando é que vai sair da cadeia. Pelo menos foi essa a primeira pergunta que fez, com impaciência, ao seu advogado de defesa, Aldenor Xavier, na primeira visita que recebeu do criminalista. «Tentei explicar que as coisas não são tão fáceis como ele imagina», conta o advogado. A impaciência do detido levou o causídico a questionar-se, mais uma vez, sobre a personalidade de Militão, que diz ter dificuldade em compreender o que fez. Actualmente, a sua disposição oscila entre uma profunda depressão, com ameaças de suicídio, e a esperança de poder aguardar o julgamento em liberdade: «Ele é um rapaz fino, inteligente, de modos brandos, não sei como se meteu nesta».

LUÍS Miguel Militão Guerreiro, alegado autor moral do assassínio de seis empresários portugueses em Fortaleza, Brasil, está ansioso por saber quando é que vai sair da cadeia. Pelo menos foi essa a primeira pergunta que fez, com impaciência, ao seu advogado de defesa, Aldenor Xavier, na primeira visita que recebeu do criminalista., conta o advogado. A impaciência do detido levou o causídico a questionar-se, mais uma vez, sobre a personalidade de Militão, que diz ter dificuldade em compreender o que fez. Actualmente, a sua disposição oscila entre uma profunda depressão, com ameaças de suicídio, e a esperança de poder aguardar o julgamento em liberdade:

Comissão internacional propõe atrasar Alqueva

UMA comissão internacional de especialistas em Pré-História vai deslocar-se a Portugal e Espanha, de 19 a 22 de Setembro, para tomar conhecimento do estudo das mais de 600 rochas com gravuras rupestres de Alqueva e vincar a necessidade de ser dado o tempo necessário ao seu inventário completo. Porém, o presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA), Adérito Serrão, garante que o estudo das gravuras não interferirá com a data de enchimento da albufeira, previsto para o início de 2002 .

UMA comissão internacional de especialistas em Pré-História vai deslocar-se a Portugal e Espanha, de 19 a 22 de Setembro, para tomar conhecimento do estudo das mais de 600 rochas com gravuras rupestres de Alqueva e vincar a necessidade de ser dado o tempo necessário ao seu inventário completo. Porém, o presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA), Adérito Serrão, garante que o estudo das gravuras não interferirá com a data de enchimento da albufeira, previsto para o início de 2002 .

Monjardino recusa condecoração

ÁLVARO Monjardino, o primeiro presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, recusou a condecoração com que o Presidente da República, Jorge Sampaio, o pretendia agraciar por ocasião do 25º aniversário da autonomia daquele arquipélago. Contactado pelo EXPRESSO, Álvaro Monjardino recusou peremptoriamente pronunciar-se sobre o assunto. «Sobre isso não falo», foi a única resposta do social-democrata açoriano quando instado a confirmar e a justificar a sua recusa.

Governo envia ao TC «caso Estrada da Luz»

O MINISTÉRIO das Finanças remeteu para o Tribunal de Contas (TC) as conclusões do processo de averiguações instaurado à Direcção-Geral do Património (DGP) relativo à venda dos terrenos da Estrada da Luz, em Lisboa, mas recusa-se a divulgar o seu conteúdo. Em causa está um contrato de permuta, assinado em Dezembro de 1997, entre a DGP e a Vilanorte - uma empresa de construção detida pelo proprietário da Rádio Capital - que viria a ser «transformado» numa venda sem hasta pública, feita em Janeiro último, por 200 mil contos.

Arcebispo de Lubango no prémio Sakharov

A CANDIDATURA do arcebispo do Lubango, D. Zacarias Kamuenho, ao prémio Sakharov 2001 foi entregue, anteontem, no Parlamento Europeu. Apesar de a iniciativa ter partido do eurodeputado popular José Ribeiro e Castro, não se trata de uma candidatura partidária. «Resulta de testemunhos pessoais de vários deputados pois serve a causa plural que é a da paz em Angola», sublinhou Ribeiro e Castro. A proposta de candidatura foi assinada e apoiada por 90 eurodeputados de todos os Estados-membros e de vários grupos políticos.

Guterres «ignora» Campelo

O GOVERNO não desdenha a aprovação do Orçamento do Estado para 2002 novamente com o voto de Daniel Campelo, mas garante que não fará um gesto para que o «negócio» de há um ano se repita. A estratégia está bem definida: para evitar uma reedição da polémica que rodeou o modo encontrado para a aprovação do OE/2001, o primeiro-ministro e o ministro das Finanças dão todas as oportunidades aos partidos com assento parlamentar para que participem e cheguem a acordo com o Executivo na elaboração das contas para o próximo ano.

O GOVERNO não desdenha a aprovação do Orçamento do Estado para 2002 novamente com o voto de Daniel Campelo, mas garante que não fará um gesto para que o «negócio» de há um ano se repita. A estratégia está bem definida: para evitar uma reedição da polémica que rodeou o modo encontrado para a aprovação do OE/2001, o primeiro-ministro e o ministro das Finanças dão todas as oportunidades aos partidos com assento parlamentar para que participem e cheguem a acordo com o Executivo na elaboração das contas para o próximo ano.

A obsessão de Sampaio

JORGE Sampaio viltou de férias com uma velha obsessão: os políticos têm que se entender de vez quanto à reforma do sistema, a começar na lei eleitoral para a Assembleia da República - que carece de dois terços dos votos do hemiciclo para ser aprovada. O «enésimo» apelo do Presidente da República neste sentido foi emitido dos Açores, na terça-feira, nas comemorações dos 25 anos de Autonomia da Região: «Temos de ter a coragem de realizar as reformas que se impõem. Se não conseguirmos realizá-las à primeira tentativa, conseguiremos à segunda. Não podemos é desistir», afirmou Sampaio, reeditando um discurso que se lhe ouve recorrentemente.

JORGE Sampaio viltou de férias com uma velha obsessão: os políticos têm que se entender de vez quanto à reforma do sistema, a começar na lei eleitoral para a Assembleia da República - que carece de dois terços dos votos do hemiciclo para ser aprovada. O «enésimo» apelo do Presidente da República neste sentido foi emitido dos Açores, na terça-feira, nas comemorações dos 25 anos de Autonomia da Região:, afirmou Sampaio, reeditando um discurso que se lhe ouve recorrentemente.

Carrilho sem resposta

«NÃO há resposta a dar. Isto é tudo um equívoco», afirma o gabinete do ministro das Finanças, a propósito da acusação de Manuel Maria Carrilho de que Guilherme d'Oliveira Martins o persegue. «O Gabinete não revelou, nem nunca revela, qualquer relatório de inspecções das Finanças», disse ao EXPRESSO a porta-voz de Oliveira Martins, esclarecendo que «o que foi enviado à 'Focus', que o pediu especificamente, foi o despacho do ministro relativo ao relatório em causa» e não, como o EXPRESSO por lapso escreveu, uma cópia das conclusões da investigação.

, afirma o gabinete do ministro das Finanças, a propósito da acusação de Manuel Maria Carrilho de que Guilherme d'Oliveira Martins o persegue., disse ao EXPRESSO a porta-voz de Oliveira Martins, esclarecendo quee não, como o EXPRESSO por lapso escreveu, uma cópia das conclusões da investigação.

A Festa número 25

PRETEXTOS para celebrações não faltam aos comunistas na edição deste ano da Festa do Avante!, que ontem começou na Quinta da Atalaia, no Seixal: a 25ª edição da Festa, o 80º aniversário do PCP, os 70 anos do jornal «Avante!»... Mas outro número menos redondo e mais amargo não deixará de estar presente na mente dos dirigentes do PCP: os 5,1% de votos em António Abreu nas presidenciais de Janeiro. Um mínimo histórico do partido e um aviso a ter em conta no arranque para eleições autárquicas em que a CDU enfrenta a forte aposta do PS em conquistar-lhe mais uma mão-cheia de municípios emblemáticos.

PRETEXTOS para celebrações não faltam aos comunistas na edição deste ano da Festa do Avante!, que ontem começou na Quinta da Atalaia, no Seixal: a 25ª edição da Festa, o 80º aniversário do PCP, os 70 anos do jornal «Avante!»... Mas outro número menos redondo e mais amargo não deixará de estar presente na mente dos dirigentes do PCP: os 5,1% de votos em António Abreu nas presidenciais de Janeiro. Um mínimo histórico do partido e um aviso a ter em conta no arranque para eleições autárquicas em que a CDU enfrenta a forte aposta do PS em conquistar-lhe mais uma mão-cheia de municípios emblemáticos.

Desconfiança volta à Direita

A DESCONFIANÇA e a tensão voltaram às relações entre o PSD e o PP, após o falhanço, na semana passada, das negociações com vista a uma coligação em Lisboa. Em ambos os partidos ouvem-se agora duras críticas e acusações mútuas - mas também algumas vozes que ainda tentam preservar as vias abertas para um acordo que tire o PS do Governo. No PSD, a decisão do líder do PP, Paulo Portas, de levar por diante a sua candidatura à presidência de Lisboa «foi a prova dos nove que faltava: é ele o verdadeiro elemento perturbador na relação entre os dois partidos», comenta um membro da direcção social-democrata.

A DESCONFIANÇA e a tensão voltaram às relações entre o PSD e o PP, após o falhanço, na semana passada, das negociações com vista a uma coligação em Lisboa. Em ambos os partidos ouvem-se agora duras críticas e acusações mútuas - mas também algumas vozes que ainda tentam preservar as vias abertas para um acordo que tire o PS do Governo. No PSD, a decisão do líder do PP, Paulo Portas, de levar por diante a sua candidatura à presidência de Lisboa, comenta um membro da direcção social-democrata.

Médico de província enfrenta PCP

ANTES de ser candidato à Câmara de Montemor-o-Novo, nas primeiras eleições autárquicas em que são admitidos candidatos independentes, Agostinho Petronilho Simão é delegado de saúde do concelho. E como tal é sobejamente conhecido e reconhecido por toda a gente na rua. A cada esquina pára para cumprimentar a menina tal ou o compadre tal. Pergunta pela saúde ou por «aquele problema», pela mãe, por isto e por aquilo, ou comenta o último encontro na feira do domingo passado. É o cabeça-de-lista do Movimento Cívico Pró-Montemor, determinado a ser a alternativa à presidência da Câmara da CDU, que comanda os destinos da autarquia desde 1976.

ANTES de ser candidato à Câmara de Montemor-o-Novo, nas primeiras eleições autárquicas em que são admitidos candidatos independentes, Agostinho Petronilho Simão é delegado de saúde do concelho. E como tal é sobejamente conhecido e reconhecido por toda a gente na rua. A cada esquina pára para cumprimentar a menina tal ou o compadre tal. Pergunta pela saúde ou por, pela mãe, por isto e por aquilo, ou comenta o último encontro na feira do domingo passado. É o cabeça-de-lista do Movimento Cívico Pró-Montemor, determinado a ser a alternativa à presidência da Câmara da CDU, que comanda os destinos da autarquia desde 1976.

Igreja diz que não tolera padres na política

A IGREJA não tolera candidaturas políticas de padres. Em vésperas de eleições autárquicas, e pela primeira vez na sua história, a Arquidiocese de Braga tomou uma posição firme sobre o assunto e não volta atrás. A primeira «vítima» desta decisão foi o padre Albino Carneiro, que anunciou a sua candidatura pelo PSD à Câmara de Vieira do Minho. Como consequência, foi suspenso da sua actividade como pároco e, caso perca as eleições de Dezembro, pode ser transferido.

Picos da Europa somam vítimas

OS ACIDENTES ocorridos nos Picos da Europa em Agosto, que vitimaram dois portugueses, foram os mais graves de sempre envolvendo montanhistas nacionais. Provocaram um ambiente de consternação entre a comunidade de desportistas ibéricos e vieram ensombrar a prática desta modalidade. Os Picos da Europa fazem parte da Cordilheira Cantábrica, no principado das Astúrias, Espanha, e constituem um verdadeiro repto para os montanhistas e alpinistas de todo o mundo.

OS ACIDENTES ocorridos nos Picos da Europa em Agosto, que vitimaram dois portugueses, foram os mais graves de sempre envolvendo montanhistas nacionais. Provocaram um ambiente de consternação entre a comunidade de desportistas ibéricos e vieram ensombrar a prática desta modalidade. Os Picos da Europa fazem parte da Cordilheira Cantábrica, no principado das Astúrias, Espanha, e constituem um verdadeiro repto para os montanhistas e alpinistas de todo o mundo.

Dois milhões vão à escola

CERCA de dois milhões de pessoas, entre alunos, professores e pessoal não docente, fazem a «rentrée» escolar entre a próxima segunda-feira e o dia 17. As polémicas aulas de 90 minutos são a principal novidade do novo ano lectivo, que começa com o arranque da reorganização curricular do ensino básico, onde está inscrito o maior contingente, com mais de 1,13 milhões de crianças e jovens.

CERCA de dois milhões de pessoas, entre alunos, professores e pessoal não docente, fazem a «rentrée» escolar entre a próxima segunda-feira e o dia 17. As polémicas aulas de 90 minutos são a principal novidade do novo ano lectivo, que começa com o arranque da reorganização curricular do ensino básico, onde está inscrito o maior contingente, com mais de 1,13 milhões de crianças e jovens.

Universidade Técnica abre pólo em Angola

DEPOIS da Católica, da Lusíada e do Instituto Piaget, em Luanda, a Universidade Técnica de Lisboa (UTL) prepara-se para transmitir a sua experiência em Angola, através da implantação do ensino superior público na província de Benguela. Especialistas daquela instituição procederam ao diagnóstico do centro universitário da referida província e concluíram pela viabilidade, e mesmo necessidade, de criar um pólo de ensino superior público. O objectivo é fazer face ao crescimento exponencial da população estudantil local e à procura de recursos humanos qualificados, para acudir aos novos desafios do desenvolvimento do sector empresarial.

Doenças súbitas mais letais ao fim-de-semana

UM INÉDITO estudo canadiano - publicado na semana passada na revista científica norte-americana «New England Journal of Medicine» - revela que as taxas de mortalidade de várias doenças súbitas são maiores em pacientes admitidos nos hospitais ao fim-de-semana. Em Portugal, as autoridades de Saúde desconhecem se esta situação também ocorre, por falta de estudos.

UM INÉDITO estudo canadiano - publicado na semana passada na revista científica norte-americana «New England Journal of Medicine» - revela que as taxas de mortalidade de várias doenças súbitas são maiores em pacientes admitidos nos hospitais ao fim-de-semana. Em Portugal, as autoridades de Saúde desconhecem se esta situação também ocorre, por falta de estudos.

Instituto de Urologia em risco de falência

O INSTITUTO de Urologia, em Lisboa, está à beira da falência. A fragilidade financeira da instituição particular - fundada em 1986 e transformada no ano passado em hospital de múltiplas valências - revela-se nas sucessivas acções sumárias interpostas por fornecedores, que se avolumam desde 1997 na comarca da capital.

Sindicalismo «on-line» dá despedimento na Petrogal

O TRIBUNAL de Trabalho de Lisboa (TTL) considerou ilícita a suspensão do sindicalista da Petrogal, cujos textos escritos num «chat» interno da empresa foram classificados de ofensivos pela administração. O funcionário é agora alvo de um processo disciplinar com vista a despedimento e continua impedido de entrar nas instalações da petrolífera nacional - uma proibição que se arrasta desde 17 de Julho. No entender do juiz da 2ª secção do 1º Juízo do TTL a «suspensão preventiva» de João Tunes, quadro superior da Petrogal, onde trabalha há 30 anos, não podia ter sido imposta antes deste ser notificado por uma nota de culpa - procedimento que a administração só executou a 13 de Agosto.

O TRIBUNAL de Trabalho de Lisboa (TTL) considerou ilícita a suspensão do sindicalista da Petrogal, cujos textos escritos num «chat» interno da empresa foram classificados de ofensivos pela administração. O funcionário é agora alvo de um processo disciplinar com vista a despedimento e continua impedido de entrar nas instalações da petrolífera nacional - uma proibição que se arrasta desde 17 de Julho. No entender do juiz da 2ª secção do 1º Juízo do TTL a «suspensão preventiva» de João Tunes, quadro superior da Petrogal, onde trabalha há 30 anos, não podia ter sido imposta antes deste ser notificado por uma nota de culpa - procedimento que a administração só executou a 13 de Agosto.

Descontrolo nos apoios a África

O TRIBUNAL de Contas (TC) detectou um vasto conjunto de irregularidades e falta de controlo nos apoios estatais concedidos pelo Fundo para a Cooperação Económica (FCE) a empresas nacionais a operarem no estrangeiro, sobretudo nos países de língua oficial portuguesa (PALOP).

TRAÇO CONTÍNUO

Sem justificação possível

NO ÚLTIMO domingo, testemunhei uma situação de perigo extremo, no Campo Grande. Uma mãe deslocava um bebé no seu carrinho pelo passeio lateral. A certa altura, deparou com vários automóveis estacionados no passeio que lhe impediam totalmente a passagem. Com um gesto resignado, de quem se confronta amiúde com tais obstáculos, olhou para trás, desceu o rebordo do passeio e continuou a andar - pela rua. Encostando o carrinho às traseiras dos carros parados, teve a sorte de não ser projectada por um dos carros que passavam por ela a grande velocidade. Mas, durante pelo menos um minuto e meio, mãe e filho estiveram expostos ao risco provável de morrer, por lhes ter sido negado o seu direito à livre circulação pelo passeio.

NO ÚLTIMO domingo, testemunhei uma situação de perigo extremo, no Campo Grande. Uma mãe deslocava um bebé no seu carrinho pelo passeio lateral. A certa altura, deparou com vários automóveis estacionados no passeio que lhe impediam totalmente a passagem. Com um gesto resignado, de quem se confronta amiúde com tais obstáculos, olhou para trás, desceu o rebordo do passeio e continuou a andar - pela rua. Encostando o carrinho às traseiras dos carros parados, teve a sorte de não ser projectada por um dos carros que passavam por ela a grande velocidade. Mas, durante pelo menos um minuto e meio, mãe e filho estiveram expostos ao risco provável de morrer, por lhes ter sido negado o seu direito à livre circulação pelo passeio.

SEMANA EM REVISTA

Seis meses após a tragédia Decorridos seis meses desde a queda da ponte de Entre-os-Rios, duas mil pessoas deslocaram-se, na terça-feira, a Fátima para uma missa em memória das vítimas. 40 autocarros foram disponibilizados pela Câmara de Castelo de Paiva para transportar familiares e amigos das vítimas. O presidente da Câmara, Paulo Pedroso, também se associou à iniciativa. No santuário, o bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira, manifestou a sua solidariedade, apelando aos presentes para terem «esperança no futuro» e terminou a intervenção com a leitura de um poema seu, escrito no próprio dia da tragédia. Entretanto apenas cinco famílias receberam até hoje a indemnização prometida. Decorridos seis meses desde a queda da ponte de Entre-os-Rios, duas mil pessoas deslocaram-se, na terça-feira, a Fátima para uma missa em memória das vítimas. 40 autocarros foram disponibilizados pela Câmara de Castelo de Paiva para transportar familiares e amigos das vítimas. O presidente da Câmara, Paulo Pedroso, também se associou à iniciativa. No santuário, o bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira, manifestou a sua solidariedade, apelando aos presentes para terem «esperança no futuro» e terminou a intervenção com a leitura de um poema seu, escrito no próprio dia da tragédia. Entretanto apenas cinco famílias receberam até hoje a indemnização prometida.

Caso Moderna decidido dia 14

Semana histórica nas televisões

HÁ SETE anos, José Eduardo Moniz abandonou a direcção da RTP, quando já era evidente que a SIC, dirigida por Emídio Rangel, caminhava para a liderança das audiências televisivas em Portugal - apesar dos milhões de contos que na 5 de Outubro se tinham gasto na compra de telenovelas e programas, muitos dos quais ficaram por exibir. Esta semana, a TVI tornou-se líder das audiências, relegando para segundo lugar a SIC, e Moniz comemorou com champanhe a vingança sobre o seu arqui-inimigo Rangel, que está a caminho da RTP.

HÁ SETE anos, José Eduardo Moniz abandonou a direcção da RTP, quando já era evidente que a SIC, dirigida por Emídio Rangel, caminhava para a liderança das audiências televisivas em Portugal - apesar dos milhões de contos que na 5 de Outubro se tinham gasto na compra de telenovelas e programas, muitos dos quais ficaram por exibir. Esta semana, a TVI tornou-se líder das audiências, relegando para segundo lugar a SIC, e Moniz comemorou com champanhe a vingança sobre o seu arqui-inimigo Rangel, que está a caminho da RTP.

Novelas nacionais conquistam mercado

APOSTAR em telenovelas portuguesas é mais caro para os canais nacionais do que importar as novelas brasileiras, desde que não sejam produzidas pela Globo, ou as mexicanas. Um episódio de uma novela mexicana custa cerca de 800 contos, valor que atinge os 1000 contos se for uma produção de um canal brasileiro, como o SBT ou a TV Bandeirantes. No caso de uma produção portuguesa, o preço pode oscilar entre os 6000 e os 8000 contos por capítulo - em média, uma novela tem entre 150 e 200 episódios.

Rangel, um convertido e um «canalha»

SE EMÍDIO Rangel, 54 anos, se tornar director-geral da RTP, após a recusa do cargo por nomes como José Nuno Martins, Luís Nazaré, Luís Marques, Luís Ribeiro e Lopes Araújo, certamente muita coisa vai mudar na 5 de Outubro. A primeira e mais espectacular mudança é, aliás, a do secretário de Estado da Comunicação Social, Alberto Arons de Carvalho, com quem Rangel manteve acesa troca de argumentos no passado.

SE EMÍDIO Rangel, 54 anos, se tornar director-geral da RTP, após a recusa do cargo por nomes como José Nuno Martins, Luís Nazaré, Luís Marques, Luís Ribeiro e Lopes Araújo, certamente muita coisa vai mudar na 5 de Outubro. A primeira e mais espectacular mudança é, aliás, a do secretário de Estado da Comunicação Social, Alberto Arons de Carvalho, com quem Rangel manteve acesa troca de argumentos no passado.

Presos à troca de pedidos de desculpa

A CIMEIRA Luso-Brasileira, que decorreu esta semana em Brasília, teve um «timing» que não é vulgar nestas coisas de agendas de Estado. Aconteceu mesmo em cima de dois factos que podiam ter prejudicado as relações entre os dois países. O primeiro foi o assassínio de seis turistas portugueses, há 15 dias, em Fortaleza, comandado por um também português, executado por quatro brasileiros. O segundo foi o cancelamento, esta semana, da operação de troca de acções da Telesp pela Portugal Telecom, que fez com que as acções da empresa brasileira de telecomunicações caíssem 32,15%, arrastando o índice indicativo da bolsa de valores de São Paulo, que fechou em baixa.

A CIMEIRA Luso-Brasileira, que decorreu esta semana em Brasília, teve um «timing» que não é vulgar nestas coisas de agendas de Estado. Aconteceu mesmo em cima de dois factos que podiam ter prejudicado as relações entre os dois países. O primeiro foi o assassínio de seis turistas portugueses, há 15 dias, em Fortaleza, comandado por um também português, executado por quatro brasileiros. O segundo foi o cancelamento, esta semana, da operação de troca de acções da Telesp pela Portugal Telecom, que fez com que as acções da empresa brasileira de telecomunicações caíssem 32,15%, arrastando o índice indicativo da bolsa de valores de São Paulo, que fechou em baixa.

Defesa de Militão invoca insanidade

LUÍS Miguel Militão Guerreiro, alegado autor moral do assassínio de seis empresários portugueses em Fortaleza, Brasil, está ansioso por saber quando é que vai sair da cadeia. Pelo menos foi essa a primeira pergunta que fez, com impaciência, ao seu advogado de defesa, Aldenor Xavier, na primeira visita que recebeu do criminalista. «Tentei explicar que as coisas não são tão fáceis como ele imagina», conta o advogado. A impaciência do detido levou o causídico a questionar-se, mais uma vez, sobre a personalidade de Militão, que diz ter dificuldade em compreender o que fez. Actualmente, a sua disposição oscila entre uma profunda depressão, com ameaças de suicídio, e a esperança de poder aguardar o julgamento em liberdade: «Ele é um rapaz fino, inteligente, de modos brandos, não sei como se meteu nesta».

LUÍS Miguel Militão Guerreiro, alegado autor moral do assassínio de seis empresários portugueses em Fortaleza, Brasil, está ansioso por saber quando é que vai sair da cadeia. Pelo menos foi essa a primeira pergunta que fez, com impaciência, ao seu advogado de defesa, Aldenor Xavier, na primeira visita que recebeu do criminalista., conta o advogado. A impaciência do detido levou o causídico a questionar-se, mais uma vez, sobre a personalidade de Militão, que diz ter dificuldade em compreender o que fez. Actualmente, a sua disposição oscila entre uma profunda depressão, com ameaças de suicídio, e a esperança de poder aguardar o julgamento em liberdade:

Comissão internacional propõe atrasar Alqueva

UMA comissão internacional de especialistas em Pré-História vai deslocar-se a Portugal e Espanha, de 19 a 22 de Setembro, para tomar conhecimento do estudo das mais de 600 rochas com gravuras rupestres de Alqueva e vincar a necessidade de ser dado o tempo necessário ao seu inventário completo. Porém, o presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA), Adérito Serrão, garante que o estudo das gravuras não interferirá com a data de enchimento da albufeira, previsto para o início de 2002 .

UMA comissão internacional de especialistas em Pré-História vai deslocar-se a Portugal e Espanha, de 19 a 22 de Setembro, para tomar conhecimento do estudo das mais de 600 rochas com gravuras rupestres de Alqueva e vincar a necessidade de ser dado o tempo necessário ao seu inventário completo. Porém, o presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA), Adérito Serrão, garante que o estudo das gravuras não interferirá com a data de enchimento da albufeira, previsto para o início de 2002 .

Monjardino recusa condecoração

ÁLVARO Monjardino, o primeiro presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, recusou a condecoração com que o Presidente da República, Jorge Sampaio, o pretendia agraciar por ocasião do 25º aniversário da autonomia daquele arquipélago. Contactado pelo EXPRESSO, Álvaro Monjardino recusou peremptoriamente pronunciar-se sobre o assunto. «Sobre isso não falo», foi a única resposta do social-democrata açoriano quando instado a confirmar e a justificar a sua recusa.

Governo envia ao TC «caso Estrada da Luz»

O MINISTÉRIO das Finanças remeteu para o Tribunal de Contas (TC) as conclusões do processo de averiguações instaurado à Direcção-Geral do Património (DGP) relativo à venda dos terrenos da Estrada da Luz, em Lisboa, mas recusa-se a divulgar o seu conteúdo. Em causa está um contrato de permuta, assinado em Dezembro de 1997, entre a DGP e a Vilanorte - uma empresa de construção detida pelo proprietário da Rádio Capital - que viria a ser «transformado» numa venda sem hasta pública, feita em Janeiro último, por 200 mil contos.

Arcebispo de Lubango no prémio Sakharov

A CANDIDATURA do arcebispo do Lubango, D. Zacarias Kamuenho, ao prémio Sakharov 2001 foi entregue, anteontem, no Parlamento Europeu. Apesar de a iniciativa ter partido do eurodeputado popular José Ribeiro e Castro, não se trata de uma candidatura partidária. «Resulta de testemunhos pessoais de vários deputados pois serve a causa plural que é a da paz em Angola», sublinhou Ribeiro e Castro. A proposta de candidatura foi assinada e apoiada por 90 eurodeputados de todos os Estados-membros e de vários grupos políticos.

Guterres «ignora» Campelo

O GOVERNO não desdenha a aprovação do Orçamento do Estado para 2002 novamente com o voto de Daniel Campelo, mas garante que não fará um gesto para que o «negócio» de há um ano se repita. A estratégia está bem definida: para evitar uma reedição da polémica que rodeou o modo encontrado para a aprovação do OE/2001, o primeiro-ministro e o ministro das Finanças dão todas as oportunidades aos partidos com assento parlamentar para que participem e cheguem a acordo com o Executivo na elaboração das contas para o próximo ano.

O GOVERNO não desdenha a aprovação do Orçamento do Estado para 2002 novamente com o voto de Daniel Campelo, mas garante que não fará um gesto para que o «negócio» de há um ano se repita. A estratégia está bem definida: para evitar uma reedição da polémica que rodeou o modo encontrado para a aprovação do OE/2001, o primeiro-ministro e o ministro das Finanças dão todas as oportunidades aos partidos com assento parlamentar para que participem e cheguem a acordo com o Executivo na elaboração das contas para o próximo ano.

A obsessão de Sampaio

JORGE Sampaio viltou de férias com uma velha obsessão: os políticos têm que se entender de vez quanto à reforma do sistema, a começar na lei eleitoral para a Assembleia da República - que carece de dois terços dos votos do hemiciclo para ser aprovada. O «enésimo» apelo do Presidente da República neste sentido foi emitido dos Açores, na terça-feira, nas comemorações dos 25 anos de Autonomia da Região: «Temos de ter a coragem de realizar as reformas que se impõem. Se não conseguirmos realizá-las à primeira tentativa, conseguiremos à segunda. Não podemos é desistir», afirmou Sampaio, reeditando um discurso que se lhe ouve recorrentemente.

JORGE Sampaio viltou de férias com uma velha obsessão: os políticos têm que se entender de vez quanto à reforma do sistema, a começar na lei eleitoral para a Assembleia da República - que carece de dois terços dos votos do hemiciclo para ser aprovada. O «enésimo» apelo do Presidente da República neste sentido foi emitido dos Açores, na terça-feira, nas comemorações dos 25 anos de Autonomia da Região:, afirmou Sampaio, reeditando um discurso que se lhe ouve recorrentemente.

Carrilho sem resposta

«NÃO há resposta a dar. Isto é tudo um equívoco», afirma o gabinete do ministro das Finanças, a propósito da acusação de Manuel Maria Carrilho de que Guilherme d'Oliveira Martins o persegue. «O Gabinete não revelou, nem nunca revela, qualquer relatório de inspecções das Finanças», disse ao EXPRESSO a porta-voz de Oliveira Martins, esclarecendo que «o que foi enviado à 'Focus', que o pediu especificamente, foi o despacho do ministro relativo ao relatório em causa» e não, como o EXPRESSO por lapso escreveu, uma cópia das conclusões da investigação.

, afirma o gabinete do ministro das Finanças, a propósito da acusação de Manuel Maria Carrilho de que Guilherme d'Oliveira Martins o persegue., disse ao EXPRESSO a porta-voz de Oliveira Martins, esclarecendo quee não, como o EXPRESSO por lapso escreveu, uma cópia das conclusões da investigação.

A Festa número 25

PRETEXTOS para celebrações não faltam aos comunistas na edição deste ano da Festa do Avante!, que ontem começou na Quinta da Atalaia, no Seixal: a 25ª edição da Festa, o 80º aniversário do PCP, os 70 anos do jornal «Avante!»... Mas outro número menos redondo e mais amargo não deixará de estar presente na mente dos dirigentes do PCP: os 5,1% de votos em António Abreu nas presidenciais de Janeiro. Um mínimo histórico do partido e um aviso a ter em conta no arranque para eleições autárquicas em que a CDU enfrenta a forte aposta do PS em conquistar-lhe mais uma mão-cheia de municípios emblemáticos.

PRETEXTOS para celebrações não faltam aos comunistas na edição deste ano da Festa do Avante!, que ontem começou na Quinta da Atalaia, no Seixal: a 25ª edição da Festa, o 80º aniversário do PCP, os 70 anos do jornal «Avante!»... Mas outro número menos redondo e mais amargo não deixará de estar presente na mente dos dirigentes do PCP: os 5,1% de votos em António Abreu nas presidenciais de Janeiro. Um mínimo histórico do partido e um aviso a ter em conta no arranque para eleições autárquicas em que a CDU enfrenta a forte aposta do PS em conquistar-lhe mais uma mão-cheia de municípios emblemáticos.

Desconfiança volta à Direita

A DESCONFIANÇA e a tensão voltaram às relações entre o PSD e o PP, após o falhanço, na semana passada, das negociações com vista a uma coligação em Lisboa. Em ambos os partidos ouvem-se agora duras críticas e acusações mútuas - mas também algumas vozes que ainda tentam preservar as vias abertas para um acordo que tire o PS do Governo. No PSD, a decisão do líder do PP, Paulo Portas, de levar por diante a sua candidatura à presidência de Lisboa «foi a prova dos nove que faltava: é ele o verdadeiro elemento perturbador na relação entre os dois partidos», comenta um membro da direcção social-democrata.

A DESCONFIANÇA e a tensão voltaram às relações entre o PSD e o PP, após o falhanço, na semana passada, das negociações com vista a uma coligação em Lisboa. Em ambos os partidos ouvem-se agora duras críticas e acusações mútuas - mas também algumas vozes que ainda tentam preservar as vias abertas para um acordo que tire o PS do Governo. No PSD, a decisão do líder do PP, Paulo Portas, de levar por diante a sua candidatura à presidência de Lisboa, comenta um membro da direcção social-democrata.

Médico de província enfrenta PCP

ANTES de ser candidato à Câmara de Montemor-o-Novo, nas primeiras eleições autárquicas em que são admitidos candidatos independentes, Agostinho Petronilho Simão é delegado de saúde do concelho. E como tal é sobejamente conhecido e reconhecido por toda a gente na rua. A cada esquina pára para cumprimentar a menina tal ou o compadre tal. Pergunta pela saúde ou por «aquele problema», pela mãe, por isto e por aquilo, ou comenta o último encontro na feira do domingo passado. É o cabeça-de-lista do Movimento Cívico Pró-Montemor, determinado a ser a alternativa à presidência da Câmara da CDU, que comanda os destinos da autarquia desde 1976.

ANTES de ser candidato à Câmara de Montemor-o-Novo, nas primeiras eleições autárquicas em que são admitidos candidatos independentes, Agostinho Petronilho Simão é delegado de saúde do concelho. E como tal é sobejamente conhecido e reconhecido por toda a gente na rua. A cada esquina pára para cumprimentar a menina tal ou o compadre tal. Pergunta pela saúde ou por, pela mãe, por isto e por aquilo, ou comenta o último encontro na feira do domingo passado. É o cabeça-de-lista do Movimento Cívico Pró-Montemor, determinado a ser a alternativa à presidência da Câmara da CDU, que comanda os destinos da autarquia desde 1976.

Igreja diz que não tolera padres na política

A IGREJA não tolera candidaturas políticas de padres. Em vésperas de eleições autárquicas, e pela primeira vez na sua história, a Arquidiocese de Braga tomou uma posição firme sobre o assunto e não volta atrás. A primeira «vítima» desta decisão foi o padre Albino Carneiro, que anunciou a sua candidatura pelo PSD à Câmara de Vieira do Minho. Como consequência, foi suspenso da sua actividade como pároco e, caso perca as eleições de Dezembro, pode ser transferido.

Picos da Europa somam vítimas

OS ACIDENTES ocorridos nos Picos da Europa em Agosto, que vitimaram dois portugueses, foram os mais graves de sempre envolvendo montanhistas nacionais. Provocaram um ambiente de consternação entre a comunidade de desportistas ibéricos e vieram ensombrar a prática desta modalidade. Os Picos da Europa fazem parte da Cordilheira Cantábrica, no principado das Astúrias, Espanha, e constituem um verdadeiro repto para os montanhistas e alpinistas de todo o mundo.

OS ACIDENTES ocorridos nos Picos da Europa em Agosto, que vitimaram dois portugueses, foram os mais graves de sempre envolvendo montanhistas nacionais. Provocaram um ambiente de consternação entre a comunidade de desportistas ibéricos e vieram ensombrar a prática desta modalidade. Os Picos da Europa fazem parte da Cordilheira Cantábrica, no principado das Astúrias, Espanha, e constituem um verdadeiro repto para os montanhistas e alpinistas de todo o mundo.

Dois milhões vão à escola

CERCA de dois milhões de pessoas, entre alunos, professores e pessoal não docente, fazem a «rentrée» escolar entre a próxima segunda-feira e o dia 17. As polémicas aulas de 90 minutos são a principal novidade do novo ano lectivo, que começa com o arranque da reorganização curricular do ensino básico, onde está inscrito o maior contingente, com mais de 1,13 milhões de crianças e jovens.

CERCA de dois milhões de pessoas, entre alunos, professores e pessoal não docente, fazem a «rentrée» escolar entre a próxima segunda-feira e o dia 17. As polémicas aulas de 90 minutos são a principal novidade do novo ano lectivo, que começa com o arranque da reorganização curricular do ensino básico, onde está inscrito o maior contingente, com mais de 1,13 milhões de crianças e jovens.

Universidade Técnica abre pólo em Angola

DEPOIS da Católica, da Lusíada e do Instituto Piaget, em Luanda, a Universidade Técnica de Lisboa (UTL) prepara-se para transmitir a sua experiência em Angola, através da implantação do ensino superior público na província de Benguela. Especialistas daquela instituição procederam ao diagnóstico do centro universitário da referida província e concluíram pela viabilidade, e mesmo necessidade, de criar um pólo de ensino superior público. O objectivo é fazer face ao crescimento exponencial da população estudantil local e à procura de recursos humanos qualificados, para acudir aos novos desafios do desenvolvimento do sector empresarial.

Doenças súbitas mais letais ao fim-de-semana

UM INÉDITO estudo canadiano - publicado na semana passada na revista científica norte-americana «New England Journal of Medicine» - revela que as taxas de mortalidade de várias doenças súbitas são maiores em pacientes admitidos nos hospitais ao fim-de-semana. Em Portugal, as autoridades de Saúde desconhecem se esta situação também ocorre, por falta de estudos.

UM INÉDITO estudo canadiano - publicado na semana passada na revista científica norte-americana «New England Journal of Medicine» - revela que as taxas de mortalidade de várias doenças súbitas são maiores em pacientes admitidos nos hospitais ao fim-de-semana. Em Portugal, as autoridades de Saúde desconhecem se esta situação também ocorre, por falta de estudos.

Instituto de Urologia em risco de falência

O INSTITUTO de Urologia, em Lisboa, está à beira da falência. A fragilidade financeira da instituição particular - fundada em 1986 e transformada no ano passado em hospital de múltiplas valências - revela-se nas sucessivas acções sumárias interpostas por fornecedores, que se avolumam desde 1997 na comarca da capital.

Sindicalismo «on-line» dá despedimento na Petrogal

O TRIBUNAL de Trabalho de Lisboa (TTL) considerou ilícita a suspensão do sindicalista da Petrogal, cujos textos escritos num «chat» interno da empresa foram classificados de ofensivos pela administração. O funcionário é agora alvo de um processo disciplinar com vista a despedimento e continua impedido de entrar nas instalações da petrolífera nacional - uma proibição que se arrasta desde 17 de Julho. No entender do juiz da 2ª secção do 1º Juízo do TTL a «suspensão preventiva» de João Tunes, quadro superior da Petrogal, onde trabalha há 30 anos, não podia ter sido imposta antes deste ser notificado por uma nota de culpa - procedimento que a administração só executou a 13 de Agosto.

O TRIBUNAL de Trabalho de Lisboa (TTL) considerou ilícita a suspensão do sindicalista da Petrogal, cujos textos escritos num «chat» interno da empresa foram classificados de ofensivos pela administração. O funcionário é agora alvo de um processo disciplinar com vista a despedimento e continua impedido de entrar nas instalações da petrolífera nacional - uma proibição que se arrasta desde 17 de Julho. No entender do juiz da 2ª secção do 1º Juízo do TTL a «suspensão preventiva» de João Tunes, quadro superior da Petrogal, onde trabalha há 30 anos, não podia ter sido imposta antes deste ser notificado por uma nota de culpa - procedimento que a administração só executou a 13 de Agosto.

Descontrolo nos apoios a África

O TRIBUNAL de Contas (TC) detectou um vasto conjunto de irregularidades e falta de controlo nos apoios estatais concedidos pelo Fundo para a Cooperação Económica (FCE) a empresas nacionais a operarem no estrangeiro, sobretudo nos países de língua oficial portuguesa (PALOP).

TRAÇO CONTÍNUO

Sem justificação possível

NO ÚLTIMO domingo, testemunhei uma situação de perigo extremo, no Campo Grande. Uma mãe deslocava um bebé no seu carrinho pelo passeio lateral. A certa altura, deparou com vários automóveis estacionados no passeio que lhe impediam totalmente a passagem. Com um gesto resignado, de quem se confronta amiúde com tais obstáculos, olhou para trás, desceu o rebordo do passeio e continuou a andar - pela rua. Encostando o carrinho às traseiras dos carros parados, teve a sorte de não ser projectada por um dos carros que passavam por ela a grande velocidade. Mas, durante pelo menos um minuto e meio, mãe e filho estiveram expostos ao risco provável de morrer, por lhes ter sido negado o seu direito à livre circulação pelo passeio.

NO ÚLTIMO domingo, testemunhei uma situação de perigo extremo, no Campo Grande. Uma mãe deslocava um bebé no seu carrinho pelo passeio lateral. A certa altura, deparou com vários automóveis estacionados no passeio que lhe impediam totalmente a passagem. Com um gesto resignado, de quem se confronta amiúde com tais obstáculos, olhou para trás, desceu o rebordo do passeio e continuou a andar - pela rua. Encostando o carrinho às traseiras dos carros parados, teve a sorte de não ser projectada por um dos carros que passavam por ela a grande velocidade. Mas, durante pelo menos um minuto e meio, mãe e filho estiveram expostos ao risco provável de morrer, por lhes ter sido negado o seu direito à livre circulação pelo passeio.

SEMANA EM REVISTA

Seis meses após a tragédia Decorridos seis meses desde a queda da ponte de Entre-os-Rios, duas mil pessoas deslocaram-se, na terça-feira, a Fátima para uma missa em memória das vítimas. 40 autocarros foram disponibilizados pela Câmara de Castelo de Paiva para transportar familiares e amigos das vítimas. O presidente da Câmara, Paulo Pedroso, também se associou à iniciativa. No santuário, o bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira, manifestou a sua solidariedade, apelando aos presentes para terem «esperança no futuro» e terminou a intervenção com a leitura de um poema seu, escrito no próprio dia da tragédia. Entretanto apenas cinco famílias receberam até hoje a indemnização prometida. Decorridos seis meses desde a queda da ponte de Entre-os-Rios, duas mil pessoas deslocaram-se, na terça-feira, a Fátima para uma missa em memória das vítimas. 40 autocarros foram disponibilizados pela Câmara de Castelo de Paiva para transportar familiares e amigos das vítimas. O presidente da Câmara, Paulo Pedroso, também se associou à iniciativa. No santuário, o bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira, manifestou a sua solidariedade, apelando aos presentes para terem «esperança no futuro» e terminou a intervenção com a leitura de um poema seu, escrito no próprio dia da tragédia. Entretanto apenas cinco famílias receberam até hoje a indemnização prometida.

Caso Moderna decidido dia 14

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