Onze nomes para a Europa

20-12-1999
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Paulo Portas na apresentação da lista do CDS/PP ao PE (ao lado, os candidatos do PS, PSD e CDU): os populares foram os últimos a entregar as candidaturas no Tribunal Constitucional

O PP foi o último partido a fechar as suas listas para a Europa, com o elenco completo anunciado publicamente na segunda-feira, o último dia do prazo para entregar as candidaturas no Tribunal Constitucional. Depois de duas semanas de espera, e contrariamente às expectativas, o misterioso «número três» dos populares acabou por «ficar em casa». Gorando as expectativas, já que Paulo Portas, quando, há cerca de quinze dias, apresentou a maioria dos seus candidatos a Bruxelas - à excepção do «número três» -, anunciara que o terceiro elemento da sua lista europeia acrescentaria «ao partido mais do que ele já tem». Afinal, neste posto acabou por ficar José Ribeiro e Castro, um dos elementos da comissão directiva. Ribeiro e Castro que, se o PP eleger dois eurodeputados (o pior cenário admitido no Largo do Caldas), poderá mesmo vir a ocupar um lugar em Estrasburgo, caso se confirme a já anunciada saída de Portas para o Parlamento Nacional, em Outubro. Para este «número três» chegou a ser falado o nome de Miguel Anacoreta Correia (escolha confirmada por um elemento da direcção de Portas e desmentida por outro), um membro do Conselho Económico e Social do PP, que se reúne pela primeira vez amanhã e que tem estado ao lado de Maria José Nogueira Pinto. Macedo da Silva, também membro do Conselho Económico e Social, foi outra das hipóteses aventadas. Também «em casa» ficou o nome escolhido para mandatário nacional, Luís Nobre Guedes, o «número dois» de Paulo Portas na direcção, enquanto Rosado Fernandes, que recentemente aderiu ao PP e é um dos eurodeputados populares cessantes, é o presidente de honra da comissão de candidatura. As doze candidaturas

Até segunda-feira, além do PP, mais dez partidos e uma coligação entregaram as suas listas no Tribunal Constitucional. Curiosamente, menos duas candidaturas do que em 1994, altura em que catorze forças políticas disputaram os 25 lugares a que Portugal tem direito no hemiciclo de Estrasburgo. Mas, apesar de haver protagonistas diferentes, esta diminuição de listas não implica que haja menos candidatos: há cinco anos, PSR, UDP e Política XXI concorreram separados, agora aparecem juntos no Bloco de Esquerda. Repetentes, além dos óbvios «quatro maiores», são o Movimento Partido da Terra (MPT), PCTP-MRPP, Partido Democrático do Atlântico (PDA), PPM e PSN.

Este ano, desaparecem o MUT e o PRD, dando lugar ao «velho» Partido Operário de Unidade Socialista (POUS) e ao novo Partido Humanista (PH), além, obviamente, do já referido Bloco de Esquerda. Aparentemente pelo caminho terá ficado o Partido Humanista, que no dia 26 de Março entregou no Tribunal Constitucional as assinaturas necessárias para a sua legalização. No entanto, o Tribunal entendeu que os promotores deste partido não tinham cumprido os prazos legais para o registo no TC, de forma a poder participar já nas eleições de Junho. Desta decisão, os membros da comissão instaladora do Partido Humanista estão a ponderar a hipótese de recurso.

Já quanto aos cabeças-de-lista, além de Mário Soares (PS), Pacheco Pereira (PSD), Paulo Portas (CDS/PP) e Ilda Figueiredo (CDU), vão tentar um lugar em Estrasburgo Miguel Portas (pelo Bloco de Esquerda), Carmelinda Pereira (pelo POUS), Pedro Alves (pelo PCTP/MRPP), José Coelho (pelo PPM), Paulo Trancoso (pelo MPT), Arlindo Ribeiro Brilhante (pelo PSN) e Carlos Melo Bento (pelo PDA). Uma tarefa complicada, tendo em conta que nas últimas eleições ao Parlamento Europeu os socialistas elegeram dez deputados, os sociais-democratas nove e os populares e comunistas três cada um, o que esgotou os vinte e cinco lugares a que Portugal tem direito em Estrasburgo. Feitas as contas de outro modo, em 1994, os quatro maiores partidos obtiveram cerca de 96% dos votos expressos - 74% dos quais divididos entre o PS e o PSD. TERESA OLIVEIRA

Paulo Portas na apresentação da lista do CDS/PP ao PE (ao lado, os candidatos do PS, PSD e CDU): os populares foram os últimos a entregar as candidaturas no Tribunal Constitucional

O PP foi o último partido a fechar as suas listas para a Europa, com o elenco completo anunciado publicamente na segunda-feira, o último dia do prazo para entregar as candidaturas no Tribunal Constitucional. Depois de duas semanas de espera, e contrariamente às expectativas, o misterioso «número três» dos populares acabou por «ficar em casa». Gorando as expectativas, já que Paulo Portas, quando, há cerca de quinze dias, apresentou a maioria dos seus candidatos a Bruxelas - à excepção do «número três» -, anunciara que o terceiro elemento da sua lista europeia acrescentaria «ao partido mais do que ele já tem». Afinal, neste posto acabou por ficar José Ribeiro e Castro, um dos elementos da comissão directiva. Ribeiro e Castro que, se o PP eleger dois eurodeputados (o pior cenário admitido no Largo do Caldas), poderá mesmo vir a ocupar um lugar em Estrasburgo, caso se confirme a já anunciada saída de Portas para o Parlamento Nacional, em Outubro. Para este «número três» chegou a ser falado o nome de Miguel Anacoreta Correia (escolha confirmada por um elemento da direcção de Portas e desmentida por outro), um membro do Conselho Económico e Social do PP, que se reúne pela primeira vez amanhã e que tem estado ao lado de Maria José Nogueira Pinto. Macedo da Silva, também membro do Conselho Económico e Social, foi outra das hipóteses aventadas. Também «em casa» ficou o nome escolhido para mandatário nacional, Luís Nobre Guedes, o «número dois» de Paulo Portas na direcção, enquanto Rosado Fernandes, que recentemente aderiu ao PP e é um dos eurodeputados populares cessantes, é o presidente de honra da comissão de candidatura. As doze candidaturas

Até segunda-feira, além do PP, mais dez partidos e uma coligação entregaram as suas listas no Tribunal Constitucional. Curiosamente, menos duas candidaturas do que em 1994, altura em que catorze forças políticas disputaram os 25 lugares a que Portugal tem direito no hemiciclo de Estrasburgo. Mas, apesar de haver protagonistas diferentes, esta diminuição de listas não implica que haja menos candidatos: há cinco anos, PSR, UDP e Política XXI concorreram separados, agora aparecem juntos no Bloco de Esquerda. Repetentes, além dos óbvios «quatro maiores», são o Movimento Partido da Terra (MPT), PCTP-MRPP, Partido Democrático do Atlântico (PDA), PPM e PSN.

Este ano, desaparecem o MUT e o PRD, dando lugar ao «velho» Partido Operário de Unidade Socialista (POUS) e ao novo Partido Humanista (PH), além, obviamente, do já referido Bloco de Esquerda. Aparentemente pelo caminho terá ficado o Partido Humanista, que no dia 26 de Março entregou no Tribunal Constitucional as assinaturas necessárias para a sua legalização. No entanto, o Tribunal entendeu que os promotores deste partido não tinham cumprido os prazos legais para o registo no TC, de forma a poder participar já nas eleições de Junho. Desta decisão, os membros da comissão instaladora do Partido Humanista estão a ponderar a hipótese de recurso.

Já quanto aos cabeças-de-lista, além de Mário Soares (PS), Pacheco Pereira (PSD), Paulo Portas (CDS/PP) e Ilda Figueiredo (CDU), vão tentar um lugar em Estrasburgo Miguel Portas (pelo Bloco de Esquerda), Carmelinda Pereira (pelo POUS), Pedro Alves (pelo PCTP/MRPP), José Coelho (pelo PPM), Paulo Trancoso (pelo MPT), Arlindo Ribeiro Brilhante (pelo PSN) e Carlos Melo Bento (pelo PDA). Uma tarefa complicada, tendo em conta que nas últimas eleições ao Parlamento Europeu os socialistas elegeram dez deputados, os sociais-democratas nove e os populares e comunistas três cada um, o que esgotou os vinte e cinco lugares a que Portugal tem direito em Estrasburgo. Feitas as contas de outro modo, em 1994, os quatro maiores partidos obtiveram cerca de 96% dos votos expressos - 74% dos quais divididos entre o PS e o PSD. TERESA OLIVEIRA

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