EXPRESSO: País

22-09-2001
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Reitores não garantem aumentos salariais

AS UNIVERSIDADES públicas recusam-se a suportar os aumentos salariais de professores e funcionários negociados entre o Governo e sindicatos. Adriano Pimpão, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Públicas (CRUP), disse ao EXPRESSO que o orçamento atribuído para 2001 não contempla o aumento dos ordenados dos funcionários públicos. «Nas reuniões que temos tido, o ministro da Educação aceitou a lógica da nossa proposta. Mas se o tal reforço não chegar, as instituições estão impossibilitadas de funcionar até ao final do ano», afirmou Adriano Pimpão.

José Reis, secretário de Estado do Ensino Superior, tem uma visão bastante distinta dos apertos de cinto das universidades e afirma que «gozam de uma situação confortável e adequada». E salienta que o orçamento universitário teve este ano «um crescimento real de 10%».

O membro do Governo afirma mesmo que os orçamentos das instituições estão aos níveis do chamado orçamento-padrão, uma fórmula que tem em conta rácios como o de professores/aluno, não docentes/aluno, e considerada como garantia de um ensino de qualidade. Mas estudantes e reitores discordam em absoluto da posição do Executivo.

«Os dinheiros universitários estão este ano 11% abaixo do orçamento-padrão e este valor pressupõe que os aumentos salariais sejam suportados pelo Governo», sublinha o presidente do CRUP.

Outra questão que está a dividir Governo, por um lado, e reitores e estudantes, por outro, é o facto de as propinas estarem a ser canalizadas para pagar despesas correntes e, por vezes, salários de professores. «As propinas servem para aumentar a qualidade do ensino, para a compra de livros e de equipamento e algumas infra-estruturas», defende Pimpão.

Entretanto, as associações de estudantes do Algarve e de Coimbra interpuseram esta semana uma acção contra o Estado, pedindo uma indemnização de dezenas de milhões de contos, por não estar a ser cumprido o espírito da lei das propinas.

Reitores não garantem aumentos salariais

AS UNIVERSIDADES públicas recusam-se a suportar os aumentos salariais de professores e funcionários negociados entre o Governo e sindicatos. Adriano Pimpão, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Públicas (CRUP), disse ao EXPRESSO que o orçamento atribuído para 2001 não contempla o aumento dos ordenados dos funcionários públicos. «Nas reuniões que temos tido, o ministro da Educação aceitou a lógica da nossa proposta. Mas se o tal reforço não chegar, as instituições estão impossibilitadas de funcionar até ao final do ano», afirmou Adriano Pimpão.

José Reis, secretário de Estado do Ensino Superior, tem uma visão bastante distinta dos apertos de cinto das universidades e afirma que «gozam de uma situação confortável e adequada». E salienta que o orçamento universitário teve este ano «um crescimento real de 10%».

O membro do Governo afirma mesmo que os orçamentos das instituições estão aos níveis do chamado orçamento-padrão, uma fórmula que tem em conta rácios como o de professores/aluno, não docentes/aluno, e considerada como garantia de um ensino de qualidade. Mas estudantes e reitores discordam em absoluto da posição do Executivo.

«Os dinheiros universitários estão este ano 11% abaixo do orçamento-padrão e este valor pressupõe que os aumentos salariais sejam suportados pelo Governo», sublinha o presidente do CRUP.

Outra questão que está a dividir Governo, por um lado, e reitores e estudantes, por outro, é o facto de as propinas estarem a ser canalizadas para pagar despesas correntes e, por vezes, salários de professores. «As propinas servem para aumentar a qualidade do ensino, para a compra de livros e de equipamento e algumas infra-estruturas», defende Pimpão.

Entretanto, as associações de estudantes do Algarve e de Coimbra interpuseram esta semana uma acção contra o Estado, pedindo uma indemnização de dezenas de milhões de contos, por não estar a ser cumprido o espírito da lei das propinas.

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