Polícia que matou colega vai hoje a julgamento

31-10-2001
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Polícia Que Matou Colega Vai Hoje a Julgamento

Quarta-feira, 19 de Setembro de 2001

José Reis, acusado de matar à queima-roupa o colega Reinaldo Valentim, "assume a culpa mas não nos moldes da acusação"

"Muito mais equilibrado", é como Isabel Carola, advogada de defesa oficiosa de José Reis, o descreve. Acusado do homicídio do colega de profissão Reinaldo Valentim, também agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Elvas, José Reis vai hoje ausentar-se do Estabelecimento Prisional de Santarém, onde passou o último ano, para se sentar no banco dos réus do Tribunal de Elvas, para um julgamento que, pela primeira vez na comarca, conta com a presença de um corpo de jurados, constituído por quatro elementos.

As circunstâncias e o motivo do alegado crime são aparentemente conhecidos. No pino do Verão, a 22 de Agosto de 2000, José Reis, de 39 anos, esperou que o colega Reinaldo Valentim, de 32, terminasse o turno e, logo depois da sua saída da esquadra, na Avenida 24 de Janeiro, disparou dois tiros à queima roupa que lhe tiraram a vida. Seguiu-se uma infrutífera fuga de três horas por estradas sul alentejanas. José Reis foi capturado e entregue ao tribunal, que decretou de imediato a sua prisão preventiva.

Naquela mesma noite várias testemunhas depuseram perante as autoridades. Dos seus relatos ficou lavrado que José Reis disparou dois tiros sobre o colega, um na cabeça e outro no pescoço.

O ciúme da mulher com quem vivia, também ela agente da PSP, parece ter sido a causa do acto. Familiares e conhecidos revelaram na altura outros casos de comportamentos violentos de José Reis sobre os colegas, entre os quais perseguições aos carros patrulha em que seguisse a sua companheira. O agente baleado fora escalado para um turno com a mulher polícia.

Segundo a advogada Isabel Carola, o arguido, submetido "a um ano de tratamento psiquiátrico e psicológico", "assume a culpa do ocorrido, mas não nos moldes da acusação". Segundo ela, este vai ser um "julgamento complicado", nomeadamente pela existência de jurados que - afirma - "vão inibir o réu e as testemunhas". A.F.

Polícia Que Matou Colega Vai Hoje a Julgamento

Quarta-feira, 19 de Setembro de 2001

José Reis, acusado de matar à queima-roupa o colega Reinaldo Valentim, "assume a culpa mas não nos moldes da acusação"

"Muito mais equilibrado", é como Isabel Carola, advogada de defesa oficiosa de José Reis, o descreve. Acusado do homicídio do colega de profissão Reinaldo Valentim, também agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Elvas, José Reis vai hoje ausentar-se do Estabelecimento Prisional de Santarém, onde passou o último ano, para se sentar no banco dos réus do Tribunal de Elvas, para um julgamento que, pela primeira vez na comarca, conta com a presença de um corpo de jurados, constituído por quatro elementos.

As circunstâncias e o motivo do alegado crime são aparentemente conhecidos. No pino do Verão, a 22 de Agosto de 2000, José Reis, de 39 anos, esperou que o colega Reinaldo Valentim, de 32, terminasse o turno e, logo depois da sua saída da esquadra, na Avenida 24 de Janeiro, disparou dois tiros à queima roupa que lhe tiraram a vida. Seguiu-se uma infrutífera fuga de três horas por estradas sul alentejanas. José Reis foi capturado e entregue ao tribunal, que decretou de imediato a sua prisão preventiva.

Naquela mesma noite várias testemunhas depuseram perante as autoridades. Dos seus relatos ficou lavrado que José Reis disparou dois tiros sobre o colega, um na cabeça e outro no pescoço.

O ciúme da mulher com quem vivia, também ela agente da PSP, parece ter sido a causa do acto. Familiares e conhecidos revelaram na altura outros casos de comportamentos violentos de José Reis sobre os colegas, entre os quais perseguições aos carros patrulha em que seguisse a sua companheira. O agente baleado fora escalado para um turno com a mulher polícia.

Segundo a advogada Isabel Carola, o arguido, submetido "a um ano de tratamento psiquiátrico e psicológico", "assume a culpa do ocorrido, mas não nos moldes da acusação". Segundo ela, este vai ser um "julgamento complicado", nomeadamente pela existência de jurados que - afirma - "vão inibir o réu e as testemunhas". A.F.

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