DN

23-05-2001
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Daniel Campelo reserva para amanhã a sua posição. Mas se, como repetidamente tem afirmado, mantiver a disponibilidade para ficar na autarquia pelo seu partido, o embróglio só será resolvido com um conselho nacional. Isto porque Ponte de Lima ficou fora das competências atribuídas à direcção nacional no que toca ao processo autárquico. Não sendo um local onde haverá coligação e não tendo muitos habitantes, é à concelhia local e à distrital de Viana do Castelo que cabe a escolha do candidato àquela câmara. E estes já fizeram questão de dizer que querem Campelo: "O nosso candidato natural é Daniel Campelo que apoiamos incondicionalmente. Não vamos abdicar disso", precisou José Pires da Silva, líder da concelhia de Ponte de Lima. Para aquele dirigente centrista, "não há alternativa. Quem apostar em outro nome comete um erro crasso. Ele é um dos melhores autarcas do País. E eu não tenho dúvidas de que vai aceitar a recandidatura". Pelo CDS/PP? José Pires da Silva não hesitou. "Qualquer partido teria muito gosto em o ver como cabeça-de-lista". Deduz-se, então, que tanto o PSD como o PS já tentaram cativá-lo? A resposta: "Oficiosamente, ambos me comunicaram que estavam de braços abertos".

Resta saber se, caso seja expulso, o autarca mantém disponibilidade para se recandidatar, mesmo como independente, nas listas dos populares. "Estou sereno. Provavelmente amanhã devo reagir publicamente à decisão do CDS/PP".

A polémica remonta a Novembro do ano passado, quando Campelo trocou, por uns dias, o papel de edil pelo de deputado. Desrespeitando a disciplina partidária, o homem que já tinha feito greve de fome em defesa do queijo da sua terra, absteve-se na votação do OE em troca de contrapartidas não só para Ponte de Lima, como também para o distrito de Viana do Castelo. Paulo Portas não lhe perdoou a "traição" e desde então tem garantido que prefere "perder uma câmara e um amigo a perder a face". Certo é que sem Daniel Campelo nas suas listas para as autárquicas de Dezembro, o PP arrisca-se é a perder mais uma das oito câmaras que detém. A segunda é a da Batalha, cujo autarca já se passou para o PSD.

* Com Alfredo Mendes

Daniel Campelo reserva para amanhã a sua posição. Mas se, como repetidamente tem afirmado, mantiver a disponibilidade para ficar na autarquia pelo seu partido, o embróglio só será resolvido com um conselho nacional. Isto porque Ponte de Lima ficou fora das competências atribuídas à direcção nacional no que toca ao processo autárquico. Não sendo um local onde haverá coligação e não tendo muitos habitantes, é à concelhia local e à distrital de Viana do Castelo que cabe a escolha do candidato àquela câmara. E estes já fizeram questão de dizer que querem Campelo: "O nosso candidato natural é Daniel Campelo que apoiamos incondicionalmente. Não vamos abdicar disso", precisou José Pires da Silva, líder da concelhia de Ponte de Lima. Para aquele dirigente centrista, "não há alternativa. Quem apostar em outro nome comete um erro crasso. Ele é um dos melhores autarcas do País. E eu não tenho dúvidas de que vai aceitar a recandidatura". Pelo CDS/PP? José Pires da Silva não hesitou. "Qualquer partido teria muito gosto em o ver como cabeça-de-lista". Deduz-se, então, que tanto o PSD como o PS já tentaram cativá-lo? A resposta: "Oficiosamente, ambos me comunicaram que estavam de braços abertos".

Resta saber se, caso seja expulso, o autarca mantém disponibilidade para se recandidatar, mesmo como independente, nas listas dos populares. "Estou sereno. Provavelmente amanhã devo reagir publicamente à decisão do CDS/PP".

A polémica remonta a Novembro do ano passado, quando Campelo trocou, por uns dias, o papel de edil pelo de deputado. Desrespeitando a disciplina partidária, o homem que já tinha feito greve de fome em defesa do queijo da sua terra, absteve-se na votação do OE em troca de contrapartidas não só para Ponte de Lima, como também para o distrito de Viana do Castelo. Paulo Portas não lhe perdoou a "traição" e desde então tem garantido que prefere "perder uma câmara e um amigo a perder a face". Certo é que sem Daniel Campelo nas suas listas para as autárquicas de Dezembro, o PP arrisca-se é a perder mais uma das oito câmaras que detém. A segunda é a da Batalha, cujo autarca já se passou para o PSD.

* Com Alfredo Mendes

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