REN e Oni divergem no contrato de fibra óptica

23-06-2001
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REN e Oni Divergem no Contrato de Fibra Óptica

Por C.T./L.F.

Segunda-feira, 4 de Junho de 2001

A REN (Rede Eléctrica Nacional) e a Oni vão analisar amanhã os termos do contrato de utilização das infra-estruturas de fibra óptica celebrado entre ambas, numa reunião que a empresa de telecomunicações classifica de "regular" mas que o presidente da REN, José Penedos, afirma destinar-se a efectuar "uma leitura convergente" do documento datado de Novembro de 1999.

Tanto a REN como a Oni têm como accionista comum a EDP, que poderá acabar por ser chamada a intervir caso as pretensões de José Penedos de se constituir como operador de telecomunicações venham a avançar. Com efeito, a rede eléctrica nacional está equipada com 12 mil quilómetros de fibra óptica, apta a ser utilizada para a transmissão do sinal de telecomunicações, constituindo neste momento um activo que José Penedos entende ser seu dever "rentabilizar da melhor forma possível no mercado". Metade dessa capacidade está já entregue à Oni, que ao abrigo do acordo existente detém não só a exclusividade dessa utilização como também direito de preferência sobre a utilização da infra-estrutura restante.

Só que o presidente da REN pode preparar-se agora para contestar a abrangência desse direito de preferência, caso se confirme que em Novembro de 1999, na data que surge no contrato de utilização, a REN dispunha já de nove mil quilómetros de fibra óptica instalada. Se a Oni só reservou uma extensão de seis mil quilómetros, poderá não ter direito de preferência sobre os restantes três mil já instalados à data inscrita no contrato. É esse o ponto que amanhã Penedos pretende discutir com a Oni.

Um porta-voz da Oni, contactado pelo PÚBLICO, não quis comentar o assunto, até porque, na opinião da administração da empresa, a reunião marcada para amanhã tem um carácter "regular". Recordou que a Oni foi já definida como "o segundo 'core business' da EDP" e que, ao abrigo do contrato assinado com a REN, a empresa de telecomunicações não só tem o direito de preferência sobre a totalidade da fibra óptica instalada na rede eléctrica como, além disso, tem direitos sobre "uma eventual colocação no mercado da capacidade sobrante da REN".

C.T./L.F.

REN e Oni Divergem no Contrato de Fibra Óptica

Por C.T./L.F.

Segunda-feira, 4 de Junho de 2001

A REN (Rede Eléctrica Nacional) e a Oni vão analisar amanhã os termos do contrato de utilização das infra-estruturas de fibra óptica celebrado entre ambas, numa reunião que a empresa de telecomunicações classifica de "regular" mas que o presidente da REN, José Penedos, afirma destinar-se a efectuar "uma leitura convergente" do documento datado de Novembro de 1999.

Tanto a REN como a Oni têm como accionista comum a EDP, que poderá acabar por ser chamada a intervir caso as pretensões de José Penedos de se constituir como operador de telecomunicações venham a avançar. Com efeito, a rede eléctrica nacional está equipada com 12 mil quilómetros de fibra óptica, apta a ser utilizada para a transmissão do sinal de telecomunicações, constituindo neste momento um activo que José Penedos entende ser seu dever "rentabilizar da melhor forma possível no mercado". Metade dessa capacidade está já entregue à Oni, que ao abrigo do acordo existente detém não só a exclusividade dessa utilização como também direito de preferência sobre a utilização da infra-estrutura restante.

Só que o presidente da REN pode preparar-se agora para contestar a abrangência desse direito de preferência, caso se confirme que em Novembro de 1999, na data que surge no contrato de utilização, a REN dispunha já de nove mil quilómetros de fibra óptica instalada. Se a Oni só reservou uma extensão de seis mil quilómetros, poderá não ter direito de preferência sobre os restantes três mil já instalados à data inscrita no contrato. É esse o ponto que amanhã Penedos pretende discutir com a Oni.

Um porta-voz da Oni, contactado pelo PÚBLICO, não quis comentar o assunto, até porque, na opinião da administração da empresa, a reunião marcada para amanhã tem um carácter "regular". Recordou que a Oni foi já definida como "o segundo 'core business' da EDP" e que, ao abrigo do contrato assinado com a REN, a empresa de telecomunicações não só tem o direito de preferência sobre a totalidade da fibra óptica instalada na rede eléctrica como, além disso, tem direitos sobre "uma eventual colocação no mercado da capacidade sobrante da REN".

C.T./L.F.

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