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18-02-2002
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A agonia do PCP

O Partido Comunista tem um problema grave que não tem sido muito referido: o sector intelectual está a desaparecer.

O fenómeno não é novo.

Vem de longe.

Vital Moreira, Zita Seabra, Vítor Louro, José Magalhães, Pina Moura, são exemplos de intelectuais que se foram desencantando com o partido.

E se João Amaral, Carlos Brito e Edgar Correia saírem, como já parece inevitável, o PCP ficará reduzido a quê?

Ao sector operário e pouco mais.

Sucede que esse sector operário corresponde a um operariado que está também a desaparecer.

São dirigentes operários cuja base se perdeu, que já quase só se representam a si próprios.

Porquê?

Porque a indústria de que provinham está agonizante.

Eles eram orindos da indústria mineira, que está a fechar, da indústria vidreira, que estrebucha na Marinha Grande, dos estaleiros navais da Margueira, cujo tempo passou, da indústria conserveira, que já conheceu melhores dias.

O PCP, portanto, não só perde os intelectuais como vê desaparecer a base operária dos seus dirigentes operários.

É um partido que começa a ficar suspenso no ar.

Vive de uma ideologia que morreu, sonha com um tempo que passou, tem dirigentes que não representam realidade nenhuma.

Julgo que o PCP, não se tendo reformado até hoje, não tem já reforma possível.

A agonia do PCP

O Partido Comunista tem um problema grave que não tem sido muito referido: o sector intelectual está a desaparecer.

O fenómeno não é novo.

Vem de longe.

Vital Moreira, Zita Seabra, Vítor Louro, José Magalhães, Pina Moura, são exemplos de intelectuais que se foram desencantando com o partido.

E se João Amaral, Carlos Brito e Edgar Correia saírem, como já parece inevitável, o PCP ficará reduzido a quê?

Ao sector operário e pouco mais.

Sucede que esse sector operário corresponde a um operariado que está também a desaparecer.

São dirigentes operários cuja base se perdeu, que já quase só se representam a si próprios.

Porquê?

Porque a indústria de que provinham está agonizante.

Eles eram orindos da indústria mineira, que está a fechar, da indústria vidreira, que estrebucha na Marinha Grande, dos estaleiros navais da Margueira, cujo tempo passou, da indústria conserveira, que já conheceu melhores dias.

O PCP, portanto, não só perde os intelectuais como vê desaparecer a base operária dos seus dirigentes operários.

É um partido que começa a ficar suspenso no ar.

Vive de uma ideologia que morreu, sonha com um tempo que passou, tem dirigentes que não representam realidade nenhuma.

Julgo que o PCP, não se tendo reformado até hoje, não tem já reforma possível.

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