Suplemento Mil Folhas

22-02-2002
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As Pautas do Porto

Por CRISTINA FERNANDES

Sábado, 22 de Dezembro de 2001 A aposta no futuro, em detrimento do efémero, marcou a programação musical da Capital da Cultura. A sua herança mais preciosa encontra-se no êxito das principais estruturas que passarão a residir na Casa da Música. O Remix-Ensemble, o Estúdio de Ópera e o Departamento Educativo já têm agenda para 2002. Às oito horas da manhã de sábado, 22 de Dezembro, o último dia de Porto 2001, o estaleiro da Casa da Música é finalmente desvendado ao público, numa visita guiada preenchida com sons e imagens alusivas. Por paradoxo, a obra mais emblemática da Capital Europeia da Cultura, projectada por Rem Koolhaas, só ficará pronta (na melhor das hipóteses) em 2003 ou 2004. Felizmente, esta não é (ou será) apenas uma entidade física que se esgota no edifício arquitectónico. Com o pianista Pedro Burmester como principal mentor, implica antes um projecto cultural e um conceito programático que foi uma das mais-valias de Porto 2001, preparada muito antes da abertura oficial. Ao contrário do que tem acontecido tantas vezes em Portugal, onde os grandes acontecimentos são pretexto para a edificação de obras de fachada sem um estudo prévio da sua real necessidade ou planos para o futuro, o projecto Casa da Música assenta no percurso inverso. Daí que tenha dado já muitos frutos e lançado sementes para o futuro que é imperioso não deixar perder. Muitos poderiam ter sonhado com uma programação mais pródiga em grandes "estrelas" internacionais, mas em vez disso uma grande fatia do investimento foi canalizada para os alicerces, em detrimento do efémero. Procurou-se solidificar estruturas há muito necessárias na vida musical portuense (e portuguesa em geral), dar condições de desenvolvimento artístico a jovens músicos, rentabilizar recursos locais e formar novos públicos. Hoje, pode dizer-se que as três principais estruturas que irão residir no futuro edifício de Koolhaas foram um êxito. O Remix-Ensemble atingiu um nível de qualidade inédito em Portugal, em matéria de agrupamentos vocacionados para a interpretação de música contemporânea, granjeando uma singular popularidade junto do público. As produções do Estúdio de Ópera - reposição do já citado "Amor Industrioso", de Sousa Carvalho, e um belíssimo "The Turn of the Screw", de Britten - foram também bem sucedidas, proporcionando condições condignas de desenvolvimento artístico a jovens cantores e um resultado global de uma qualidade nem sempre atingida por intérpretes mais experientes. A estreia moderna da "acção sacra" "Joaz", de Benedetto Marcello - apenas objecto de um recital com excertos -, acabaria por ser adiada, enquanto a ópera "Melodias Estranhas", de António Chagas Rosa e Gerrit Komrij, encomendada pelas duas Capitais da Cultura (Porto e Roterdão), não se enquadra totalmente no perfil do Estúdio de Ópera. A terceira estrutura da Casa da Música foi o Departamento Educativo, com um trabalho precioso junto de numerosas crianças e jovens e através da sua colaboração com outras instituições similares, nomeadamente as associadas às companhias de ópera britânicas convidadas. A Capital da Cultura proporcionou ainda o alargamento da Orquestra Nacional do Porto a uma dimensão sinfónica, que no futuro também ocupará as instalações da Casa da Música. Uma temporada mais intensa, com uma programação diversificada, a oportunidade de ser dirigida por maestros de nível internacional (por exemplo Frédéric Chaslin, Harry Christophers ou Sir Neville Marriner) e a colaboração com ilustres solistas (Mischa Maisky, Julia Varady, Maria João Pires, Christian Lindberg, etc) permitiram um progressivo aperfeiçoamento do seu potencial. O projecto Casa da Música funcionou igualmente como apoio a agrupamentos já existentes (como o Drumming-Grupo de Percussão) e como incentivo à criação do Quarteto de Cordas Montagnana. Formado por quatro excelentes músicos (Gerado Ribeiro, Zofia Woycicka, Anabela Chaves e Paulo Gaio Lima), este revelou-se uma maneira prática de garantir vários recitais de música de câmara de qualidade, também em colaboração com outros instrumentistas. A existência de um quarteto de cordas a tempo inteiro é outra das necessidades imperiosas da nossa vida musical. Todavia, a solução não virá do Montagnana, cujos elementos habitam em diferentes pontos do mundo - dois em Portugal, um nos EUA e outro em França. Obviamente não cabe à Casa da Música nem à Capital da Cultura suprir todas as lacunas, mas este exemplo poderia servir de incentivo e sensibilização para que alguma instituição investisse num quarteto profissional residente. A restante programação musical de Porto 2001 contou entre os seus pontos altos com a visita de três companhias de ópera britânicas com excelentes produções: "Wozzeck", de Berg, pela Birmingham Opera Company; "Inês de Castro", de James MacMillan, pela Scottish Opera; e "Leonore", de Beethoven, pela Welsh National Opera. "Wozzeck" merece uma menção especial, não só por se tratar de uma das experiências musicais e teatrais mais exaltantes e originais do Porto 2001 como pelo seu alcance junto da população socialmente desfavorecida dos bairros de Aldoar e Fonte da Moura, que participou com êxito no próprio espectáculo, na sequência de experiências similares que a companhia desenvolvera em território britânico. Ainda no plano da ópera, as crianças não foram esquecidas, graças a "Brundibar", de Hans Krasa, ópera infantil estreada num campo de concentração. Outro ponto forte foi o alargamento ao Porto do ciclo Grandes Orquestras Mundiais, habitualmente organizado pela Gulbenkian. Ali, pode assim ouvir-se maestros e formações tão notáveis como a Filarmónica de Munique (sob a direcção de James Levine), a Philarmonia Orchestra (com Rostropovich), a Orquestra de Paris e o Ensemble Intercontemporain (Pierre Boulez) e a Orquestra de Jovens da União Europeia (Sir Colin Davis). Destaca-se ainda um pertinente ciclo de homenagens (Guilhermina Suggia, Lopes-Graça, Emmanuel Nunes, Pedro do Porto) e várias encomendas. A mais emblemática foi, sem dúvida, a ópera sobre Erasmo e Damião de Góis "Melodias Estranhas", de Chagas Rosa e Gerrit Komrij, que poderá ainda ser vista nos dias 22 e 23, no Rivoli. As encomendas contemplaram ainda seis jovens compositores portugueses que escreveram para o Remix-Ensemble - João Madureira, Luís Tinoco, Sara Carvalho, Nuno Corte-Real, Patrícia Almeida e José Luís Ferreira (neste caso em parceria com o CCB) - e obras corais solicitadas a Fernando Lapa, Manuel Pedro Ferreira, Christopher Bochmann, Ivan Moody e Luís Bragança Gil. O Remix-Ensemble aguarda a entrega de trabalhos de Álvaro Salazar, João Pedro Oliveira, Isabel Soveral, António Chagas Rosa e António Pinho Vargas. A programação de Porto 2001 foi suficientemente abrangente na generalidade das áreas, mas concedeu muito pouco destaque à música antiga. Com excepção do importante ciclo dedicado a Pedro do Porto - com alguns grupos de primeiro plano e a possibilidade de ouvir a integral da sua obra em confronto com outra música da época -, da oratória "La Giuditta", de Francisco António de Almeida, e do concerto do Hilliard Ensemble, o deserto foi quase total. Entre os poucos eventos programados e desmarcados, lamentam-se "Eurídice Reamada", de Jorge Peixinho (a perda não será no entanto irreparável, já que é possível que se concretize no próximo ano), e o recital dedicado à integral da obra para piano de Schoenberg por Madalena Soveral. A Capital da Cultura instalou hábitos e exigências que doravante os programadores das várias instituições não poderão ignorar. Enquanto a Casa da Música continua à espera de ver formalizada a sua existência como instituição autónoma e se resolve qual o modelo de gestão a adoptar, a sua equipa tem já o essencial do trabalho do próximo ano delineado. Basta que existam condições financeiras e vontade política para que tudo não vá por água abaixo e para que as sementes lançadas em 2001 continuem a crescer e a frutificar. O Remix-Ensemble continuará a apresentar um programa por mês, não só no Porto como em vários pontos do país, cumprindo assim o importante objectivo de descentralização. Um dos pontos altos da sua agenda será a estreia, em conjunto com a Orquestra Gulbenkian, de uma nova obra de Emmanuel Nunes, encomendada no âmbito das comemorações dos 500 anos do Mosteiro dos Jerónimos (Outubro). O grupo irá também apresentar-se algumas vezes alargado à dimensão de Orquestra de Jovens, actuará nos Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea e no Festival de Electroacústica Música Viva e participará em duas novas produções com o Estúdio de Ópera, uma em co-produção com o Rivoli e outra com o Teatro Nacional de São João. A primeira co-produção, que será apresentada em Julho e incluirá uma digressão nacional, intitula-se "Três Extravagâncias" e é um tríptico que inclui o "Frankenstein", de Carl Gruber, "Drácula" e "Haddock's" (sobre a "Alice do Outro Lado do Espelho"), do americano David Deltredici, extravasando, portanto, os moldes tradicionais da ópera. A segunda co-produção será a estreia em Portugal (em Setembro) da ópera "Punch and Judy", do britânico Harrison Birtwistle. Por fim, uma terceira produção (prevista para Novembro) retoma o projecto de apresentação da acção sacra "Joaz", do italiano Benedetto Marcello. OUTROS TÍTULOS EM MIL FOLHAS

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ENTREVISTA

João Joanaz de Melo, professor universitário, activista ambientalista

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MEMÓRIAS: O Surrealismo no café

Isto não é um livro

Imagens: A mulher nua no quarto escuro

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A CRÓNICA DE EDUARDO PRADO COELHO

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As artes do Porto

ARQUITECTURA

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Sábado, 22 de Dezembro de 2001 A aposta no futuro, em detrimento do efémero, marcou a programação musical da Capital da Cultura. A sua herança mais preciosa encontra-se no êxito das principais estruturas que passarão a residir na Casa da Música. O Remix-Ensemble, o Estúdio de Ópera e o Departamento Educativo já têm agenda para 2002. Às oito horas da manhã de sábado, 22 de Dezembro, o último dia de Porto 2001, o estaleiro da Casa da Música é finalmente desvendado ao público, numa visita guiada preenchida com sons e imagens alusivas. Por paradoxo, a obra mais emblemática da Capital Europeia da Cultura, projectada por Rem Koolhaas, só ficará pronta (na melhor das hipóteses) em 2003 ou 2004. Felizmente, esta não é (ou será) apenas uma entidade física que se esgota no edifício arquitectónico. Com o pianista Pedro Burmester como principal mentor, implica antes um projecto cultural e um conceito programático que foi uma das mais-valias de Porto 2001, preparada muito antes da abertura oficial. Ao contrário do que tem acontecido tantas vezes em Portugal, onde os grandes acontecimentos são pretexto para a edificação de obras de fachada sem um estudo prévio da sua real necessidade ou planos para o futuro, o projecto Casa da Música assenta no percurso inverso. Daí que tenha dado já muitos frutos e lançado sementes para o futuro que é imperioso não deixar perder. Muitos poderiam ter sonhado com uma programação mais pródiga em grandes "estrelas" internacionais, mas em vez disso uma grande fatia do investimento foi canalizada para os alicerces, em detrimento do efémero. Procurou-se solidificar estruturas há muito necessárias na vida musical portuense (e portuguesa em geral), dar condições de desenvolvimento artístico a jovens músicos, rentabilizar recursos locais e formar novos públicos. Hoje, pode dizer-se que as três principais estruturas que irão residir no futuro edifício de Koolhaas foram um êxito. O Remix-Ensemble atingiu um nível de qualidade inédito em Portugal, em matéria de agrupamentos vocacionados para a interpretação de música contemporânea, granjeando uma singular popularidade junto do público. As produções do Estúdio de Ópera - reposição do já citado "Amor Industrioso", de Sousa Carvalho, e um belíssimo "The Turn of the Screw", de Britten - foram também bem sucedidas, proporcionando condições condignas de desenvolvimento artístico a jovens cantores e um resultado global de uma qualidade nem sempre atingida por intérpretes mais experientes. A estreia moderna da "acção sacra" "Joaz", de Benedetto Marcello - apenas objecto de um recital com excertos -, acabaria por ser adiada, enquanto a ópera "Melodias Estranhas", de António Chagas Rosa e Gerrit Komrij, encomendada pelas duas Capitais da Cultura (Porto e Roterdão), não se enquadra totalmente no perfil do Estúdio de Ópera. A terceira estrutura da Casa da Música foi o Departamento Educativo, com um trabalho precioso junto de numerosas crianças e jovens e através da sua colaboração com outras instituições similares, nomeadamente as associadas às companhias de ópera britânicas convidadas. A Capital da Cultura proporcionou ainda o alargamento da Orquestra Nacional do Porto a uma dimensão sinfónica, que no futuro também ocupará as instalações da Casa da Música. Uma temporada mais intensa, com uma programação diversificada, a oportunidade de ser dirigida por maestros de nível internacional (por exemplo Frédéric Chaslin, Harry Christophers ou Sir Neville Marriner) e a colaboração com ilustres solistas (Mischa Maisky, Julia Varady, Maria João Pires, Christian Lindberg, etc) permitiram um progressivo aperfeiçoamento do seu potencial. O projecto Casa da Música funcionou igualmente como apoio a agrupamentos já existentes (como o Drumming-Grupo de Percussão) e como incentivo à criação do Quarteto de Cordas Montagnana. Formado por quatro excelentes músicos (Gerado Ribeiro, Zofia Woycicka, Anabela Chaves e Paulo Gaio Lima), este revelou-se uma maneira prática de garantir vários recitais de música de câmara de qualidade, também em colaboração com outros instrumentistas. A existência de um quarteto de cordas a tempo inteiro é outra das necessidades imperiosas da nossa vida musical. Todavia, a solução não virá do Montagnana, cujos elementos habitam em diferentes pontos do mundo - dois em Portugal, um nos EUA e outro em França. Obviamente não cabe à Casa da Música nem à Capital da Cultura suprir todas as lacunas, mas este exemplo poderia servir de incentivo e sensibilização para que alguma instituição investisse num quarteto profissional residente. A restante programação musical de Porto 2001 contou entre os seus pontos altos com a visita de três companhias de ópera britânicas com excelentes produções: "Wozzeck", de Berg, pela Birmingham Opera Company; "Inês de Castro", de James MacMillan, pela Scottish Opera; e "Leonore", de Beethoven, pela Welsh National Opera. "Wozzeck" merece uma menção especial, não só por se tratar de uma das experiências musicais e teatrais mais exaltantes e originais do Porto 2001 como pelo seu alcance junto da população socialmente desfavorecida dos bairros de Aldoar e Fonte da Moura, que participou com êxito no próprio espectáculo, na sequência de experiências similares que a companhia desenvolvera em território britânico. Ainda no plano da ópera, as crianças não foram esquecidas, graças a "Brundibar", de Hans Krasa, ópera infantil estreada num campo de concentração. Outro ponto forte foi o alargamento ao Porto do ciclo Grandes Orquestras Mundiais, habitualmente organizado pela Gulbenkian. Ali, pode assim ouvir-se maestros e formações tão notáveis como a Filarmónica de Munique (sob a direcção de James Levine), a Philarmonia Orchestra (com Rostropovich), a Orquestra de Paris e o Ensemble Intercontemporain (Pierre Boulez) e a Orquestra de Jovens da União Europeia (Sir Colin Davis). Destaca-se ainda um pertinente ciclo de homenagens (Guilhermina Suggia, Lopes-Graça, Emmanuel Nunes, Pedro do Porto) e várias encomendas. A mais emblemática foi, sem dúvida, a ópera sobre Erasmo e Damião de Góis "Melodias Estranhas", de Chagas Rosa e Gerrit Komrij, que poderá ainda ser vista nos dias 22 e 23, no Rivoli. As encomendas contemplaram ainda seis jovens compositores portugueses que escreveram para o Remix-Ensemble - João Madureira, Luís Tinoco, Sara Carvalho, Nuno Corte-Real, Patrícia Almeida e José Luís Ferreira (neste caso em parceria com o CCB) - e obras corais solicitadas a Fernando Lapa, Manuel Pedro Ferreira, Christopher Bochmann, Ivan Moody e Luís Bragança Gil. O Remix-Ensemble aguarda a entrega de trabalhos de Álvaro Salazar, João Pedro Oliveira, Isabel Soveral, António Chagas Rosa e António Pinho Vargas. A programação de Porto 2001 foi suficientemente abrangente na generalidade das áreas, mas concedeu muito pouco destaque à música antiga. Com excepção do importante ciclo dedicado a Pedro do Porto - com alguns grupos de primeiro plano e a possibilidade de ouvir a integral da sua obra em confronto com outra música da época -, da oratória "La Giuditta", de Francisco António de Almeida, e do concerto do Hilliard Ensemble, o deserto foi quase total. Entre os poucos eventos programados e desmarcados, lamentam-se "Eurídice Reamada", de Jorge Peixinho (a perda não será no entanto irreparável, já que é possível que se concretize no próximo ano), e o recital dedicado à integral da obra para piano de Schoenberg por Madalena Soveral. A Capital da Cultura instalou hábitos e exigências que doravante os programadores das várias instituições não poderão ignorar. Enquanto a Casa da Música continua à espera de ver formalizada a sua existência como instituição autónoma e se resolve qual o modelo de gestão a adoptar, a sua equipa tem já o essencial do trabalho do próximo ano delineado. Basta que existam condições financeiras e vontade política para que tudo não vá por água abaixo e para que as sementes lançadas em 2001 continuem a crescer e a frutificar. O Remix-Ensemble continuará a apresentar um programa por mês, não só no Porto como em vários pontos do país, cumprindo assim o importante objectivo de descentralização. Um dos pontos altos da sua agenda será a estreia, em conjunto com a Orquestra Gulbenkian, de uma nova obra de Emmanuel Nunes, encomendada no âmbito das comemorações dos 500 anos do Mosteiro dos Jerónimos (Outubro). O grupo irá também apresentar-se algumas vezes alargado à dimensão de Orquestra de Jovens, actuará nos Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea e no Festival de Electroacústica Música Viva e participará em duas novas produções com o Estúdio de Ópera, uma em co-produção com o Rivoli e outra com o Teatro Nacional de São João. A primeira co-produção, que será apresentada em Julho e incluirá uma digressão nacional, intitula-se "Três Extravagâncias" e é um tríptico que inclui o "Frankenstein", de Carl Gruber, "Drácula" e "Haddock's" (sobre a "Alice do Outro Lado do Espelho"), do americano David Deltredici, extravasando, portanto, os moldes tradicionais da ópera. A segunda co-produção será a estreia em Portugal (em Setembro) da ópera "Punch and Judy", do britânico Harrison Birtwistle. Por fim, uma terceira produção (prevista para Novembro) retoma o projecto de apresentação da acção sacra "Joaz", do italiano Benedetto Marcello. OUTROS TÍTULOS EM MIL FOLHAS

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Ernesto Sampaio (1935-2001)

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