EXPRESSO -

16-12-2000
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Na primeira metade do século, as empresas de João Ferreira dos Santos expandem-se e multiplicam as suas actividades, distribuindo-se por várias regiões, mas com uma presença mais forte a norte. À data da sua morte, em 1957, os dois filhos, João e José Luís Ferreira dos Santos, desistem das suas carreiras médicas para dar continuidade à obra do pai. Em 1977, a onda de nacionalizações que se seguiu à independência de Moçambique não poupou as empresas e as casas da família, mas a amizade e admiração pessoal de Samora Machel pelo médico José Luís Ferreira dos Santos, que conheceu enquanto enfermeiro, foram decisivas para a recuperação da maioria dos bens confiscados.

Apesar das vicissitudes, o grupo tentou manter as suas actividades e um bom relacionamento quer com os novos governantes da Frelimo quer com os oposicionistas da Renamo, que dominavam toda a região norte. Com efeito, entre os grandes grupos, apenas a JFS e o Entreposto permaneceram no país. «Sempre existiu uma determinação muito grande de ficar e foram precisos muitos anos para que nos aceitassem sem suspeitas e acreditassem que não estávamos em Moçambique para fazer política, mas negócios», comenta José Luís Ferreira dos Santos (filho), neto do fundador e actual presidente do grupo.

A paz chegou em 1992 e o grupo JFS recomeça a investir na recuperação das suas empresas. Com o advento das privatizações, surge uma oportunidade para entrar em novos negócios. Hoje, o grupo controla mais de vinte empresas e respectivas filiais, criadas em torno das primeiras companhias agrícola, comercial e industrial JFS. Enquanto o «quarto» João Ferreira dos Santos, de 20 anos, estuda Gestão de Empresas e se prepara para assumir os negócios da família, na Ilha de Moçambique, o fundador e os seus descendentes continuam a ser conhecidos pelo simples nome de João.

A.C.

Na primeira metade do século, as empresas de João Ferreira dos Santos expandem-se e multiplicam as suas actividades, distribuindo-se por várias regiões, mas com uma presença mais forte a norte. À data da sua morte, em 1957, os dois filhos, João e José Luís Ferreira dos Santos, desistem das suas carreiras médicas para dar continuidade à obra do pai. Em 1977, a onda de nacionalizações que se seguiu à independência de Moçambique não poupou as empresas e as casas da família, mas a amizade e admiração pessoal de Samora Machel pelo médico José Luís Ferreira dos Santos, que conheceu enquanto enfermeiro, foram decisivas para a recuperação da maioria dos bens confiscados.

Apesar das vicissitudes, o grupo tentou manter as suas actividades e um bom relacionamento quer com os novos governantes da Frelimo quer com os oposicionistas da Renamo, que dominavam toda a região norte. Com efeito, entre os grandes grupos, apenas a JFS e o Entreposto permaneceram no país. «Sempre existiu uma determinação muito grande de ficar e foram precisos muitos anos para que nos aceitassem sem suspeitas e acreditassem que não estávamos em Moçambique para fazer política, mas negócios», comenta José Luís Ferreira dos Santos (filho), neto do fundador e actual presidente do grupo.

A paz chegou em 1992 e o grupo JFS recomeça a investir na recuperação das suas empresas. Com o advento das privatizações, surge uma oportunidade para entrar em novos negócios. Hoje, o grupo controla mais de vinte empresas e respectivas filiais, criadas em torno das primeiras companhias agrícola, comercial e industrial JFS. Enquanto o «quarto» João Ferreira dos Santos, de 20 anos, estuda Gestão de Empresas e se prepara para assumir os negócios da família, na Ilha de Moçambique, o fundador e os seus descendentes continuam a ser conhecidos pelo simples nome de João.

A.C.

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