As caras da alternativa

A NOVA CONSTELAÇÃO SOCIAL-DEMOCRATA

As Caras da Alternativa

Sexta-feira, 21 de Dezembro de 2001

Durão Barroso começou a fazer uma travessia, a da afirmação da liderança no PSD, quase sozinho. Nos últimos meses, a equipa foi aumentando, alargada com muitas caras de economistas e empresários da uma nova geração. Por muito que queira refrescar a equipa, o núcleo cavaquista estárá sempre presente.

CONSELHEIROS

António Borges

Economista, antigo vice-governador do Banco de Portugal e ex-reitor da Insead, vice-presidente da Goldman Sachs para a Europa. Filiou-se no PSD em Julho. Foi candidato à Assembleia Municipal de Alter do Chão nas últimas autárquicas. A sua adesão ao PSD e a sua qualidade de membro da SEDES provocou um "frisson" enorme no partido, sendo visto como o rival de Durão Barroso, lançado pelos empresários. Desde essa altura, tem participado numa série de debates sobre a economia e o estado do país e o seu nome começou logo a ser falado para a pasta das Finanças ou Economia.

Graça Proença de Carvalho

Consultora financeira. Filha de Proença de Carvalho. Faz parte do "Missão Portugal", um grupo auto-proclamado independente criado também pelo PSD para atrair "novos valores", maioritariamente do mundo financeiro e liberal.

Miguel Frasquilho

Director do gabinete de estudos do Banco Espírito Santo. Fez recentemente um estudo em que revelava as fragilidades do tecido produtivo português nomeadamente sobre aspectos de produtividade e competitividade externas.

Fernando Ulrich

Vice-presidente do BPI e membro da SEDES. Foi ministro das Finanças e Plano no Governo de Francisco Pinto Balsemão. Era responsável pela secção de mercados financeiros do "Expresso" em 1974.

António Carrapatoso

Aproximou-se do PSD no Verão. É presidente da Vodafone-Telecel. O seu mandato termina em Março de 2002, altura em que irá reavaliar a sua permanência na empresa. É um dos nomes apontados para sucessor de Murteira Nabo na Portugal Telecom.

Diogo Lucena

Licenciado pelo Técnico, aconselha o presidente do PSD sobre sistemas públicos na óptica do financiamento. É professor universitário na Universidade Nova de Lisboa e administrador na Fundação Calouste Gulbenkian.

Abel Mateus

Consultor do Banco de Portugal. Tem-se manifestado recentemente de modo crítico em relação à nova fórmula de cálculo das pensões que foi acordada em concertação social apenas com o voto contra da Confederação da Indústria Portuguesa.

CAVAQUISTAS

Luís Mira Amaral

ex-ministro da Indústria e Energia e ex-ministro do Trabalho, actualmente é administrador do BPI para a área internacional. É também director do Gabinete de Estudos Nacional. Foi presença assídua em acções de campanha de Pedro Santana Lopes à Câmara de Lisboa.

Valente de Oliveira

ex-ministro do Planeamento e Ordenamento do Território. É vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal. Apoiou Rui Rio na campanha para a Câmara do Porto.

Dias Loureiro

Foi ministro da Administração Interna de Cavaco Silva. É presidente da mesa do congresso. Esteve sempre ao lado de Durão Barroso. Integrou a equipa coordenadora das autárquicas, com José Luís Arnaut e Isaltino Morais. É o homem do aparelho.

GABINETE DE ESTUDOS NACIONAL

Saldanha Bento

antigo chefe de gabinete de Mira Amaral

coordenador dos assuntos jurídico-constitucionais e administração pública

Carlos Loureiro

antigo secretário de Estado da Administração Interna

responsável pela área de administração interna

Rogério Gomes

presidente da associação Urbe

responsável pelas Áreas Urbanas e Qualidade de Vida

Arlindo de Carvalho

ex-ministro da Saúde e ex-administrador da RDP

responsável pela área da Comunicação Social

Pais de Sousa

advogado, ex-deputado à Assembleia da República, ministro sombra do PSD para a Justiça

responsável pela área de Justiça

Vasco Graça Moura

ministro sombra do PSD para a Cultura, eurodeputado

responsável pela área de Cultura

Carlos Barros

professor universitário do Instituto Superior de Economia e Gestão, investigador e pioneiro em estudos sobre economia da cultura

coordenador do sector da Economia

David Geraldes

ex-director-geral da Agricultura no Governo PSD

responsável pela área de Agricultura

Abel Mateus

professor universitário, consultor do Banco de Portugal. Faz parte do grupo de prospecção de Durão Barroso.

responsável pela área de Conjuntura Macro-económica

Jorge Oliveira

quadro superior da EDP

responsável pela área da Energia

Norberto Rosa

quadro superior do Banco de Portugal

responsável pela área das Finanças Públicas

José Ramalho de Almeida

ex-director do IAPMEI

responsável pela área das PME's e Políticas de Internacionalização

Vasco Valdez

ex-secretário de Estado de Assuntos Fiscais

responsável pela área da Reforma Fiscal

Jorge Godinho

ex-presidente da Portucel, quadro superior da EDP

responsável pela área do Sector Público e Privatizações

Manuel Carrondo

investigador do Instituto Superior Técnico

responsável pela área de Ciência e Tecnologia

Artur Bívar

adjunto de Mira Amaral no ministério da Indústria

coordenador dos Assuntos Sociais

Costa e Oliveira

ex-sub-secretário de Estado da Agricultura

responsável pela área do Desporto

Carlos Motta

vice-presidente da Universidade Lusíada

responsável pela área da Educação

João Santos Rosa

presidente da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico

responsável pela área da Juventude

João Franklin

médico no Hospital da Cruz Vermelha

responsável pela área da Saúde

Luís Filipe Pereira

ex-secretário de Estado do Emprego e Segurança Social e ex-secretário de Estado de Mira Amaral

responsável pela área da Segurança Social

Damião de Castro

ex-administrador da ANA

responsável pela área dos Transportes Aéreos

Duarte Amândio

ex-presidente da CARRIS

responsável pela área dos Transportes Terrestres

CRÍTICOS

Luís Filipe Menezes

Presidente da distrital do Porto e amigo de Santana Lopes. Num dos últimos conselhos nacionais chamou frouxo a Durão. O PSD subiu a votação no distrito do Porto, mas o grande vencedor foi Rui Rio, uma aposta de Durão. No Conselho Nacional de anteontem, colocou-se ao lado do presidente do partido.

Pedro Santana Lopes

De amigo de Durão passou a inimigo e depois novamente a amigo. A vitória em Lisboa amarrou-o à câmara. A direcção de Durão temia-o se tivesse perdido por 900 votos em vez de os ter ganho. Agora, garante que vai ficar os quatros anos na Câmara de Lisboa e que não trocará um lugar num eventual próximo governo de Durão Barroso pelo de autarca.

Luís Marques Mendes

Nunca acreditou em Durão Barroso. O resultado as últimas autárquicas terá amaciado as suas críticas. Na noite eleitoral, não hesitou em ir à sede nacional celebrar a vitória do PSD.