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17-11-2000
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26 de Agosto

"Rentrée" política: Reacções da oposição ao discurso de Guterres

O secretário-geral do PSD José Luís Arnaut considerou que o discurso de António Guterres pretendia "chantagear os portugueses" e que foi um rol de "desculpas onde se tentou apresentar um país que não existe". O líder do PCP Carlos Carvalhas considerou que o "melhor será o Governo entrar de férias ou nem sequer retomar a actividade", enquanto o deputado bloquista Francisco Louçã disse que o discurso do primeiro-ministro "anuncia uma crise política". José Luís Arnaut atacou António Guterres pelo facto de pretender "chantagear os portugueses, ao dizer que a sua margem de manobra é reduzida em termos de política orçamental", sublinhando que "essa margem de manobra e as condições que eventualmente sejam reduzidas são iguais em todos os outros países da União Europeia, que estão a crescer", cita a Lusa.

O secretário-geral social-democrata deixou ainda um aviso ao Governo: "Se não houver uma resposta cabal às condições do PSD, a moção de censura será apresentada a seu tempo, antes do Orçamento de Estado com certeza".

José Luís Arnaut disse também que António Guterres se apresentou em Esposende "muito cansado, muito desiludido, muito desanimado e sem soluções", pois não apresentou "uma única solução para o país". Reacções do PCP e Bloco de Esquerda O secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, reagiu ao discurso de António Guterres afirmando que a eventual demissão do ministro da Administração Interna, Fernando Gomes, no caso da lei dos touros de morte não ser cumprida em Barrancos, poderá resolver "um grande problema ao PS e PSD".

Carlos Carvalhas comentou ironicamente a posição do PSD face ao discurso de Guterres: "O grande problema do PSD é a figura do ministro da Administração Interna e, com a demissão deste, talvez se resolva o problema do Orçamento de Estado".

O secretário-geral dos comunistas considerou que o que o país precisa é de uma "mudança de políticas, tanto no domínio da segurança interna como no da economia e até no do sector agrícola e das pescas".

Os ataques de Carvalhas não ficaram por aqui, acabando por dizer que o "melhor será o Governo entrar de férias ou nem sequer retomar a actividade, pois é necessário uma política diferente e não a manutenção da actual política de concentração de riqueza".

Por seu turno, Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, considerou que o discurso de António Guterres "anuncia uma crise política" e prevê um cenário eleitoral para Maio próximo. O deputado do BE desafiou ainda Guterres para "um debate sobre a reforma fiscal antes do Orçamento de Estado".

Louçã disse ainda que o Governo socialista não cumpriu uma das suas promessas eleitorais: a reforma fiscal que promove, segundo os bloquistas, uma maior justiça tributária. Guterres "esqueceu" também a promessa eleitoral da actualização salarial acima da inflação e "fez outras que não virá a cumprir", salientou Louçã.

O dirigente do BE criticou ainda a "colagem" à direita do PS na aprovação dos últimos Orçamentos de Estado.

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"Rentrée" política: Reacções da oposição ao discurso de Guterres

O secretário-geral do PSD José Luís Arnaut considerou que o discurso de António Guterres pretendia "chantagear os portugueses" e que foi um rol de "desculpas onde se tentou apresentar um país que não existe". O líder do PCP Carlos Carvalhas considerou que o "melhor será o Governo entrar de férias ou nem sequer retomar a actividade", enquanto o deputado bloquista Francisco Louçã disse que o discurso do primeiro-ministro "anuncia uma crise política". José Luís Arnaut atacou António Guterres pelo facto de pretender "chantagear os portugueses, ao dizer que a sua margem de manobra é reduzida em termos de política orçamental", sublinhando que "essa margem de manobra e as condições que eventualmente sejam reduzidas são iguais em todos os outros países da União Europeia, que estão a crescer", cita a Lusa.

O secretário-geral social-democrata deixou ainda um aviso ao Governo: "Se não houver uma resposta cabal às condições do PSD, a moção de censura será apresentada a seu tempo, antes do Orçamento de Estado com certeza".

José Luís Arnaut disse também que António Guterres se apresentou em Esposende "muito cansado, muito desiludido, muito desanimado e sem soluções", pois não apresentou "uma única solução para o país". Reacções do PCP e Bloco de Esquerda O secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, reagiu ao discurso de António Guterres afirmando que a eventual demissão do ministro da Administração Interna, Fernando Gomes, no caso da lei dos touros de morte não ser cumprida em Barrancos, poderá resolver "um grande problema ao PS e PSD".

Carlos Carvalhas comentou ironicamente a posição do PSD face ao discurso de Guterres: "O grande problema do PSD é a figura do ministro da Administração Interna e, com a demissão deste, talvez se resolva o problema do Orçamento de Estado".

O secretário-geral dos comunistas considerou que o que o país precisa é de uma "mudança de políticas, tanto no domínio da segurança interna como no da economia e até no do sector agrícola e das pescas".

Os ataques de Carvalhas não ficaram por aqui, acabando por dizer que o "melhor será o Governo entrar de férias ou nem sequer retomar a actividade, pois é necessário uma política diferente e não a manutenção da actual política de concentração de riqueza".

Por seu turno, Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, considerou que o discurso de António Guterres "anuncia uma crise política" e prevê um cenário eleitoral para Maio próximo. O deputado do BE desafiou ainda Guterres para "um debate sobre a reforma fiscal antes do Orçamento de Estado".

Louçã disse ainda que o Governo socialista não cumpriu uma das suas promessas eleitorais: a reforma fiscal que promove, segundo os bloquistas, uma maior justiça tributária. Guterres "esqueceu" também a promessa eleitoral da actualização salarial acima da inflação e "fez outras que não virá a cumprir", salientou Louçã.

O dirigente do BE criticou ainda a "colagem" à direita do PS na aprovação dos últimos Orçamentos de Estado.

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