Breves da Emigração

18-05-2001
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O protesto dos trabalhadores continua a crescer em Portugal, instigado pelo aumento do preço dos combustíveis e que se está a reflectir noutros aumentos em cadeia, agravando a injustiça de muitas actualizações salariais. Esta semana registaram-se greves em variados sectores desde a Construção e Madeiras aos trabalhadores da Refinaria de Sines e dos Transportes Públicos. As paralisações na Carris e no Metro em Lisboa vão continuar na próxima semana e os trabalhadores da Administração Pública marcaram também um dia de greve para o próximo dia 9 de Maio. As questões do emprego e salários estiveram esta semana no centro do debate na Assembleia da República numa interpelação ao Governo requerida pelo PCP. Bem evidentes ficaram as tentativas de pôr em causa o direito ao trabalho, um direito civilizacional conquistado pela luta de gerações neste século, através da proliferação de empresas de trabalho temporário ou de aluguer de mão-de-obra, onde os mais elementares direitos são espezinhados, bem como a pretexto da reestruturação de empresas proceder à liquidação de direitos adquiridos pelos trabalhadores.

O Secretário de Estado das Comunidades, Engº José Lello, esteve esta semana em Bruxelas onde procedeu a mais uma inauguração do seu programa de nova imagem consular e debitou o habitual discurso recheado de boas intenções. A este propósito, um leitor residente na Bélgica enviou-nos um comentário de que transcrevemos algumas passagens: "o SECP reiterou as preocupações do seu governo em modernizações várias, inovações tecnológicas avançadas, valorização dos meios humanos através de formação profissional, etc.. Esqueceu-se foi de dizer que essa formação profissional se encontra suspensa neste trimestre por falta de verbas, esqueceu-se de dizer que no Luxemburgo, apesar da maquilhagem não há condições condignas no consulado para um atendimento decente dos portugueses, esqueceu-se que o consulado de Nantes não tem sequer uma casa de banho para os funcionários e utentes e descobriu-se só agora que estava em situação irregular perante as autoridades francesas que ainda o consideravam um consulado honorário, que falta apoio consular em vários locais de forte presença portuguesa, como na região Suíça do Ticino ou na Córsega, que o Consulado de Andorra nunca mais anda, que na Ilha de Jersey é preciso um serviço consular diferente do simples consulado honorário que aí existe. Mais, esqueceu-se das carências e incompetências reinantes nos serviços centrais do seu ministério, desde a gestão dos recursos humanos, aos serviços jurídicos ou à inspecção diplomática e consular que é uma fraude..." . O SECP não terá dito só mentiras, mas o que diz o leitor é rigorosamente verdade, e tem toda a razão, não o vimos referido no discurso de Lello.

O protesto dos trabalhadores continua a crescer em Portugal, instigado pelo aumento do preço dos combustíveis e que se está a reflectir noutros aumentos em cadeia, agravando a injustiça de muitas actualizações salariais. Esta semana registaram-se greves em variados sectores desde a Construção e Madeiras aos trabalhadores da Refinaria de Sines e dos Transportes Públicos. As paralisações na Carris e no Metro em Lisboa vão continuar na próxima semana e os trabalhadores da Administração Pública marcaram também um dia de greve para o próximo dia 9 de Maio. As questões do emprego e salários estiveram esta semana no centro do debate na Assembleia da República numa interpelação ao Governo requerida pelo PCP. Bem evidentes ficaram as tentativas de pôr em causa o direito ao trabalho, um direito civilizacional conquistado pela luta de gerações neste século, através da proliferação de empresas de trabalho temporário ou de aluguer de mão-de-obra, onde os mais elementares direitos são espezinhados, bem como a pretexto da reestruturação de empresas proceder à liquidação de direitos adquiridos pelos trabalhadores.

O Secretário de Estado das Comunidades, Engº José Lello, esteve esta semana em Bruxelas onde procedeu a mais uma inauguração do seu programa de nova imagem consular e debitou o habitual discurso recheado de boas intenções. A este propósito, um leitor residente na Bélgica enviou-nos um comentário de que transcrevemos algumas passagens: "o SECP reiterou as preocupações do seu governo em modernizações várias, inovações tecnológicas avançadas, valorização dos meios humanos através de formação profissional, etc.. Esqueceu-se foi de dizer que essa formação profissional se encontra suspensa neste trimestre por falta de verbas, esqueceu-se de dizer que no Luxemburgo, apesar da maquilhagem não há condições condignas no consulado para um atendimento decente dos portugueses, esqueceu-se que o consulado de Nantes não tem sequer uma casa de banho para os funcionários e utentes e descobriu-se só agora que estava em situação irregular perante as autoridades francesas que ainda o consideravam um consulado honorário, que falta apoio consular em vários locais de forte presença portuguesa, como na região Suíça do Ticino ou na Córsega, que o Consulado de Andorra nunca mais anda, que na Ilha de Jersey é preciso um serviço consular diferente do simples consulado honorário que aí existe. Mais, esqueceu-se das carências e incompetências reinantes nos serviços centrais do seu ministério, desde a gestão dos recursos humanos, aos serviços jurídicos ou à inspecção diplomática e consular que é uma fraude..." . O SECP não terá dito só mentiras, mas o que diz o leitor é rigorosamente verdade, e tem toda a razão, não o vimos referido no discurso de Lello.

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