José Lello Preocupado com Casos de Nandrolona
Por PAULO CURADO
Domingo, 30 de Setembro de 2001
Decisão sobre a punição aos quatro futebolistas envolvidos só depois de 22 de Outubro
O ministro da Juventude e do Desporto tem seguido com atenção e "preocupação" os recentes casos de nandrolona no futebol português. Em declarações ao PÚBLICO, José Lello considerou que este é o momento para uma "reflexão" sobre o que está na origem destas situações e para que sejam tomadas acções preventivas. Para tal está já agendado, para 22 de Outubro, um encontro técnico-científico, no qual participarão o Conselho Nacional Antidopagem (CNAD), Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Liga de futebol, médicos dos clubes, para além do próprio ministro.
"Haverá, porventura, atletas que tomam suplementos nutritivos, muitos deles disponíveis até nos supermercados sem nenhuma especificação da sua composição. Temos de reflectir, em conjunto, para perceber se há aqui uma utilização abusiva, por parte dos atletas, de determinados produtos, desconhecendo o seu conteúdo, ou então há algo aqui estranho", defendeu o responsável governamental.
Por enquanto, não foram tomadas quaisquer medidas punitivas em relação aos quatro jogadores que acusaram no final da temporada passada a presença de nandrolona em níveis superiores aos previstos legalmente (dois nanogramas por mililitro de urina): Ronaldo (Benfica, actualmente nos turcos do Besiktas), Laelson (Campomaiorense, agora no Vitória de Guimarães), Marco Almeida (Campomaiorense/Alverca) e Paulo Pereira (Ovarense/Camacha) são os envolvidos.
No caso dos dois ex-jogadores do Campomaiorense - Marco Almeida e Laelson -, a Liga chegou a comunicar a sua suspensão preventiva na passada quinta-feira, mas a FPF acabou por suspender esta medida um dia depois, o que permite a sua utilização na jornada deste fim-de-semana por parte dos seus actuais clubes (Ver PÚBLICO de ontem).
Uma decisão do organismo que gere o futebol português, que terá sido tomada depois de contactos estabelecidos, durante a passada sexta-feira, entre Gilberto Madaíl, Valentim Loureiro e Manuel Brito, presidentes da FPF e Liga e CNAD, respectivamente. Segundo o PÚBLICO apurou, o eventual castigo a aplicar aos quatro atletas só ficará estabelecido depois da reunião de 22 de Outubro.
A punição prevista para este tipo de casos poderá ir de seis meses a dois anos de suspensão, o que, a acontecer irá prejudicar não os clubes onde os futebolistas jogavam por altura do controlo anti-"doping" positivo, mas sim os actuais emblemas que representam.
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José Lello Preocupado com Casos de Nandrolona
Por PAULO CURADO
Domingo, 30 de Setembro de 2001
Decisão sobre a punição aos quatro futebolistas envolvidos só depois de 22 de Outubro
O ministro da Juventude e do Desporto tem seguido com atenção e "preocupação" os recentes casos de nandrolona no futebol português. Em declarações ao PÚBLICO, José Lello considerou que este é o momento para uma "reflexão" sobre o que está na origem destas situações e para que sejam tomadas acções preventivas. Para tal está já agendado, para 22 de Outubro, um encontro técnico-científico, no qual participarão o Conselho Nacional Antidopagem (CNAD), Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Liga de futebol, médicos dos clubes, para além do próprio ministro.
"Haverá, porventura, atletas que tomam suplementos nutritivos, muitos deles disponíveis até nos supermercados sem nenhuma especificação da sua composição. Temos de reflectir, em conjunto, para perceber se há aqui uma utilização abusiva, por parte dos atletas, de determinados produtos, desconhecendo o seu conteúdo, ou então há algo aqui estranho", defendeu o responsável governamental.
Por enquanto, não foram tomadas quaisquer medidas punitivas em relação aos quatro jogadores que acusaram no final da temporada passada a presença de nandrolona em níveis superiores aos previstos legalmente (dois nanogramas por mililitro de urina): Ronaldo (Benfica, actualmente nos turcos do Besiktas), Laelson (Campomaiorense, agora no Vitória de Guimarães), Marco Almeida (Campomaiorense/Alverca) e Paulo Pereira (Ovarense/Camacha) são os envolvidos.
No caso dos dois ex-jogadores do Campomaiorense - Marco Almeida e Laelson -, a Liga chegou a comunicar a sua suspensão preventiva na passada quinta-feira, mas a FPF acabou por suspender esta medida um dia depois, o que permite a sua utilização na jornada deste fim-de-semana por parte dos seus actuais clubes (Ver PÚBLICO de ontem).
Uma decisão do organismo que gere o futebol português, que terá sido tomada depois de contactos estabelecidos, durante a passada sexta-feira, entre Gilberto Madaíl, Valentim Loureiro e Manuel Brito, presidentes da FPF e Liga e CNAD, respectivamente. Segundo o PÚBLICO apurou, o eventual castigo a aplicar aos quatro atletas só ficará estabelecido depois da reunião de 22 de Outubro.
A punição prevista para este tipo de casos poderá ir de seis meses a dois anos de suspensão, o que, a acontecer irá prejudicar não os clubes onde os futebolistas jogavam por altura do controlo anti-"doping" positivo, mas sim os actuais emblemas que representam.