Chumbo de audição urgente demonstra "autismo e estupidez"

01-11-2001
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Chumbo de Audição Urgente Demonstra "Autismo e Estupidez"

Quinta-feira, 30 de Maio de 2001 O chumbo da audição urgente dos reponsáveis da Lisboagás e da Direcção-Geral da Energia "demonstra, mais uma vez, o autismo e a estupidez do partido do Governo", disse ao PÚBLICO o deputado social-democrata José Eduardo Martins, autor do pedido de audição. A proposta social-democrata, que propunha a audição daqueles responsáveis na comissão parlamentar da Administração e Ordenamento do Território, foi chumbada pelo PS, mas acolheu os votos favoráveis dos restantes partidos da oposição, à excepção do PCP, que faltou à reunião. Segundo o ministro-sombra do PSD para o Ambiente, "esta era uma questão de princípio" pois pretendia-se esclarecer no Parlamento suspeitas de irregularidades técnicas e de segurança no processo de conversão da rede de gás de cidade para gás natural, que deverá estar terminado a 10 de Junho. O deputado laranja disse que "o facto do PS chumbar pela terceira vez, sozinho, uma audição, prova que os socialistas usam e abusam da maioria parlamentar", mas isso, adiantou, não impedirá o PSD de discutir a matéria, convidando para uma reunião informal "todas as entidades e partidos que iam ser ouvidos em sede de comissão". Antes dos sociais-democratas, já o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) e o Bloco de Esquerda (BE) tinham enviado requerimentos ao Governo, para saber quais as medidas que estariam a ser tomadas para garantir a segurança dos consumidores e por que razão não foram estes informados da necessidade de mudar canalizações, quando inadequadas ao gás natural. O PEV obteve, no passado dia 9, uma resposta lacónica do Ministério da Economia. Enumerando vários decretos-lei, o documento, garante que "a segurança dos consumidores é de relevante interesse para o Governo". O BE ainda não obteve qualquer resposta, passados cinco meses. A deputada ecologista Heloísa Apolónia sublinha que "não está a ser dada qualquer informação aos consumidores" sobre o problema das canalizações e acusa: "O Governo tem grandes responsabilidades, tal como a Lisboagás". Para o PEV, "o processo de reconversão está a ser feito a ritmo acelerado e não tem em conta a perspectiva da segurança". O chefe de gabinete do grupo parlamentar do BE, Heitor de Sousa, disse que "os trabalhos de reconversão feitos por subempreiteiros não tiveram qualquer fiscalização da Lisboagás, que para piorar a situação tem vindo a reduzir o pessoal". Os bloquistas consideram que a empresa "tem o 'know how' e os técnicos para fazer a fiscalização e manutenção das infraestruturas e não deve, por isso, passar tudo para subempreiteiros". Nuno Melo, um dos elementos da comissão pelo CDS-PP, considera "inacreditável que o PS tenha chumbado a audição com base em argumentos formais, quando está em causa a segurança pública". O deputado adiantou ao PÚBLICO que o PP está a ponderar avançar com uma iniciativa de alteração legislativa ou uma proposta de resolução dirigida ao Governo, aconselhando a adopção de medidas para resolver as questões de segurança. A bancada comunista, que faltou à votação, diz-se, no entanto, "preocupada com as razões que levam ao clima de desconfiança e insegurança dos consumidores" e resume o problema da seguinte forma: "Estão a tentar fazer em três anos, em Portugal, o que noutros países foi feito em sete ou oito". F.R. e N.S. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Relatório municipal alerta para perigos do gás natural

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