EXPRESSO: Cartaz

26-11-2001
marcar artigo

ACTUAL Documentos de identidade As várias fases da Torre do Tombo, numa exposição que reúne alguns dos mais importantes momentos da História de Portugal A TORRE DO TOMBO NA VIRAGEM DO MILÉNIO na Torre do Tombo (Exposição de segunda a sábado, até Março, das 10 às 19 horas, marcação de visitas) Cristina Margato

Pormenor do «Livro Segundo das Ordenações de D. Manuel» (João Pedro Bonhomi, 1514) Pormenor do «Livro Segundo das Ordenações de D. Manuel» (João Pedro Bonhomi, 1514) Em tempos recuados os burros foram fiéis veículos de transporte dos documentos do Estado. O Rei de Portugal, ainda sem trono fixo, percorria o país levando atrás de si os papéis mais valiosos da Nação. Documentos que guardava em arquivos móveis ainda hoje conhecidos por «arcas burras», porque, de tão pesadas, as caixas em ferro eram confiadas, durante as jornadas reais, a estes animais. Em tempos recuados os burros foram fiéis veículos de transporte dos documentos do Estado. O Rei de Portugal, ainda sem trono fixo, percorria o país levando atrás de si os papéis mais valiosos da Nação. Documentos que guardava em arquivos móveis ainda hoje conhecidos por «arcas burras», porque, de tão pesadas, as caixas em ferro eram confiadas, durante as jornadas reais, a estes animais. Uma delas aparece na exposição A Torre do Tombo na Viragem do Milénio, instalada na sede que actualmente alberga o arquivo nacional. Se assim se pode dizer, as arcas burras foram, por isso, as mais rudimentares antecessoras daquele que é hoje o guardião da identidade portuguesa. Reflexos ainda da vontade de preservar a memória colectiva. Criado em 1378, data a partir da qual o Arquivo Real passou a ficar guardado no Castelo de S. Jorge, na torre «albarrã» (também chamada torre «do haver»), este acervo representa — como escreve o historiador José Mattoso no catálogo — «o suporte material da memória nacional». Desde então é conhecido por Torre do Tombo, nome que perdura há 600 anos. Pormenor do «Livro das Cortes Primeiras Feitas Per ho muy Poderoso Senhor El Rei Dom Joham Segundo per Graça de Deus Rey de Portugal», Évora 1490 A exposição — ainda programada pelo anterior director da Torre do Tombo, Bernardo Vasconcelos e Sousa — tem por objectivo principal dar a conhecer o percurso do arquivo e as suas várias fases. O resultado, porém, oferece um panorama mais abrangente. Os documentos expostos representam, não raras vezes, alguns dos mais importantes momentos da História de Portugal. A selecção permite, por isso, confrontar o olhar com alguns dos objectos mais estudados nas escolas portuguesas e raramente acessíveis aos que não têm por profissão a investigação; mesmo tendo em conta que esta significa apenas uma ínfima parte do acervo da Torre do Tombo. Preciosidades, raridades, curiosidades que um grupo de especialistas da casa — constituído por Maria do Carmo Dias Farinha, Maria Luísa Braga, Diogo Gaspar, Carla Santo e José António Silva — tratou de reunir e mostrar ao público, até Março. A exposição — ainda programada pelo anterior director da Torre do Tombo, Bernardo Vasconcelos e Sousa — tem por objectivo principal dar a conhecer o percurso do arquivo e as suas várias fases. O resultado, porém, oferece um panorama mais abrangente. Os documentos expostos representam, não raras vezes, alguns dos mais importantes momentos da História de Portugal. A selecção permite, por isso, confrontar o olhar com alguns dos objectos mais estudados nas escolas portuguesas e raramente acessíveis aos que não têm por profissão a investigação; mesmo tendo em conta que esta significa apenas uma ínfima parte do acervo da Torre do Tombo. Preciosidades, raridades, curiosidades que um grupo de especialistas da casa — constituído por Maria do Carmo Dias Farinha, Maria Luísa Braga, Diogo Gaspar, Carla Santo e José António Silva — tratou de reunir e mostrar ao público, até Março. Diversas crónicas dos Reis, o instrumento de aclamação de D. João I nas cortes de Coimbra (1385); a bula da canonização da Rainha Santa, do Papa Benedicto XIV (1742); a bula do Papa Alexandre III, «Manifestis Probatum», que reconhece o título de rei a D. Afonso Henriques e a independência de Portugal (1179); a bula do Papa Paulo III, dirigida ao Rei D. João III, que estabelece a Inquisição em Portugal (1536); a ratificação do tratado de Tordesilhas, assinada pelo príncipe herdeiro de Portugal, D. João, e pelos Reis Católicos (1494) são alguns dos muitos documentos. Entre os mais valiosos, mesmo a nível internacional, encontram-se os volumes da Bíblia dos Jerónimos (Século XV), roubados pelas tropas francesas durante as invasões napoleónicas. Posteriormente recuperados pelo Estado português junto da família do general Junot, os enormes livros, nos quais sobressaem as famosas iluminuras dos artistas florentinos Nicolau de Lira e Gabriello dei Vanti degli Attavanti, já não contêm, porém, as capas originais em prata, provavelmente retiradas pelos franceses para fundir o metal precioso. O mais antigo pergaminho conhecido em Portugal, o livro mais pesado (35 quilos), o mais pequeno (tamanho de um telemóvel) e a primeira iluminura de Lisboa aparecem igualmente incluídos na mostra. Selo do tratado de amizade entre Portugal e a Saxónia-Weimar, de 1844 Dos mais de 40 mil processos da Inquisição foram eleitos alguns recuperados e outros ainda por tratar, de modo a evidenciar as diferenças e o trabalho de preservação desenvolvido pela Torre do Tombo. Um dos processos dirigidos ao padre António Vieira e outro a Diogo de Orta estão entre os escolhidos. Num desses registos dos ataques da Inquisição descobre-se, por exemplo, a tentativa de um detido passar informações sobre a sua situação num pano onde, a todo o custo e alguma cinza, escreve aos de fora. Por má sorte, esse pano pode hoje ser visto. Acabou nas mãos dos inquisidores que o acrescentaram ao processo. Dos mais de 40 mil processos da Inquisição foram eleitos alguns recuperados e outros ainda por tratar, de modo a evidenciar as diferenças e o trabalho de preservação desenvolvido pela Torre do Tombo. Um dos processos dirigidos ao padre António Vieira e outro a Diogo de Orta estão entre os escolhidos. Num desses registos dos ataques da Inquisição descobre-se, por exemplo, a tentativa de um detido passar informações sobre a sua situação num pano onde, a todo o custo e alguma cinza, escreve aos de fora. Por má sorte, esse pano pode hoje ser visto. Acabou nas mãos dos inquisidores que o acrescentaram ao processo. Sem querer passar ao lado das relações de Portugal com o Mundo, a Torre do Tombo seleccionou um conjunto de documentos diplomáticos como a carta do Xá da Pérsia para o Rei de Portugal (século XVI), a carta do Rei de Melinde a D. Manuel (1520) ou documentos em Bengalim. Distante deste tipo surge um registo bem diferente, no qual se relata um ajuste de contas entre o carpinteiro Bexiga Assem e o procurador António Vicente Rosa relativo a várias obras de recuperação. Prova segura de que a história do arquivo não guarda apenas os feitos dos grandes, este documento é também sinal de uma das principais preocupações dos arquivistas. Como nota no catálogo José Mattoso, «o Arquivo Nacional deve recolher tudo (...) E se, muitas vezes, é difícil escapar aos propósitos ideológicos por meio dos quais os governos totalitários procuram seleccionar os documentos que privilegiam a sua acção de forma positiva, é também difícil ocultar todos os testemunhos das contestações políticas que tiveram de defrontar». Nesse sentido, o gesto do velho arquivista que guarda esse ajuste de contas dá coerência ao trabalho do profissional actual, ao qual se exige a procura de testemunhos que abranjam «todos os ramos da actividade humana», ainda nas palavras de Mattoso. Um dos selos em exposição, do bispo de Lamego No que se refere à história mais recente, nomeadamente a do Governo de Salazar, aparecem, por exemplo, uma série de objectos pessoais deste (como a famosa pasta) e alguns dos processos dirigidos pela polícia política a diversas personalidades portuguesas. Parcelas da vida de António José Saraiva ou de Álvaro Cunhal convivem na mesma vitrina com um relatório de uma escuta efectuada ao telefone de Mário Soares. No que se refere à história mais recente, nomeadamente a do Governo de Salazar, aparecem, por exemplo, uma série de objectos pessoais deste (como a famosa pasta) e alguns dos processos dirigidos pela polícia política a diversas personalidades portuguesas. Parcelas da vida de António José Saraiva ou de Álvaro Cunhal convivem na mesma vitrina com um relatório de uma escuta efectuada ao telefone de Mário Soares. A exposição tem, contudo, outras preocupações. Na passagem da primeira fase à segunda — das quatro que contempla — os comissários tentaram recuperar o ambiente do arquivo quando instalado no Palácio de São Bento, já depois do terramoto de 1755 e consecutivo desmoronamento da torre do Castelo de S. Jorge — da qual resultou a reunião dos documentos, durante um par de anos, numa barraca de madeira. Uma galeria de retratos — como a que dava entrada ao arquivo instalado numa das alas de São Bento — foi recriada na exposição, e nela o lugar de honra entregue aos guardiães da Torre do Tombo. Também a maqueta do novo edifício e as técnicas usadas para as recuperações dos documentos são matéria eleita nesta mostra que, à parte de explicar a vida de uma das instituições mais antigas de Portugal, se afirma espaço de revelação. 10 Pormenor do «Livro Segundo de Reis», século XVI

COMENTÁRIOS AO ARTIGO (1)

ACTUAL Documentos de identidade As várias fases da Torre do Tombo, numa exposição que reúne alguns dos mais importantes momentos da História de Portugal A TORRE DO TOMBO NA VIRAGEM DO MILÉNIO na Torre do Tombo (Exposição de segunda a sábado, até Março, das 10 às 19 horas, marcação de visitas) Cristina Margato

Pormenor do «Livro Segundo das Ordenações de D. Manuel» (João Pedro Bonhomi, 1514) Pormenor do «Livro Segundo das Ordenações de D. Manuel» (João Pedro Bonhomi, 1514) Em tempos recuados os burros foram fiéis veículos de transporte dos documentos do Estado. O Rei de Portugal, ainda sem trono fixo, percorria o país levando atrás de si os papéis mais valiosos da Nação. Documentos que guardava em arquivos móveis ainda hoje conhecidos por «arcas burras», porque, de tão pesadas, as caixas em ferro eram confiadas, durante as jornadas reais, a estes animais. Em tempos recuados os burros foram fiéis veículos de transporte dos documentos do Estado. O Rei de Portugal, ainda sem trono fixo, percorria o país levando atrás de si os papéis mais valiosos da Nação. Documentos que guardava em arquivos móveis ainda hoje conhecidos por «arcas burras», porque, de tão pesadas, as caixas em ferro eram confiadas, durante as jornadas reais, a estes animais. Uma delas aparece na exposição A Torre do Tombo na Viragem do Milénio, instalada na sede que actualmente alberga o arquivo nacional. Se assim se pode dizer, as arcas burras foram, por isso, as mais rudimentares antecessoras daquele que é hoje o guardião da identidade portuguesa. Reflexos ainda da vontade de preservar a memória colectiva. Criado em 1378, data a partir da qual o Arquivo Real passou a ficar guardado no Castelo de S. Jorge, na torre «albarrã» (também chamada torre «do haver»), este acervo representa — como escreve o historiador José Mattoso no catálogo — «o suporte material da memória nacional». Desde então é conhecido por Torre do Tombo, nome que perdura há 600 anos. Pormenor do «Livro das Cortes Primeiras Feitas Per ho muy Poderoso Senhor El Rei Dom Joham Segundo per Graça de Deus Rey de Portugal», Évora 1490 A exposição — ainda programada pelo anterior director da Torre do Tombo, Bernardo Vasconcelos e Sousa — tem por objectivo principal dar a conhecer o percurso do arquivo e as suas várias fases. O resultado, porém, oferece um panorama mais abrangente. Os documentos expostos representam, não raras vezes, alguns dos mais importantes momentos da História de Portugal. A selecção permite, por isso, confrontar o olhar com alguns dos objectos mais estudados nas escolas portuguesas e raramente acessíveis aos que não têm por profissão a investigação; mesmo tendo em conta que esta significa apenas uma ínfima parte do acervo da Torre do Tombo. Preciosidades, raridades, curiosidades que um grupo de especialistas da casa — constituído por Maria do Carmo Dias Farinha, Maria Luísa Braga, Diogo Gaspar, Carla Santo e José António Silva — tratou de reunir e mostrar ao público, até Março. A exposição — ainda programada pelo anterior director da Torre do Tombo, Bernardo Vasconcelos e Sousa — tem por objectivo principal dar a conhecer o percurso do arquivo e as suas várias fases. O resultado, porém, oferece um panorama mais abrangente. Os documentos expostos representam, não raras vezes, alguns dos mais importantes momentos da História de Portugal. A selecção permite, por isso, confrontar o olhar com alguns dos objectos mais estudados nas escolas portuguesas e raramente acessíveis aos que não têm por profissão a investigação; mesmo tendo em conta que esta significa apenas uma ínfima parte do acervo da Torre do Tombo. Preciosidades, raridades, curiosidades que um grupo de especialistas da casa — constituído por Maria do Carmo Dias Farinha, Maria Luísa Braga, Diogo Gaspar, Carla Santo e José António Silva — tratou de reunir e mostrar ao público, até Março. Diversas crónicas dos Reis, o instrumento de aclamação de D. João I nas cortes de Coimbra (1385); a bula da canonização da Rainha Santa, do Papa Benedicto XIV (1742); a bula do Papa Alexandre III, «Manifestis Probatum», que reconhece o título de rei a D. Afonso Henriques e a independência de Portugal (1179); a bula do Papa Paulo III, dirigida ao Rei D. João III, que estabelece a Inquisição em Portugal (1536); a ratificação do tratado de Tordesilhas, assinada pelo príncipe herdeiro de Portugal, D. João, e pelos Reis Católicos (1494) são alguns dos muitos documentos. Entre os mais valiosos, mesmo a nível internacional, encontram-se os volumes da Bíblia dos Jerónimos (Século XV), roubados pelas tropas francesas durante as invasões napoleónicas. Posteriormente recuperados pelo Estado português junto da família do general Junot, os enormes livros, nos quais sobressaem as famosas iluminuras dos artistas florentinos Nicolau de Lira e Gabriello dei Vanti degli Attavanti, já não contêm, porém, as capas originais em prata, provavelmente retiradas pelos franceses para fundir o metal precioso. O mais antigo pergaminho conhecido em Portugal, o livro mais pesado (35 quilos), o mais pequeno (tamanho de um telemóvel) e a primeira iluminura de Lisboa aparecem igualmente incluídos na mostra. Selo do tratado de amizade entre Portugal e a Saxónia-Weimar, de 1844 Dos mais de 40 mil processos da Inquisição foram eleitos alguns recuperados e outros ainda por tratar, de modo a evidenciar as diferenças e o trabalho de preservação desenvolvido pela Torre do Tombo. Um dos processos dirigidos ao padre António Vieira e outro a Diogo de Orta estão entre os escolhidos. Num desses registos dos ataques da Inquisição descobre-se, por exemplo, a tentativa de um detido passar informações sobre a sua situação num pano onde, a todo o custo e alguma cinza, escreve aos de fora. Por má sorte, esse pano pode hoje ser visto. Acabou nas mãos dos inquisidores que o acrescentaram ao processo. Dos mais de 40 mil processos da Inquisição foram eleitos alguns recuperados e outros ainda por tratar, de modo a evidenciar as diferenças e o trabalho de preservação desenvolvido pela Torre do Tombo. Um dos processos dirigidos ao padre António Vieira e outro a Diogo de Orta estão entre os escolhidos. Num desses registos dos ataques da Inquisição descobre-se, por exemplo, a tentativa de um detido passar informações sobre a sua situação num pano onde, a todo o custo e alguma cinza, escreve aos de fora. Por má sorte, esse pano pode hoje ser visto. Acabou nas mãos dos inquisidores que o acrescentaram ao processo. Sem querer passar ao lado das relações de Portugal com o Mundo, a Torre do Tombo seleccionou um conjunto de documentos diplomáticos como a carta do Xá da Pérsia para o Rei de Portugal (século XVI), a carta do Rei de Melinde a D. Manuel (1520) ou documentos em Bengalim. Distante deste tipo surge um registo bem diferente, no qual se relata um ajuste de contas entre o carpinteiro Bexiga Assem e o procurador António Vicente Rosa relativo a várias obras de recuperação. Prova segura de que a história do arquivo não guarda apenas os feitos dos grandes, este documento é também sinal de uma das principais preocupações dos arquivistas. Como nota no catálogo José Mattoso, «o Arquivo Nacional deve recolher tudo (...) E se, muitas vezes, é difícil escapar aos propósitos ideológicos por meio dos quais os governos totalitários procuram seleccionar os documentos que privilegiam a sua acção de forma positiva, é também difícil ocultar todos os testemunhos das contestações políticas que tiveram de defrontar». Nesse sentido, o gesto do velho arquivista que guarda esse ajuste de contas dá coerência ao trabalho do profissional actual, ao qual se exige a procura de testemunhos que abranjam «todos os ramos da actividade humana», ainda nas palavras de Mattoso. Um dos selos em exposição, do bispo de Lamego No que se refere à história mais recente, nomeadamente a do Governo de Salazar, aparecem, por exemplo, uma série de objectos pessoais deste (como a famosa pasta) e alguns dos processos dirigidos pela polícia política a diversas personalidades portuguesas. Parcelas da vida de António José Saraiva ou de Álvaro Cunhal convivem na mesma vitrina com um relatório de uma escuta efectuada ao telefone de Mário Soares. No que se refere à história mais recente, nomeadamente a do Governo de Salazar, aparecem, por exemplo, uma série de objectos pessoais deste (como a famosa pasta) e alguns dos processos dirigidos pela polícia política a diversas personalidades portuguesas. Parcelas da vida de António José Saraiva ou de Álvaro Cunhal convivem na mesma vitrina com um relatório de uma escuta efectuada ao telefone de Mário Soares. A exposição tem, contudo, outras preocupações. Na passagem da primeira fase à segunda — das quatro que contempla — os comissários tentaram recuperar o ambiente do arquivo quando instalado no Palácio de São Bento, já depois do terramoto de 1755 e consecutivo desmoronamento da torre do Castelo de S. Jorge — da qual resultou a reunião dos documentos, durante um par de anos, numa barraca de madeira. Uma galeria de retratos — como a que dava entrada ao arquivo instalado numa das alas de São Bento — foi recriada na exposição, e nela o lugar de honra entregue aos guardiães da Torre do Tombo. Também a maqueta do novo edifício e as técnicas usadas para as recuperações dos documentos são matéria eleita nesta mostra que, à parte de explicar a vida de uma das instituições mais antigas de Portugal, se afirma espaço de revelação. 10 Pormenor do «Livro Segundo de Reis», século XVI

COMENTÁRIOS AO ARTIGO (1)

marcar artigo