Organização Regional do Porto

21-07-2001
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A Área Metropolitana do Porto está nitidamente mais bonita, de súbito mais colorida. Um pouco por todos os concelhos que compõem este invicto espaço, estão espalhados, sob a forma de cartazes e documentos, os seráficos rostos políticos que captam a mais mediática das atenções e, por conseguinte, mais depressa chegam aos olhos —e, por razões de implacável estatística, aos corações— das pessoas da nossa terra.

É um calcorrear de memórias que vão desde Fernando Gomes a Valentim Loureiro, de Jorge Coelho a Vieira de Carvalho, passando por Manuel Seabra, Filipe Menezes, Nuno Cardoso e pelo incontornável Narciso Miranda: trata-se de uma verdadeira linhagem de nobres autarcas que compõe o panorama metropolitano do Porto, a que está espalhada, sob a forma de imagem, pelos nossos concelhos. E, reforce-se, trata-se de um panorama caciqueiro quase único a nível nacional, sendo que a única derivação verdadeiramente paleolítica se encontra na Madeira, com Alberto João Jardim. Agora o que será verdadeiramente digno de um esgar de pasmo, de surpresa, é a CDU assumir a responsabilidade de tal empreendimento propagandístico: como foi possível a CDU prestar-se a tal serviço? Simples e claro.

Após prolongada discussão afigurou-se justo prestar uma coerente homenagem a estas figuras maiores do Poder Local nortenho. Muitos tinham já tentado aparecer na propaganda da CDU: disparates foram feitos, asneiras sobre asneiras cometidas, mas nunca em quantidade, ou qualidade, que justificasse tal honra. Porém estes autarcas, ou políticos afins, excederam-se definitivamente, em esforço e resultado: insultaram-se —muito e de forma muito baixa— a propósito do Metro, a propósito do Porto 2001, a propósito do Porto e do Norte, a propósito de si próprios e dos seus pares de partido, insultaram-se por tudo e por nada. Abriram claros precedentes ao nível da intriga e irresponsabilidade. Mas pouco mais foram fazendo: serviços de água e saneamento que continuam a escassear, serviços de saúde deficitários, obras que, de atrasadas ou mal equacionadas, pandemonizam a vida das populações, o Metro, o Porto 2001, enfim… O resultado? Recorde batido: impossível ficar indiferente a esta politiquice patológica. Assim o reconhecemos e assim o homenageamos com um sincero apelo —originalmente proferido por um camarada meu: deixem de nos envergonhar, deixem de envergonhar a região do Porto!

Evidente é que vários outros autarcas anseiam por poder um dia figurar nos documentos da CDU, as grandes discussões travaram-se aliás em torno dos políticos a homenagear. São muitos os que insistem em envergonhar a nossa região. Todavia, como não tencionávamos elaborar umas Páginas Amarelas das asneiras políticas e da irresponsabilidade autárquica, tivemos de efectuar uma criteriosa selecção das figuras a expor. Procurámos e achámos a elite: os melhores entre os melhores.

Um conselho: não perca a oportunidade de, em qualquer esquina perto de si, ou num documento que lhe seja entregue, verificar a autenticidade desta homenagem. Após o que, penso com certeza, não deixará de avaliar a justeza das nossas críticas e a sinceridade com que afirmamos que a CDU constitui uma alternativa séria e competente para a Região do Porto. Porque não envergonhamos a nossa terra e, por conseguinte, porque nunca deixamos ficar mal quem confia em nós. A sério.

14 de Outubro de 2000

A Área Metropolitana do Porto está nitidamente mais bonita, de súbito mais colorida. Um pouco por todos os concelhos que compõem este invicto espaço, estão espalhados, sob a forma de cartazes e documentos, os seráficos rostos políticos que captam a mais mediática das atenções e, por conseguinte, mais depressa chegam aos olhos —e, por razões de implacável estatística, aos corações— das pessoas da nossa terra.

É um calcorrear de memórias que vão desde Fernando Gomes a Valentim Loureiro, de Jorge Coelho a Vieira de Carvalho, passando por Manuel Seabra, Filipe Menezes, Nuno Cardoso e pelo incontornável Narciso Miranda: trata-se de uma verdadeira linhagem de nobres autarcas que compõe o panorama metropolitano do Porto, a que está espalhada, sob a forma de imagem, pelos nossos concelhos. E, reforce-se, trata-se de um panorama caciqueiro quase único a nível nacional, sendo que a única derivação verdadeiramente paleolítica se encontra na Madeira, com Alberto João Jardim. Agora o que será verdadeiramente digno de um esgar de pasmo, de surpresa, é a CDU assumir a responsabilidade de tal empreendimento propagandístico: como foi possível a CDU prestar-se a tal serviço? Simples e claro.

Após prolongada discussão afigurou-se justo prestar uma coerente homenagem a estas figuras maiores do Poder Local nortenho. Muitos tinham já tentado aparecer na propaganda da CDU: disparates foram feitos, asneiras sobre asneiras cometidas, mas nunca em quantidade, ou qualidade, que justificasse tal honra. Porém estes autarcas, ou políticos afins, excederam-se definitivamente, em esforço e resultado: insultaram-se —muito e de forma muito baixa— a propósito do Metro, a propósito do Porto 2001, a propósito do Porto e do Norte, a propósito de si próprios e dos seus pares de partido, insultaram-se por tudo e por nada. Abriram claros precedentes ao nível da intriga e irresponsabilidade. Mas pouco mais foram fazendo: serviços de água e saneamento que continuam a escassear, serviços de saúde deficitários, obras que, de atrasadas ou mal equacionadas, pandemonizam a vida das populações, o Metro, o Porto 2001, enfim… O resultado? Recorde batido: impossível ficar indiferente a esta politiquice patológica. Assim o reconhecemos e assim o homenageamos com um sincero apelo —originalmente proferido por um camarada meu: deixem de nos envergonhar, deixem de envergonhar a região do Porto!

Evidente é que vários outros autarcas anseiam por poder um dia figurar nos documentos da CDU, as grandes discussões travaram-se aliás em torno dos políticos a homenagear. São muitos os que insistem em envergonhar a nossa região. Todavia, como não tencionávamos elaborar umas Páginas Amarelas das asneiras políticas e da irresponsabilidade autárquica, tivemos de efectuar uma criteriosa selecção das figuras a expor. Procurámos e achámos a elite: os melhores entre os melhores.

Um conselho: não perca a oportunidade de, em qualquer esquina perto de si, ou num documento que lhe seja entregue, verificar a autenticidade desta homenagem. Após o que, penso com certeza, não deixará de avaliar a justeza das nossas críticas e a sinceridade com que afirmamos que a CDU constitui uma alternativa séria e competente para a Região do Porto. Porque não envergonhamos a nossa terra e, por conseguinte, porque nunca deixamos ficar mal quem confia em nós. A sério.

14 de Outubro de 2000

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